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09/06/2016

 

Porto Alegre, 09 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.284

 

   Seapi quer mais velocidade na adesão ao Sisbi

Na tarde desta quarta-feira (08/07), a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) realizou reunião com empresas do setor lácteo interessadas em aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), no auditório da Emater. "O que nós queremos é avançar com a máxima segurança possível, para que não se retroceda", pontuou o secretário da Agricultura, Ernani Polo. O dirigente propôs a criação de um cronograma de trabalho para ver o que pode ser feito para ter mais velocidade no processo de adesão ao Sisbi.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, destacou a ação do sindicato para auxiliar as empresas a aderir ao sistema. "É um assunto que interessa ao sindicato e que se está trabalhando com os associados. O Sisbi sempre foi defendido por nós e, mais do que nunca, as empresas têm que se dar conta que existe um regramento e um esforço para todos". 

O diretor geral da Relat - Laticínios Renner AS, Claudio Hausen de Souza, destacou a importância de aderir. "Nós temos que mostrar às empresas que, se elas não aderirem ao sistema, vão ficar por fora. Mas antes temos que ouví-las e entender as razões porquê não querem aderir. O Sisbi nada mais é que do que uma tentativa de recuperar o tempo perdido", pontuou. 

Até agora, os estados brasileiros que já aderiram ao Sisbi são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Minas Gerais e o Distrito Federal. Atualmente, no RS, há 47 empresas com CISPOA, que podem pleitear a referida adesão. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Brasil renova com Argentina acordo para importação de leite em pó

Representantes brasileiros e argentinos do setor privado da cadeia produtiva de leite e derivados renovaram nesta semana o acordo para exportação de leite em pó da Argentina para o Brasil em um prazo de dois anos. O novo acordo prevê a cota máxima de 4,3 mil toneladas de leite em pó mensais, durante o período de junho de 2016 a maio de 2017, e 4,5 mil toneladas, de junho de 2017 até junho de 2018. 

O sistema de cotas, iniciado em 2009 para importação de lácteos da Argentina, traz benefícios aos dois países, reforçando seus laços comercias e trazendo previsibilidade ao cenário de importação de leite.

A negociação busca proteger o mercado nacional de surtos de importações de lácteos que possam impactar negativamente o setor. "Pela primeira vez, o acordo foi firmado para um período de dois anos, reforçando a previsibilidade e controlando de certa forma os impactos na balança comercial de lácteos", avalia o Coordenador da Câmara Temática de Leite, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira Netto.

Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, o acordo de cotas permite maior certeza com relação ao volume de importações da Argentina. "Após duas reuniões, realizadas na Argentina e no Brasil, nós conseguimos chegar a uma decisão que atendesse aos interesses dos dois países. Para muitos produtores, o acordo pode não ser interessante, mas para nossa cadeia de leite, é a alternativa que temos para minimizar os efeitos das importações", destacou Alvim.

A ata do acordo foi assinada durante reunião na sede da CNA, em Brasília. Além da OCB, participaram do encontro a Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), membros dos governos do Brasil e Argentina e representantes de produtores de leite, de cooperativas brasileiras e de indústrias. (As informações são da CNA)

Queda na produção brasileira estimula a importação de lácteos

A queda na produção de leite no Brasil está gerando um cenário "ímpar", segundo especialistas do setor. Além de estimular as importações de lácteos, a menor produção provoca um recuo na disponibilidade per capita de leite no país.

Nos primeiros cinco meses do ano, as importações de lácteos do Brasil cresceram 51% sobre igual período de 2015, para 80,567 mil toneladas, a um custo de US$ 204 milhões (15,3% mais do que no mesmo intervalo um ano antes), de acordo com dados da Secex compilados pela consultoria especializada MilkPoint (ver quadro). 

E, mesmo com a ampliação das importações de lácteos, houve menor disponibilidade de leite por habitante. Conforme estimativas da MilkPoint, entre janeiro e maio, a disponibilidade foi de 47,6 litros (equivalente leite) por pessoa, 4,5% menos do que nos primeiros cinco meses do ano passado. "A falta de leite no mercado interno eleva as cotações domésticas e viabiliza as importações", observa Valter Galan, analista do MilkPoint.

Os principais exportadores para o Brasil são Argentina e Uruguai, países que também têm registrado menor oferta de leite. "A produção está em queda pelas mesmas razões que no Brasil. Houve aumento de custos na Argentina por causa da alta dos grãos. Além disso, tanto Argentina quanto Uruguai sofreram com problemas climáticos", afirma o analista. Na segunda-feira (06), o Brasil renovou o acordo com a Argentina para importação de leite em pó.

O recuo nos preços internacionais dos lácteos - por conta sobretudo do aumento da oferta na União Europeia - também explica a alta das importações, uma vez que o preço do produto estrangeiro está abaixo do valor daquele produzido no Brasil. Atualmente, o preço do leite em pó no mercado atacadista do Estado de São Paulo está em R$ 14,50 o quilo, segundo o MilkPoint. Como comparação, o produto importado, considerando o preço no último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), sairia pelo equivalente a R$ 8,00 o quilo, segundo Galan. Ele considerou um preço de U$ 2.205 por tonelada e um dólar de R$ 3,60. Na prática, porém, Uruguai e Argentina têm vendido ao Brasil por valores bem próximos aos do mercado doméstico porque há escassez de oferta aqui, afirma.

Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), diz que o mercado interno não está sendo suficiente para atender a demanda", afirma. Ele observa que estimativas indicam uma queda de 6% na oferta de matéria-prima no Brasil, após um recuo de 2,8% na produção em 2015. Nesse ambiente, há uma redução na disponibilidade de leite por habitante. Segundo Galan, o brasileiro está consumindo menos pois há menos oferta. Mas a crise econômica também afeta o consumo.

