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24/01/2017

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.429

 

Ano começa com leve redução e tendência de estabilidade no leite
 
O preço de referência projetado para o litro do leite em janeiro de 2017 no RS é de R$ 0,9367, 0,91% abaixo do consolidado de dezembro de 2016 (R$ 0,9453). Os dados, divulgados na reunião desta terça-feira (24/01) pelo Conseleite, indicam que a redução foi puxada pela queda de 6,59% no leite em pó, um produto que vinha se mantendo estável apesar da crise. O tesoureiro do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que o cenário é de estabilidade uma vez que a projeção realizada para dezembro (R$ 0,9407) foi superada, fechando em R$ 0,9453. "Tudo depende dos próximos 20 dias, mas o que enxergo é que essa leve queda já deve estar recuperada com o andamento do mês", ressaltou Rodrigues.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que os números dos primeiros dez dias de janeiro (base do levantamento do Conseleite) mostram recuperação em outros itens importantes no mix de produtos do setor lácteo, a exemplo do UHT que teve elevação de 5,68%. Ao apresentar os números tabulados pela UPF, Palharini mostrou que a maioria dos produtos pesquisados começa o ano um pouco acima dos valores praticados em janeiro de 2016, como o UHT e o leite pasteurizado. O 2º vice-presidente do Sindilat, Raul Amaral, lembrou que vem sendo verificada redução de consumo de lácteos devido à sazonalidade tradicional do período de verão e férias escolares.

Política de apoio - Durante a reunião do Conseleite, lideranças dos produtores e indústrias reforçaram a necessidade de levar ao governo do Estado uma proposta efetiva de incentivo à produção dentro do Rio Grande do Sul. O 1º vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, citou a quantidade de queijos especiais e leite condensado que vem de outros estados para abastecer o mercado gaúcho, itens que poderiam ser fabricados dentro do Rio Grande do Sul se houvesse uma política de apoio que tornasse o processamento competitivo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Carolina Jardine/ Divulgação Sindilat

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Dezembro de 2016.

Matéria-prima

Valores Projetados Dezembro / 16

Valores Finais

Dezembro / 16

Diferença

(final - projetado)

I - Maior valor de referência

1,0818

1,0871

0,0052

II - Preço de referência

0,9407

0,9453

0,0046

III - Menor valor de referência

0,8466

0,8507

0,0041

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Janeiro de 2017.

Matéria-prima

Janeiro /17 *

I - Maior valor de referência

1,0772

II - Preço de referência

0,9367

III - Menor valor de referência

0,8430

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 
Indústrias buscam novos esclarecimentos sobre a Lei do Leite


 Foto: Guilherme Portella (E) em reunião de associados Sindilat
Crédito: Carolina Jardine

Reunidos nesta terça-feira (24/1) em Porto Alegre, executivos dos principais laticínios gaúchos manifestaram algumas dúvidas sobre a regulamentação da Lei do Leite. Para esclarecer sobe o regramento, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) solicitará uma reunião para o início de fevereiro com a equipe responsável pelo tema na Secretaria da Agricultura (Seapi). Presidindo o encontro, o 1º vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, lembrou que a Lei do Leite foi construída com participação do setor e em inúmeros encontros, mas que dúvidas são naturais nessa fase de implementação. O Sindilat defende um alinhamento na prática das medidas que estão entrando em vigor nos próximos meses e uma sistematização das informações para que as empresas saibam onde esclarecer questões que surgirão no dia a dia. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve esta semana com a técnica da Seapi Karla Pivato Oliz buscando alguns esclarecimentos, que serão ampliados no novo encontro ainda a ser agendado. Uma das principais dúvidas é o que farão as indústrias quando um caminhão de coleta for danificado, uma vez que a lei não prevê substituição imediata. Também surgiram dúvidas sobre a capacitação dos transportadores e as informações que deverão ser repassadas ao serviços de inspeção estadual, federal e municipal. 
 
