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O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou na manhã desta segunda-feira (07/03), da abertura da Expodireto Cotrijal 2016, em Não-Me-Toque. Convicto de que feira constitui um importante fórum de debates sobre os rumos do setor, o dirigente acompanhou os discursos e esteve com as autoridades presentes. Ao abrir oficialmente o evento, o governador José Ivo Sartori, destacou que a Expodireto é um patrimônio do Estado. "Temos aqui exemplos de empresas, entidades e organizações que muito perseveraram para desenvolverem uma trajetória próspera, vitoriosa e exitosa", disse, ao lado da primeira-dama Maria Helena Sartori. Durante a solenidade, o governador assinou decreto que simplifica e estabelece fluxo único para o licenciamento ambiental, bem como diretrizes e procedimentos para a outorga do uso da água, e do alvará de construção de reservatórios artificiais para uso na irrigação agrícola.

Segundo Guerra, a Expodireto é um momento de avaliar a produção láctea gaúcha e debater as melhorias necessárias. O ponto alto da exposição para o setor deve ser o Fórum Estadual do Leite, que será realizado na quarta-feira (9/3), em uma promoção da CCGL e Cotrijal e com apoio do Sindilat e Sistema Farsul. A programação terá início às 9h como o painel Ações e Perspectivas do Mercados de Lácteos, que será comandado pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Marcelo Martins. Na sequência, mesa Evolução da Produção e Produtividade do Rebanho e os Impactos na Composição do Leite reunirá produtores e autoridades sanitárias em debate sobre a qualidade do produto gaúcho. O responsável técnico pelo Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite, Marcelo Bonnet, também irá participar como palestrante no evento.

Em sua manifestação durante a abertura do evento, presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou que a Expodireto deste ano reúne mais de 70 países de cinco continentes e 26 embaixadores, demonstrando o clima de confiança na feira, reconhecida como espaço de tecnologia, oportunidade e inovação. "Aqui na Expodireto não existe crise. Aquelas pessoas que querem desenvolver o Brasil vão encontrar aqui parceria", completou. A feira segue até o dia 11 de março no Parque de Exposições da Expodireto Cotrijal.

 Com informações Palácio Piratini.

Crédito foto: Luiz Chaves / Palácio Piratini

Representantes das entidades responsáveis pela organização do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat 2016) reuniram-se nesta sexta-feira (4/3) para discutir e analisar a realização do evento, que ocorre entre 22 e 24 de novembro, na Fiergs, em Porto Alegre. Neste ano, entre as principais propostas, está a consolidação do Encontro Internacional de Negócios, criado em 2014 e que fomentou relevantes acordos comerciais no setor. “Mesmo com um cenário econômico complicado, a expectativa é ampliar as parcerias internacionais”, destacou o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), Kurt Ziegler. Em 2014, foram 114 reuniões com empresas do Chile, Emirados Árabes Unidos, Egito, Malásia, México, Russia e Uruguai.

Nesta sexta-feira, o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS), Guilherme Portella, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, reiteraram o compromisso do setor lácteo com o evento e sua importância para o desenvolvimento do agronegócio. Além de fomentar parcerias, a programação do Avisulat ainda contempla painéis, palestras e a exposição de equipamentos e serviços. O Avisulat 2016 é uma promoção do Sindilat/RS, Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (Sips), com apoio da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).

Foto: Kamila Beheregaray 

Publicado em 04/03/2016

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) abriu consulta a seus associados sobre a elaboração de uma nova proposta tributária para o leite no Rio Grande do Sul. A ideia é unificar uma posição da indústria laticinista a ser apresentada ao governo do Estado. Em reunião na tarde desta sexta-feira (26/2), o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apresentou o plano de ajuste que está em estudo pela área técnica do sindicato. O objetivo, reforçou o presidente Guerra, é ampliar a competitividade da indústria do Rio Grande do Sul frente aos demais estados produtores que concorrem pelos mesmos mercados com diferenciações fiscais que os favorecem, como São Paulo e Paraná.

