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08/03/2016

 

         

Porto Alegre, 08 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.220

 

    Balança comercial: volume de leite condensado exportado apresenta alta expressiva

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 1.538 toneladas em fevereiro, déficit 73% menor que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos registrou queda de 78,5% com relação a janeiro, mas continua com saldo negativo de US$ 2,46 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.


Fonte:MDIC

As exportações apresentaram alta, tanto em volume quanto em valor. Em fevereiro, foram exportados US$19,34 milhões de dólares de produtos lácteos, um aumento de 96% frente a dezembro. O maior volume das exportações foi o de leite condensado, que aumentou de 777 para 2.821 toneladas, valor quase quatro vezes maior que o registrado em janeiro. Os principais destinos do leite condensado foram a Arábia Saudita (destino de 43,2% do total exportado do produto) e os Emirados Árabes Unidos (17,8%).

Outro produto que apresentou alta nas exportações em fevereiro foi o leite em pó integral, que teve alta de 85% sobre as exportações de janeiro. O principal comprador foi a Venezuela, destino de praticamente todo o leite em pó exportado (99,7%).

As importações tiveram queda de 6,6% em volume. Os produtos que tiveram maior redução no volume importado foram o leite em pó desnatado (-55,9%) e o soro de leite (-27,2%). Em contrapartida, houve aumento de 11,8% no volume importado de leite em pó integral, de 17,2% no de manteigas e de 22,9% no de queijos. Os principais fornecedores de leite em pó (tanto integral quanto desnatado) foram a Argentina (56,1%) e o Uruguai (35,8%).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 55,7 milhões de litros em fevereiro, queda de 12,9% em relação a janeiro. Em contrapartida, as exportações em fevereiro duplicaram, registrando alta de 108,7% em relação ao mês anterior.

No saldo acumulado dos primeiros dois meses do ano, o déficit da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de 63,4 milhões de litros. Volume 36,1% ao registrado no mesmo período do ano passado, que havia sido de 99,2 milhões de litros. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 

  
 
Custo alto do empacotamento de leite em pó na Venezuela barra produto no mercado

O governo venezuelano mantém armazenadas cerca de 25 mil toneladas de leite em pó que não pode colocar nos mercados porque o custo do empacotamento é maior que o preço de venda do conteúdo, informou nesta segunda-feira (7) o presidente da Câmara de Indústrias Lácteas do país (Cavilac), Roger Figueroa. "Solucionar este problema não é tão complicado, mas o (empacotamento) que está disponível, ao qual se pode ter acesso, tem um custo maior" (que o preço ao consumidor fixado pelo próprio governo), disse.

O preço do quilo de leite em pó fixado pelo governo é de 70 bolívares, equivalente a US$ 0,30 no câmbio oficial mais alto de 200 bolívares por dólar, mas o empacotamento "custa ao redor de 80 bolívares", ressaltou Figueroa à emissora caraquenha Unión Radio. O leite, assim como muitos alimentos de consumo em massa e remédios, entre outros produtos, está entre os artigos que praticamente desapareceram dos mercados formais.

A Venezuela atravessa uma severa crise econômica, marcada por uma grave situação de escassez de produtos básicos, alimentos e remédios e uma inflação de 180,9%, a mais alta do mundo. O presidente da Associação Venezuelana de Indústrias Plásticas, (Avipla), Hugo Dell'Oglio, afirmou à mesma emissora que há material para empacotar esse leite e levá-lo aos mercados, "mas o que acontece é que o preço do empacotamento aumentou e está acima do preço regulado".

A matéria-prima para fazer o empacotamento se baseia em uma resina elaborada pela companhia química estatal Pequiven que também encareceu, além do fato de que as empresas associadas à Avipla, segundo Dell'Oglio, "contarem com 15% de matéria-prima importada", cujas divisas dependem também do Estado.

O controle estatal de câmbio e de preços foram instaurados na Venezuela em 2003, no início da Revolução Bolivariana de Hugo Chávez, antecessor do presidente Nicolás Maduro.

O diretor-executivo da Associação de Indústrias das Artes Gráficas (AIAG), Edgar Fiol, acrescentou além disso à Unión Radio que a falta de divisas para pagar fornecedores estrangeiros também afeta seu setor, responsável pelos diferentes projetos das embalagens. "Temos uma capacidade instalada para abastecer as indústrias de consumo em massa, tanto alimentos como remédios, mas o problema é que não se cancela a dívida (a fornecedores estrangeiros) e persiste a falta de dólares para novas importações", advertiu Fiol. (As informações são da Exame)

Fonterra 

A gigante dos lácteos, Cooperativa Fonterra, anunciou nesta terça feira nova redução do preço do leite aos produtores, adicionando mais pressão sobre o setor já sitiado. A Fonterra disse que agora o pagamento será de NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,77/litro]. O pagamento anterior era de NZ$ 4,15/kgMS, [R$ 0,82/litro].

O presidente da Fonterra, John Wilson, falou que as difíceis condições do mercado mundial no comércio de lácteos, chegou ao orçamento. Até recentemente, o setor lácteo era a espinha dorsal da economia da Nova Zelândia, representando cerca de 25% das exportações. Mas os preços dos lácteos caíram para menos da metade desde o início de 2014, diante do desaquecimento da economia da China e os altos estoques globais. A redução dos preços dos lácteos coloca pressão significativa nos produtores da Nova Zelândia. O banco central estima que cerca de 80% dos produtores de leite terão resultado negativo nesta temporada, colocando em risco a economia. (Dairy Herd - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Exportações/EUA
Em janeiro das vendas de Leite Seco Desengordurado (NDM) /Leite em pó desnatado (SMP) cresceram 23% em relação ao ano passado, mas o valor total caiu para o menor nível desde 2011. NDM/SMP permanecem os pontos mais brilhantes no desempenho das exportações dos Estados Unidos. Foram 42.896 toneladas embarcadas em janeiro, 23% a mais que no ano passado, e o maior para o mês. Fornecedores ganharam vendas no Sudestes Asiático (58% em relação ano passado). Na liderança Filipinas, Indonésia e Vietnã. As vendas para o México também foram acima das de um ano atrás (6%), embora o volume tenha caído nos últimos quatro meses de 2015. As exportações de outras categorias de produtos foram acima das de um ano atrás, embora o desempenho dos ganhos tenha sido menor que em janeiro de 2015. Os embarques totalizaram 138.089 toneladas de leite em pó, queijo, creme, soro de leite e lactose, 10% a mais que em janeiro de 2015, mas, o mais baixo desde janeiro de 2015, (em média diária). (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

    

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