Se as importações estão aquecidas, o cenário é o oposto para as exportações, que caíram até maio. "A balança deve ter déficit porque o volume importado deve continuar a crescer", diz o analista. Martins, da Viva Lácteos, também avalia que a situação deve se manter "no curto prazo".

Apesar do cenário atual, as empresas de lácteos estão se estruturando para exportar quando houver melhores condições de demanda e preços, de acordo com o dirigente. Segundo ele, entre julho e setembro haverá três missões para habilitação de plantas para exportar lácteos ao Panamá, Bolívia e Chile. O Brasil também está adequando o certificado internacional para exportação à União Econômica Euroasiática, formada originalmente por Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão. Agora, Armênia e Quirguistão também fazem parte do bloco, daí a necessidade de adequação. O Brasil tem 26 unidades habilitadas a exportar ao bloco. Além disso, o processo da habilitação de oito unidades para exportação de lácteos à China também está em curso. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Leite/UE

As principais regiões produtoras de leite da União Europeia (UE) deverão desacelerar o crescimento da produção nos próximos meses segundo a última estimativa do Observatório Lácteo da UE. No primeiro trimestre de 2016, os grandes países produtores aumentaram a produção em comparação com o primeiro trimestre de 2015 e, além disso, os incrementos de produção foram muito elevados. Especialmente, cabe destacar os aumentos da Holanda, 33%; e da Polônia, 18%. No caso da Espanha, o incremento da produção foi de 10%. Para o resto do ano, a previsão é de mudança na tendência, segundo as estimativas da Comissão Europeia, para os três trimestres restantes, a expectativa é de que alguns países reduzam a produção, como a Alemanha, o Reino Unido e a França (com baixas que variem entre 1 e 3%) ou que não aumentem, como a Polônia. Também haverá países que continuarão aumentando, mas o farão de forma mais comedida, com aumentos entre 1 e 2%, como é o caso da Dinamarca, Itália, Espanha e Irlanda. Assim sendo, no conjunto a previsão é de que entre abril e dezembro de 2016, a produção seja reduzida em 0,4%, o que representa, 350 milhões de litros de leite. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 

EUA têm menor saldo do agronegócio em 10 anos; o do Brasil cresce

Os Estados Unidos, um dos líderes mundiais em exportações no agronegócio, tiveram o menor saldo comercial no setor em uma década, quando comparados os dados do primeiro quadrimestre de cada ano. Essa perda de saldo ocorre devido ao volume menor de produtos exportados, associado a uma queda nos preços internacionais das commodities. Essa desaceleração mundial dos preços torna as receitas do setor ainda menores.

De janeiro a abril deste ano, as exportações dos EUA recuaram para US$ 40,7 bilhões, 13% menos do que em igual período do ano anterior, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O saldo do agronegócio de janeiro a abril foi de apenas US$ 1,27 bilhão. Em igual período de 2015, o valor era de US$ 7,9 bilhões, e, em 2014, de US$ 15,3 bilhões. Os meses de março e abril apresentaram déficit. Foi a primeira vez desde a década de 1970 -- conforme dados disponíveis pelo USDA -- que os norte-americanos tiveram dois meses seguidos de déficit na balança comercial do setor.

Ao contrário dos EUA, o Brasil está sendo salvo pelos volumes exportados. Com isso, apesar da queda externa do preço das principais commodities, o país ainda obtém saldo positivo. Nos quatro primeiros meses deste ano, o saldo brasileiro no setor de agronegócio somou US$ 24,1 bilhões, 18% mais do que em igual período do ano passado. (As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Mapa cria grupo de trabalho para desburocratizar normas e procedimentos do setor

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um grupo de trabalho (GT) para propor mudanças de normas e procedimentos, a fim de melhorar e agilizar as ações da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (03). A SDA é um dos pilares do ministério. A área cuida da sanidade e inspeção animal e vegetal, vigilância agropecuária e fiscalização de insumos, entre outros temas.

Segundo o secretário interino de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques, o GT vai propor ações, por exemplo, para desburocratizar e dar agilidade nas exportações, por meio de mudanças nos processos de concessão de certificados e de documentos para liberação dos produtos agrícolas nos portos. Outro objetivo é criar certificados fitossanitários padrões com o mesmo objetivo de agilizar as vendas externas brasileiras, além de manter mercados.

O grupo de trabalho é formado cinco técnicos que trabalham em setores como sanidade vegetal, saúde animal, fiscalização de insumos pecuária e consultoria jurídica. E terá prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, para apresentar o relatório final. O coordenador do GT é o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki. (As informações são do Mapa)
 

Simpósio do Leite/RS
Representantes da cadeia produtiva do leite participam da 13ª edição do Simpósio do Leite e7º Fórum Nacional de Lácteos, no Parque da Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (Accie). A qualidade do leite marcou o painel que teve a participação do engenheiro agrônomo e doutorando em Bovinos de Leite da Emater/RS-Ascar, Vilmar Fruscalso. O painel teve como moderador o doutor e chefe geral da Embrapa Gado de Leite (MG), Paulo Carmo Martins. Também participaram o chefe da divisão técnica do Senar/RS, João Augusto Araújo Telles, o representante dos Laticínios Bela Vista Ltda (Piracanjuba), Athaide Newman Rodrigues da Silva, e o professor e doutor, coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros, da Universidade de Passo Fundo (UOF), Carlos Bondan. De acordo com Fruscalso toda a cadeia produtiva do leite é responsável pela qualidade do produto. Mas, segundo ele, a responsabilidade maior é do produtor, já que a higiene na ordenha e nas instalações são fatores primordiais para a qualidade do leite. "Já evoluímos, mas não o suficiente. Leite tem que ser produzido com segurança", destacou. (Emater/RS)
 

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