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Preocupado com o aumento considerável das importações de leite do Uruguai e o impacto na cadeia produtiva gaúcha, o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, pediu auxílio ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante debate na Casa da RBS na Expointer, em Esteio. Segundo Guerra, uma sugestão é a aplicação de cotas, similares às que existem em relação à Argentina. “O crescimento das importações é prejudicial. Ainda mais neste volume, compromete a cadeia inteira”, enfatizou.

O ministro reconheceu a dificuldade e destacou ser importante que esse movimento parta das indústrias, ao invés do governo. Enfatizou ainda que o Uruguai, mesmo sendo um país menor, tem menos espaço para a negociação. “Vamos debater o assunto com o ministro uruguaio Tabare Aguerre (Agricultura), que estará neste domingo na Expointer”, adiantou. Mesmo assim, ressaltou que é preciso que o Brasil busque outros mercados internacionais para exportar o seu produto e, assim, regular com outros parâmetros os seus preços. “A questão da lactose passa diretamente pela internacionalização”, afirmou.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deve reunir-se neste domingo (28/8) com o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabare Aguerre, para tratar da importação de produtos lácteos pelo Brasil. A ideia é dar seguimento a tratativas pela fixação de cotas, assim como já é realizado com a Argentina. O pedido foi encabeçado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) durante audiência realizada na tarde deste sábado (27/08) no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a Expointer, em Esteio. Na ocasião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, entregou ofício ao ministro relatando as dificuldades impostas pela concorrência do leite uruguaio ao mercado gaúcho. Só nos primeiros sete meses de 2016, o Brasil importou 101,8 milhões de quilos de produtos lácteos contra 38,68 milhões de quilos no mesmo período de 2015. O resultado da balança comercial (importação menos exportações) representa um total de 92 dias de produção do RS. Em 2015, eram apenas 44 dias.

O vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, reconheceu que o setor também tem trabalho a realizar para se tornar mais competitivo. Contudo, lembrou que é preciso um regramento para os importados de forma que não entrem altos volumes em plena safra, o que acaba por derrubar os preços e reduzir a rentabilidade de todo o processo produtivo.

 

Preocupado em atender aos anseios do setor, Maggi admitiu que há um problema a ser enfrentado e pediu sugestões. No documento entregue pelo Sindilat, foram repassados diversos dados que fundamentam a necessidade de um tratamento diferenciado à produção de laticínios do Sul do
Brasil. "Temos uma realidade muito diferente no Sul do que em outras regiões do país e isso dificulta a tomada de decisões setoriais porque não temos a concordância de grandes produtores como Minas Gerais e Goiás”, ponderou Portella.

 

Uma das sugestões pode ser o uso de um gatilho que seja acionado quando os preços caírem abaixo do valor de mercado. "O leite tem um caráter muito social no Rio Grande do Sul porque dele depende a renda de mais de 100 mil famílias”, enfatizou Portella.

 

A 3º edição da Vitrine do Leite, realizada na Expointer 2016, trouxe ao público receitas fáceis e acessíveis à base de produtos lácteos. Com um estande de 110m², produtores e consumidores têm acesso a informações sobre técnicas usadas na cadeia leiteira gaúcha para atingir maior qualidade e excelência no produto final. A vitrine está localizada dentro do Pavilhão do Gado Leiteiro, no Parque de Exposições Assis Brasil, e está aberta, diariamente, entre às 8h e 18h.

Neste sábado (27/08), as receitas produzidas foram pão de queijo e cappuccino e ficaram a cargo da nutricionista Márcia da Silva, do Senar. Com um ambiente bem estruturado para que todos consigam visualizar o modo de preparo da receita, a vitrine chamou a atenção. O proprietário rural Edison Lacerda, de Esteio, elogiou o projeto. “É muito interessante poder ver as várias coisas que se faz com o leite e que nós nem notamos. E a gente se impressiona porque temos todos os ingredientes em casa”, pontuou.

O espaço também pretende mostrar aos visitantes da Expointer como o leite é produzido e, por isso, é exibido um vídeo explicando todas as etapas de produção, como o manejo de pastagem para alimentação do gado leiteiro, ordenha mecanizada, armazenamento e o processo na indústria. As exibições do vídeo estão previstas para 10h, 12h, 14h e 19h. A iniciativa conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fetag, Farsul, Seapi, Mapa, Senar e Fundesa.

 

Foto: Isadora Osório

O primeiro dia de Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contou com muita diversão e aprendizado. Voltada ao público infantil, a peça de teatro “Mimosa na Expointer”, novidade deste ano, contagiou o público de várias idades. A atração foi uma iniciativa do Sindilat, junto com Seapi, Mapa, Fetag e Farsul e apoio do Fundesa e Senar, que busca explicar como funciona a produção de laticínios, desde o campo, passando pela indústria até a mesa do consumidor.

