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12/04/2017

 

Porto Alegre, 12 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.479

 

Secretário da Agricultura ressalta importância da atividade leiteira em evento Federasul


Crédito da foto: Itamar Aguiar

A pujança do setor agropecuário, que representa 41% do PIB gaúcho, foi exaltada pelo secretário da Agricultura, Ernani Polo, nesta quarta-feira (12/4) durante a reunião-almoço Tá na Mesa, realizada semanalmente pela Federasul, em Porto Alegre. Polo destacou a complexidade da produção de leite no Estado, onde mais de 100 mil famílias atuam na atividade. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, prestigiou o evento, que inúmeras vezes abordou a importância social da atividade leiteira e a necessidade de políticas públicas para o setor. 

"É uma atividade de alto risco", comentou Polo, reconhecendo que é preciso tornar o setor mais competitivo e ressaltando a importância dos incentivos fiscais. O secretário disse que o governo está desenvolvendo uma política de Estado para estimular a agregação de valor do leite e de outros produtos agropecuários. "Precisamos abrir novos mercados", disse, citando como exemplo o setor lácteo, que precisa escoar 60% da produção para fora do Rio Grande do Sul. 

Durante o Tá na Mesa, Polo ainda fez um balanço dos principais programas de governo, entre eles o Agro+ RS, lançado no final de 2016. Para a iniciativa, foram consultadas 38 entidades do setor que apresentaram 226 demandas. Até o momento, 43 demandas já foram resolvidas e as demais estão em análise. O secretário ressaltou ainda outras iniciativas como a Lei do Leite e o programa Conservar para Produzir Melhor, voltado à recuperação do solo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Conaprole tem expectativas de negócios com Argentina e Brasil

O setor de lácteos está em melhores condições de alcançar uma defesa do preço do leite ao produtor, embora dependa muito dos valores internacionais, disse o novo presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Wilson Cabrera depois de tomar posse. "Temos a expectativa de que haverá uma demanda por lácteos bastante firme do Brasil e da Argentina, onde a Conaprole está trabalhando duro nessa direção".

Ex-diretor da Conaprole até o último mês de fevereiro, ele comentou que em uma recente visita ao Brasil observou que o leite é notoriamente escasso, enquanto que a cooperativa trabalha muito bem para promover uma linha forte de colocação na Argentina.

Em seu discurso de posse, Cabrera explicou que no setor de lácteos se observa uma recuperação da atividade econômica, embora com altos e baixos, e isso ajudará a gestão da nova liderança da ANPL que enfrentará uma situação melhor do que teve de superar a liderança anterior, conduzida por Rodolfo Braga.

Ele disse que um dos objetivos será o de defender a margem do preço do leite recebido pelos produtores e ressaltou que é um trabalho sindical de defesa e que deve ser feito entre todos os sindicatos, inclusive, aparando as arestas se elas existirem para alcançar melhores resultados.

Cabrera lembrou que tem a mesma visão positiva que quando iniciou o mandato de quatro anos como presidente em 2003, depois que países enfrentaram a crise da febre aftosa em 2001 e a subsequente crise financeira de 2002.

Cabrera previu a continuação e o apoio a um trabalho feito por todas as associações empresariais para tentar melhorar a competitividade do país, porque, por exemplo, não é viável o preço dos combustíveis no país. Ele também se referiu ao custo da energia, o qual impacta sobre o trabalho do produtor.

Além disso, o gerente geral do Instituto Nacional do Leite (INALE), Gabriel Bagnato, considerou que as margens alcançadas pelas fazendas leiteiras hoje, com um preço por litro de leite de US $ 0,34 a US $ 0,35 - e um custo de produção de US $ 0,30 por litro - está demonstrando que as empresas têm rentabilidade positiva.

Também ele comentou sobre o aspecto positivo que é a consolidação do mercado de lácteos, que, por exemplo, no leite em pó integral, evoluiu para US $ 3.000 por tonelada. Apesar de não alcançar os valores necessários para confirmar uma recuperação, são bastante diferentes daqueles que foram registrados no auge da crise do leite, diz Bagnato. (El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

POSTOS CRIADOS

O agronegócio gaúcho foi o que mais criou vagas de empregos nos primeiros dois meses do ano em todo o país. Foram 12.551 postos de trabalho no bimestre (veja quadro), segundo levantamento da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Apesar da liderança, o saldo ainda é inferior ao do mesmo período de 2016. É o reflexo de alguns setores, com desempenho menos favorável em 2017.

- As lavouras permanentes e a fabricação de produtos de fumo tiveram saldo positivo, mas menor do que no ano passado. Os que mais impactaram negativamente foram os segmentos de conservas e de produção de sementes e mudas - explica Rodrigo Feix, coordenador do núcleo de estudos do agronegócio da FEE.

Acompanhando a sazonalidade da produção de verão, fevereiro foi o segundo mês consecutivo de saldo positivo, com a criação de 6.547 empregos. A influência vem das vagas abertas para o trabalho na safra. É o caso dos trabalhadores contratados para a colheita da maçã, por exemplo - as lavouras permanentes tiveram saldo de 913 postos, as temporárias, de 657.

- Nos quatro primeiros meses do ano, há um componente sazonal dos ciclos das culturas de verão - confirma Feix.

