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07/07/2015

         

 

 

Porto Alegre, 07 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.076

 

 SINDILAT NEGOCIA EXPORTAÇÃO DE LÁCTEOS COM A RÚSSIA 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, viaja na tarde desta segunda, dia 6, a Moscou, na Rússia, para tentar habilitar indústrias do estado a exportar mais produtos lácteos ao país. Ele acompanha a missão empresarial liderada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que está em Tóquio e deve chegar na terça, dia 7, a Moscou.

De acordo com o Sindilat/RS, atualmente o estado embarca queijo e manteiga para a Rússia, em pequena quantidade. O setor quer trilhar o mesmo caminho seguido pelas indústrias brasileiras de carne, valendo-se do embargo russo à União Europeia e aos Estados Unidos para ganhar espaço.

- Apesar de a Rússia não estar em um momento econômico muito bom, temos que aproveitar esta oportunidade - disse o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini

Segundo ele, a busca por novos mercados se tornou ainda mais importante num momento em que o consumo doméstico é afetado pela crise econômica no Brasil.

- Todos os segmentos estão sentindo. As pessoas não deixam de consumir, mas dão preferência a produtos mais baratos, e isso tem um impacto - explicou. A delegação brasileira, que também inclui representantes do Senado e da Câmara dos Deputados, terá agenda na Rússia a partir desta quarta, dia 8. Estão previstas reuniões com autoridades, visitas técnicas a supermercados e um encontro empresarial da Cadeia de Proteínas. De acordo com Palharini, o Sindilat/RS espera que a viagem resulte em avanços concretos, como a inclusão de novos produtos lácteos na pauta de importação da Rússia com o Brasil e a habilitação de plantas gaúchas do segmento.
Hoje, ainda conforme o Sindilat/RS, apenas a unidade da Lactalis (comprada em 2014 da BRF) localizada em Teutônia está autorizada a embarcar produtos lácteos para a Rússia. A expectativa é de que outras duas plantas recebam esta permissão: a CCGL de Cruz Alta e a Dália Alimentos da cidade de Encantado.

- Já houve vistoria e a documentação já saiu do governo brasileiro, então depende dos russos agora. Estamos bastante otimistas. Queremos aproveitar o apoio da ministra para sair da etapa burocrática e ir para a etapa comercial - disse Palharini.

De acordo com o Sindilat/RS, o Rio Grande do Sul produz mais de 4,8 bilhões de litros leite por ano, um crescimento de 95% ao longo da última década. Além de aumentar o volume de exportação de queijo e manteiga, o estado pretende explorar a venda de leite condensado saborizado, que é bastante consumido na Rússia. O presidente do Sindilat/RS retorna ao Brasil no dia 11 de julho

O cronograma da delegação brasileira ainda inclui uma reunião com uma agência de marketing local, solicitado pela ministra Kátia Abreu. O objetivo, segundo Palharini, é que os profissionais locais mostrem ao Brasil qual seria a melhor estratégia para acessar o mercado russo. (Canal Rural)

 
 
 
"Notificar uma enfermidade é importante"

Luis barcos, Representante Regional da OIE para as Américas

Comunicar imediatamente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de alguma enfermidade em um país-membro será uma ação possível com o World Animal Health Information System (Wahis) - sistema mundial de informação sobre sanidade. O aplicativo, disponível pela internet, permitirá o acesso aos usuários autorizados, em tempo real, a dados sobre a condição dos países. Nesta entrevista, Luis Barcos, representante da OIE para as Américas, afirma que o acesso mais fácil à informação é essencial para o desenvolvimento da sanidade animal no mundo.

