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20/06/2016

 

Porto Alegre, 20 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.291

 

   Estado terá fórum itinerante sobre qualidade do leite

O Rio Grande do Sul dá início, esta semana, a um fórum itinerante para debater a qualidade do leite produzido nas diferentes regiões do Estado. A primeira edição do Fórum Estadual do Leite - Rumo Excelência será realizada em Ijuí no dia 24 de junho (sexta-feira), em comemoração ao Dia Internacional do Leite. A ideia é reunir, no Salão de Atos da Unijuí, produtores, indústria, pesquisadores, acadêmicos e lideranças políticas e setoriais para debater os novos rumos da produção de lácteos com o advento da regulamentação da Lei do Leite. O projeto é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag e Canal Rural e tem apoio da Embrapa, Unijuí, Fecoagro, Setrem , Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura. No segundo semestre, o Fórum deve chegar às demais regiões do Estado com o objetivo de fomentar o debate e a reflexão em outras praças. "Queremos que a ação ganhe respaldo estadual em um grande movimento de reflexão e união de esforços pela melhoria constantes dos processos produtivos", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas diretamente pelo hotsite  http://gatheros.com/evento/primeiro_forum_do_leite_de_unijui/.

A programação desta sexta-feira em Ijuí inicia-se às 9h com café da manhã para convidados e participantes, um momento de interação pré-evento onde devem começar os debates. Às 9h30min, começam as apresentações que terão como foco o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) que é o retrato da qualidade do leite brasileiro e a regulamentação da lei 14.835/2016, a chamada Lei do Leite. Participam dos debates, além do presidente do Sindilat, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Nailto Pillon, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o coordenador das comissões de Grãos e do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, e o chefe do Departamento de Estudos Agrários, Roberto Carbonera. O debate será transmitido ao vivo pelo Canal Rural.

À tarde, o 1º Fórum Estadual do Leite - Rumo Excelência terá oficinas técnicas a partir das 14h que buscam debater assuntos relevantes para o dia-a-dia de quem trabalha no setor lácteo. "São temas que interessam diretamente aos produtores, à indústria, aos transportadores e ao consumidor porque definem no detalhe a qualidade do produto que chega às mesas das famílias", completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. A expectativa é formam 11 grupo de debate que avaliarão os temas propostos pela comissão organizadora do evento. Entre os assuntos estão o uso de Composto Barn, a nutrição animal, a relação entre a saúde animal e a qualidade do leite, a ergonomia na atividade, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Saiba como escolher o melhor tipo de iogurte

Sua fórmula reside na simplicidade: é um leite fermentado por bactérias. Mas é só observar as prateleiras do supermercado para perceber que poucos alimentos tão minimalistas têm tanto espaço quanto o iogurte. E seu prestígio não é à toa. - É um alimento saudável, porque é uma boa fonte de proteína e cálcio, com baixo teor de gordura. As pessoas deveriam comê-lo com mais frequência - explica Márcia Vitolo, professora do curso de Nutrição da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Cada brasileiro consome, em média, sete quilos de iogurte por ano. O número representa menos de um quarto do que uma pessoa ingere no mesmo período na França e na Holanda, por exemplo, mas o dobro do que se consumia no país 15 anos atrás. O consumo foi catapultado, em boa parte, pela ascensão de milhões à classe média.

Não há uma data precisa para a descoberta do iogurte. Desde o tempo obscuro em que, milhares de anos atrás, o primeiro vivente - provavelmente de forma acidental - deu-se conta de que o leite fermentado podia ser consumido, muita coisa mudou. O clássico azedinho ganhou versões das mais diversas, desde as mais encorpadas, adoçadas ou enriquecidas com cálcio até aquelas que desprezaram a gordura, tornando-se atrativas para quem quer perder peso.

