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21/02/2018

 

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.679

 

  Setor leiteiro gaúcho pede audiência pública para tratar da crise

Entidades do setor lácteo, em conjunto com deputados estaduais, vão protocolar pedido de audiência pública com o governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, para tentar negociar um fim à crise atual da cadeia leiteira gaúcha. A decisão, considerada urgente, foi tomada na manhã desta quarta-feira (21/2), durante reunião do Grupo de Trabalho do Leite (GTL) da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS). O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, esteve presente no encontro, que foi presidido pelo deputado estadual Zé Nunes (PT).

O debate focou na grave situação em que se encontra o setor produtivo, especialmente no que se refere ao cenário formado pelos altos custos de produção,calamidade nos municípios com forte atividade leiteira e pela atividade comercial com o Mercosul. Para Palharini, os altos custos de insumos que os produtores gaúchos pagam representam uma grande dificuldade, pois não são competitivos em comparação aos produtores de outros estados e países. Além disso, de acordo com o executivo, não há equalização sanitária entre os países do Mercosul, o que deve ser levado em consideração na discussão sobre importações de leite. "Acho difícil barrar. O que devemos fazer é nos aproximarmos do Mercosul e trabalhar outras pautas", afirmou.

Em concordância, o presidente do Conseleite e secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, pontuou que a suspensão das importações, determinada pelo governo federal em 2017, durou apenas 18 dias em razão da pressão de outros estados. "A força política de São Paulo, atrelada ao governo, abriu as fronteiras de novo". Signori ainda contrapôs o superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini, presente na reunião, que voltou a dizer que o órgão não encontrou evidências de triangulação de leite em pó uruguaio. "Houve, sim, triangulação. A conta não fecha", protestou Signori.

Para acompanhar as atualizações sobre o caso do leite em pó uruguaio e transmitir informações à casa, o deputado estadual Sérgio Turra (PP  foi escalado como porta-voz do Mapa. Estiveram presentes entidades como Apil, IGL, Famurs, Fetraf, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitorya Paulo 

 

Comitê Científico da OIE aceita pedido para declarar o Brasil livre de aftosa com vacinação

O Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomendou que o Brasil seja reconhecido como livre da febre aftosa com vacinação aos 180 países integrantes da OIE. Com isso, 25 estados e o Distrito Federal tendem a ser declarados livres da aftosa com vacinação pelo organismo internacional.

Santa Catarina é reconhecida pela OIE como livre da doença sem vacinação desde 2007. A decisão deverá ser anunciada na assembleia geral da entidade a realizar-se em Paris de 20 a 25 de maio, e o certificado de país livre de aftosa será entregue no dia 24. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deverá estar presente na solenidade. Também está prevista a presença do presidente Michel Temer.

O informe do comitê formado por 15 cientistas elaborado nesta semana ao ministro Blairo e a integrantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O ministro comemorou a decisão do comitê, alcançada depois de décadas de luta do governo e de lideranças da pecuária nacional, conforme lembrou. "Estou muito feliz e quero compartilhar a conquista com milhares de pessoas que colaboraram para isto". Após a decisão a ser tomada em maio próximo, o Brasil, de acordo com cronograma já aprovado, irá intensificar os esforços para ser declarado livre da aftosa sem vacinação até 2023. "Será o grande salto da pecuária brasileira", acredita Maggi.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e representante do Brasil na OIE, Guilherme Marques, "com o excelente relatório enviado pelo Brasil, a ausência da circulação do vírus no país e as medidas adotadas para evitar a doença, o Comitê Científico enviará sua recomendação do Brasil livre da aftosa com vacinação aos países integrantes da OIE. Em maio, será uma etapa formal, quando os países deverão acatar recomendação do comitê", avalia Marques. O Comitê Científico recomendou ao Brasil reforçar a vigilância das fronteiras com a Venezuela e Colômbia, para evitar eventual reingresso da doença no Brasil.

Reforço nas fronteiras
Em setembro do ano passado, o ministério encaminhou pedido de reconhecimento do Amazonas, Amapá, Roraima e parte do Pará, como áreas livre de aftosa com vacinação, que não havia solicitado até então. "Cumprimos todas as exigências com a realização da sorologia, envio de informações sobre os serviços veterinários, reforço na vigilância interna e junto às fronteiras. Em novembro, o assunto foi tratado por uma equipe de febre especializada em aftosa formada por cientistas indicados pelos países da OIE. E o grupo encaminhou, a seguir, recomendações favoráveis ao pleito brasileiro ao Comitê Científico da organização.

Sem vacinação
Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), o próximo grande passo do Brasil será retirar a vacinação contra a doença. A partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021 todo o país deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o país inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação. (As informações são do Mapa)

Governo prorroga pagamento das dívidas dos produtores de leite

O governo vai prorrogar o pagamento das dívidas dos produtores de leite para 30 de março. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite desta terça-feira, dia 20. 

Segundo Maggi, o Banco do Brasil e o Ministério da Fazenda decidiram atender ao pedido feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Portanto, quem possui débitos com a entidade deve comparecer às agências. A liberação da renegociação, no entanto, será verificada caso a caso. 

"Esse é um reconhecimento de que os produtores de leite tiveram uma renda diminuída a tal ponto que estava comprometendo a capacidade de pagar as dívidas com do crédito rural. É uma decisão que veio ajudar" explicou o comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)

Queijo Itálico Santa Clara chega ao mercado

Mais um lançamento da Cooperativa Santa Clara chega ao mercado. Trata-se do Queijo Itálico, produto pré-lançado para os supermercadistas durante a 36ª Expoagas 2017, em Porto Alegre. Entre as características que o Queijo Itálico possui estão o sabor delicado e uma textura amanteigada. 

O produto será disponibilizado em cunha de 200 gramas e é indicado para o preparo de lanches ou pode ser servido como aperitivo. O Queijo Itálico Santa Clara será comercializado para toda a região Sul do país. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 

O Governo Estadual decidiu prorrogar por um ano a suspensão do diferimento de ICMS nas importações de leite em pó. A medida havia sido tomada anteriormente por 90 dias e atende a pedido do setor produtivo local. (Zero Hora)

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