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03/02/2017

Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.436

 

  Menor oferta de leite limitou queda dos preços ao produtor em janeiro

A redução da oferta de leite em algumas regiões do país fez os preços da matéria-¬prima ao produtor brasileiro ficarem praticamente estáveis em janeiro, diferentemente do que costuma ocorrer nessa época do ano. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço médio do leite ¬ que foi entregue aos laticínios em dezembro passado ¬ teve ligeira queda de 0,2% sobre o mês anterior, e ficou em R$ 1,102 por litro. Acompanhamento do Cepea/Esalq também mostrou leve recuo, de 0,15%, no preço médio no mês, para R$ 1,1885 por litro. Entre as bacias leiteiras onde a produção diminuiu estão o Sul do país ¬ um movimento já esperado. Mas também houve queda no Sudeste, onde normalmente o auge da produção acontece em janeiro. "Este ano, o pico foi em dezembro", explicou Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. 
 
O Índice Scot de Captação de Leite mostra que a produção da matéria-¬prima, na média nacional, caiu 0,1% em dezembro em relação a novembro e 0,6% em janeiro na comparação com o mês anterior. Além da menor oferta no Sudeste ¬ que ainda reflete problemas climáticos em algumas regiões e o menor investimento em alimentação do rebanho ¬, a reposição de estoques de leite longa vida no fim do ano pelo varejo também contribuiu para segurar os preços da matéria¬prima. Segundo o levantamento da Scot Consultoria, o preço médio do longa vida no atacado paulista em janeiro subiu para R$ 2,42 o litro ¬ em dezembro, havia ficado em R$ 2,38. A expectativa, agora, é de que a produção de leite siga em queda no país até junho, o que deve manter os preços ao produtor firmes, de acordo com Ribeiro. No curto prazo, a expectativa é de que uma melhora na demanda ¬ que esteve minguada durante o período de férias ¬ também contribua para deixar os preços mais firmes. A pesquisa da Scot, que é feita com mais de 140 laticínios em 17 Estados, indica que os preços ao produtor do país devem seguir estáveis no pagamento deste mês. Essa é avaliação de 50% dos ouvidos. Outros 26% falam em alta da matériaprima e 24% acreditam em queda das cotações. (Valor Econômico)
 

Mapa: secretário viaja à Rússia para intensificar negociações e participar de feira agropecuária
 
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, embarca nesta quarta-feira (1°) para a Rússia, onde participa de mais uma rodada de negociação para ampliar o comércio entre os dois países. O primeiro compromisso será na sexta-feira (3), quando Novacki se reunirá com o vice-ministro de Agricultura da Rússia, Evgeny Gromyko.

No mesmo dia, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Eduardo Rangel, mantém encontro com o chefe do Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) da Rússia, Sergey Dankvert, para discutir sobre a legislação dos dois países.

 
No dia seguinte, os representantes do Mapa participarão da Prod Export, maior feira de produtos agropecuários da Rússia. No evento, o secretário-executivo fará uma apresentação sobre a qualidade dos produtos brasileiros, e Rangel falará sobre as garantias fitossanitárias do país.

A Rússia é um país com quase 150 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de cerca de U$ 1,3 trilhão. De acordo com dados do Mapa, o agronegócio representa 92% do total das exportações para o país asiático. Em 2015, as carnes - bovina, suína e aves - somaram 60% do total das exportações do setor para os russos. 

 
Essa será a segunda visita do secretário-executivo do Mapa à Rússia em um período de quatro meses. A primeira foi em outubro do ano passado, quando Novacki negociou a ampliação do número de plantas frigoríficas autorizadas a exportar carnes para aquele país.

Na oportunidade, Novacki ainda discutiu com os russos a abertura do mercado para mel, frutas, ovos, lácteos e rações para animais de pequeno porte (pets). Por sua vez, os russos pretendem aumentar as exportações de pescados e trigo para o Brasil. (As informações são do Mapa)

Leite em pó/MG

Além da tendência de recuperação dos preços no mercado interno, a alta na cotação do leite em pó no exterior pode contribuir para que Minas Gerais retome as exportações do produto e mantenha a oferta ajustada à demanda. 

