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28/03/2017

 

Porto Alegre, 28 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.469

 

Sindilat discorda da redução de incentivos previstas no PLP 343/17
 
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, defendeu a prorrogação do pagamento da dívida do Estado junto à União, em reunião que ocorreu na tarde desta segunda-feira (27/03) na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Entretanto, o dirigente ressaltou que a entidade não concorda com a condicionante de reduzir os incentivos, medida prevista no PLP 343, por considerar que ela prejudica a competitividade da indústria gaúcha. A reunião foi composta por representantes da indústria, deputados estaduais e federais para discutir temas nacionais em tramitação que repercutem no Estado. Na ocasião, a Agenda da Indústria Gaúcha, um documento de 26 páginas com a Pauta Mínima e Projetos Prioritários, elaborado pela Fiergs, foi entregue aos parlamentares.

Guerra alerta que os estados que instituírem o Regime de Recuperação Fiscal, deverão adotar contrapartidas que irão prejudicar a competitividade da indústria do Rio Grande do Sul. "Com a redução de 20% ao ano dos benefícios fiscais em vigor, o Rio Grande do Sul terá que cortar os incentivos e, consequentemente, créditos. Assim, o ICM irá diminuir e o desemprego aumentar", avalia. Para o dirigente, "a indústria não é o problema, mas a solução". Guerra afirma que, como não serão todos os Estados que deverão aderir ao programa e, por conseguinte, não irão rever seus incentivos, haverá um desequilíbrio concorrencial, com a fuga de empresas do Rio Grande do Sul. "O Estado já fez muito, não podemos deixar que o setor produtivo que sustenta a economia quebre", salienta.

A Pauta Mínima apontada pela Fiergs inclui quatro itens: Valorização das Negociações Coletivas, Regime de Recuperação Fiscal dos Estados, Reforma da Previdência e Regularização Tributária. Para cada um destes pontos, foram apresentados, por representantes da indústria, como os projetos irão influenciar o setor industrial. Além da Pauta Mínima, foram encaminhados ainda Projetos Prioritários da Indústria envolvendo Relações do Trabalho, Sistema Tributário, Regulamentação da Economia, Infraestrutura e Meio Ambiente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
A oferta de leite na Europa continuará estável em 2017

Em 2017 a produção de leite na União Europeia (UE) crescerá 0,6% apesar de uma nova redução do rebanho, o que será compensado por maior rendimento por animal. No último relatório sobre perspectivas, a Comissão Europeia (CE) previu que o estoque de gado leiteiro cairá 1,6% este ano, mas a produtividade animal aumentará 2%. 

No ano passado a captação de leite dos 28 países integrantes do bloco avançou apenas 0,4% em relação a 2015. Na segunda metade de 2016 as autoridades europeias lançaram medidas para apoiar o setor lácteo, desde a compra de produtos industrializados até um programa para desestimular a oferta. Em 2015 houve aumento na produção logo depois da eliminação das cotas. Segundo estimativas preliminares, o plano de redução da oferta conseguiu um alto percentual de cumprimento. O corte chegou a 850.000 toneladas, cerca de 80% do objetivo inicial de 1,06 milhões de toneladas. No primeiro trimestre de 2017 a produção ficará abaixo da de igual período do ano passado, mas, já haverá incremento entre abril e junho, se aproximando da oferta do segundo trimestre de 2016. "Se os preços do leite continuarem estáveis, pode-se esperar um aumento significativo da produção no segundo semestre de 2017", disse o relatório da CE. A produção animal crescerá 2%, chegando a 7.065 quilos por vaca, enquanto o rebanho cairá 1,6%, ou 380.000 cabeças. No final do ano passado o número de vacas leiteiras na UE foi estimado em 23,3 milhões de cabeças, 0,4% menos que um ano antes. No relatório foram destacados os principais fatores que incidirão nos preços do leite este ano: a evolução da oferta global; e os altos níveis de estoques de leite em pó desnatado na Europa. "A captação nos Estados Unidos e Nova Zelândia provavelmente crescerá este ano, principalmente com a forte demanda por queijo e manteiga. A dúvida é em relação à expansão da demanda. Se será suficiente para equilibrar qualquer aumento da produção sem afetar negativamente os preços", diz o relatório. Para 2018 a CE diz que haverá margem para maior aumento da produção de leite do bloco, "especialmente se a demanda mundial continuar crescendo e se a Rússia suspender o embargo às importações" de produtos da UE. No seu último relatório de oferta e demanda o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ajustou marginalmente para mais a projeção da produção de leite em 2017, de 98.818 milhões para 98.863 milhões de toneladas, um incremento de 2,3% em relação ao ano passado. O USDA elevou o número de vacas em produção, mas reduziu a previsão da produtividade animal. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 
Granarolo adquire 60% da Allfood

Granarolo, o maior operador agroindustrial da Itália, de capital italiano, adquiriu 60% da Allfood, o primeiro importador e distribuidor de produtos típicos europeus para o Brasil. Trata-se da segunda operação no Brasil nos últimos dois anos por parte do Grupo: no final de 2015, de fato, a Granarolo adquiriu 60% de participação na Yema, sociedade especializada na produção e comercialização de uma vasta gama de produtos caseiros. 

