Pular para o conteúdo

13/06/2018

Porto Alegre, 13 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.755

 

  Leite/América do Sul 

A produção de leite ao nível das fazendas continua melhorando na argentina, com as temperaturas amenas, que aumentam o conforto animal. No entanto o clima está úmido ultimamente nas principais bacias leiteiras, afetando apenas, marginalmente a produção de leite. No entanto, fortes chuvas causaram interrupção nos trabalhos de campo com o milho.

Conforme relatos setoriais, os componentes do leite - matéria gorda e proteína - estão próximos aos maiores níveis do ano. Consequentemente, o volume de creme ofertado ao mercado tem sido substancial, em comparação com alguns meses atrás. O preço do leite pago aos produtores está relativamente elevado, incentivando os agricultores a produzirem mais. De acordo com relatos das indústrias, grandes produtores de leite com capacidade de economia de escala, continuam adquirindo pequenas e médias operações. Enquanto isso, ao nível industrial, a produção de queijo, leite engarrafado, iogurte e leite condensado continua muito ativa em todo o país.

As fortes chuvas no Uruguai, particularmente ao Sul de Rio Negro, estão afetando a produção de leite em muitas fazendas. O excesso de chuva e a lama complicam a saúde do rebanho leiteiro, e muitos produtores relatam inúmeros casos de mastites. Enquanto isso, os produtores de leite continuam esperando a liberação do Fundo de Garanti de Dívidas, para aliviar o endividamento do setor.

A produção de leite no Brasil, de um modo geral continua baixa. A oferta de leite e creme não atende as necessidades de processamento, exceto para o leite engarrafado, leite UHT e queijo. Dada a baixa produção, os preços do leite ao produtor estão relativamente elevados, com o aumento dos custos das indústrias. A demanda por lácteos está boa em todo o país. Assim sendo, é esperado que as importações de lácteos procedentes de países vizinhos sejam firmes, e devem continuar por todo o outono/inverno. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 
Ritmo de retomada do varejo está mais forte

Após avançarem 1,1% no mês de março, as vendas do varejo voltaram a crescer 1% em abril, de acordo com dados do IBGE. Para Isabella Nunes, gerente de coordenação de serviços e comércio do instituto, os resultados mostram melhora no ritmo de retomada do varejo e um desempenho menos errático do setor. "Tínhamos meses de alta do varejo seguidos de meses de queda ou pouco crescimento. Era um dado mais volátil. Foi o primeiro par de meses que o varejo se mantém em um ritmo de recuperação", avalia Isabella.

As perdas acumuladas em 2015 e 2016, no entanto, não foram totalmente recuperadas. "O varejo ainda está 6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de outubro de 2014. Mas essa distância está diminuindo e no caminho para eliminar as perdas passadas", completa. Na avaliação do IBGE, o desempenho positivo em março e abril tem relação com o comportamento benigno da inflação e o crédito mais barato. 

Para entender quais foram os impactos da greve dos caminhoneiros no desempenho geral do setor varejista, será preciso aguardar a divulgação pelo IBGE dos resultados de maio. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Euromonitor: consumo de alimentos sem glúten e lactose cresce no Brasil

O brasileiro está cada vez mais interessado em produtos sem glúten e lactose. Essa é a principal tendência identificada pela Euromonitor em um estudo sobre alimentação saudável apresentado na feira de produtos orgânicos Bio Brazil Fair, realizada no dia 8 de junho. Entre todas as categorias de alimentos funcionais, naturais ou de perfil saudável, como os orgânicos, diet e light, os produtos sem glúten têm a maior previsão de crescimento no país até 2022, com aumento nas vendas estimado entre 35% e 40% ao ano.

Hoje, o consumo anual de pães sem glúten está em pouco mais de US$ 1 dólar per capita no Brasil. Já bolos e massas sem o componente têm o consumo ainda abaixo de US$ 0,50 per capita. Outra tendência de aumento do consumo no país é o leite sem lactose, com alta anual estimada entre 10% e 15% nos próximos cinco anos. O produto mantém uma alta taxa de crescimento, mesmo já tendo um consumo significativo no Brasil — as vendas superam os US$ 300 milhões e US$ 2 per capita anuais.

De forma geral, os alimentos industrializados “livres de”, em que o fabricante tira de sua composição algum dos nutrientes que podem causar mal-estar ao consumidor, cresceram a um ritmo de 8% ao ano entre 2012 e 2017 na América Latina, aponta a Euromonitor.

