Pular para o conteúdo

07/03/2016

         

Porto Alegre, 07 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.219

 

    Sindilat apresenta sugestões à Lei do Leite nesta segunda-feira

O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) já concluiu o documento com as sugestões para a regulamentação da Lei do Leite. Os apontamentos, compilados com ajuda das empresas associadas e após diversas reuniões internas, serão entregues à Secretaria da Agricultura nesta segunda-feira (7/3) para auxiliar na elaboração de um decreto que contemple os anseios do setor. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, há questões importantes a serem ajustadas, e a principal preocupação é regulamentar a lei sem engessá-la via decreto. "Nossos pontos foram alinhados com base em muito diálogo e reproduzem a preocupação das indústrias que realmente operam com expressivas quantidades de leite em 467 municípios gaúchos", frisou.

Seguem alguns pontos que necessitam de ajuste, segundo o Sindilat:

1) Transvase:  A indústria gaúcha pede a regulamentação do uso de transvase na coleta do leite a granel. O processo consiste em acoplar dois tanques em um mesmo caminhão, ampliando a capacidade de captação, reduzindo o custo do frete e viabilizando a coleta de mais leite em propriedades mais distantes. Atualmente, o transvase não está autorizado no RS. Segundo Guerra, a regulamentação do transvase traz ganhos logísticos significativos às indústrias gaúchas e ainda inclui novos produtores na cadeia produtiva. O processo, chamado por muito de Romeu & Julieta, é amplamente utilizado em outros estados produtores de leite do país. O Sindilat defende que o procedimento, nesse momento, só seja permitido em composição tipo Romeu & Julieta pela garantia da segurança e higiene, uma vez que os mesmos têm que sair da indústria ou posto de resfriamento todo o dia, não sendo permitido a transferência de leite de caminhões menores para carretas sem usar um posto de resfriamento. 

2) Multas: A minuta de decreto apresentada pela Secretaria da Agricultura sugere que a aplicação de multas aos infratores siga o patamar mais alto previsto na lei. O Sindilat entende que as multas devem ser rigorosas, mas é preciso que a penalização seja mais severa para os infratores reincidentes. Desta forma, seria necessário criar um escalonamento das multas, e não simplesmente adotar o teto. 

3) Risco à saúde pública e redução nutricional: O Sindilat sugere que o tema tenha um capítulo específico e que seja regulado por Instrução Normativa ou Portaria. Como o leite é proveniente de um processo metabólico da vaca, ele está sujeito a muitas variáveis que geram resultados diversos, como o estresse calórico, por exemplo. As variações também dependem da raça e da formulação da dieta alimentar dos animais. O tema é alvo de muitos trabalhos científicos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

  
Sindilat prestigia abertura da Expodireto Cotrijal

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou na manhã desta segunda-feira (07/03), da abertura da Expodireto Cotrijal 2016, em Não-Me-Toque. Convicto de que feira constitui um importante fórum de debates sobre os rumos do setor, o dirigente acompanhou os discursos e esteve com as autoridades presentes. Ao abrir oficialmente o evento, o governador José Ivo Sartori, destacou que a Expodireto é um patrimônio do Estado. "Temos aqui exemplos de empresas, entidades e organizações que muito perseveraram para desenvolverem uma trajetória próspera, vitoriosa e exitosa", disse, ao lado da primeira-dama Maria Helena Sartori. Durante a solenidade, o governador assinou decreto que simplifica e estabelece fluxo único para o licenciamento ambiental, bem como diretrizes e procedimentos para a outorga do uso da água, e do alvará de construção de reservatórios artificiais para uso na irrigação agrícola.

Segundo Guerra, a Expodireto é um momento de avaliar a produção láctea gaúcha e debater as melhorias necessárias. O ponto alto da exposição para o setor deve ser o Fórum Estadual do Leite, que será realizado na quarta-feira (9/3), em uma promoção da CCGL e Cotrijal e com apoio do Sindilat e Sistema Farsul. A programação terá início às 9h como o painel Ações e Perspectivas do Mercados de Lácteos, que será comandado pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Marcelo Martins. Na sequência, mesa Evolução da Produção e Produtividade do Rebanho e os Impactos na Composição do Leite reunirá produtores e autoridades sanitárias em debate sobre a qualidade do produto gaúcho. O responsável técnico pelo Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite, Marcelo Bonnet, também irá participar como palestrante no evento.

