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22/02/2018

 

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.680

 

  Empresas gaúchas precisam abrir ofensiva na Ásia

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, apresentou a representantes do setor alimentício gaúcho as percepções do mercado asiático e relatou andamento de tratativas iniciadas em recente comitiva brasileira à Ásia durante encontro nesta quinta-feira (22/2). O grupo visitou embaixadores e investidores na Coreia do Sul, Malásia, Indonésia e Singapura. Segundo Polo, há na região um mercado gigante para as empresas brasileiras porque existe grande necessidade de alimentos. "A Coreia do Sul tem 1/3 do território do Rio Grande do Sul e 52 milhões de habitantes. Eles têm uma produção de alimentos reduzida e renda per capita elevada", informou. Apesar do potencial existente, o secretário disse que falta prospecção de empresas brasileiras nesse mercado, principalmente em ações de marketing que agreguem maior valor aos produtos ofertados.
 
Ao lado do diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Evaldo Silva, Polo pontuou a importância de o Brasil assumir uma postura mais ostensiva perante esses mercados para viabilizar colocação de cortes de suínos e de aves e produtos lácteos. "Temos produtos de qualidade que muitas vezes não são mostrados. Se as empresas ficarem esperando que o mercado venha comprar será difícil. Temos que tentar ir quebrando as barreiras", recomendou, lembrando que a Apex Brasil tem um escritório na Ásia ao mesmo tempo que a Austrália tem 65.
  
Presente no encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reforçou a relevância que esses novos mercados devem ter para o setor lácteo para viabilizar o enfrentamento da crise e as constantes oscilações de preço do leite. "Somos um país importador, mas precisamos que o setor sinta o gosto do mercado externo. Sem dúvida, isso irá tirar pressão do mercado", salientou. Ainda reforçou a relevância de ganhar competitividade, uma vez que a produção leiteira no Brasil tem alto custo, o que dificulta a presença de produtos brasileiros nesse mercado externo.

Guerra convidou o secretário Ernani Polo para participar de reunião de associados do Sindilat para expor as informações coletadas às indústrias. Polo frisou a relevância da união das cooperativas e empresas para atenderem de forma conjunto demandas mais amplas desses mercados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Carolina Jardine

 

Lácteos/UE 

De acordo com as últimas informações do Observatório Lácteos da União Europeia, com dados de 15 de fevereiro de 2018, cabe destacar:

- Os preços dos produtos lácteos da União Europeia (UE) ficaram bastante estáveis na 6ª semana.
- O preço spot do leite na Itália caiu 9% (30,5 centavos/kg) na semana passada, enquanto que o leite na Holanda aumentou 25,0 centavos/kg.
- O custo da energia caiu 1,1% na 6ª semana, em comparação com a média das quatro semanas anteriores.
- As exportações de leite em pó desnatado da UE (+36%), queijo (+4%), e Leite em pó integral (+3%) aumentaram em 2017, embora a exportação de manteiga tenha caído 15%.
- Aumento significativo das exportações de queijo da UE para o Chile em 2017
- A UE foi o principal exportador de queijos e leite em pó integral, em 2017
- A Espanha aumentou suas exportações de leite em pó, em 2017, assim como também as importações e exportações de queijos.
- A China aumentou as importações de produtos lácteos em 2017, com exceção da caseína.
- A Nova Zelândia diminuiu as exportações de manteiga (-13%), leite em pó integral (-9%), e queijo (-3%), em 2017.
- O México, a China e a Argélia lideraram as importações de leite em pó integral, em 2017, com maiores volumes em comparação com 2016. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Preços/NZ

Existe um entendimento de que a recuperação do preço do leite em pó integral teve sua origem principal na seca que ocorre na Nova Zelândia e esse será o fator determinante para que continue a melhora este ano. 

As condições de seca na Nova Zelândia foram fundamentais para determinação dos preços na plataforma GlobalDairyTrade, principal referência de preços ao nível internacional, segundo informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). Segundo estimativas da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, haverá queda de 1,5% na produção de leite do país. Até o final de 2017 houve seca, as chuvas de janeiro foram poucas e junte-se a isso as elevadas temperaturas.

A queda da produção de leite na Nova Zelândia será mais que compensada pelo incremento na União Europeia (UE). Portanto, a melhora de preços das commodities lácteas estará ligada àquelas que são produzidas, principalmente, na Nova Zelândia.

O leite em pó integral é a que tem mais chances de melhorar de preços, dado que 50% do comércio internacional deste produto tem origem na Nova Zelândia. Portanto, a sustentação ou aumento do preço deste produto em 2018, dependerá das consequências da situação climática na Nova Zelândia. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

Produção/EUA

Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a produção de leite de janeiro apontou que o número de fazendas de leite autorizadas nos Estados Unidos caiu 1.600, totalizando 40.219. É um declínio de 3,8%. 

Na última década, os Estados Unidos perderam perto de 17.000 fazendas de leite, um declínio de 30%. Com 9,4 milhões de vacas o rebanho leiteiro médio em janeiro deste ano, possuía 234 vacas. A média em 2008 era de 163 vacas. Wisconsin permanece tendo o maior número de fazendas, com 9.090 propriedades tirando leite. Mas, também perdeu 430 unidades em 2017. A Pennsylvania vem em segundo lugar com 6.570 fazenda, sendo que 80 fazendas abandonaram a atividade no ano passado. Nova Iorque tem 4.490 fazendas licenciadas, tendo perdido 160. E Minnesota possui 3.210 produtores de leite, perdendo 140.

A Califórnia, é o estado com maior produção de leite, depois de perder 30 fazendas licenciadas, mantém 1.390 em operação. Com base no número de vacas de janeiro de 2018, o rebanho médio de uma fazenda na Califórnia possui 1.250 vacas. Em Wisconsin, o segundo maior produtor de leite, o tamanho médio do rebanho é de 140 vacas. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)
  

Consumo
O consumo das famílias será a grande alavanca da economia em 2018 e irá responder por quase a totalidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 3%, esperado para o ano. Com base nesse cenário, crescem as apostas em ações ligadas ao setor, em especial varejistas, que ainda têm grande potencial de valorização. (Fonte: Supermercado Moderno)

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