Pular para o conteúdo

25/09/2017

 

Porto Alegre, 25 de setembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.590

 

  Importância do Leite é tema de peça teatral em Chiapetta

O grupo teatral Espaço da Arte, de Bom Princípio, realizou nesta sexta-feira e sábado (22 e 23/09), em Chiapetta, a peça teatral Mimosa em Chiapetta. Em parceria com o Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o grupo promove apresentações que têm como objetivo mostrar às crianças a importância do leite. "Contamos a história da vaquinha Mimosa. Mostramos para as crianças que o leite não vem da caixinha, e sim, da vaca", explicou Maria Paula Corrêa, coordenadora do teatro Espaço da Arte.

As apresentações de teatro ocorreram em duas edições, uma pela manhã e outra à tarde, no Parque de Rodeio de Chiapetta. De acordo com Maria Paula, cerca de 200 crianças assistiram a peça na sexta-feira pela manhã. "A gente procura mostrar desde o dia a dia do agricultor até as indústrias", explicou, ressaltando o retorno positivo por parte do público.

A parceria do grupo com o Sindilat já ocorre há dois anos. Neste ano, o grupo já passou por eventos do setor em Santo Augusto e Esteio. A atividade conta também com apoio do Fundesa, Fetag, Farsul, Seapi e Mapa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Apresentações ocorreram na sexta-feira e no sábado. Foto: Maria Paula Corrêa da Silva

 
Cerca de 200 crianças assistiram a peça na sexta-feira Foto: Maria Paula Corrêa da Silva

Soro de leite se destaca nos mercados emergentes

A demanda por soro de leite continua aumentando e a Glanbia Nutritionals vê a maior oportunidade de crescimento nos mercados emergentes, particularmente a Ásia Pacífico. A Ásia Pacífico lidera o mercado global de soro de leite, registrando crescimento anual de dois dígitos, uma tendência que deverá continuar até 2020, de acordo com a Glanbia.

"Os produtos lácteos nos países desenvolvidos são mais difíceis de competir; os emergentes revelam oportunidades promissoras à medida que evoluem", disse Brian Phelan, CEO da Glanbia Nutritionals, na Conferência Internacional de Whey de 2017 (IWC) em Chicago. Além da Ásia Pacífico, a América do Sul continua mostrando um potencial promissor à medida que os pools de leite tradicionais se expandem, disse Phelan.

Reconhecendo essa demanda, a Glanbia Nutritionals realizou vários investimentos através do crescimento orgânico e através da atividade de fusões e aquisições na categoria de soro do leite, incluindo a expansão planejada para 2018 de sua capacidade de produção de soro do leite de alta qualidade em Idaho.

No início deste ano, a empresa também anunciou planos para construir uma nova fábrica de produção de soro do leite e queijos em Michigan, que, uma vez concluída em 2020, ampliará a capacidade de produção da empresa em 30%. "À medida que esta categoria [nutrição de desempenho] se torna mainstream, adquirimos marcas para participar dessa tendência de ofertas especiais até produtos prontos para misturar", disse Phelan.

Em termos de crescimento de fusões e aquisições na categoria de nutrição esportiva, a Glanbia comprou a Optimum Nutrition por US$ 315 milhões em 2008, fez uma aquisição de US$ 144 milhões da Bio-Engineered Supplements and Nutrition e pagou US$ 153 milhões pela The Isopure Co., fabricante de pós e produtos prontos para beber.

O fornecimento de conteúdo de proteína do soro do leite de um jeito conveniente continuará sendo um foco para Glanbia, disse Phelan. Ele acrescentou que o crescimento explosivo de alimentos fortificados com proteínas e produtos de beber registrado nos EUA provavelmente ocorrerá nos mercados emergentes, mas apenas através de esforços direcionados da indústria de lácteos em torno dos benefícios nutricionais cientificamente pesquisados do soro. "Nós temos que sair e reanimar a indústria e não tomar nada por certo", disse Phelan.

Demanda por soro de leite nos EUA se torna premium
A "premiumnização" das preferências dos consumidores nos EUA estimularam a demanda por novos formatos de produtos que incorporam soro do leite como ingrediente. A Glanbia Nutritionals adicionou recentemente uma proteína de soro de leite hidrolisada e térmica, o ProTherma, ao seu portfólio, designado para o uso em aplicações quentes prontas para misturar, como café, chá, chocolate quente, bebidas de malte e café em cápsula.

