Pular para o conteúdo

04/05/2016

         

Porto Alegre, 04 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.259

 

   Exportações de lácteos para a Rússia totalizaram R$ 2,5 milhões em 2015

Um dos principais alvos do esforço do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para ampliar as exportações de produtos lácteos é a Rússia. Em 2015, as exportações do setor para aquele país somaram US$ 2,5 milhões. Os resultados das ações do Mapa para intensificar os negócios com o mercado russo na área de lácteos foram apresentados durante o lançamento do Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite (SIMQL), ontem (3), em Brasília.

A atuação do Mapa também resultou na habitação de 26 estabelecimentos de produtos lácteos para negociar com a Rússia. A expectativa é que o SIMQL, desenvolvido pelo Mapa em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), contribua para fortalecer as relações do país com os mercados importadores do setor de laticínios.

A meta do Brasil é triplicar o volume de embarques de lácteos para os países com maior potencial de importação, como Rússia e China. "Estamos juntos com o setor produtivo para aumentar a sua competitividade", ressaltou a secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo. Além da abertura de novos mercados, outro estímulo destinado às propriedades que produzem leite foi a liberação dos créditos presumidos PIS/COFINS.

Segundo a secretária de Mobilidade Social e do Produtor Rural e do Cooperativismo, Tânia Garib, em sete meses, 40 projetos submetidos ao Programa Leite Saudável totalizaram cerca de R$ 17,8 milhões em desonerações e beneficiaram 10.139 mil produtores no Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo com assistência técnica e extensão rural.

O programa concede a laticínios benefícios no recolhimento do PIS/Cofins. De acordo com a Lei 13.137/2015, os projetos são desenvolvidos por pessoas jurídicas que compram leite in natura e o processam para venda, inclusive cooperativas. As empresas têm direito a recuperar 50% da contribuição de 9,25% do PIS/Cofins, desde que destinem o equivalente a 5% desses recursos a iniciativas que promovam a melhoria da qualidade e da produtividade dos produtores.

Cada laticínio elabora o projeto de assistência técnica rural mais adequado à sua realidade e estabelece metas e indicadores de monitoramento para atingir os objetivos, conforme os benefícios fiscais que dispõem por meio dos créditos presumidos (PIS/Cofins). A meta do Mapa é investir R$ 387 milhões, até 2019, para promover a ascensão social de 80 mil produtores e melhorar a competitividade dos produtores brasileiros.

Foram enviados para o Mapa cerca de 207 projetos, totalizando mais R$ 90 milhões. O período de duração dos projetos é de até três anos. Empresas interessadas em mandar propostas para análise podem ter mais informações aqui.

Nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 3.620 propriedades que produzem leite estão sendo selecionadas pelo Programa Leite Saudável para receber assistência técnica gerencial. A primeira fase do programa está sendo viabilizada com o repasse de R$ 19,356 milhões do Mapa para o Senar Nacional e a Cooperativa Cooperideal. 

"Com isso, as propriedades que produzem leite receberão assistência técnica mensal por um período de 24 meses, além dos cursos de capacitação, visando melhorar a gestão da propriedade, produção de leite, implantar as boas práticas e gerar maior renda ao produtor rural", disse Tânia Garib. (As informações são do Mapa)
 

 
Demanda chinesa por lácteos aumenta e taxa de crescimento da produção mundial estabiliza

O mercado de lácteos está se encaminhando para um equilíbrio, à medida que os baixos preços impulsionam uma queda na produção na Nova Zelândia, maior exportador mundial, enquanto a demanda da China e da América Latina aumenta. A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra anunciou que suas captações na Nova Zelândia caíram 3,3% nos dez meses até março. As captações em março caíram 2,4%, para 136,1 quilos de sólidos do leite (cerca de 1,61 bilhão de quilos de leite).

"As menores captações de leite para a estação de 2015-16 são em grande parte resultado do ambiente de baixo preço do leite, onde os produtores continuam reduzindo as taxas de lotação e a alimentação suplementar visando reduzir os custos". A produção para o resto da estação na Nova Zelândia, que termina em 31 de maio, "continuará sendo influenciada por uma mudança no sistema de produção, como queda nas taxas de lotação e alimentação suplementar, à medida que os produtores respondem ao ambiente de preços baixos", disse a Fonterra.

A Associação de Companhias de Lácteos da Nova Zelândia (DCANZ) reportou que a produção de leite no país caiu 1,7% com relação ao ano anterior em todo o país no mês de março (para 1,75 mil toneladas). Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Austrália, disse que a queda "ainda foi menor do que gostaríamos de ver, mas foi uma queda".

Produção de leite estabiliza
A taxa de crescimento da produção de leite na União Europeia (UE) estabilizou, enquanto a queda em outros países exportadores caiu, disse a Fonterra. A produção de leite na UE aumentou 5% em janeiro, disse a Fonterra, mas a UE previu um aumento de apenas 1% na produção durante 2016. Nos Estados Unidos, a taxa de crescimento da produção de leite "continua lenta", disse a Fonterra, à medida que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu um aumento de 1% durante 2016.

Demanda chinesa
As importações pela China de produtos da Fonterra aumentaram 14% com relação ao ano anterior, com a demanda por fórmulas infantis aumentando 38%. As importações chinesas durante os 12 meses até fevereiro aumentaram 6%. A demanda de outras áreas importantes está forte também, com as importações da América Latina aumentando 10% em 2015 e as importações da Ásia, excluindo a China, aumentando 8%. Porém, as compras do Oriente Médio e da África estão mais fracas, aumentando apenas 1% durante 2015, e caindo 9% em dezembro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. (As informações são do Agrimoney)


Alta do preço do leite ao produtor em abril, mas custos de produção não dão trégua

No pagamento de abril, referente à produção entregue em março, foi registrada a maior alta no preço do leite ao produtor este ano, de 3,3%, em relação ao pagamento anterior. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o preço médio nacional ficou em R$1,042 por litro. O produtor está recebendo 14,0% mais pelo leite, na comparação com o mesmo período do ano passado, em valores nominais.

A concorrência entre as indústrias continua forte, com a produção caindo nos principais estados produtores. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em março de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,1%, em relação ao mês anterior. A expectativa é de alta para produtor de leite no próximo pagamento, a ser realizado em maio. Porém, do lado dos custos de produção o produtor não tem trégua. Na comparação com igual período do ano passado, os custos da pecuária leiteira subiram 26,2% para a pecuária leiteira de alta tecnologia. (Scot Consultoria)
 

MAPA prorroga normativa sobre qualidade do leite
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou a prorrogação por dois anos da exigência das alterações na instrução normativa 62, que apresenta os critérios de qualidade do leite. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, explica essa prorrogação e como o setor recebeu o anúncio. CLIQUE AQUI para assistir o vídeo. (Canal Rural)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *