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04/06/2018

 
 
 

Porto Alegre, 04 de junho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.748

 

Indústria acelera retomada
Laticínios gaúchos trabalharam no sábado e no domingo para dar fluxo à produção reprimida durante os dias da paralisação dos caminhoneiros e garantir o abastecimento do mercado consumidor. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, estima que ainda vão ser necessárias duas semanas para que as empresas consigam restabelecer suas rotinas. Assim como já anunciaram os setores de aves e de suínos, os laticínios também buscarão linhas de crédito para fazer frente ao "furo" milionário no faturamento. 
 
"As indústrias vão ter enormes problemas para cumprir seus compromissos e atender às suas metas", prevê Guerra, ao lembrar que a paralisação agrava ainda mais a situação do setor. Mesmo que os preços pagos ao produtor estivessem em evolução, ainda há defasagem no preço dos lácteos nos mercados, conforme o dirigente. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a média do valor do leite UHT em maio de 2017, por exemplo, foi de R$ 2,78. Em maio deste ano, R$ 2,65. Para Guerra, a lei da procura e oferta é que vai determinar a reação. O habitual para esta época é aumento do consumo, mas também ampliação da produção leiteira. (Correio do Povo)
 
 
Retaliação do México sobre queijo dos EUA preocupa produtores de leite

Produtores de leite dos Estados Unidos, que enfrentaram dificuldades durante vários anos, estão lamentando a crise do comércio norte-americano. Em retaliação às tarifas impostas pelos EUA sobre o aço e o alumínio, o México disse que vai taxar o queijo norte-americano e outros produtos. A indústria de lácteos norte-americana, com excesso de oferta, via nas exportações um meio para ajudar os preços a se recuperarem, tendo o México como maior cliente. 

Steve Maddox, que ordenha mais de 3 mil vacas perto de Fresno, na Califórnia, diz que parte de seu leite é transformado em queijo para exportação para o México. "É um golpe no otimismo sobre a recuperação da indústria", diz ele. "Esse pequeno contratempo comercial vai retardar a recuperação do preço do leite e atrasar qualquer alívio para a indústria de laticínios." (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no jornal O Estado de São Paulo)
 

 
China, Estados Unidos e União Europeia pressionam, e os produtores da Nova Zelândia recebem cada vez mais

Leite/NZ - Com foco nas decisões do Governo para a erradicação do Mycoplasma Bovis (MBP) é fácil esquecer que a agricultura precisa continuar, e que o comércio mundial não foi interrompido. Na China, o Primeiro Ministro Li Kequiang pediu às indústrias de laticínios que não negligenciem na qualidade e na segurança dos produtos para impulsionar o setor. Falando em encontro dos Executivos Estaduais, afirmou que o objetivo é de que em três anos melhore significativamente a qualidade e a reputação das fórmulas infantis domésticas. Na reunião decidiram adotar três medidas para impulsionar a indústria de laticínios: a primeira é introduzir vacas de raças mais apuradas nas fazendas do país; cultivar mais pastagens; formar rebanhos padronizados e construir bases para produção de leite cru de alta qualidade.

Segundo: melhorar a eficiência dos controles e o padrão nacional do leite cru e pasteurizado; construir sistemas de rastreamento da qualidade em todo o processo de produção.

Terceiro: fornecer apoio financeiro, bem como terras para criação de gado de leite.

Com essas políticas em andamento, haverá crescimento dentro da China em seu objetivo de tornar-se mais auto-sustentável.

Dos Estados Unidos, a notícias é de que o retorno doméstico para os lácteos não estão conseguindo atingir um ponto de equilíbrio. O que eles têm de positivo são as exportações, e desenvolvem seu potencial na direção de países em desenvolvimento que podem comprar mais lácteos com o aumento do preço do petróleo. Um dos itens de maior influência na rentabilidade dos produtores de leite dos Estados Unidos é o custo do milho, e a próxima safra parece não ser promissora, e pela primeira vez, desde 1983, a área de plantio perde para a soja, devido os baixos retornos. Dado que ainda existe um potencial risco do comércio com a China, com a soja na frente dos problemas, não deixa de ser uma situação surpreendente. Um estudo sobre as preocupações com a concorrência das alternativas ao leite nos Estados Unidos também mostrou resultados inesperados. Os consumidores de leite fresco estão migrando para água engarrafada. Principalmente no café da manhã, e enquanto bebem. Desde 1970, o consumo de leite per capita nos Estados Unidos diminuiu 45 litros e nos últimos dez anos o consumo de água engarrafada saiu de 212 bilhões para 391 bilhões de litros. Talvez as indústrias de laticínios estejam perdendo para a acessibilidade à água.  

A produção de leite na União Europeia (UE) nos primeiros três meses de 2018 foi de aproximadamente 2,3% acima do volume apurado no mesmo período do ano passado, embora as linhas do gráfico estejam com tendências a se encontrarem.

Dada a perspectiva muito otimista anunciada pela Fonterra e de que outros grandes produtores não estão se afastando nem das exportações, nem da produção, os NZ$ 7,00/kgMS previstos pela cooperativa acenderam luzes de alerta.

No âmbito local, a venda de uma fazenda de leite de 92,5 hectares nos arredores de Cambridge neste mês ao preço de NZ$ 11,1 milhões, ou o equivalente a pouco menos de NZ$ 120.000 por hectare, foi um recorde para uma fazenda de leite de Waikato. Anteriormente, o preço mais alto pago por fazenda de leite em Waikato foi em 2016, quando uma fazenda de 107 hectares também mudou de mãos pelos mesmos NZ$ 11,1 milhões. Desta feita o preço ficou em torno de NZ$ 104.000 por hectare. Comenta-se nos escritórios imobiliários da região que o MBP e as regras mais rígidas para os investimentos estrangeiros abrandaram as vendas. No entanto, essa negociação mostra que a demanda existe, desde que esteja no lugar certo. (interest.co.nz - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

Custos de Produção tem segundo mês de alta
Custos de produção - Os custos de produção no campo repetem, no mês de abril, o movimento de alta. O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) aponta 0,21%, em especial pelos fertilizantes que ficaram mais caros com a variação cambial. Os preços recebidos também registraram elevação de 6,1%, conforme o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR). Os dados foram divulgados pela Farsul, na quarta-feira, dia 30.  A forte valorização nos preços do milho (10%) e soja (8%) foi o que mais colaborou para o resultado do IIPR. A alta também influenciou no acumulado dos últimos 12 meses que chegou a 20,59%.  O IICP também apresentou inflação no acumulado do mesmo período por influência da taxa de câmbio, chegando a 1,19%. O maior aumento foi registrado nas lavouras de soja e trigo, ambas com 2%, as demais mantém uma trajetória de queda. Na comparação do acumulado em 12 meses entre IICP e IPCA há um alinhamento de alta, com o segundo atingindo 2,76%. Já na relação IIPR e IPCA Alimentos ocorre, novamente, descolamento, com o IPCA Alimentos registrando queda de -2,11%. Essa diferença de comportamento comprova que não há relação de curto prazo entre os índices. Confira o relatório na íntegra. (Agrolink)

 

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