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23/03/2017

 

Porto Alegre, 23 de março de 2017.                                               Ano 11- N° 2.466

 

Iniciativa da Languiru e parceiros prioriza sustentabilidade da propriedade familiar

No mês de março ocorreram novas reuniões do grupo gestor e técnico que planeja projeto de inclusão social e produtiva, idealizado pela Cooperativa Languiru, com apoio e envolvimento da Emater, de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, de Secretarias Municipais da Agricultura de Teutônia, Estrela e Westfália, do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e da Sicredi Ouro Branco. O grupo iniciou os trabalhos considerando a sustentabilidade da pequena propriedade, especialmente dos pequenos produtores de leite com dificuldades de produzir volumes que compensem a captação da matéria-prima na área de atuação da Languiru. O projeto ainda está em período de estruturação, com a definição de etapas do programa e previsão de lançamento ao longo do primeiro semestre. 

"É uma demanda que surgiu junto ao quadro de associados da Languiru, estimulando o incremento na produção leiteira e a oferta de outras alternativas produtivas para as propriedades rurais familiares, como o milho, por exemplo. Unindo esforços, aproveitando o potencial e as características produtivas regionais, estamos no caminho certo para a sustentabilidade e crescimento das pequenas propriedades. Paralelamente ao trabalho de assistência técnica e orientação dos parceiros envolvidos no projeto, o sucesso da iniciativa também depende da vontade dos produtores em participar das atividades", explicou o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, reafirmando a importância econômica e social da cadeia produtiva do leite.

O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli, enalteceu o empenho da Languiru, segundo ele, uma das poucas cooperativas que ainda recebem pequenos volumes de leite produzidos pelos associados. "O projeto é uma importante iniciativa para que produtores sem escala não saiam do mercado. A avaliação deverá ser individualizada, entendendo a realidade e necessidade de cada propriedade rural", disse, acrescentando que o primeiro ano de trabalho será de experiências. Segundo Brandoli, o diagnóstico será possível a partir de visitas às propriedades rurais dos agricultores interessados em participar, para elaboração de plano de ação. O secretário da Agricultura de Estrela, José Adão Braun, reforçou a necessidade de avaliação de cada propriedade. "Precisamos realizar um Raio-X dos municípios para definição do público-alvo do projeto. Inclusive, é uma maneira de atrair novos associados para a Cooperativa Languiru. Hoje, percebo que muitos produtores estão 'sobrevivendo', sem o melhor aproveitamento das suas reais potencialidades", disse.

Leite
A base do programa é a cadeia leiteira, com a possibilidade de surgimento de outras opções de atividades. Inicialmente, deverá ocorrer a coleta de indicadores técnicos, econômicos, sociais e ambientais das propriedades participantes, para, a partir disso, sugerir oportunidades de melhoria. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia/Westfália, Liane Brackmann, elogiou a iniciativa. "Me sinto realizada e feliz. É a primeira vez que vejo a união de esforços para um projeto de inclusão, de modelo diversificado. Vejo tudo isso com muito bons olhos. Mais uma vez percebemos a importância do cooperativismo para a viabilidade da pequena propriedade rural familiar. É uma iniciativa que intensifica a aproximação da assistência técnica do produtor", frisou, acrescentando que todas as propriedades possuem potencial para "algo mais", com valorização da produção local, união o valorização do trabalho. Nesse contexto, Bayer e Brandoli voltaram a afirmar: o sucesso do projeto, a partir da sua implantação, depende da real intenção dos produtores em participar efetivamente das atividades propostas. "Estamos lançando o embrião, que tem tudo para se desenvolver e contribuir significativamente para a inclusão social e produtiva", concluiu o gerente regional da Emater/RS-Ascar.

O pastor Sinodal, Gilciney Tetzner, que participou de uma das reuniões de planejamento do grupo gestor do projeto, parabenizou a equipe pela iniciativa. "É uma ação louvável para atender às necessidades das pequenas propriedades rurais. Certamente o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, estruturado junto às atividades do Sínodo Vale do Taquari, poderá dar a sua contribuição ao longo desse processo", afirmou.

