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09/06/2017

 

Porto Alegre, 09 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.517

 

Projeto quer mudança na inspeção 


Credito foto: Eduardo Oliveira

O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, apresentou na tarde desta quinta-feira (8/6), em Porto Alegre (RS), um Projeto de Lei que prevê mudanças na inspeção de produtos de origem animal. A proposta possibilita que o Estado habilite médicos veterinários para fazer o serviço de inspeção sanitária e industrial dos produtos, através de empresas credenciadas. Atualmente, apenas os médicos veterinários da Seapi podem realizar o trabalho. O texto será encaminhado à Casa Civil nos próximos dias, e deve ser protocolado em regime de urgência na Assembleia Legislativa. A intenção é de que a lei entre em vigor ainda este ano.

O objetivo da proposta é agilizar os controles dos processos produtivos, uma vez que o quadro do Estado não dispõe de profissionais suficientes para ampliar a fiscalização. Apesar de estarem ligados às empresas, esses funcionários deverão passar por cursos preparatórios e de qualificação de forma a garantir alinhamento com o regramento sanitário estadual. A Seapi está alinhando o processo de capacitação com o Senai e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Além disso, os profissionais receberiam treinamento da própria equipe da Secretaria, para haver um nivelamento no processo. "A limitação de pessoal da Secretaria, frente à demanda que temos hoje, gera entraves para a abertura de novas empresas e a ampliação de atividades das já existentes. O Estado deixa de arrecadar mais de R$ 20 milhões em ICMS ao ano por causa disso, além dos quase 500 empregos que deixam de ser gerados", explicou o secretário. A fiscalização, no entanto, continuaria exclusivamente a cargo da Secretaria, que também supervisionaria os trabalhos de inspeção.

As mudanças atingirão, em um primeiro momento, os frigoríficos que precisam de um fiscal fixo diariamente. A indústria de leite, que têm inspeção periódica, só deve passar por essas mudanças mais adiante. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou o setor lácteo na reunião, o projeto irá implementar uma nova sistemática de inspeção. "Esta nova proposta vai deixar mais fiscais disponíveis para a fiscalização do trabalho. Hoje em dia, o profissional é ao mesmo tempo fiscal e supervisor", pontuou. Segundo Palharini, os laticínios já operam com fiscalização itinerante e se baseia no histórico da empresa e nos controles internos. (Assessoria de Imprensa Sindilat com informações da Seapi)
 

Argentina - Código de boas práticas comerciais

Foi realizada uma nova reunião da Câmara Setorial de Leite, com a participação dos supermercados de origem asiática. No primeiro trimestre, a produção de leite na Região Centro caiu 15%, segundo um boletim econômico da Universidad Austral. Ainda que não seja a única zona produtora do país, Córdoba e Santa Fe são as províncias com a maior produção, e, esse dado constitui uma clara amostra de que, apesar da melhora na equação para os produtores, preço mais alto e um milho mais barato, o setor lácteo da Argentina não consegue sair da crise. Dentro desse contexto foi realizada uma nova reunião da Câmara Setorial de Leite, da qual surgiram novas propostas que permitirão tirar o setor do atoleiro em que se encontra há dois anos. O Ministério da Agroindústria e a Câmara dos Produtores de Leite de Córdoba (Caprolec), informaram que o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Ricardo Negri; e o subsecretário de Leite, Alejandro Sammartino, coordenaram o encontro que, como dado de destaque, contou com a participação da Câmara Empresarial de Desenvolvimento Argentino e Países do Sudeste Asiático (Cedeapsa). "Estamos muito satisfeitos de que a Câmara vai se consolidando para tratar não somente de temas conjunturais, mas fundamentalmente, temas estruturais da cadeia", disse Negri. 

A principal proposta que surgiu da reunião foi a implantação de um código de boas práticas comerciais, baseado em dois eixos: reduzir os prazos de pagamento, e que nas gôndolas tenha um percentual mínimo de produtos elaborados por pequenas e médias indústrias. Além da Caprolec, também participaram representantes da Confederação Rural Argentina (CRA), Sociedade Rural Argentina (SRA), Coninagro, Câmara de Produtores de Leite da Província de Santa Fe (Meprolsafe), Centro da Indústria de Laticínios (CIL), Associação das Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (Apymel), Câmara de Produtores de Leite da Bacia Oeste (Caprolecoba), Junta Intercooperativa de Produtores de Leite (JIPL), e Associação de Produtores de Leite (APL). (Agrositio - Tradução livre: Terra Viva)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 23/2017 de 08 de junho de 2017

Leite/América do Sul - Com a aproximação do inverno, a produção de leite continua melhorando na Argentina. No entanto o tempo tem sido variável nas últimas duas semanas nas principais bacias leiteiras, embora o leite tenha sido afetado apenas marginalmente. Para muitos analistas a produção de leite continuará aumentando por diversas razões: Primeiro porque as condições climáticas estão melhorando nas principais bacias leiteiras. Segundo, os elevados preços do leite ao produtor incentivam o aumento da produção. Terceiro, a consolidação do setor lácteo está reduzindo os custos operacionais, encorajando as fazendas de leite a produzirem mais. No entanto, no atual momento, o volume de leite continua abaixo das necessidades da indústria. 

Queijo e leite de consumo continuam a ser os produtos prioritários a serem fabricados. As exportações estão em menores níveis do que no ano anterior. No Uruguai a produção de leite está elevando lentamente, acompanhando a tendência de aumento sazonal. Embora os volumes de leite/creme estejam aumentando, a oferta é insuficiente para atender as necessidades da indústria. A disponibilidade de creme continua fraca e as bonificações elevadas para um mercado aquecido. Em algumas regiões leiteiras do Brasil a entrega de leite aumentou, mas, diminuiu em outras, diante das variações climáticas das duas últimas semanas. A oferta de leite/creme permanece menor do que as necessidades de processamento, com exceção para leite engarrafado (UHT) e queijos. O mercado de leite UHT está fraco, e os preços seguem a tendência descendente durante o mês. Apesar disso, muitas indústrias relataram vendas reduzidas. A demanda por queijos mostrou sinais de melhora, mas, algumas empresas reduziram os preços para competir com os importados com menores preços. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

A colheita de soja já terminou no Rio Grande do Sul, Mas a produção total segue sendo revisada. A Conab ampliou o volume final para 18,71 milhões de toneladas, cerca de 500 mil toneladas a mais em relação ao dado anterior. (Zero Hora)
 
 

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