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21/06/2016

Porto Alegre, 21 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.292

 

   Preço do leite ao produtor sobe 8,79% em junho no RS

O preço de referência do leite no Rio Grande do Sul em junho deve atingir R$ 1,1255 o litro, conforme cálculo feito pela Câmara Técnica do Conseleite. A previsão, que indica aumento de 8,79% em relação ao consolidado de maio (R$ 1,0346), foi apresentada na tarde de hoje (21/06), após análise das primeiras movimentações do mercado no início deste mês. Nos últimos três meses, a alta acumulada é de 13,84%. Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, os produtos que puxaram a alta em junho foram o leite UHT (13,28%), o queijo mussarela (11,29%) e o queijo prato (6,01%). 

O reajuste é justificado pela redução na produção estadual decorrente de uma entressafra severa motivada por condições climáticas adversas no Rio Grande do Sul. A previsão é de que a produção já estivesse em patamares maiores nessa época do ano, o que não aconteceu. "A produção de leite no campo não está reagindo como se esperava e está mais lenta do que em anos anteriores", frisou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.  

Além disso, outro fator que impactou nos preços foi o frio severo registrado em diversos estados do país dos últimos dias que, ao elevar o consumo em tempos de baixa produção, colabora com novos reajustes. O descarte de animais e o abandono da atividade por alguns criadores são pontuados pelos produtores como agravantes do cenário. 

O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, diz que gostaria de trabalhar com um cenário de estabilidade, mas prevê que o preço do leite deva seguir curva ascendente nos próximos dois meses. Já o presidente do Sindilat acredita que a tendência do preço do leite UHT para julho deve ser de manutenção dos valores ao consumidor uma vez que, novos reajustes, poderiam impactar negativamente nos hábitos de consumo das famílias. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Legenda: Reunião do Conseleite na Fecoagro
Crédito: Carolina Jardine
 

Maggi debaterá mudança em Guia Alimentar com Ministério da Saúde

 
Reunido com lideranças do setor lácteo brasileiro na tarde desta terça-feira (21/6), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, comprometeu-se a agendar, o mais breve possível, uma reunião com o Ministério da Saúde para debater mudanças no Guia Alimentar Brasileiro. A ideia é alterar questões referentes à recomendação do consumo de queijos e iogurtes, indicando a demanda de três porções/dia. Atualmente, o queijo tem recomendação para consumo com moderação e o iogurte não tem recomendação, uma vez que está enquadrado como alimento ultraprocessado. 

Segundo o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, que representou as indústrias gaúchas no encontro, a mudança busca destacar as potencialidades dos produtos lácteos como fonte de nutrientes e proteínas, assim como fazem muitos países da Europa, como Itália, Alemanha e França. "O ministro mostrou-se muito sensível às demandas do setor", pontuou Portella.

No encontro, Blairo Maggi comprometeu-se a trabalhar pelo fomento à exportação de produtos lácteos brasileiros, principalmente com foco no México e China. O ministro ainda pontuou a importância do setor estar constantemente atuante em Brasília negociando seus pleitos. "Ele vem da iniciativa privada e disse que está disposto a tirar os entraves da produção nacional", citou Portella.

Durante a audiência, em Brasília, lideranças entregaram ao ministro documento com uma série de pleitos, entre eles, o aumento do limite de financiamento para garantia de preço ao produtor para R$ 100 milhões por beneficiário e uso de crédito rotativo, ou seja, mantendo os limites definidos dentro do prazo de vigência dos contratos. Também querem inclusão de laticínios no Programa de Construção de Armazéns (PCA), uma vez que no último Plano Safra apenas produtores e cooperativas foram contemplados com a verba para aquisição e instalação de silos de estocagem de leite in natura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Mercado spot: menor oferta e disputa pelo leite sustentam os preços

A menor oferta de leite no país e a disputa pela matéria-prima por parte das indústrias de lácteos continuam a sustentar os preços no chamado mercado spot (negociações de matéria-prima entre os laticínios). A cotação média no Brasil subiu 18 centavos, ou 10,5%, para R$ 1,89 por litro entre a quinzena encerrada em 16 de junho e a quinzena anterior, conforme levantamento do MilkPoint.