Outro destaque positivo em fevereiro foi o setor de máquinas agrícolas, que já aparece entre os com maior criação de vagas (foram 365 empregos formais). Os números do mês também mostraram o impacto negativo, no setor de abates, do fechamento do frigorífico da Marfrig, em Alegrete. (Zero Hora)

Recuperação na Nova Zelândia pode reduzir aumento do preço do leite

Os preços mundiais dos produtos lácteos vão estabilizar-se este ano, à medida que a crescente produção da Nova Zelândia "freia" o aumento, disse o Rabobank. Mas a forte demanda da China manterá os mercados equilibrados, enquanto as tensões com o México ameaçam diminuir o crescimento da produção e das exportações dos EUA.

O Rabobank previu que os preços do leite em pó integral na Oceania caíram para US$ 2.900 por tonelada em abril a junho deste ano, subindo para US $ 3.200 a tonelada no período de outubro a novembro, de uma média de US$ 3.190 nos primeiros três meses do ano. Os preços do leite em pó desnatado na Oceania permaneceram em seus níveis atuais, média de US $ 2.000 por tonelada, no período de outubro a dezembro.

Produção de leite na Nova Zelândia
A estabilização dos preços vem à medida que a queda recente na produção diminui. "Será, no entanto, na segunda metade de 2017 antes de finalmente vermos o crescimento da produção mundial de leite e qualquer aumento no excedente de exportação", disse o Rabobank. Na Nova Zelândia, o principal exportador do mundo, o Rabobank observou que "a confiança do produtor para esta temporada está marcadamente maior do que no mesmo período da estação anterior".

A Fonterra, a principal cooperativa de lácteos do país, previu que os preços para a atual estação de 2016-17 será de NZ$ 6 (US$ 4,16) por quilo de sólidos de leite (equivalente a NZ$ 0,50 [US$ 0,34] por quilo de leite), um aumento de 54% ao ano. E a produção da Nova Zelândia surpreendeu. "Apesar do mau início do volume de produção desta estação, os fluxos de leite surpreenderam com um forte retorno: a produção de leite está apenas 3% menor que na estação passada", disse o Rabobank, citando as boas condições climáticas desde o final de 2016.

"A alimentação animal está abundante e acessível, e há uma expectativa geral de que os produtores estarão procurando compensar a produção perdida no começo da estação, por causa da previsão favorável do preço do leite". Consequentemente, esperamos que os níveis de produção da Nova Zelândia em toda a estação terminem apenas 2% menor que na estação anterior". 

Recuperação na produção da EU
As perspectivas de produção na Europa também estão subindo, graças aos preços ao produtor de 33,7 euros (US$ 35,67) por 100kg. O Rabobank observa que os preços ao produtor estão em níveis "não vistos desde novembro de 2014", "Com os preços dos insumos subindo apenas modestamente, a maioria dos produtores europeus voltou para uma posição de caixa positivo, e agora esperamos que a produção europeia aumente à medida que a nova temporada se aproxima do pico de produção". O Rabobank previu uma produção acumulada para o primeiro semestre de 2017 1% menor que no ano anterior.

Tensões no México
E a produção nos EUA também está reduzindo a diferença na última estação, mês a mês. A indústria de lácteos dos EUA permaneceu firme nos últimos 12 meses, à medida que a maior parte do setor leiteiro enfrentou importantes desafios.

Mas as perspectivas de exportação são desafiadas pela recente evolução política. "Impulsionado por fatores políticos e econômicos, o México tem procurado diferenciar as importações dos EUA, o que resultou em um aumento das exportações da UE para o México de 10% nos três meses até janeiro."

"O risco de os EUA perderem mais participação no México e os compradores da TPP (Parceria Trans-Pacífico) poderia causar problemas para os produtores de leite dos EUA, criando uma pressão de queda sobre os preços dos produtos norte-americanos. Além disso, muitos produtores de leite dos EUA dependem muito do trabalho de imigrantes. As mudanças na política de imigração sugeridas pela atual administração, se executadas, criarão uma grande lacuna na oferta de mão de obra disponível para os produtores de leite em todo o país". A previsão de crescimento médio do Rabobank para os EUA ao longo de 2017 passou para pouco mais de 1%, em comparação com 1,6% do ano passado.

Demanda chinesa cresce fortemente
Mas o mercado será mantido em equilíbrio pelo aumento da demanda da China, maior mercado de importação do mundo. "Com dados de produção oficiais piores do que o esperado para 2016, reduzimos nossa previsão de produção". O crescimento da produção para 2017 é agora previsto em 1,7%. "Com nossas previsões revisadas para produção e consumo, mantemos nossa previsão de crescimento de importações em leite fluido equivalente em 2017 em 20% com relação ao ano anterior".

Em 11/04/17 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,69443 
1,43968 Dólar Neozelandês = US$ 1

1 Euro = US$ 1,05861 
0,94452 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Exportações brasileiras de lácteos - março de 2017
Exportações brasileiras - As divisas geradas com as exportações brasileiras de produtos lácteos-NCM 04 no mês de março de 2017 representaram pouco mais de 21% dos valores gastos com as importações. No entanto, houve aumento em algumas categorias, com destaque para o leite condensado que quase dobrou em volume. Como os preços de exportação dos leites concentrados subiram 43%, o faturamento com leite condensado quase triplicou em relação ao mesmo mês de 2016. No acumulado do ano, o valor com esse produto subiu 106%, embora, o faturamento com a categoria NCM 0402 tenha caído 8,15%, mesmo com elevação de 2,12% no embarque de volumes. Houve melhorada considerável nas cotações dos queijos, e por isso, o percentual de embarques em volume subiu 66,49%, enquanto o faturamento com as exportações NCM 0406 subiu 111%.  (MDIC/Terra Viva)

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