Lei do Leite

Durante a reunião, as indústrias ainda avaliaram os diversos artigos do decreto da Lei do Leite e compilaram sugestões a serem encaminhadas à Secretaria da Agricultura nos próximos dias. Uma das medidas que será apresentada é a regulamentação do transvase de leite no Rio Grande do Sul.

As empresas ainda manifestaram preocupação com a queda de produção verificada no campo. Levantamento realizado entre os presentes indica uma queda de 5% a 8% em fevereiro em relação a janeiro de 2016 na coleta de leite no Estado. O volume também sinaliza captação inferior ao mesmo período de 2015. Guerra explica que o cenário é reflexo dos altos custos de produção, do impacto do clima sobre as pastagens e de um momento de desestímulo geral à atividade.

Foto: Carolina Jardine/ Divulgação

Autoridades e representantes do agronegócio, políticos e imprensa marcaram presença na manhã desta sexta-feira (26/2) na posse da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) para a gestão 2016-2020. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o diretor-secretário, Renato Kreimeier, prestigiaram a solenidade, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. “A Fetag é uma importante parceira do sindicato, nossas lutas e preocupações sempre estiveram alinhadas”, destacou Guerra. 

Com Carlos Joel da Silva reconduzido à presidência e Nestor Bonfanti como primeiro vice-presidente, a entidade tem como objetivo dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos. “Ampliar o acesso à terra, garantir maior renda aos trabalhadores rurais e programas sociais como saúde, previdência e habitação estão entre as principais metas da nossa direção”, salientou Silva. A Fetag congrega 350 sindicatos de trabalhadores rurais, que representam 1,3 milhão de pessoas.

Emocionado, o presidente da Fetag agradeceu o apoio da família e de todas as entidades que sempre estiveram ao seu lado. Durante a posse, também reforçou a preocupação em garantir uma gestão fundamentada no respeito e na coletividade. Entre os presentes, estiveram o governador José Ivo Sartori, a senadora Ana Amélia Lemos, o deputado Elton Weber, o secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, a presidente da Assembleia Legislativa do RS, Silvana Covatti, o secretário de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida, entre outras autoridades. 

Crédito foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini

Publicado em 26/02/2016

 

 
 
As dificuldades climáticas e o início da entressafra resultaram em recuperação dos preços dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul neste mês de fevereiro. Segundo levantamento do Conseleite divulgado nesta quarta-feira (24/02),  o valor de referência do leite para fevereiro é de R$ 0,8590, aumento de 0,98% em relação ao consolidado de janeiro, que ficou em R$ 0,8506 e já representou alta de 0,99% em relação ao previsto de R$ R$ 0,8422. As cotações estão bem acima dos valores de mercado de fevereiro de 2015, contudo, não acompanham o desempenho do setor em Santa Catarina e Paraná, onde os preços estão em um patamar superior. O descolamento entre a realidade gaúcha e a dos demais estados da Região Sul preocupa o Conseleite/RS. “A realidade em Santa Catarina está descolada, bem acima dos preços do Rio Grande do Sul. Precisamos entender o que está acontecendo”, frisou o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues.
 
A tendência de aumento foi acompanhada por outros produtos lácteos como o queijo e o creme, por exemplo.   Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a previsão  é de novas elevações nos próximos meses com o período de volta às aulas, quando aumenta a demanda das famílias. “A lei da oferta e da procura é soberana. Temos menos leite no mercado e uma demanda ampliada típica desta época do ano”, justificou Guerra. Segundo ele, o reajuste é essencial para assegurar a competitividade da indústria gaúcha, que enfrenta concorrência acirrada pelo mercado interno. Também garante valorização adequada ao produtor que vem enfrentado aumento de custos e achatamento de rentabilidade. Muitos criadores de gado leiteiro têm abandonado a atividade ou substituído-a por outras mais lucrativas como o milho e a soja. Com aumento do milho, pontua ele, também se reduziu a oferta de ração aos animais, o que diminuiu a produção de leite a patamares abaixo dos níveis tradicionais da entressafra.   
 
Custo de Produção
 
Durante a reunião, as entidades representativas dos produtores de leite também deliberaram por realizar reunião no próximo dia 17 de março, às 9h, na Fetag. A ideia é debater os modelos de produção e os custos do processo. Devem estar presentes representantes da Farsul, Fetag e Fecoagro, e a ideia é avaliar parâmetros de cálculo que permitam a avaliação se os parâmetros de custo de produção do Conseleite estão de acordo com a realidade do mercado.  Os apontamentos serão apresentados na  próxima reunião do Conseleite, em 22 de março. 
 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Janeiro de 2016.

Matéria-prima Valores Projetados Janeiro / 16

Valores Finais

Janeiro / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Acima do Leite Padrão 0,9686 0,9781 0,0096
II – Leite Padrão 0,8422 0,8506 0,0083
III – Abaixo do Leite Padrão 0,7580 0,7655 0,0075

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

A Tabela 2 mostra os valores projetados para o preço de referência no mês de fevereiro de 2016, tanto do preço de referência do leite padrão quanto dos preços de referência acima e abaixo do leite padrão.

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Fevereiro de 2016.

Matéria-prima

Fevereiro /16 *
I – Acima do Leite Padrão (Maior valor de referência) 0,9878
II – Leite Padrão (Preço de referência) 0,8590
III – Abaixo do Leite Padrão (Menor valor de referência) 0,7731

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

 

O impasse criado pela adoção de substituição tributária para o leite UHT pelo estado do Paraná gerou debate acalorado nesta terça-feira (23/02) em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada em Porto Alegre (RS). A medida dificulta o acesso do leite produzido em SC e no RS àquele mercado, com custo majorado em cerca de R$ 0,15 o litro ao consumidor. Integrantes do fórum de estados questionaram o porquê da decisão, que coloca o Paraná ao lado de São Paulo em ações restritivas ao leite e dificulta a almejada harmonização tributária na Região Sul. Lideranças pontuaram a importância de decisões políticas de governo que ajudem nesse objetivo. Foi definido que um pedido oficial da Aliança Láctea será levado ao Codesul para que os governadores do RS, SC e PR tentem um entendimento acerca da questão fiscal do leite UHT. Há informação que as secretarias estaduais de Fazenda já estão trabalhando em uma proposta conjunta. Presente no encontro, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ficou de encaminhar a questão.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sugeriu que, frente ao fato concreto de majoração tributária no Paraná, os demais estados adotem medidas que permitam proteger seus mercados. “Os estados vão ter que tomar ações para que suas indústrias se mantenham viáveis”, frisou Guerra. Segundo o dirigente, o Rio Grande do Sul enfrenta um custo de logística maior e, para se manter competititvo, tem sua margem de lucro achatada.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do PR (Sindileite/PR), Wilson Thiesen, explicou que, depois de quatro anos de debates, a decisão foi uma imposição das próprias indústrias paranaenses que tinham apenas 24% do mercado local de UHT e viam seus excedentes sendo escoados a São Paulo como leite spot. Apesar disso, pediu apoio dos demais estados para lutar contra as restrições do mercado paulista, o que classifica como inconstitucional.

A Aliança Láctea ainda avaliou o Projeto de Lei da senadora Ana Amélia Lemos, que prevê equiparação tributária de todos os produtos da cesta básica entre as 27 unidades da federação. A medida, que beneficiaria o leite, coloca fim à guerra fiscal mas ainda precisa de encaminhamentos, principalmente em relação à reposição das perdas de alguns estados com a medida. A Farsul declarou-se favorável ao projeto, mas informou que ainda não há uma proposta fechada nem um percentual definido. Uma das hipóteses, pontou o economista da Farsul, Antônio da Luz, é que tais produtos tenham tributação zerada. “Esse é o nirvana dos setores, mas é complexo frente à situação financeira dos estados”, destacou Luz.

A próxima reunião da Aliança Láctea ocorrerá em maio em Santa Catarina. Ainda há agendas previstas para julho e setembro, quando a ideia é que o RS assuma a coordenação do grupo.

A Aliança Láctea Sul Brasileira -
É um fórum criado pelos três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) com o objetivo de reunir pessoas e descobrir sinergias que ajudem ao desenvolvimento do setor. Sua atuação é baseada por cinco grandes eixos de trabalho: qualidade do leite, sanidade, assistência técnica e profissionalização dos produtores, estrutura industrial e tributação.

Foto: Carolina Jardine
Legenda: Reunião nesta terça-feira na Farsul

 

Reforçando o compromisso social e a preocupação com o meio ambiente, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estará presente durante a 7ª edição da FIEMA Brasil, um dos mais expressivos encontros que sobre gestão ambiental do país. “Além de um espaço para novos negócios, a FIEMA é um importante encontro para difundir o conhecimento, possibilitando o acesso as mais novas soluções e tecnologias em prol do meio ambiente. Nosso apoio busca garantir e incentivar o desenvolvimento do setor lácteo gaúcho de forma sustentável”, destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O presidente da FIEMA Brasil 2016, Jones Favreto, reforça a importância da parceria. “A FIEMA é referência em inovação, informação, tecnologia e também em boas oportunidades de negócios. Essa realidade só é possível graças ao apoio de parceiros relevantes como o Sindilat que está a frente de inúmeras ações em benefício ao setor lácteo do Estado. Com a parceria do Sindilat podemos oferecer a expositores e visitantes um encontro realmente diferenciado e assertivo”, disse.

Realizada bienalmente, a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia ocorre entre os dias 05 e 07 de abril no Parque de Eventos em Bento Gonçalves/ RS. Segundo a organização, a expectativa é receber cerca de 200 expositores com as principais novidades em equipamentos, produtos e serviços que possam auxiliar na inclusão da responsabilidade ambiental na gestão estratégica das organizações. Simultaneamente a feira, ocorre uma intensa programação voltada ao conhecimento como congressos e seminários.

Crédito foto: Luis Cortelini

 

Crédito: Dudu Leal/Fiergs

O governador José Ivo Sartori e o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, lançaram, durante concorrido almoço nesta segunda-feira (15/2), a 17ª Expodireto Cotrijal, uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro. Com a presença de autoridades e das mais importantes lideranças do agronegócio gaúcho, Sartori destacou a força do setor e a relevância de iniciativas como esta que, como diz o slogan da feira, são "negócios que inspirem o amanhã". O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, representou a indústria laticinista na solenidade, realizada no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. O Sindilat participará da Expodireto deste ano por meio do 12º Fórum Estadual do Leite, que será realizado no dia 9 de março, no Auditório Central. Um dos paineis de destaque deve ser o que trata da "Evolução da Produção e Produtividade do Rebanho e os Impactos na Composição do Leite", que terá mediação do sindicato. "O Sindilat estará da Expodireto e, em especial, no Fórum do Leite, que é um momento para debater tendência e encarar nossos desafios de frente", pontuou Guerra.

A Expodireto será realizada de 7 a 11 de março, em Não-Me-Toque (RS), e espera movimentar valores próximos aos R$ 2,18 bilhões em negócios encaminhados em 2015. Para isso, a expectativa é contar com mais de 500 expositores, grupo que reunirá as mais importantes indústrias do setor de máquinas e implementos, lembrou Mânica. Segundo ele, várias empresas que se viram obrigadas a escolher apenas uma exposição para participar no primeiro semestre em função da crise optaram pela Expodireto. Segundo o dirigente, a tecnologia e a inovação se mantêm como pilares da mostra, que, no ano passado, recebeu mais de 230 mil visitantes.

Laticínios associados ao Sindilat reuniram-se na tarde desta quinta-feira (11/02) com representares da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para apresentar as primeiras sugestões à regulamentação da Lei 14.835, de 6 de janeiro de 2016, a chamada Lei do Leite. “O objetivo desse encontro foi debater a regulamentação para que a lei contribua na garantia de qualidade da matéria-prima processada pelas indústrias”, destacou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Um dos pontos em debate foi a importância de a Secretaria da Agricultura manter um Cadastro de Produtores atualizado sobre a situação sanitária das propriedades, e que ele esteja disponível às empresas. “É uma ferramenta para que a indústria possa ter a informação sobre o status dos rebanhos. Afinal, as empresas serão responsabilizadas pelo leite captado”, pontuou Guerra. O assessor técnico da Seapi Fernando Groff explicou que uma das ideias é fornecer acesso às empresas ao sistema da Seapi via internet para consultar a situação sanitária dos produtores.

Na ocasião, as indústrias ainda debateram a importância de viabilizar o transvase de leite de maneia segura no Rio Grande do Sul, como prevê o artigo 16. O processo, que consiste no transporte de dois tanques por um único caminhão, reduz custos e otimiza a coleta, mas ainda tem uso restrito. O Sindilat comprometeu-se a realizar pesquisa sobre o tema. “O sindicato fará um estudo junto a instituições competentes e levará à análise da Seapi. Não deveremos ter tempo para fazer isso na regulamentação da Lei do Leite, mas na sequência”, frisou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. A hipótese é trabalhar o tema em um novo decreto.

As indústrias ainda sugeriram que o governo desenvolva uma ferramenta que busque os dados mensais de captação de leite de forma automática, usando o sistema fiscal das notas emitidas pelas empresas na aquisição de leite dos produtores. “Se essas informações forem captadas evita-nos muito retrabalho e nos traz agilidade”, completou Guerra.

Também foi debatida a vinculação entre os laticínios e os transportadores. Os técnicos da Seapi explicaram que o vínculo previsto no artigo 9º da Lei do Leite refere-se a uma relação contratual entre produtor, indústria e transportador, o que não, necessariamente, se traduz em uma relação formal de trabalho. A Seapi ainda informou que deve definir, via Instrução Normativa (IN), a carga horária e o modelo de capacitação de treinamento a ser ministrado aos transportadores cadastrados no sistema.

Outro ponto importante é que o processo de identificação e fiscalização dos veículos que carregam o leite seja voltado aos tanques e não aos caminhões, uma vez que são eles que carregam o produto e precisam de regras específicas.

Os debates do Sindilat sobre a Regulamentação da Lei do Leite devem seguir nas próximas semanas. Novos apontamentos serão repassados à Seapi na sequência. A Lei do Leite tem 90 dias para ser regulamentada a contar de 6 de janeiro de 2016, podendo ter mais 180 dias para entrar em vigor.

Na foto: Reunião de laticínios com Seapi no Sindilat
Crédito: Carolina Jardine

Representantes do setor lácteo durante encontro em Frederico Westphalen.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou na manhã de quinta-feira (04/02) de reunião da Câmara Setorial Regional do Leite com representantes de entidades ligadas à cadeia produtiva, no escritório regional da Emater-RS/Ascar de Frederico Westphalen. Na ocasião, lideranças discutiram formas de melhorar a produtividade e a qualidade do leite.

No encontro, foi apresentado o Programa Gera do Ministério da Integração Social (MI), coordenado pelo campus da Universidade Federal de Santa Maria de Frederico Westphalen. O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento do padrão de qualidade do leite, e a expectativa é atingir 11 mil famílias de 14 municípios do Rio Grande do Sul, além de 10 de Santa Catarina.Também participaram do encontrovrepresentantes da Emater-RS/Ascar, da universidade, do Sindilat, Fetag, Secretaria Estadual da Agricultura, Cootrifeda, e da Coopac.

Ficou acertado que no encontro do mês de abril haverá a participação de técnicos da Embrapa, do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura para uma discussão técnica com a equipe da Emater para tratar sobre a IN 62 e a Lei do Leite.

Publicado em 11/02/2016