Internet e aplicativos estão chegando para ajudar na vigilância sanitária? 
Estas tecnologias são utilizadas pela maioria das pessoas. Inclusive trabalhadores de fazendas têm seus smart-phones. Creio que seja uma forma de facilitar o acesso à informação e ao conhecimento. Além disso, a ideia é que haja a possibilidade de receber informação e também de enviar. Receber já é uma prática mundial e, agora, acreditamos que seja possível também reportar enfermidades.
Que diferença pode fazer essa via de duas mãos dos dados?
Atualmente, um pequeno produtor rural que reside em uma zona distante, para notificar uma enfermidade, na melhor das hipóteses, demora um ou dois dias, até chegar ao escritório do serviço veterinário. Com o smartphone, pode avisar sobre algo fora do normal e prevenir as autoridades. Pode ser que não haja nada, mas é um aviso. Então, parece-me que há um avanço enorme e há que se utilizar essa tecnologia. Será uma boa ferramenta. A notificação de uma enfermidade é um tema importantíssimo. É como avisar que há um incêndio. Tem de chamar os bombeiros para que o fogo não se espalhe. Com a notificação de enfermidades, é igual. O objetivo é avisar muito rápido para que se possa parar o foco e para que não se difunda. Por isso, se insiste tanto em notificar.
A OIE passou 15 dias avaliando o serviço veterinário oficial no Brasil. O que foi recomendado a partir da visita?
A principal recomendação foi que o Brasil não deveria só concentrar seus esforços no combate à febre aftosa. Mas também aproveitar a estrutura para atuar em enfermidades que afetam animais e humanos como tuberculose, brucelose, raiva e influenza. Outra recomendação dada foi trabalhar de forma mais coordenada com serviços veterinários estaduais e municipais.
O Brasil está em condições de iniciar esse trabalho?
Creio que sim. Estivemos em Brasília quando a presidente (Dilma Rousseff) anunciou o Plano de Defesa Agropecuária e percebemos que levaram em conta está recomendação da OIE, pois ela anunciou um trabalho muito mais estreito com Estados e municípios e também com o setor privado. Como resultado da recomendação, se firmou um ato de compromisso entre o governo do Brasil e setores privados.
Como o senhor vê a iniciativa do Paraná de buscar a retirada da vacina e do Rio Grande do Sul de trilhar o mesmo caminho para facilitar a conquista de mercados?
Eu diria que quando um país elimina uma doença e se passam cinco, sete, 10 anos sem foco, o produtor de gado se pergunta "por que sigo vacinando?". Mas a decisão não se pode tomar de forma isolada. O veredito final é do governo federal. Sem dúvida, quando passam muitos anos sem foco, há inquietude em parar de vacinar. É válido querer parar. Mas querer não é a única coisa. Tem de prevenir. Porque há países que não tiveram vacina por muitos anos e depois tiveram focos como Japão, Coreia do Sul e mesmo a Europa.
O senhor já esteve no Rio Grande do Sul?
Sim. O Rio Grande do Sul tem uma boa situação sanitária, mas tem de discutir o fim da vacinação com autoridades do Ministério da Agricultura. Isso é uma decisão do Brasil. O status do Rio Grande do Sul é excelente. Para tomar uma decisão de deixar de usar a vacina, há que fazer muitas coisas de vigilância, de qualidade de serviço veterinário, de controle de fronteiras, de identificação e movimentação de gado.
Agora que o RS tem certificado de zona livre de peste suína clássica, fica mais fácil conseguir o da aftosa?
A peste suína clássica é uma doença diferente e o sistema de produção de suínos tem suas características. Portanto, não é a mesma coisa, mas um certificado da organização sempre é válido. (Zero Hora)
 
 
PAS Leite divulga resultados no dia 17 
Após sete meses de treinamento, 13 produtores receberão do Sebrae e Senai certificado do Programa Alimentos Seguros -- PAS Leite Campo. O grupo, ligado à cooperativa Santa Clara, participou de projeto-piloto de implantação da metodologia no Estado. O produtor João Marcos Grespan, que tem 30 vacas e produz mil litros/dia, afirma que o PAS Leite aprimorou ainda mais a gestão. "Hoje tenho tudo cadastrado", disse. Os resultados obtidos serão apresentados dia 17 de julho, em Carlos Barbosa. (Correio do Povo)
 
 
 

SINDILAT CONVIDA
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal realiza, no dia 10 de julho, a audiência pública "Mercados e perspectivas para o futuro da produção leiteira do Brasil". O evento acontece às 14h, no auditório da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), em Ijuí (RS). O debate objetiva avaliar a situação atual e, especialmente, planejar ações para fortalecer e estimular a produção, garantindo a ampliação de mercados, o desenvolvimento de tecnologias e mais geração de renda. O evento contará com a participação de lideranças do setor, representantes do governo, senadores, deputados, prefeitos, vereadores e especialistas na área, além de produtores de todo o Estado.  Participe!
 
 
 

 

    

 

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