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31/07/2015

 

                                                      

 

Porto Alegre, 31 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.096

 

  Consumo e qualidade são temas do Congresso Internacional do Leite
 
A saúde, comercialização e adição de probióticos para a melhoria dos produtos lácteos foi tema do primeiro painel desta quinta-feira (30) da programação do 13º Congresso Internacional do Leite, que ocorre no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O painel foi presidido pelo presidente do sistema Ocergs/Sescoop/RS, Vergilio Frederico Perius, e teve como moderador o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Alexandre Guerra.
A palestra do coordenador do Mais Leite, Rafael Cornes Lucas, "Benefícios do Consumo de Lácteos para a Saúde Humana - Evidências Científicas, apresentou diversos dados que corroboram com as vantagens do consumo de lácteos, principalmente o leite, desde a infância até a vida adulta, inclusive sendo um dos fatores significativos na relação consumo de leite e aprendizado. "Já temos comprovado que o consumo do café da manhã com produtos lácteos é fator essencial para o conhecimento, refletindo na capacidade de absorção cognitiva e capacidade de compreensão. Portanto, é essencial que se executem programas dentro das escolas, estimulando o consumo de lácteos pelos estudantes tanto na infância quanto na adolescência", explica.
O pesquisador disse que o consumo de lácteos na fase adulta deve ser mantida, pois são produtos que têm importância nesta fase da vida e são benéficos para prevenir a obesidade, por sua forma de saciedade e inclusive no que se refere ao fortalecimento de cálcio de adultos, que tem seu auge aos 30 anos e entra em declínio principalmente a partir dos 50 anos de idade. "Os lácteos são alimentos fontes de excelência de cálcio, mineral que é relacionado com a prevenção e tratamento da hipertensão arterial, obesidade e osteoporose, entre outras. Também existe vínculo direto do consumo de lácteos para a prevenção de doenças como diabetes, cáries, doenças cardiovasculares, câncer de cólon e mama e benéfico para a prática esportiva", complementa.
A palestra seguinte teve como tema "Novos Produtos para a Indústria Brasileira de Latícinios", apresentada pela pesquisadora e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Neila Silvia Pereira Richards. A apresentação contextualizou o comportamento do mercado e indústria de lácteos com o consumidor que, com o passar das décadas, principalmente a partir de meados dos anos 1990, se apresenta não somente com um produto de suplementação e fortalecimento, mas de caráter funcional, reduzindo e prevenindo doenças e problemas de saúde.
A especialista reforça o caráter de importância do leite e derivados como produto essencial para a alimentação humana. "O alto teor de cálcio no produto, contendo 30% do valor diário necessário e um copo de leite, faz dele um produto indispensável. Para vias de comparação essa mesma quantidade de cálcio só seria suprida por vegetais, em 10 xícaras de espinafre ou o consumo de 32 unidades de couve de Bruxelas, o que seria praticamente inviável" comenta.
Em termos de indústria e mercado, a pesquisadora acredita em uma projeção entre 2014 e 2024 de um aumento de 36% no consumo, o que equivale a 710 milhões de toneladas do produto e que a produção busque incrementar a diversidade de produtos oferecidos para o consumidor final. Entretanto, a pesquisadora foi enfática nas questões de produto e matéria-prima. "O que deve ser entendido é que a qualidade é uma obrigação da indústria, uma conformidade e não um diferencial. Inclusive no que se refere à matéria-prima pois, comprometida, não tem milagre algum que a torne um bom produto", aponta.
O ciclo de palestras desse painel foi fechado com a apresentação "Probióticos para a Indústria de Laticínios", realizada pelo argentino Calso Gabriel Vinderola. A sua apresentação foi focada nas vantagens e utilização dos probióticos em produtos lácteos e o quanto eles contribuem para a qualidade. "Os probióticos são excelentes aditivos aos lácteos, especialmente iogurtes, com benefícios comprovados para a saúde intestinal, inclusive sendo uma importante fonte preventiva de doenças desse órgão" comenta. O especialista ainda aponta que o país tem uma grande oportunidade nesse segmento. "O Brasil não conta com a produção de probióticos locais, sendo necessária a sua importação, o que pode ser um campo extremamente oportuno para o início desse tipo de cultura", comenta. Por fim, o especialista vê a necessidade de uma mudança na legislação que possibilite que sejam apresentados nos rótulos dos produtos todos os benefícios já comprovados pela adição desse microrganismo em lácteos.
O 13º Congresso Internacional do Leite segue nesta quinta-feira (30) com palestras que discutem a sustentabilidade e a competitividade da atividade leiteira no Brasil. O evento  conta com apoio de Balde Branco, Feed & Food, Milkpoint, AFUBRA, SESCOOP,  Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,  Famurs, AGL. Conta com patrocínio do SEBRAE, SICREDI, Tetra Pak, OCB, Emater-RS,  CNPq, CAPES, Ministério da Educação, Ministério da Agricultura, Pecuária e  Abastecimento. O congresso é uma realização da Embrapa em parceria com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL). (O Sul)
 
 
Justiça torna sem efeito registro indevido de marca de queijos alemães por distribuidor brasileiro

A justiça federal suspendeu liminarmente os efeitos do registro da marca Bergader, de queijos alemães, pela empresa brasileira La Rioja, que distribuía os produtos no Brasil, de acordo com a sentença da juíza Marcia Maria Nunes de Barros, da 13a Vara Federal.