Planejamento
A partir das decisões preliminares a respeito do projeto, a equipe que estuda a construção do programa dividiu o grupo em comitê gestor e comitê técnico para o alinhamento das próximas ações. Estão sendo delineadas as etapas e critérios de seleção dos participantes, pontos observados para diagnósticos das propriedades, com visitas técnicas para coleta de indicadores, e elaboração de planejamento junto às propriedades participantes, com orientação aos agricultores, finalizando com reuniões de apresentação dos dados coletados em cada município, em eventos com lideranças, profissionais técnicos e demais envolvidos. Paralelamente a isso, o grupo ainda estuda a possibilidade de organização de encontro com a participação dos produtores envolvidos nas atividades do projeto piloto. "Seguimos com o ciclo de reuniões periódicas para definir os detalhes do programa, mas o que já se tem como definitivo é o consenso de que existe uma grande oportunidade em nossas mãos, contribuindo para a sustentabilidade das atividades do pequeno agricultor familiar", concluiu Bayer.
"A vida ensina que todos temos limitações, mas, por vezes, precisamos de algum incentivo para seguir em frente, apesar das dificuldades. E nisso, procuramos fazer a nossa parte para evitar de perdermos bons produtores pelo caminho", finalizou Liane. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 
CRÉDITO FOTO - Leandro Augusto Hamester (14) e Roseméri Krämer

 

 
Alta do preço do leite no mercado spot

No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de março. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,502 por litro, posto na plataforma. Os maiores valores chegaram a R$1,650 por litro. Houve alta de 7,0% na comparação com a segunda quinzena de fevereiro deste ano. O preço vigente está 14,0% acima da média do mesmo período de 2016.

Em Minas Gerais e em Goiás, os preços médios ficaram em R$1,492 e R$1,368 por litro, respectivamente. A produção nacional está em queda desde o final de 2016 nas principais bacias leiterias do país, o que aumenta a concorrência por matéria-prima pelos laticínios. Em curto e médio prazos, a expectativa é de alta do leite no mercado spot e também para o produtor, com a entressafra no Brasil Central e região Sudeste. No entanto, as importações em alta e a demanda interna patinando podem limitar os aumentos.

Para saber mais sobre o mercado de leite, custos de produção, clima, preços dos lácteos no atacado e varejo e expectativas para a cadeia assine o Relatório de Mercado de Leite da Scot Consultoria. Mais informações em: https://www.scotconsultoria.com.br/loja/relatorios/59/relatorio-do-mercado-de-leite-da-scot-consultoria . (Scot Consultoria/Agrolink)

 
Números preliminares da média diária das importações de leite e derivados

Importação de leite e derivados - Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na terceira semana de março de 2017 foram 19,8% maiores que os de março 2016 e 20,8% menores em relação a fevereiro de 2017. (MDIC/EdairyNews)

  
    

Conaprole financiará produção de forragens a produtores de leite do Uruguai
 
A principal cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole decidiu esta semana financiar os custos de fazer silagem e reservas de outono - incluindo combustível, a fim de ajudar os produtores de leite em situação financeira difícil, inclusive para que muitos deles possam reverter os números vermelhos em suas contas na cooperativa.

A comunicação foi feita pela Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), que havia solicitado o apoio da Conaprole há uma semana. Houve uma resposta rápida, disse o vice-Presidente da ANPL, Walter Frisch. A indústria já tinha enviado um sinal na semana passada, quando aumentou o preço por litro em 50 centavos de peso (1,73 centavos de dólar), para 9,80 pesos (US$ 0,34) por litro.

"A cooperativa está apostando que se façam reservas para garantir uma boa captação no outono e inverno", disse Frisch, que lembrou que houve casos de produtores de leite que não poderiam lidar com novas despesas, pois têm dívidas pendentes das reservas ano passado. Os membros das cooperativas interessadas devem contatar os técnicos regionais da Conaprole para obter a assistência financeira. O pagamento do apoio começará a ser feito a partir da próxima primavera e terá um custo financeiro "muito baixo" para os produtores, disse Frisch. (El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Laticínios gaúchos são contra projeto de lei 343
Os laticínios do Rio Grande do Sul estão unidos contra o projeto de lei 343. O texto, que trata da renegociação de dívidas com a União, prevê o corte de benefícios e incentivos dados pelo estado a qualquer setor. A indústria de lácteos alerta que isso tiraria toda a competitividade do Rio Grande do Sul frente aos principais concorrentes, Santa Catarina e Paraná. O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do estado (Sindilat), Alexandre Guerra, comenta quais incentivos seriam tirados da indústria com a eventual aprovação da lei. Clique aqui para ver a entrevista na íntegra (Canal Rural)
 
 

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