O ProTherma é uma proteína de soro hidrolisada aglomerada consistindo de 85% de proteína com baixa lactose e projetada para suportar altas temperaturas, dando-lhe a capacidade de permanecer solúvel e estável quando adicionado a água quente. A proteína do soro hidrolisado foi desenvolvida para responder à demanda por produtos enriquecidos em proteínas, particularmente na categoria global de bebidas quentes, que cresceu 5% em volume entre 2015 e 2016, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Produção de leite e lácteos na Argentina

Segundo a Subsecretaría de Lechería do Ministerio de Agroindustria da Argentina (MAGYP), a produção no país foi de 9,90 bilhões de litros em 2016. A produção foi crescente na Argentina de 2003 a 2012, com oscilações pontuais, entretanto caiu 12,5% em 2016. O país vinha com a produção acima de 11 bilhões de litros desde 2011, caindo para menos de 10 bilhões em 2016.

 
  
Esta queda se deu em função das condições climáticas adversas, como excesso de chuva em regiões marcadas pela alta produtividade, levando a perdas consideráveis de pastagens e vacas. A queda na cotação e as dificuldades enfrentadas pelos laticínios argentinos também tiraram muitos produtores e indústrias da atividade. Em 2017, a produção de janeiro a agosto já diminuiu 0,8% em relação ao mesmo período de 2016, o cenário climático que caracterizou o segundo semestre do ano anterior se repetiu no primeiro semestre deste ano, porém com menor intensidade. Neste segundo semestre se espera uma recuperação da produção, com um ligeiro crescimento na comparação com o mesmo período do ano anterior.
 
Exportação 
As exportações de lácteos argentinos foram de 300,72 mil toneladas em 2016, representando um faturamento de US$815,94 milhões, 9,5% e 27,4% menor que em 2015, respectivamente.
 
 
 
Os principais destinos, em faturamento, foram: o Brasil 39%, a Rússia 11%, a Venezuela 10,6% e Argélia 8,3%.
 
Os principais produtos exportados foram: leite em pó integral (45%), soro de leite (22,3%) e queijos (16,6%).
  
 
Segundo o Observatório de la Cadena Láctea de Argentina (OCLA), de janeiro a julho de 2017 o pais embarcou 115,756 mil toneladas de produtos lácteos, 31,8% menos que em 2016 obtendo uma receita de US$374,60 milhões, 15,1% menor que no mesmo período de 2016.
 
O volume acumulado nos primeiros sete meses de 2017 é o menor dos últimos quatorze anos para o mesmo período.
 
Esta queda significativa se deve à baixa produção, melhores preços no mercado interno, aumento nos custos de produção, baixa escala da produtividade industrial e desvalorização da moeda.
 
A Argentina é um dos principais exportadores de produtos lácteos da América do Sul. E o Brasil é o seu principal destino.
 
Em agosto foi prorrogado o acordo para importação de leite em pó da Argentina pelo Brasil que vigorará até maio de 2018. A cota atual é de 54 mil toneladas distribuídas mensalmente durante o período de junho de 2017 a maio de 2018, sendo que os exportadores poderão lançar mão da cota limite de 5 mil toneladas/mês em meses onde a demanda assim exigir.
 
Este tipo de acordo permite previsibilidade nas operações e evitar surtos de importações que pressionem os preços internos.
 
Para 2018, a Argentina pretende se mobilizar para o fim das cotas de exportação vigentes no mercado brasileiro.
 
Considerações finais 
Depois de dois anos atravessando uma das crises leiteiras mundiais mais profundas e prolongadas, e com problemas internos no contexto econômico e deficiências estruturais do setor, a atividade na Argentina começa a se recompor lentamente.
 