Em sua manifestação durante a abertura do evento, presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou que a Expodireto deste ano reúne mais de 70 países de cinco continentes e 26 embaixadores, demonstrando o clima de confiança na feira, reconhecida como espaço de tecnologia, oportunidade e inovação. "Aqui na Expodireto não existe crise. Aquelas pessoas que querem desenvolver o Brasil vão encontrar aqui parceria", completou. A feira segue até o dia 11 de março no Parque de Exposições da Expodireto Cotrijal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Setor lácteo/Reino Unido

A Comissão de Assuntos Rurais do Parlamento britânico elaborou um documento com recomendações para melhorar a situação do setor lácteo no Reino Unido. As recomendações são bastante similares às que são apresentadas em outros fóruns, tanto ao nível comunitário, como ao nível de outros países, já que o problema do setor lácteo no Reino Unido é semelhante ao que ocorre em outros países.

O objetivo é melhorar e estabilizar a renda dos pecuaristas. Para isso a Comissão do Parlamento recomenda:
- Buscar novos mercados, investindo em valor agregado e abrindo mercados de exportação.
- Usar as Entidades Representativas dos produtores para melhorar o poder de barganha junto à indústria.
- Utilizar contratos de longo prazo para reduzir as incertezas.
- Mais transparência nas práticas de fixação de preços por parte da distribuição.
- Melhorar os rótulos de origem.
- Ampliar o poder de atuação do Defensor da Cadeia de Alimentos aos fornecedores indiretos.
- Melhorar os prazos de pagamento. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Balança/EUA

O déficit da balança comercial dos EUA aumentou no primeiro mês do ano, indicando que a desaceleração da economia global continua pressionando a economia norte-americana. Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que o país registrou déficit comercial de US$ 45,68 bilhões em janeiro, 2,2% maior que o de dezembro, considerando-se ajustes sazonais.

Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam saldo negativo menor em janeiro, de US$ 44 bilhões. O déficit estimado de dezembro, por sua vez, foi revisado para cima, de US$ 43,36 bilhões para US$ 44,7 bilhões. As exportações dos EUA caíram 2,1% em janeiro, a US$ 176,46 bilhões, na quarta queda mensal consecutiva e atingindo o menor nível desde fevereiro de 2011, enquanto as importações recuaram 1,3%, a US$ 222,13 bilhões. Os embarques de bens de capital e de consumo, assim como os de alimentos e de insumos industriais, registraram queda em janeiro. Nos últimos meses, a fraqueza dos preços das commodities e a desaceleração de grandes economias, como China e Brasil, têm afetado as exportações líquidas de bens e serviços dos EUA, embora a economia doméstica venha mostrando relativa resistência. A tendência de valorização do dólar e de enfraquecimento do petróleo, por sua vez, está causando mudanças nos padrões de comércio. As exportações dos EUA para o Canadá, China e países das Américas do Sul e Central atingiram mínimas em vários anos, refletindo o encarecimento dos produtos norte-americanos para os consumidores de regiões com economias em desaceleração e moedas mais fracas. Fonte: Dow Jones Newswires). (EM)

Preços/Oceania

A produção de leite da Austrália na temporada 2015/2016 foi estimada pela Dairy Australia como sendo menor que a temporada anterior. O bom começo não se sustentou. O crescimento desacelerou em outubro com a redução das chuvas e o aumento das margens dependiam do equilíbrio entre a alimentação complementar e pastagens.

Outros fatores coincidiram, como o alto custo da água para irrigação. Esses fatores levaram muitos produtores a reduzirem a alimentação mantendo o tamanho do rebanho, e deixando a produção baixar em relação aos níveis anteriores. Analistas do setor não acreditam que possa haver recuperação da produção até o final da temporada, em junho. Na Nova Zelândia a produção de leite em janeiro foi quase idêntica à de dezembro. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)


Preços/UE
Com a produção chegando ao pico sazonal na União Europeia, lidar com o volume de leite é cada vez mais desafiador. Observadores da Alemanha acreditam que a produção de leite nas duas primeiras semanas de fevereiro de 2016 foi 5% maior em relação às mesmas semanas de 2015. Algumas indústrias estão preocupadas com as taxas de crescimento nas comparações anuais, em relação à existência de capacidade de processamento das plantas. A produção de leite na Alemanha apresenta diferenças regionais, e os baixos preços do varejo estão impulsionando as vendas dos lácteos pelos supermercados, invertendo-se o declínio observado no início de 2015. As vendas de leite fluido, manteiga, queijo e iogurte cresceram no segundo semestre de 2015, e continuam em 2016. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *