Pular para o conteúdo

21/07/2016

Porto Alegre, 21 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.314

 

 Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Julho de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)
 
 
 
Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite aborda desenvolvimento da cadeia leiteira 

O desenvolvimento da cadeia leiteira, como a expansão do mercado e os avanços da indústria, foi debatido ao longo da manhã desta quinta-feira (21/07) no 19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite, em Carlos Barbosa, no RS. O evento reuniu diversas autoridades, como o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, e especialistas do setor. A organização do evento é da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) e conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat). 

Representando o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o diretor Ângelo Paulo Sartor ressaltou a importância do encontro, uma vez que a cadeia leiteira tem grande importância para a economia gaúcha. Apenas no Rio Grande do Sul são mais de 105 mil famílias envolvidas.

O Seminário Nacional e Internacional de Queijo e Leite, pela sua importância, se tornou uma das principais atividades na Festiqueijo. Ao longo da manhã ocorreram diversas apresentações sobre o mercado, os cuidados aos animais e avanços tecnológicos. Além das palestras, serão realizados o 2º Curso de Juízes de Queijo, que permitirá aos participantes entenderem e aprimorarem os paladares do queijo, entre os dias 21 e 22 de julho; e o 2º Concurso Estadual de Queijos, para avaliação propriamente dita, no dia 23 de julho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Yakult investe em linha de baixa caloria

A Yakult do Brasil fez investimento com recursos próprios de R$ 60 milhões para colocar no mercado uma nova linha de leite fermentado com baixo teor calórico. A meta da companhia com o novo produto é ampliar em 10% suas vendas no país. No ano passado, as vendas da empresa no Brasil cresceram 3% em receita, para R$ 402 milhões. Em volume, as vendas ficaram estáveis, mantendo a média de 2,1 milhões de unidades por dia. No primeiro semestre deste ano, as vendas avançaram 5% em relação a igual intervalo de 2015, segundo a empresa. Do investimento total, R$ 50 milhões foram aplicados na instalação de uma nova linha de produção na fábrica de Lorena (SP). Outros R$ 10 milhões serão investidos em uma campanha publicitária, desenvolvida pela agência Publicis. Hoje, começam a ser divulgados os anúncios em emissoras de TV aberta e por assinatura. "Hoje, muitos brasileiros desejam melhorar a qualidade de vida por meio da alimentação e da prática de esportes. Acompanhamos essas mudanças com investimento em tecnologia e pesquisas e trouxemos uma nova proposta à população", afirmou Eishin Shimada, presidente da Yakult no Brasil. O novo produto é o leite fermentado Yakult 40 light, com 41% menos calorias em comparação à versão original do produto, ou com 30 calorias por unidade. O produto já existe no Japão, mas passou por adaptações para ter um sabor mais atraente para os consumidores brasileiros. A redução das calorias foi obtida com a substituição do açúcar por sucralose. O produto é voltado para o público adulto. 

 
A Yakult produz por dia 2,1 milhões de frascos de leite fermentado. Desse volume, 1,85 milhão de unidades são do Yakult tradicional e o restante das unidades são do leite fermentado voltado ao público adulto (Yakult 40). Shimada disse que no país tem crescido a demanda dos consumidores adultos por produtos com menos calorias e menos adição de açúcares, razão pela qual a companhia decidiu trazer a linha e tem perspectiva de crescimento mais acelerado nas vendas. Shimada disse ainda que a empresa tinha planos de expandir a sua rede de distribuição local com revendedores diretos, no ano passado. Mas o plano foi afetado pelo agravamento da recessão econômica no país. Em 2015, a Yakult manteve 5 mil revendedores diretos. Do total, 70% estão concentrados no Estado de São Paulo, com o restante distribuído nos Estados do Rio de janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. "Tendo como base essas localidades, a meta para os próximos anos é expandir a distribuição, com revendedores diretos em outras regiões do país", afirmou Shimada. De acordo com o executivo, a comercialização direta hoje representa 60% das vendas na Grande São Paulo. Supermercados e hipermercados respondem por 20% das vendas, enquanto as pequenas lojas respondem por outros 20%. De acordo com dados da Euromonitor International, a Yakult do Brasil é a terceira maior competidora no mercado de iogurtes, com 12,2% de participação. À sua frente estão a Danone, com 37,3% do mercado, e a Nestlé, com 20,8% de participação. Em termos de marca, a Yakult é a segunda colocada no mercado, atrás da Activia, da Danone. (Valor Econômico)

CNA confirma queda do valor da produção no campo

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira ("da porteira para dentro") deverá alcançar R$ 541,5 bilhões em 2016, conforme projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgadas ontem. Se confirmado, o montante será 1,04% inferior ao do ano passado, resultado que reflete sobretudo os "problemas climáticos causados [à oferta] por estiagens ou excesso de chuvas" em diferentes regiões do país. A estimativa mais recente do Ministério da Agricultura para o VBP do setor neste ano ficou em R$ 514,4 bilhões, 3% menos que o cálculo da Pasta para 2015. De acordo com a superintendência técnica da CNA, o VBP da agricultura, que inclui 20 das principais culturas agrícolas do país, deverá somar R$ 339,8 bilhões, uma redução de 1,83% na comparação com o ano passado. Para a pecuária, a entidade aponta um ligeiro crescimento de 0,33%, para R$ 201,7 bilhões.