- O melhor iogurte, do ponto de vista nutricional, é o natural, que é feito apenas com leite e lactobacilos. O produto industrializado ganhou aditivos para incrementar a validade e melhorar o gosto. Mas quanto menos ingredientes ele tiver, melhor - diz a doutora em ciências da saúde Carla Piovesan. mCom a popularização do produto, seus benefícios também se tornaram mais evidentes. Atualmente, o iogurte é aliado de quem precisa de uma forcinha para manter o trato intestinal saudável, enfrentar a osteoporose ou mesmo para proporcionar um lanche mais saudável. Em qualquer dos casos, destaca a professora Márcia Vitolo, é importante encontrar o meio termo entre o sabor e a funcionalidade, já que o alimento deve ser incorporado à dieta - e não ser consumido apenas de vez em quando. Mas como saber qual é o tipo mais adequado as suas necessidades? Zero Hora ouviu especialistas para ajudar você a escolher o iogurte indicado para cada momento da sua vida.

Para não sair da dieta
Quando o assunto é aliar o consumo de iogurte a uma dieta para perder peso, quanto maior a quantidade de proteína, melhor. - Normalmente, os iogurtes ricos em proteínas são mais densos e mantêm a saciedade por mais tempo. Eles são bons para substituir um lanche que seria mais calórico ou rico em carboidratos, como biscoitos e sanduíches - explica Márcia Vitolo. Um exemplo de iogurte que costuma ter bom teor proteico é aquele tipo grego - em contrapartida, costumam apresentar maior teor de gordura. Se o caso é emagrecer, é melhor privilegiar os tipos sem açúcar e versões menos gordurosas do que os integrais, como as opções light ou desnatadas.

Para melhorar o funcionamento do intestino
Iogurtes são bons aliados de uma flora intestinal saudável, mas quem quer melhorar o fluxo deve privilegiar as versões com maior quantidade de fibras por porção, como os prebióticos e probióticos. Já quem não se anima a buscar pelos nomes complicados na prateleira ou prefere consumir o natural, pode acrescentar a fibra em casa: uma colher de aveia ou pedaços de frutas cumprem a função.

Para regular a microbiota
Também são recomendados iogurtes com maior quantidade de fibras, como os probióticos. Assim como para regular o intestino, nesse caso funciona consumir um iogurte integral e acrescentar aveia ou frutas. Em relação à microbiota, porém, há um detalhe importante: é melhor evitar aqueles ricos em açúcar - que tenham o ingrediente dentre os primeiros descritos no rótulo.
- O excesso de açúcar ajuda a desequilibrar a flora intestinal - alerta Carla Piovesan.

Para criar novas receitas
Por não terem adição de açúcar ou sal, iogurtes naturais são os melhores. Eles se adaptam tanto a receitas doces quanto a salgadas.
- Pode ser usado para molhos e patês, mas também em receitas doces, como massas de bolos - sugere Márcia Vitolo.

Para enfrentar a osteoporose
Em geral, adultos devem consumir três porções de lácteos - de 700mg a 800mg de cálcio - todo dia. Isso pode ser obtido por meio do consumo de leite ou de iogurte. No segundo caso, os naturais saem na frente, segundo Carla Piovesan:
- Eles têm uma boa quantidade de cálcio e de vitamina D por porção, e ambos micronutrientes são importantes para prevenir a osteoporose. Então, podem ser usados dentro de um contexto saudável.
Já quem quer prevenir ou enfrentar a osteoporose precisa de um pouco mais de cálcio, cerca de 1.000mg diários. Nesse caso, os iogurtes enriquecidos com cálcio são os mais indicados.

Para quem não tolera lactose
A quantidade de lactose no iogurte, em geral, é bem menor do que a do leite - chega à metade, no caso do iogurte natural -, o que já o torna um alimento menos agressivo a quem tem certos níveis de intolerância.
- O iogurte sempre foi colocado como uma opção para quem não tolera lactose, porque esse problema é cumulativo, ou seja, a pessoa pode consumir um pouquinho sem sentir-se mal. Mas hoje já há opções, inclusive, sem lactose - lembra Márcia Vitolo.