Contribuição Patronal - Durante a reunião, também foi alertado sobre o prazo para pagamento da Contribuição Patronal, que deve ser repassada até 31 de janeiro pelas empresas para o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS para auxiliar no custeio das despesas de representação ao longo do ano. Portella ressaltou a importância de as empresas que operam em diversos estados fazerem o recolhimento parcial por região e assegurarem fatia de recursos para a ação no Rio Grande do Sul. O diretor tesoureiro do sindicato, Angelo Sartor, ainda apresentou o orçamento do quarto trimestre de 2016. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Hemisférios se compensam na produção mundial de leite em 2016

A produção mundial de leite apresentou uma taxa de crescimento anual de 2% nos últimos 15 anos, com valores variando entre 0,7 e 3,1%. Quando os dados de dezembro estiverem disponíveis, é altamente provável que mostrem que a produção em 2016 não cresceu e tenha tido um volume igual ao de 2015.

Esta neutralidade apresenta um comportamento diferente quando se compara ao nível de países e blocos, observando que os países produtores de leite do hemisfério norte apresentaram crescimento em 2016 e quase todos os países do hemisfério sul tiveram níveis inferiores aos de 2015.

Além das questões climáticas às quais esse quadro pode ser atribuído, vale fazer uma análise mais profunda sobre o grau de força dos aspectos estruturais de países do Norte, bem como a capacidade de adaptação dos modelos produtivos e gestão das situações de crise de preços internacionais registrados entre o final de 2015 e boa parte de 2016.

 

Rússia e Ucrânia, com quedas de 2,9 e 0,5%, respectivamente, nivelam os resultados entre os hemisférios. Na América Latina, a maioria dos países teve queda na produção. Em outros países da América Latina, que não estão no quadro, em geral, também houve uma diminuição no volume, mas não fornecem grandes diferenças nos valores globais. (As informações são do Observatorio de la Cadena Láctea Argentina, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

A Fonterra criou manteiga branca para o Oriente Médio

A Fonterra desenvolveu uma nova manteiga branca para atender a demanda de indústrias do Oriente Médio. Embora a manteiga Fonterra seja conhecida dos consumidores do Oriente Médio por sua aparência dourada em razão das vacas serem alimentadas em pastos, um pequeno grupo de indústrias prefere manteiga branca como ingrediente para processamento de outros alimentos
. Essas indústrias, tradicionalmente, utilizam manteiga procedente de vacas alimentadas com grãos, o que torna a manteiga pálida, sem cor. Casey Thomas, diretor da categoria de alimentos lácteos da NZMP [marca de ingredientes da Fonterra], disse que a cooperativa desenvolveu a manteiga branca por um processo que reduz a aparência dourada sem afetar a qualidade.

 "Vimos a oportunidade de explorar esta nova área para que os clientes possam usar em pastas, combinar com queijo cremoso, e também poder utilizar em sorvetes". O gerente da NZMP para o Oriente Médio e África, Santiago Aon, disse, "Já estamos obtendo grandes resultados. Nossos clientes deram um feedback positivo sobre a manteiga branca, e o desempenho vem atendendo nossas expectativas". No centro de Pesquisa e Desenvolvimento da cooperativa, a NZMP está atrás de novos produtos; ambos com parceria histórica para desenvolver soluções criativas para os clientes. O produto está agora disponível na Arábia Saudita, Irã, Bahrein, Turquia e Paquistão. Deverá ser lançado no Egito, Argélia, Marrocos e América do Sul. (Rural News - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Paridade no valor de exportação de leite em pó aos principais mercados
Os pedidos de exportação de leite em pó ao Uruguai, segundo dados da Alfândega neste mês de janeiro mostram grande paridade entre os valores de venda aos principais países com os quais a indústria local fechou negócios. O Brasil lidera as compras, 68%, sendo o principal destino ao preço médio de US$ 3.210 FOB, o segundo destino (Rússia) tem participação de 20%, ao preço médio de US$ 3.220/tonelada. O ranking é fechado com a participação de 8,5% da Argélia do total das vendas ao valor de US$ 3.180/tonelada. Até agora os pedidos totalizam quase 6 mil toneladas ao preço médio de US$ 2.190/tonelada. É um grande contraste com as 4.340 toneladas exportadas em todo o mês de janeiro do ano passado, ao preço médio de US$ 2.300/tonelada. (Tardaguila - Tradução Livre: Terra Viva)
 

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