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18/01/2017

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.425

 

O que é verdade ou mito entre o leite longa vida e leite pausterizado

O leite é o único alimento pasteurizado.
MITO. De acordo com Ana Paula Del'Arco, o leite é o alimento pasteurizado mais conhecido, porém outras bebidas - cerveja e sucos de frutas, por exemplo - passam pelo mesmo processo, que utiliza a combinação de diferentes tempos e temperaturas, a fim de matar os micro-organismos que possam causar infecções.

As embalagens têm relação com a durabilidade do leite.

VERDADE. A embalagem desempenha um importante papel na conservação do leite. No leite longa vida, a embalagem é cartonada e, graças às diversas camadas, é capaz de proteger o alimento do contato com a luz e com o oxigênio.

A durabilidade do leite "longa vida" é maior.

VERDADE. O leite "longa vida", também popularmente conhecido como "leite de caixinha", passa por um processo de conservação com temperaturas superiores às da pasteurização, conhecidos como UHT (Ultra High Temperature). Este tipo de leite tem a validade de 4 meses em embalagem fechada e até 3 dias após aberta.

O leite do passado era mais saudável do que o leite que consumimos atualmente.
MITO. O leite que nossos avôs consumiam apresentava mais chances de provocar doenças, uma vez que possuíam maior quantidade de micro-organismos. Além disso, ao passar pelo processo de fervura doméstica, o alimento podia sofrer algumas perdas. E, mesmo fervido, podia dar origem a quadros de diarreia e vômito, devido à ingestão de grande quantidade de micro-organismos causadores de infecções alimentares.

O leite "longa vida" é comercialmente estéril.
VERDADE. O leite "longa vida" apresenta uma redução de 99,99% da carga microbiana, o que garante uma ótima qualidade do leite, auxiliando na conservação prolongada.

A ingestão de leite cru é indicada para não perder as vitaminas.
MITO. Os processos que envolvem elevadas temperaturas alteram minimamente a constituição do leite, portanto, o consumo de leite cru não se justifica. (Fonte: Remédio Caseiro/Guialat)​​

 
 
Mercosul lança negociações com bloco de países europeus que não integram UE

Em uma nova frente para ampliar mercados, os sócios do Mercosul vão lançar na quinta-¬feira negociações para um acordo de livre comércio com o EFTA, bloco formado por quatro países europeus ¬ Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O anúncio será feito em Davos, paralelamente ao Fórum Econômico Mundial, em cerimônia com a presença de altos funcionários dos dois lados. Os países do EFTA não fazem parte da União Europeia, mas têm alto poder aquisitivo e já representam o 11º principal mercado para as exportações brasileiras. A iniciativa privada vê oportunidades para vários segmentos do agronegócio e da indústria, como carne bovina, frango, suco de laranja, papel e celulose, produtos de madeira, aviões, químicos e compressores.

Os dois blocos concluíram, com sucesso, uma etapa conhecida como "diálogo exploratório" no jargão comercial. Isso significa que, ainda sem nenhum compromisso de abertura comercial, eles não identificaram gargalos insuperáveis para um acordo. Não se fala em prazo para conclusão do tratado, mas ninguém quer perder tempo: a primeira reunião negociadora deve ocorrer em fevereiro. As discussões vão contemplar não apenas tarifas aplicadas sobre bens industriais e agrícolas, mas outros componentes que aparecem em acordos modernos: serviços, compras governamentais, propriedade intelectual, barreiras técnicas. Cláusulas de proteção a investimentos, no entanto, vão ficar fora do escopo. "É uma demonstração do nosso esforço em ampliar a rede de acordos comerciais e inserir o Brasil de forma mais energética no cenário internacional", afirma o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. 

 
Ele e o ministro argentino da Produção, Francisco Cabrera, participam do fórum nesta semana e estarão no lançamento das negociações. Um levantamento inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), obtido pelo Valor, aponta que há boas oportunidades de crescimento nas exportações de 236 produtos para a Suíça e 233 para a Noruega. Essas duas economias correspondem a mais de 90% do PIB total do EFTA.