Para degustar como sobremesa
O jeito mais nutritivo de consumir o iogurte como sobremesa é comprar o natural e adicionar o sabor de preferência em casa: mel, frutas, canela ou cacau são algumas opções. Na prateleira do supermercado, é possível encontrar algumas versões com pedaços de frutas, por exemplo. Porém, são mais açucaradas.
- A maioria dos iogurtes prontos de sabor chocolate, pudins e flans é considerada uma porção de doce ou uma sobremesa, por levar bastante açúcar e gordura na sua composição de ingredientes, e deve ser consumida com moderação - avalia Carla Piovesan.

Iogurte x bebida láctea
Com tantas opções, há quem se confunda na hora de escolher o produto que vai colocar no carrinho. Mas entre os disponíveis, há uma diferença importante. Enquanto o iogurte é um produto fermentado por tipos específicos de bactérias (Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus), tem um teor mínimo de proteínas (2,9g/100g) e é constituído de pelo menos 70% de leite ou outros ingredientes lácteos, nas chamadas bebidas lácteas os ingredientes lácteos representam apenas 51%. Essas bebidas são o resultado da mistura do leite, soro do leite, fermentos lácteos e outras substâncias alimentícias, como o amido e polpa de frutas. Também apresentam teor de proteína menor, em torno de 1g/100g, além de ter mais açúcar. Ou seja, podem servir como sobremesa, mas, em valor nutricional, saem atrás do alimento mais clássico. (Fonte: Zero Hora)

 
 
Preços/UE 

Houve uma esperança renovada na indústria nas últimas semanas. Alguns comentários de que o fundo do poço já foi atingido. Aqui, a AHDB analisa os fatos chaves que levaram ao otimismo, bem como o que pode vir depois. O mercado da manteiga tem sido o principal fator atrás dos recentes aumentos dos preços das commodities.

A Comissão Europeia publica a média dos preços na UE a cada semana e estes mostram que a manteiga subiu 11% em três semanas. Embora tenha havido uma série de aumentos de curto prazo nos últimos 18 meses que não resultaram em uma recuperação sustentável de preços.
 

Os aumentos recentes foram os maiores em três anos. As melhores cotações dos preços da manteiga surpreenderam alguns. Comerciantes explicam aos compradores que os estoques estão mais baixo do que o esperado e existe a necessidade de recompor a disponibilidade das lojas antes do verão. Certamente os elevados níveis de manteiga no leite este ano indicavam disponibilidade abundante, mas os compradores deixaram para comprar na última hora. Os preços vão subir. Em geral, no entanto, a perspectiva mais positiva não deve vir como uma grande surpresa. A produção de leite cai além das expectativas no Reino Unido, assim como em outros países da União Europeia. Olhando para o futuro, a expectativa é de que a produção doméstica será menor do que a do ano passado, e agora a Comissão da UE prevê, para o resto do ano, contração da produção na UE-28. Os tempos de aumento da produção na comparação anual ficaram para trás. O leite em pó desnatado (SMP) também apresentou forte recuperação, embora não deva subir tão rapidamente quanto a manteiga. O principal motivo é o elevado nível dos estoques de intervenção. O gerenciamento cuidadoso desses estoques, entretanto, está sendo exigido pela União Europeia, para não prejudicar qualquer recuperação. (AHDB Dairy - Tradução livre: Terra Viva)

Competitividade
Tendo como pano de fundo a competitividade, estimulada por um mercado globalizado, o agronegócio do leite vem se configurando nos últimos anos como uma das principais atividades econômicas do Brasil. Em Santa Catarina a produção cresceu 190% nos últimos treze anos, observando a qualidade do leite como uma das principais exigências, bem como a segurança alimentar. Em maio, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou o lançamento do Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL), esperado desde 2002 com a publicação da Instrução Normativa (IN) 51, que previa o cadastro nacional de produtores. O SIMQL vai sumarizar os dados das análises mensais de qualidade do leite realizadas pelos laboratórios da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), com atualização semanal, possibilitando um acompanhamento temporal e espacial da qualidade do produto comercializado pelas unidades produtoras de leite, por região, microrregiões ou município. (Epagri)
 

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