Das culturas agrícolas consideradas, dez tendem a apresentar aumento do VBP em 2016: amendoim (19,9%, para R$ 2,2 bilhões), cacau em amêndoas (10,8%, para R$ 2,7 bilhões), café beneficiado (16,2%, para R$ 25,3 bilhões), cebola (1,3%, para R$ 2,8 bilhões), feijão (7,6%, para R$ 9,1 bilhões), laranja (8,4%, para R$ 5,8 bilhões), mandioca (18,3%, para R$ 5,6 bilhões), milho (14,8%, para R$ 52,4 bilhões), trigo (20,7%, para R$ 4,9 bilhões) e uva (1,3%, para R$ 5,5 bilhões). Outros importantes produtos, no entanto, deverão registrar VBPs menores que em 2015. É o caso da soja, carro¬chefe do agronegócio nacional, cujo valor bruto da produção deverá ficar em R$ 126,7 bilhões, 2,2% abaixo do ano passado, segundo a CNA, "por conta da redução dos preços médios neste ano e da estimativa menor de produção". Também há quedas previstas para algodão (15,5%, para R$ 2,9 bilhões), arroz (12,5%, para R$ 9 bilhões), banana (25,7%, para R$ 10,8 bilhões), batata inglesa (6,9%, para R$ 7 bilhões), cana (8,4%, para R$ 51,4 bilhões), fumo (20%, para R$ 6,7 bilhões), mamona (18,3%, para R$ 55,1 milhões), sisal (27,2%, para R$ 444,5 milhões) e tomate (35,5%, para R$ 8,4 bilhões). Na pecuária, apenas os segmentos de frango e ovos deverão registrar aumento do valor da produção ¬ 3,5% (para R$ 38,9 bilhões) e 4,6% (para R$ 10,.4 bilhões), respectivamente. Já o VBP da carne bovina tende a permanecer relativamente estável em R$ 101,8 bilhões e há quedas previstas para suínos (4,2%, para R$ 12,7 bilhões) e leite (1,2%, para R$ 37,9 bilhões). Mais em www.cna.org.br. (Valor Econômico)
 

 
 
Europa: preços dos lácteos aumentam mas produtores ainda não sentem os benefícios
 
Os preços dos produtos lácteos europeus estão se estabilizando, à medida que a demanda de exportação aumenta, mas os produtores terão que esperar para sentir os benefícios, disse a Comissão Europeia. Ela fez comparações com o mercado de lácteos em 2009, quando os maiores preços dos produtos lácteos demoraram para se traduzir em maiores preços ao produtor.

A Comissão Europeia espera que o volume total de leite distribuído pelos produtores às indústrias na União Europeia (UE) nesse ano e em 2017 aumentará graças ao maior rendimento por vaca. "Desde a primeira semana de maio, os preços da UE começaram a aumentar", disse a Comissão. Os preços da manteiga aumentaram 12% em seis semanas, enquanto os preços do leite em pó integral aumentaram 11%. Porém, o preço do leite cru, de 27,27 euros (US$ 30,07) por 100 quilos, ainda estava 13% menor que no ano anterior em abril, e quase 30% menor que em abril de 2014.

A Comissão Europeia disse que um relatório dos Estados Membros "indica que mais cortes de preços ocorreram em maio, quando os preços dos lácteos começaram a se recuperar". "Esse atraso na transmissão de preços segue uma via similar à de 2009, quando os decréscimos mais fortes nos preços mensais ocorreram em março e abril, enquanto os preços dos lácteos já tinham se estabilizado".

A demanda por lácteos da China, que é um fator importante nos preços mundiais dos lácteos, está se recuperando após uma queda prolongada. A Comissão Europeia nota que "as importações chinesas se recuperaram fortemente em janeiro". Até maio, as importações chinesas aumentaram 22% com relação ao ano anterior.

Outro fator que está pesando nos mercados é o embargo russo às importações de lácteos, junto com vários outros alimentos. Antes das sanções, a Rússia absorvia 30% das exportações de lácteos da UE. Porém, a Comissão Europeia disse que as maiores exportações à Ásia estavam balanceando a perda de comércio com a Rússia. "O aumento das exportações de queijos, especialmente ao Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita é tão forte, que as exportações totais em 2016 deverão se igualar aos níveis de antes do embargo russo".

De fato, a UE está aumentando sua participação no mercado mundial de lácteos para 37%, 3 pontos a mais que no ano anterior. "As exportações mundiais foram levemente menores que no ano anterior nos primeiros quatro meses do ano". Porém, assim como outros importantes exportadores, Nova Zelândia, Reino Unido e Austrália viram um declínio significativo nas importações e os envios da UE aumentaram 6%.

As importações de lácteos dos Estados Unidos estão sendo suprimidas pela crescente demanda doméstica, que também está impulsionando as importações. As exportações da Austrália e da Nova Zelândia, ao mesmo tempo, estão menores devido à menor produção. 

Em 19/07/16 - 1 Euro = US$ 1,10303
0,90577 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Financiamento 
O financiamento da safra 2016/2017 é o mais caro em pelo menos 20 anos. A conclusão é do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio (IBDAgro), que calcula que os recursos do crédito rural caíram mais de 50% na comparação entre o primeiro semestre de 2016 e o do ano passado. De R$ 13 bilhões contratados em 2015 os valores teriam passado para R$ 6 bilhões. A queda nos depósitos à vista é considerada um dos principais fatores para a diminuição de recursos do crédito rural. Segundo o presidente do IBDAgro, Ademiro Vian, quase 30 mil produtores já deixaram de acessar o dinheiro, quando se compara o primeiro semestre do ano passado com o mesmo período de 2016. Ele acredita, inclusive, no esgotamento desse tipo de política. "Esta é uma das piores crises que eu já vi em meus 40 anos de experiência no mercado financeiro", afirma. (Canal Rural)
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *