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Fazendas Líderes estão em SP

 
        No ano que passou, a produção das 100 maiores fazendas de leite do Brasil avançou 9,4%, para uma média diária de 15.151 litros ¬ em 2013, a média havia sido de 13.849 litros por dia, conforme o Levantamento Top 100 MilkPoint. A pesquisa, em sua 14ª edição, obteve informações dos 100 maiores produtores de leite do Brasil sobre o desempenho de 2014, comparando¬os com o ano anterior.

     De acordo com o levantamento, a produção média diária dos 100 maiores verificada em 2014 é mais de duas vezes a registrada em 2001, ano da primeira pesquisa, quando a produção média foi de 6.544 litros por dia. A diferença dá uma ideia do avanço da produtividade nos últimos anos.

      Além disso, a média de produção dos 100 maiores aumentou 20% entre 2012 e 2014. Esse crescimento foi estimulado pelos preços valorizados da matéria¬prima ao produtor nesse período, segundo os analistas da MilkPoint.

    "Como tais produtores possuem uma posição privilegiada no mercado, aliado a uma possível melhor estrutura gerencial e captação de recursos, faz com que possam crescer mais do que a média brasileira", dizem em relatório.

      Conforme a pesquisa, a Fazenda Colorado, de Lair Antônio de Souza ¬ que morreu em fevereiro deste ano ¬ e filhos foi, pela segunda vez, a maior produtora de leite do Brasil em 2014. A propriedade, localizada em Araras (SP), teve uma média diária de produção de 62.851 litros no ano passado, um incremento de 17,4% sobre 2013.

     Em segundo lugar, ficou mais uma vez a Fazenda Bela Vista (de Tapiratiba, também em São Paulo), seguida pela Agrindus (Descalvado ¬ SP), que também manteve o terceiro lugar em relação a 2013. Na Bela Vista, a produção foi de, em média, 52.179 litros por dia, e na Agrindus, de 51.288 litros diários. No quarto lugar, igualmente a mesma posição de 2013, ficou a pecuarista Huguette Emilienne Françoise Collin de Noronha, com produção de 33.451 litros por dia.

      Os analistas da MilkPoint destacaram o avanço da Sekita Agronegócios no ranking, que passou do 10º lugar em 2013, para sexto no ano passado, com produção de 30.981 litros de leite por dia. A produção da empresa, que está no negócio de leite há menos de dez anos e se localiza em Rio Paranaíba (MG), cresceu 239% desde 2011, quando passou a fazer parte do levantamento.

    A pesquisa indicou ainda que entre os 10 produtores com maiores aumentos na produção diária, sete são da região Sudeste, dois produtores são do Ceará e um de Goiás.

      O Estado de Minas Gerais segue como o que tem maior número de fazendas no ranking. Já São Paulo se destaca por ter as três maiores fazendas leiteiras do Brasil, todas produtoras de leite tipo A, com marca própria no varejo.

       O destaque no Paraná é a cidade de Castro, município que mais produz leite entre as fazendas do ranking.

      A MilkPoint também levantou dados sobre rentabilidade e custos entre os 100 maiores produtores no ano passado. Segundo 39% deles, a rentabilidade em 2014 ficou acima da média dos outros anos e conforme 47%, esteve na média, enquanto 14% consideraram abaixo da média.

       A pesquisa mostrou ainda que houve aumento de 3,6% no custo médio operacional de produção entre os produtores Top 100 ¬ alcançou R$ 0,86 por litro de leite, reflexo "principalmente dos custos mais altos de alimentação".

      Ainda conforme o levantamento, o sistema de produção mais utilizado pelos 100 maiores produtores foi o confinamento das vacas ¬ 61 propriedades. Nas 39 propriedades restantes, 23 utilizaram o sistema de semiconfinamento e 16 o de pastejo rotacionado, caso da fazenda Flor da Serra, propriedade de Luiz Prata Girão, localizada em Limoeiro do Norte (CE) e em nono lugar no ranking.

      A maior parte das propriedades (70) tinha criação de animais da raça holandesa em 2014, mesma quantidade do levantamento anterior. Já a raça girolando e outros mestiços aumentou a presença de 39 para 44 propriedades no Top 100.

    O levantamento também buscou traçar cenários para os próximos anos, e a conclusão é que há "uma forte tendência de os produtores continuarem a expandindo a produção de leite". Quando questionados quanto pretendiam expandir a produção nos próximos três anos, 42% afirmaram ter intenção de expandir a produção em até 20%; 31% pretendem ter crescimento de 20% a 50% no volume produzido nos próximos dois anos. Apenas 17% dos Top 100 não pretendem aumentar a produção. Uma fatia de 10% disse querer elevar a produção em mais de 50% nos próximos três anos.

     Para realizar a pesquisa, a MilkPoint fez um levantamento preliminar, por meio de contribuições ao seu site, sobre as fazendas que poderiam estar entre as 100 maiores. Foi utilizado como critério uma produção mínima diária estimada de 6.500 litros.

     A partir daí, os produtores selecionados foram consultados individualmente para confirmar dados sobre volume de produção e a propriedade, entre outros. Em relação ao levantamento de 2014, houve algumas alterações: dois produtores optaram por não participar, nove não atingiram a produção mínima estipulada e 11 novos produtores de leite entraram no ranking. (Valor Econômico)

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