Em janeiro, de acordo com o analista de agronegócios da Faemg, Wallisson Lara Fonseca, foi verificado incremento de 68,1% nos preços do leite em pó, na comparação com igual período do ano passado, com a tonelada negociada a US$ 3,2 mil. "Com os preços atuais do mercado externo e a taxa cambial em torno de R$ 3,20, as exportações são favorecidas. Este mesmo cenário torna a importação de leite inviável, o que também é positivo para a cadeia produtiva". A expectativa de consumo bem ajustado à demanda também foi sentida no mercado spot (negociação entre as empresas). Nas últimas quinzenas foi verificada alta de 4% nos preços do leite, que foi negociado a R$ 1,36. "O preço praticado no mercado spot mostra a tendência de valorização, que deve chegar aos produtores".

Consumidor 

Mesmo com a expectativa de alta, os preços do leite para os consumidores não devem atingir patamares tão elevados como os registrados em 2016. Fonseca explica que as empresas já começaram a recompor os estoques. "Em 2016, o preço do leite para o consumidor chegou a um patamar nunca atingido, o que em período de crise econômica e desemprego em alta, provocou queda na demanda pelos lácteos. A retração não é positiva para nenhum segmento da cadeia produtiva. Por isso, as empresas do varejo estão investindo na recomposição dos estoques de leite longa vida, para que, no momento da entressafra, não tenha desequilíbrio como ocorreu em 2016". (Diário do Comércio)

Fonterra

A gigante de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, entrou para o mercado de mussarela no Brasil com o individual Quick Frozen (IQF). Desembarcou na pizzaria mais antiga de São Paulo, a Cantina Castelões. O gerente de serviços de alimentos da Fonterra, o brasileiro Hugo Melo, disse que o potencial do mercado é enorme. Ele disse que a mussarela IQF economizará o tempo dos pizzaiolos, dinheiro, custos da mão de obra e reduzirá o desperdício.

Nova fábrica
A Fonterra anunciou recentemente que está investindo NZ$240 milhões em uma nova fábrica para atender à crescente demanda - o maior investimento em serviços de alimentação na história da indústria de lácteos da Nova Zelândia. Isso permitirá que a empresa dobre a capacidade de produção de mussarela, que é feita em um dia, ao invés dos habituais dois a três meses dos processos convencionais. Ela será inaugurada em setembro de 2018. Uma vez concluída, a fábrica de Clandeboye da Fonterra passará a ser a maior produtora de mussarela natural no Hemisfério Sul. A mussarela IQF é resultado de uma tecnologia desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Fonterra com apoio da Cadeia de Transformação de Valor Agregado (Transforming the Dairy Value Chain) - um programa de Parceria Público Privada (PGP) entre o Ministério da Indústria da Nova Zelândia, a Fonterra e, o DairyNZ. (Dairy Reporter - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Pacote do setor de leite da UE poderá ser prorrogado para além de 2020
Os ministros da União Europeia (UE) apoiaram a ideia de estender o pacote do setor de leite para além de 2020, destacando que ele ajuda a melhorar o posicionamento dos produtores na cadeia de alimentos. O pacote foca no fortalecimento das relações contratuais entre produtores e processadores, a fim de melhorar a fraca posição dos produtores na cadeia e permitir-lhes obter um melhor retorno do mercado. O mercado leiteiro da UE melhorou desde a pior da crise no ano passado. Os preços do leite vêm aumentando desde agosto de 2016, principalmente devido ao aumento da procura da China e dos EUA, bem como às medidas tomadas pela Comissão Europeia desde junho de 2016. Porém, algumas cooperativas agrícolas da EU pediram à Comissão e aos ministros da UE que se mantenham vigilantes, pois os mercados ainda estão frágeis, levando um tempo para que os produtores recuperem seu fluxo de caixa. O vice-presidente da Copa (uma das cooperativas), Henri Brichart, disse: "Recentemente, os produtores de leite têm sofrido muito e os contratos sob o pacote ajudam a reduzir o impacto da volatilidade do mercado, dando aos produtores alguma previsibilidade". A União Nacional dos Produtores Rurais também disse que o pacote de leite da UE deve continuar após 2020. (As informações são do https://www.farminguk.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 

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