Allfood, com sede em São Paulo, tem um portfólio de 200 outros produtos, dos quais 48% são italianos (25% queijo e 75% salame), e 33% de marca própria. A Sociedade conta com um centro logístico de 2.000 metros quadrados e um estabelecimento de duas linhas produtivas, respectivamente, de salame e queijo. "O Brasil - disse Gianpiero Calzolaria, presidente do Grupo Granarolo - representa um mercado estratégico pela presença de uma grande comunidade italiana de 25 milhões de pessoas, que estão, naturalmente, interessadas em produtos italianos; somente o segmento de lácteos vale 23 milhões de euros. É um país com grande potencial: A Yema, em um ano registrou um incremento de 25% em seu faturamento. A atividade da Allfood - conclui Calzolari - se integra perfeitamente com a da Yema; a primeira prevalece a venda para a grande distribuição, enquanto, a Yema vende para os canais foodservice". A transação proporcionará à Granarolo, através de sinergias entre Yema e Allfood, tornar-se líder na importação de alimentos italianos e europeus para o Brasil, cobrindo todos os canais de distribuição e ter economia de escala. "A escolha desta parceria de um lado dá à Granarolo a oportunidade de entrar mais fortemente no mercado brasileiro, e por outro, reforça a estratégia da Allfood que quer consolidar sua liderança na importação de alimentos europeus para o Brasil", comentou Luciano Almendary, presidente da Allfood Importação, Indústria, e Comércio S.A. O acesso a novos produtos italianos irá enriquecer nosso portfólio e a nossa oferta ao mercado. Crescerá também a nossa capacidade de servir os sócios brasileiros em todos os canais, tanto no varejo, no comércio normal ou marcas". (Grupo Granarolo - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Maggi: governo vai apresentar programa de retirada da vacinação de febre aftosa

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou nesta segunda-feira, 27, que o governo vai apresentar um programa de retirada gradual da vacinação de febre aftosa em bovinos, diante da expectativa dele de que o Brasil seja declarado livre de aftosa com vacinação em maio do ano que vem. Maggi frisou, no entanto, que um plano ainda está em elaboração e será discutido "com a sociedade" antes de ser apresentado.

Em fevereiro, o governo anunciou a intenção de lançar o plano de retirada gradual da vacinação contra a febre aftosa no País a partir de 2018 e ainda uma mudança na vacina aplicada atualmente, com a exclusão da imunização contra o vírus tipo C, um dos três presentes no medicamento. À época, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, informou ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o governo pretendia autorizar a retirada da vacinação na campanha de novembro de 2018 para cerca de 80 milhões, dos 220 milhões de cabeças do rebanho bovino brasileiro.

Maggi confirmou ainda que o governo fará um estudo sobre quais circuitos (Estados e regiões) devem, juntos, pleitear a retirada da vacinação. Atualmente, apenas Santa Catarina é Estado reconhecido como livre de aftosa sem vacinação. Para o reconhecimento de Estados e regiões livres de aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como o Estado do Sul, é preciso antes o reconhecimento nacional.

Segundo o ministro, outra medida é assegurar, por exemplo, que animais vacinados não entrem em regiões livres de vacinação. Paralelamente, o governo prepara a modificação da vacina aplicada atualmente, com a retirada o vírus tipo C (inativado) da composição do produto. Esse tipo de vírus foi erradicado há mais de 13 anos, não sendo mais necessária a imunização, na avaliação do Ministério da Agricultura. A vacinação com o novo medicamento está prevista para março de 2018, quando ocorre a primeira etapa nacional de imunização.

O produto atual, que é trivalente e protege o rebanho dos vírus A, C e O, passaria, a partir do próximo ano, a ser bivalente, contendo apenas as cepas A e O do vírus. Com a nova vacina, o governo prevê redução no custo do transporte, no armazenamento e na conservação das doses, bem como no processo de fabricação, distribuição e comercialização. Também haverá menor gasto com o manejo nas propriedades e menos reações nos animais, como os eventuais caroços no couro, que podem provocar perda de até 2 quilos na preparação dos cortes. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 

Companhia de lácteos do Vietnã, TH True Milk, vai investir US$ 1,7 bilhão na Rússia
A companhia de lácteos do Vietnã, TH True Milk, vai investir mais US$ 1,7 bilhão no estabelecimento de uma fábrica de laticínios no leste da Rússia. O investimento ajudará a empresa a atender a demanda na China e no Japão por produtos lácteos orgânicos, onde a disponibilidade é "escassa". Isso permitirá que o TH True Milk estabeleça um sistema de produção de leite no distrito federal de Far Eastern, da Rússia - uma região de 6 milhões de quilômetros quadrados da Rússia que está inteiramente dentro do continente asiático. Apesar de sua população esparsa, a área fornece a terceira maior contribuição econômica por cabeça de todos os distritos federais da Rússia e está estrategicamente localizada para ajudar a TH True Milk a aumentar seus negócios na Ásia. A companhia já investiu em dois projetos de produção de leite na Rússia - um na região de Moscou e outro na vizinha, Kaluga. "O valor total de projetos na Rússia que a nossa companhia planeja é de aproximadamente US$ 2,7 bilhões. Deste montante, cerca de US$ 1 bilhão já foi investido", disse a presidente da TH True Milk, Thai Huong. O mercado doméstico de lácteos da Rússia se beneficiou de investimentos asiáticos, depois que as importações ocidentais foram banidas em 2014. Os detalhes do investimento adicional da TH True Milk foram dados pelo vice-primeiro-ministro da Rússia, Yury Trutnev. (As informações são do FoodBev.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

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