A Bergader, uma das principais fabricantes de queijos do mercado alemão, é uma empresa familiar criada em 1902. Seus produtos passaram a ser distribuídos no Brasil em 1999 por empresas entre as quais a La Rioja (Comercial Importação e Exportação La Rioja Ltda.). Com o crescimento das vendas no país, a Bergader buscou proteção de sua marca também no Brasil em 2009, surpreendendo-se com pedido de registro idêntico depositado pela La Rioja no INPI (Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual) em 2008.
Mesmo sabendo do pedido de registro pela própria Bergader, o INPI no ano passado, concedeu a La Rioja o registro da marca - que incluiu o logotipo original, com base na anterioridade da solicitação.
Ao conceder a liminar, a juíza aponta que a La Rioja "agiu de má fé, uma vez que depositou de forma absolutamente idêntica tanto a parte nominativa quanto a estilização". Para a juíza, houve "clara intenção de angariar clientela alheia, dado o risco de confusão e associação pelo público consumidor ao se deparar com a marca Bergader; além do que o depósito feito sem qualquer autorização coloca em risco a integridade material da marca das demandantes, sua reputação no mercado brasileiro e os vultuosos investimentos realizados por elas ao longo dos anos".
O uso da marca pela La Rioja está suspenso até a conclusão do processo - que ainda contará com manifestações da La Rioja e do INPI - sob pena de pagamento de multa diária no valor de mil reais. 
A advogada Elisa Santucci, cujo escritório representa a Bergader, comenta que não é impossível ocorrer coincidência entre nomes de produtos devido ao desconhecimento da existência anterior da mesma marca.
No que toca à Bergader porém, comenta ela, "as evidências comprovam a existência dessa marca no mercado internacional pelo menos 40 anos antes de seu registro no Brasil pela La Rioja, e nós demonstramos haver um relacionamento comercial que tornava impossível o desconhecimento, por parte da La Rioja, da marca Bergader". "O registro da marca, pelo distribuidor, no país onde os produtos são distribuídos", continua ela "até pode acontecer de maneira preventiva, mas, na maioria das vezes, representa uma tentativa, pela distribuidora, de forçar a continuidade do contrato de distribuição". (SEGS)
 
 

Confirmado o fim do emplacamento dos veículos agrícolas

Após longa batalha, iniciada pelo deputado federal Alceu Moreira com a apresentação em 2012 do projeto 3312, foi confirmado o fim do emplacamento dos veículos agrícolas. A sanção está publicada no Diário Oficial de sexta-feira, 31/07.

O texto sancionado acaba com qualquer possibilidade de emplacamento e licenciamento, exigindo apenas um registro sem custos, uma espécie de documento de identidade do trator, colheitadeira ou pulverizador, caso precise transitar em vias públicas.

A fim de garantir a segurança, também prevê que os estados e municípios, através dos seus órgãos de trânsito, fiquem a cargo da fiscalização nos deslocamentos.

O projeto apresentado acabou vetado pelo próprio governo federal, que via no emplacamento uma possibilidade de arrecadação em tempos de descontrole nas contas públicas. Entretanto, frente à pressão o governo recuou, primeiramente prorrogando a data de início do emplacamento e depois com a edição de Medida Provisória sancionada.

Entenda a batalha desde o começo

Em 2012 foi apresentado o projeto de lei (3312/2012) que acabava com o emplacamento e licenciamento das máquinas. Ainda nesse ano uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) foi publicada. Esta, através do código de trânsito, obrigava o agricultor a emplacar e licenciar as máquinas agrícolas a partir de 2015.

Dali para frente, o projeto tramitou durante dois anos na Câmara e no Senado, sendo aprovado pelas duas casas sem nenhuma modificação. Nesse período, ocorreram inúmeros debates, todos com a presença de representantes do governo federal. Faltava, então, apenas a sanção pela presidente Dilma Rousseff para acabar de vez com essa injustiça com os produtores. Mas no último prazo para a sanção, todos foram surpreendidos com uma publicação no Diário Oficial da União, assinada pela presidente, que vetava integralmente o projeto.

Após isso, o veto foi apreciado pelo Congresso, que optou por mantê-lo. Isso gerou uma grande comoção em todo o país. Pressionado, o governo prorrogou a data do emplacamento e posteriormente editou a Medida Provisória 673/15, aprovada pela Câmara e pelo Senado, e agora sancionado. (As informações são da Assessoria da Câmara/Milkpoint)

 

 
IGC estima colheita em 1,97 bilhão de t
O Conselho internacional de Grãos (IGC) manteve praticamente estável sua estimativa para a produção mundial de cereais em 2015/16. Em levantamento divulgado ontem, a entidade passou a prever a colheita em 1,97 bilhão de toneladas, 2,1% menos que o calculado para 2014/2015. (Valor Econômico)
 
 

 

    

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