Em 2016, o Brasil vendeu US$ 2,4 bilhões em mercadorias ao bloco. Fabrizio Panzini, especialista em negociações internacionais da CNI, destaca que o Brasil precisa impulsionar negociações fora da América do Sul para dar mais dinamismo às economias locais e entrar nas cadeias globais de produção. "A prioridade continua sendo UE e México, que já têm tratativas mais avançadas, mas o EFTA tem atrativos muito interessantes. É um mercado com grande volume de importações." Os quatro países europeus não têm tarifas unificadas, mas as alíquotas já são baixas. Mais de 96% dos bens industriais entram na Noruega sem pagar nada. Na Suíça, que é um pouco menos aberta, cerca de metade já teve tarifas zeradas. O problema são os "picos tarifários", ou seja, alíquotas muito altas para produtos específicos, que podem chegar a 25% nos calçados, 50% em têxteis, 130% em laticínios e 1.000% nas carnes. Por menores que sejam as tarifas, a CNI avalia que um acordo é importante para melhorar o acesso dos produtos brasileiros, na comparação com outros fornecedores. "O EFTA tem tratados comerciais com 27 países e blocos. São mercados bastante competitivos e eliminar as alíquotas de importação, mesmo baixas, tem relevância", afirma Panzini. Além disso, as compras públicas feitas pelos países do EFTA despertam enorme interesse do setor produtivo porque chegam a US$ 85 bilhões por ano. 

Cotas de exportação e normas técnicas são outros pontos considerados imprescindíveis nas conversas. Para o subsecretário¬-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Carlos Márcio Cozendey, as negociações podem ter o mesmo perfil daquele observado com a UE. De um lado, os países do EFTA tendem a oferecer resistência em abrir seus mercados para produtos agrícolas do Mercosul. Do lado de cá, existem sensibilidades em setores industriais, como o de bens de capital e medicamentos. Cozendey vê um caminho menos tortuoso para obter avanços. "A UE tem 28 países-¬membros e todos precisam estar de acordo sobre tudo. Com o EFTA, pode até haver uma velocidade maior", diz. Empresários manifestam temor com a liberalização em segmentos como aço, fertilizantes, plásticos e eletrônicos. 

 
Também receiam que um acordo em compras governamentais possibilite aos suíços ganhar muitas licitações abertas pelo Ministério da Saúde para o fornecimento de remédios. Islândia e Noruega são fortes na produção de pescados ¬ área que o governo brasileiro busca desenvolver. "Há interesses defensivos, mas nada que impeça o início das negociações", diz o especialista da CNI. Formalmente, a Suíça precisa de sinal verde de seus cantões para negociar com o Mercosul. Esse aval deve ser dado no início de fevereiro, mas os europeus são cuidadosos ao falar do lançamento das negociações. Preferem usar o termo "conclusão do diálogo exploratório" em declarações públicas. Todos os demais países envolvidos já deram autorização para as negociações. No caso do Brasil, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou o início das discussões. Depois, o mandato para tentar um acordo foi conferido na última reunião de ministros do Mercosul, em dezembro. "Cada negociação tem seus méritos e sua dinâmica. O diálogo exploratório Mercosul-¬EFTA mostrou que há interesse mútuo em ampliar o comércio bilateral e uma boa compreensão sobre as posições de cada lado", diz o ministro-conselheiro da Embaixada da Suíça em Brasília, Niculin Jäger. (Valor Econômico)

 

 
Maggi vai ao G-20 e ao Fórum Global para Agricultura e Alimentação

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, inicia nesta terça-feira (17) missão ao exterior com a finalidade de participar da 9ª Conferência de ministros do Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura (GFFA), em Berlim.
A conferência é realizada todos os anos, em janeiro, durante a Semana Verde Internacional.

Blairo Maggi participará de reunião dos ministros da Agricultura de países integrantes do G-20, na capital alemã e terá reuniões de interesses bilaterais com colegas de outros países. O ministro deverá encontrar-se com o deputado líder do Partido Verde no parlamento alemão, Anton Hofheiter. E vai lançar livro da Embrapa sobre Soja e Abelhas (Soybean and Bees) na embaixada brasileira.

Em Bruxelas, terá reuniões com a Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, com representantes permanentes dos países membros junto à União Europeia e com empresários do setor de agronegócio. Depois viajará aos Estados Unidos, onde participará, em Miami, da Conferência da indústria de 2017, onde irá abordar perspectivas da América Latina para 2017. (Mapa)

 
Exportações do agronegócio registram queda em 2016
As exportações do agronegócio gaúcho atingiram US$ 11,042 bilhões em 2016. O resultado significa uma retração de 5,07% na comparação com 2015. O volume comercializado também apresentou resultado negativo de 8,1%, conforme Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul. Após um primeiro semestre de crescimento constante, tendo junho como mês de pico, as vendas do setor entraram em declínio. Setembro registra a maior queda, com 34,5%, e foi determinante para o saldo do ano. No mês de dezembro o setor exportou 899 mil toneladas, o que representa 80% de todo volume comercializado pelo Estado. Em valores, foram US$ 723 milhões. Na comparação com o último mês de 2015, houve um crescimento de 13,1% no valor exportado, tendo a soja como principal expoente, com um aumento de 107%. (Jornal do Comércio)
 

 

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