Uma mudança de hábito contribui para esse cenário, segundo Maria Mascaraque, consultora de alimentos e nutrição da Euromonitor: buscar produtos totalmente naturais é a principal tendência na compra de alimentos saudáveis tanto no Brasil quanto globalmente. “Ser natural é a prioridade número um dos consumidores, o que ajuda a explicar porque os alimentos industrializados ‘free from’ e os orgânicos continuam a liderar o segmento de produtos saudáveis. Os consumidores buscam funcionalidade nos alimentos que consomem, mas somente se forem obtidos por meio de ingredientes naturais”, diz.

Soja em queda
Por outro lado, as bebidas à base de soja estão em queda no mercado brasileiro. Leite e suco que utilizam o grão devem ter o consumo reduzido em 10% ao ano até 2022, aponta o levantamento. Outros tipos de leites “alternativos” sem lactose, como o de coco e amêndoa, aparecem como uma opção crescente às bebidas com soja. Embora ainda representem menos da metade do valor de mercado destas, deverão ter um avanço anual próximo de 25% nos próximos cinco anos, segundo os autores da pesquisa. (As informações são da Época Negócios)

Leite em pó/AR 

Boa notícia: a partir deste mês de junho estão liberadas completamente as exportações de leite em pó da Argentina com destino ao Brasil. Não tão boa notícia: as vendas da commodity caíram em decorrência da crise política e econômica que está atravessando o principal sócio do MERCOSUL.

No dia 14 de agosto de 2017 representantes do Centro da Indústria Leiteira (CIL) da Argentina, ao terminar a cota de 51.600 toneladas correspondente ao ciclo comercial 2016/17, renegociaram em Brasília a prorrogação do mesmo até maio de 2018, com volumes mensais máximo de 5.000 toneladas. E obtiveram o compromisso, por parte do governo brasileiro, de que a partir de junho deste ano a restrição seria suspensa. Mas o novo cenário liberado não tem (e provavelmente não terá) efeito algum sobre a cadeia de valor dos lácteos da Argentina devido a queda da demanda brasileira. Nos primeiros quatro meses de 2018, segundo dados da alfândega do Brasil, as importações de leite em pó totalizaram 23.226 toneladas pelo valor total de US$ 67,7 milhões. No mesmo período de 2017 haviam sido 44.435 toneladas, ao custo de US$ 143 milhões.

No que se refere às vendas argentinas, entre janeiro e maio deste ano foram enviadas para o Brasil 11.603 toneladas pelo valor médio de US$ 2.911 a tonelada, enquanto no mesmo período de 2017 foram exportadas 16.582 toneladas, com o preço médio de US$ 3.255 a tonelada.

O Uruguai teve pior sorte: nos primeiros quatro meses deste ano enviaram 8.312 toneladas de leite em pó integral para o Brasil ao preço médio de US$ 3.054 a tonelada, quando no ano passado foram embarcadas 23.666 toneladas pela cotação média de US$ 3.255 a tonelada.

Como a cota de leite em pó violava as normas estabelecidas pelo MERCOSUL, o acordo se apresentava como um “acordo privado de auto-regulamentação” gerenciado pelo CIL e pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). (valorsoja - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
 

Mapa é autorizado a contratar 300 médicos veterinários concursados
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já pode contratar 300 médicos veterinários aprovados em concurso público para desempenhar a função de auditores fiscais federais agropecuários (AFFA). Nesta segunda-feira (11), o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG) aprovou as contratações (Portaria nº 155). As nomeações serão realizadas a partir de julho. O salário inicial destes servidores será de R$ 14.584,71 e, a jornada de trabalho, de 40 horas semanais flexíveis, conforme a necessidade do cargo. Entre as atribuições estão a inspeção e a fiscalização dos produtos de origem vegetal e animal. Das 300 vagas, 285 serão ocupadas por livre concorrência e 15 destinadas a pessoas com deficiência (PCD). Os municípios que oferecem maior número de vagas são Itapiranga e Videira, em Santa Catarina, com quatro vagas cada. Entre as PCDs, Brasília fará o maior número de contratações: cinco pessoas. O Mapa solicitou ao Ministério do Planejamento a possibilidade de serem chamadas mais 150 profissionais aprovados no mesmo concurso. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, a contratação resulta do esforço do ministro Blairo Maggi para reforçar a defesa agropecuária, reafirmando o compromisso internacional de garantir produtos com segurança alimentar. (As informações são do Mapa)
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *