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27/03//2017

 

 

Porto Alegre, 27 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.468

 

Programação e captação de recursos para a Expoleite/Fenasul será tema de reunião
 
 
Para acertar os detalhes da 40º Expoleite e na 17ª Fenasul, previstos para ocorrer entre os dias 24 e 28 de maio, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a comissão executiva responsável pelo evento esteve reunida na manhã desta segunda-feira (27/03) na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). A programação e a captação de recursos para o evento foram os temas que pautaram o encontro. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, representou o sindicato. As entidades presentes decidiram organizar uma reunião com o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, na quinta-feira (30/03), às 9h, na Farsul, para discutir os recursos que financiarão os eventos, assim como a sua logística. 

A Expoleite/Fenasul será realizada com o apoio do Sindilat/RS, Farsul, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e Federação Gaúcha de Laço. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
 
Desejo do filho de modernizar

Há pouco menos de um ano, a família de Ivanei de Souza instalou um sistema de ordenhadeira canalizada para o manejo do rebanho de 20 animais no município de Segredo, no Vale do Rio Pardo. Desde então, o tempo das ordenhas diárias foi reduzido de uma hora e meia para 35 minutos cada. Além da agilidade, a limpeza dos equipamentos foi facilitada. Durante a Expoagro Afubra, o filho Ressan de Souza, 25 anos, tentava convencer o pai a instalar agora um painel de medição eletrônica no sistema. 

- Com o equipamento vamos conseguir medir a produtividade de cada animal e também a temperatura do leite - detalhava Ressan, empolgado.

A máquina, desenvolvida pela gaúcha Ordemax, controla também o tempo de ordenha e estimula o animal em caso de demora no processo. A família resolveu não fechar o negócio na feira, mas se depender do desejo do filho, não vai demorar para o equipamento ser instalado na propriedade.

- Foi ele (o filho) que quis modernizar tudo - conta a mãe Vera Eliane Cândido de Souza, 51 anos, professora aposentada.

Além da produção leiteira, a família cultiva 20 hectares de soja e quatro de tabaco A intenção da família, no futuro, é abandonar a fumicultura e aumentar o rebanho de animais com a ordenha automatizada.

- O fumo precisa de mais mão de obra. A produção de leite pode aumentar sem a necessidade de mais gente - calcula Vera Elaine.

A resposta mais rápida da tecnologia em áreas menores é outro estímulo para investimentos na agricultura familiar, destaca o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto:

- O único limitante ainda é a capacidade de endividamento do pequeno, evidentemente menor do que a dos grandes produtores. (Zero Hora)

Produção cai no país, mas líderes em leite elevam oferta 

Depois de um cenário adverso em 2015, as 100 maiores fazendas de leite do Brasil voltaram a acelerar o ritmo de crescimento da produção no ano passado. A produção média do grupo ficou em 16.179 litros por dia em 2016, aumento de 4,5% em relação à média das 100 maiores de 2015 (15.486 litros), conforme o Levantamento Top 100 MilkPoint. Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador do levantamento da consultoria, afirma ser "difícil dizer se [o movimento] é uma retomada". Mas acrescenta que é importante destacar que a produção dessas propriedades "vem crescendo continuamente, são projetos com Além disso, o desempenho é muito diferente do visto na produção brasileira nos últimos anos. Em 2016, por exemplo, houve queda de 3,7% na produção de leite inspecionada no país, que somou 23,17 bilhões de litros. No ano anterior, a produção nacional já havia recuado. Em sua 16ª edição, a pesquisa da MilkPoint obteve informações dos 100 maiores produtores de leite do Brasil sobre o desempenho de 2016, comparando-as com as do ano anterior. 

Mais uma vez, a maior propriedade produtora de leite do Brasil em 2016 entre a 100 maiores foi a Fazenda Colorado, dona da marca de leite Xandô. A fazenda, que no ano anterior tinha reduzido em 3,4% sua produção diária, elevou o volume em 4,2% em 2016, para 63.133 litros por dia. 

 
 
Entre as dez maiores produtoras de leite, houve mudanças no ranking em relação ao levantamento anterior. Os destaques de crescimento entre os dez maiores foram a Sekita Agronegócios, que ampliou a produção diária em 32% em relação a 2015 e manteve o quarto posto no ranking. Outro destaque foi o Grupo Melkstad, de Carambeí/PR, que elevou a produção diária em 63,1% e saiu da 24 posição para o nono lugar (ver União de forças embala crescimento do Grupo Melkstad). Também houve mudanças no ranking geral em relação ao ano anterior: 13 produtores deixaram de participar, três ficaram abaixo dos 100 maiores, três saíram da atividade e 13 entraram na listagem. Os preços mais favoráveis que os recebidos por outros produtores de leite de menor porte no país explicam, em parte, o incremento dos volumes dos 100 maiores, de acordo com Carvalho. 

Esse é um cenário que estimula o investimento em tecnologia, o que resulta em maior produção. "O mercado precisa de volumes e quem tem escala obtém preços mais altos", explica. E no ano passado, quando houve queda na oferta de leite como um todo no país, as grandes fazendas de leite foram beneficiadas. "Na falta de leite, quem tem volume passa a valer mais no mercado", acrescenta o analista. O maior valor recebido por litro de leite permite a esses grandes produtores margens maiores comparativamente, embora também tenham sido afetados pela elevação dos custos de produção no ano passado, em decorrência da alta dos grãos. "A margem boa é um estímulo para o aumento da produção", diz. O levantamento mostrou que o custo operacional médio entre os 100 maiores do país cresceu no último ano, para R$ 1,06 por litro, acima dos R$ 1,01 de 2015 (dados já deflacionados pelo IPCA). Segundo o estudo, o valor é o maior dos últimos oito anos. Apesar dos custos maiores, a pesquisa mostrou produtores mais satisfeitos com a rentabilidade no negócio em 2016. Entre os 100 maiores, 54% consideraram a rentabilidade da atividade melhor em 2016 do que a média de outros anos; 36% disseram que ficou na média e só 10% a consideraram pior que a média. 

Marcelo Pereira de Carvalho destaca que uma característica dos maiores é o foco na continuidade do crescimento. Essa tendência ganha força diante do fato de que esses produtores obtêm preços mais atrativos do que a média do mercado. Assim, quando questionados se pretendem ampliar a produção nos próximos três anos, só uma fatia de 10% dos 100 maiores diz que não têm a intenção de fazê-lo. Outros 38% pretendem ampliar em até 20% a produção; 35% de 20% a 50% e 17% afirmam ter a intenção de elevar em mais de 50%. 

Entre os maiores desafios da atividade apontados pelo levantamento custo de produção é o item mais citado pelos pecuaristas (24,8%). Em segundo lugar, 17,4% dos produtores apontam como desafio a mão de obra, e em terceiro, o preço do leite, que recebeu 10,1% das citações. Conforme o levantamento, a produção média de leite por vaca em lactação no ano passado nas 100 maiores subiu para 24,9 litros por dia (considerando uma média nacional). No ano anterior havia sido de 22, 9 litros. Para se ter uma ideia, a produção média estimada pela MilkPoint para o Brasil como um todo, levando em conta dado de 2015 do IBGE, é de cerca de 7,6 litros por vaca por dia. Em 76 das 100 maiores fazendas, a raça holandesa é a mais utilizada em 2016. A raça girolando está em 29 propriedades e 26 fazendas utilizam mais de uma raça, segundo o levantamento. Além disso, 53% das propriedades trabalhavam com confinamento total, enquanto 15% têm sistemas baseados em pastagens e cerca de 33%, sistemas mistos. (Valor Econômico) 

 
 
Dráuzio Varella explica porque recomenda o consumo de leite

O consumo de leite faz algum mal? O homem é o único animal adulto que consome leite? O que é intolerância à lactose? Muitas dúvidas e mitos surgiram em relação ao consumo do leite. Segundo o médico Dráuzio Varella, há uma confusão na área da nutrição que levantou estas e outras questões sobre o uso do leite nas dietas humanas. 

"Na realidade, apenas 5% da população do Brasil tem real intolerância à lactose. A importância do leite está no seu valor nutritivo e na quantidade de cálcio que possui. Essa é a força do leite como alimento barato e acessível à população", afirma o renomado médico. Para desmitificar e explicar porque recomenda o consumo de leite, Dráuzio Varella ministrará a palestra "Saúde, nutrição e os benefícios do consumo do leite e seus derivados como parte de uma dieta saudável", durante o I Simpósio Leite Integral, em Curitiba, no dia 30/03 (quinta-feira). Ao contrário de uma parte da classe médica, Dráuzio Varella sugere o consumo de lácteos como parte de uma dieta saudável e equilibrada para crianças, adultos e idosos. Por isso, ele foi o convidado pelo #movimentobebamaisleite para palestrar sobre o tema.

Diante de um excesso de desinformação e informação errada sobre o consumo de leite, as idealizadoras do movimento, as veterinárias Flávia Fontes e Ana Paula Menegatti, decidiram promover a palestra com o médico mais conhecido e respeitado do Brasil para informar a população e derrubar os mitos que barram o consumo de leite e seus derivados. "Queremos ressaltar a convicção que temos de que a nutrição é uma ciência e não uma questão de ponto de vista, disse Flávia Fontes. "É fundamental mostrar os benefícios do leite como parte de uma dieta saudável, seja para mães, pais, pediatras e público em geral", reafirmou. (Faemg/Terra Viva)
   

Captação de leite de fevereiro cai 2,3%
Produção/Uruguai - A captação de leite pelas indústrias de todo o país, em fevereiro, caiu 2,3% em relação ao igual mês do ano passado, informou o Instituto Nacional do Leite (INALE). No mês passado os produtores enviaram para as indústrias 112,3 milhões de litros de leite.  Por outro lado, a captação de leite nos dois primeiros meses do ano caiu 1,8% em relação a janeiro e fevereiro de 2016, chegando a 259,3 milhões de litros. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 

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