Entre janeiro e junho deste ano, a alta já alcança quase 60% (em valores médios mensais deflacionados), segundo a pesquisa. Neste mês, a média está em R$ 1,80 por litro ante um valor médio de R$ 1,13 em janeiro passado. 

De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, as altas recentes são resultado daredução da produção de leite no país, que persiste desde o ano passado. Nos primeiros três meses deste ano, a aquisição da matéria-prima pelos laticínios caiu 4,5% na comparação com igual período do ano passado, e somou 5,86 bilhões de litros, informou o IBGE  na semana passada. Em relação ao último trimestre de 2015, a retração foi ainda maior, de 6,8%. 

 

A oferta de leite está em queda no Brasil em decorrência da alta dos custos de produção do setor - principalmente devido à valorização do milho usado na ração para o rebanho leiteiro. Esse cenário desestimula o investimento dos pecuaristas na alimentação dos animais. Além disso, a produção de leite tem sido afetada por problemas climáticos em algumas regiões do país.

A valorização da matéria-prima no spot tem ocorrido porque as empresas de leite longa vida vêm conseguindo repassar os maiores custos para os preços no atacado, observa o analista da MilkPoint. "O consumidor deixou de comprar queijo, iogurte, mas não leite", avalia. Segundo o levantamento do MilkPoint, o valor médio do litro de leite longa vida no atacado em junho está em R$ 3,31, uma alta de 56% sobre o preço de janeiro deste ano. Os valores também estão deflacionados. 

Os aumentos registrados no atacado não estão se refletindo completamente no varejo. Enquanto de janeiro a maio, o longa vida subiu 36,6% no atacado, no varejo, a alta foi de 19,7%.  Para Galan, há duas possíveis razões para esse cenário. As redes de varejo costumam usar o leite longa vida como item para atrair o consumidor, o que explicaria o repasse menor. Além disso, pode haver o receio de que um repasse maior leve a uma retração da demanda.

Ele observa que o varejo até agora repassou menos do que a indústria, o que significa que a alta da matéria-prima não chegou totalmente ao consumidor final. Ao menos num horizonte de curto prazo, a perspectiva é de que os preços do leite sigam firmes no país, na opinião de Galan. "Pode parar de subir se o consumo [de longa vida] recuar efetivamente ou quando vier mais oferta [de matéria-prima]". (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Prazo para adesão do CAR é prorrogado para dezembro de 2017

O Governo Federal prorrogou, até 31 de dezembro de 2017, o prazo para os produtores rurais inscreverem seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR), independente do tamanho da propriedade. A decisão está na Lei 13.295, de 14 de junho de 2016, oriunda da Medida Provisória (MP) 707, publicada nesta semana no Diário Oficial da União. O cadastramento é a principal condição para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) nos estados, segundo prevê o novo Código Florestal (Lei 12.651/2012).

O texto determina que a não adesão ao CAR até o prazo estipulado pode impedir o acesso dos produtores a linhas de crédito para financiar a produção. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é o registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais. A inscrição é obrigatória para todos os imóveis rurais (propriedades ou posses), sejam eles públicos ou privados, e áreas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território. (As informações são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA))

1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência
A Unijuí irá sediar no dia 24 de junho, sexta-feira, o 1º Fórum Estadual do Leite: Rumo à Excelência. O evento terá início às 9h, no Salão de Atos do Campus Ijuí, em comemoração ao Dia Internacional do Leite. O Canal Rural estará transmitindo ao vivo o evento, no horário das 9h30 às 12h. O Fórum é promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag-RS e Canal Rural, com apoio técnico da Embrapa e da Unijuí, e apoio da AGL, Apil, Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação. Para inscrever-se gratuitamente e maiores informações, CLIQUE AQUI.

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