Os preços em toda a cadeia têm melhorado e os custos de produção diminuído, embora os efeitos climáticos negativos, ainda fortes em algumas regiões, progressivamente vão ficando para trás. A expectativa é de ligeiro aumento na produção em 2017, na comparação ano a ano. (Scot Consultoria)

RS: capacitação técnica fomenta a bovinocultura de leite entre produtores de Frederico Westphalen

Para estimular e agregar conhecimento aos produtores de leite de Frederico Westphalen, a Emater/RS-Ascar, Prefeitura e Cotrifred promoveram nesta terça-feira (19) uma Capacitação Técnica em Bovinocultura de Leite. A atividade aconteceu na Linha São Paulo, interior de Frederico Westphalen, e reuniu cerca de 50 produtores.

A programação do evento teve início com a participação do médico veterinário da Cotrifred, Thiago Cantarelli, falando sobre as características morfológicas para seleção de vacas leiteiras de alta produção. O tema destacou os 16 aspectos do animal: estatura, angulosidade, força, profundidade corporal, largura de garupa, ângulo de garupa, pernas vista lateral e posterior, ângulo do casco, úbere anterior, altura e largura do úbere posterior, ligamento central, profundidade de úbere, posição e comprimento dos tetos.

Em seguida, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Mateus Stefanello, explanou sobre produção de silagem de alta qualidade, salientando como a alimentação é o componente mais importante no custo de produção do leite, destacando que a qualidade do volumoso ofertado é de vital importância na viabilidade do processo produtivo. Segundo ele, a produção de silagem de milho de boa qualidade é composta de três fases complementares, o plantio e condução agronômica, colheita e ensilagem, desensilagem e fornecimento.

Por fim, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Jeferson Vidal Figueiredo, apresentou sobre a implantação, o manejo de pastagem e a nutrição de vacas leiteiras. "Na produção de leite, a atividade é mais complexa e necessita da gestão da propriedade, considerando inúmeros fatores produtivos, como clima, área, manejo, instalações, mercado, máquinas, estrutura do rebanho, entre outros aspectos", explicou Jeferson.

A capacitação técnica em Frederico Westphalen contou com a participação do secretário Municipal da Agricultura, Cleber Cerutti, do vice-presidente da Cotrifred, Dari Luis Albarello, e da extensionista social da Emater/RS-Ascar, Vera Izabel Cancian. Para o secretário da Agricultura de Frederico Westphalen, a realização do evento faz parte de um esforço das entidades promotoras para fomentar e desenvolver a cadeia produtiva do leite no município. "A nossa intenção é realizar em outras comunidades eventos nesse formato e promover ações para fomentar cada vez mais a cadeia produtiva do leite, levando aos agricultores ferramentas para desenvolver e melhorar a atividade", comentou Cerutti.

O secretário reforçou ainda, o convite aos agricultores para participarem do Dia de Campo que acontecerá nesta sexta-feira (22), na propriedade do jovem produtor, Cassiano de Pellegrin, na Linha Ponte do Pardo. Em novembro, no dia 21, acontece o 5º Fórum Itinerante do Leite, evento que agregará conhecimento e boas experiências às famílias produtoras de leite da região. (Fonte: Emater/RS)

 

UE x Mercosul
O setor lácteo do Mercosul está otimista com a retirada dos laticínios das negociações com a União Europeia (UE). No início do próximo mês haverá uma reunião chave para tratar do assunto em Brasília, onde os negociadores de ambos os países farão um intercâmbio de ofertas. Nesse encontro, representantes do Instituto Nacional do Leite (Inale) apoiarão os negociadores diplomáticos, segundo confirmou a El País, o presidente do Inale, Ricardo De Izaguirre. "A pretensão é que os lácteos que hoje estão dentro do acordo, sejam retirados", explicou Izaguirre. Da mesma forma, os produtores de leite do Brasil - o produtor mais forte -, Argentina, Paraguai, Chile e também os uruguaios estão muito preocupados com as pressões da UE que querem manter os lácteos dentro do acordo comercial. Esta é a meta dos produtores de leite do velho continente, que recebem subsídios para manter a produção. Esta semana, o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Wilson Cabrera, considerou que "seria bom ter contato com os produtores brasileiro porque existem temas no Tratado de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) que também afetarão os vizinhos". Cabrera avalia que se entrar no Uruguai lácteos subsidiados pela UE, o prejuízo para os produtores de leite do Mercosul será muito elevado. "Não tenho nenhuma dúvida de que seria bastante prejudicial aos produtores de leite do Mercosul, que possuem custos de produção muito elevados", alertou o titular da ANPL. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *