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Maggi negocia limite à importação de lácteos com o Uruguai

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deve reunir-se neste domingo (28/8) com o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabare Aguerre, para tratar da importação de produtos lácteos pelo Brasil. A ideia é dar seguimento a tratativas pela fixação de cotas, assim como já é realizado com a Argentina. O pedido foi encabeçado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) durante audiência realizada na tarde deste sábado (27/08) no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a Expointer, em Esteio. Na ocasião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, entregou ofício ao ministro relatando as dificuldades impostas pela concorrência do leite uruguaio ao mercado gaúcho. Só nos primeiros sete meses de 2016, o Brasil importou 101,8 milhões de quilos de produtos lácteos contra 38,68 milhões de quilos no mesmo período de 2015. O resultado da balança comercial (importação menos exportações) representa um total de 92 dias de produção do RS. Em 2015, eram apenas 44 dias.

O vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, reconheceu que o setor também tem trabalho a realizar para se tornar mais competitivo. Contudo, lembrou que é preciso um regramento para os importados de forma que não entrem altos volumes em plena safra, o que acaba por derrubar os preços e reduzir a rentabilidade de todo o processo produtivo.

 

Preocupado em atender aos anseios do setor, Maggi admitiu que há um problema a ser enfrentado e pediu sugestões. No documento entregue pelo Sindilat, foram repassados diversos dados que fundamentam a necessidade de um tratamento diferenciado à produção de laticínios do Sul do
Brasil. "Temos uma realidade muito diferente no Sul do que em outras regiões do país e isso dificulta a tomada de decisões setoriais porque não temos a concordância de grandes produtores como Minas Gerais e Goiás”, ponderou Portella.

 

Uma das sugestões pode ser o uso de um gatilho que seja acionado quando os preços caírem abaixo do valor de mercado. "O leite tem um caráter muito social no Rio Grande do Sul porque dele depende a renda de mais de 100 mil famílias”, enfatizou Portella.

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