Mimosa é uma vaca leiteira que fica chateada por achar que todos acreditam que o leite vem da caixinha. Revoltada, ela decide fazer "greve de leite". A família, preocupada com a situação, faz de tudo para conseguir ajudar a vaquinha, até que descobrem seu segredo. As crianças Pedrinho e Lis conversam com a Mimosa e mostram para ela que o público sabe da sua importância. No final, a vaquinha fica contente, como resultado, obtém recorde de produção.

Com o objetivo de mostrar a rotina do produtor rural de maneira bem didática, além de apresentar os benefícios do leite e das boas práticas de produção, o teatro fez sucesso com as famílias. A mãe Daiane Brockerstreb, de São Leopoldo, levou seu casal de filhos, de 1 e 6 anos, para ver a mimosa e contou como foi divertido. “A peça foi muito legal e instrutiva. Tem que ser divertido para as crianças aprenderem da melhor forma possível”, elogia.

A apresentação teatral é realizada na Vitrine do Leite, que fica no Pavilhão do Gado Leiteiro. As exibições ocorrem diariamente às 9h20min, 11h, 13h20min e 15h.

Os portões do Parque de Exposições Assis Brasil já foram abertos para as grandes atrações da 39ª Expointer: os animais. A chegada dos primeiros exemplares que apresentarão sua genética na mostra levaram jornalistas a Esteio nesta segunda-feira (22/08). Para receber a imprensa, foi realizada coletiva e servido café, um oferecimento do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) em um gesto simbólico de apoio às equipes de comunicação, que também fazem o sucesso da feira mais esperada do ano. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, também esteve presente no encontro. A feira de 2016 contará com novidades, um novo reservatório de água com capacidade para 50 mil litros e a reforma do pavilhão do gado leiteiro, além da construção de uma capela e melhorias em calhas, telhas e platibandas. A feira começa no próximo sábado, dia 27/8, às 9h e vai até o dia 4 de setembro.

A entrada de animais vai até sexta-feira, dia 26, das 6h à meia-noite. Os rústicos poderão ingressar durante todo o período da mostra agropecuária.Em 2016, foram contabilizados o total de 156 raças inscritas, como de bovinos de leite, bovinos de corte, gado misto, bubalinos, equinos, ovinos, caprinos, pássaros, aves, chinchilas e coelhos. Todos os animais deverão estar acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA) e estar em dia com as exigências sanitárias em dia de acordo com a espécie.

Crédito foto: Karine Viana

 

 

Reunidos na tarde desta terça-feira (23/08), representantes das entidades que compõem o Conseleite decidiram emitir um manifesto com repúdio ao acesso de produtos lácteos importados ao mercado nacional. Além dos itens vindos dos países do Mercosul, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta forte concorrência de leite vindo de outros estados do país e que concorrem pelo mercado local com vantagens tributárias.

A ideia do Conseleite é que o tema seja amplamente debatido durante a Expointer e que o documento seja entregue ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante a feira. O manifesto ainda será levado ao Ministério das Relações Exteriores e à Presidência da República. Deputados e senadores também serão chamados a ouvir os pleitos do setor lácteo.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, é preciso que o governo veja os danos que o atual volume de aquisições tem provocado à cadeia produtiva do leite no Sul do Brasil. “Precisamos de uma atitude. Não podemos esperar de braços cruzados vendo o produto de fora tomar conta do mercado das indústrias que operam em solo gaúcho”, frisou Guerra, que presidiu a reunião do Conseleite nesta terça-feira em substituição ao presidente Jorge Rodrigues.   

 

Crédito foto: Carolina Jardine

Depois de atingir sua marca história em julho, o preço de referência do leite deve cair no Rio Grande do Sul. Dados divulgados nesta terça-feira (23/8) pelo Conseleite indicam que o valor projetado para agosto é de R$ 1,2391 por litro, 6,15% abaixo do consolidado de julho que ficou em R$ 1,3203. O preço fechado em julho superou em 0,25% sua projeção, que era de R$ 1,3170, elevando ainda mais a marca recorde do Conseleite. Apesar da queda, o valor de agosto ainda está acima dos picos anteriores registrados pelo Conselho nos anos de 2007 (R$ 1,1331), 2009 (R$ 1,1650) e 2013 (R$ 1,1565), corrigidos pelo IPCA

Ao analisar o mix de produtos que compõe o valor de referência, o professor da UPF Marco Antônio Montoya cita a queda expressiva do leite UHT (-11,84%), acompanhada de outros itens como o requeijão (-4,36%). Segundo ele, a tendência é de redução no país, uma vez que os Conseleites do Paraná e Santa Catarina também sinalizaram queda em agosto.

Presidindo a reunião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou que a inversão de cenário sinaliza para a retomada da produção dos tambos gaúchos e um menor impacto da entressafra que, neste ano, foi bem mais longa do que em anos anteriores. Além disso, pontuou que o valor pago ao produtor nos últimos meses acompanhou a curva de alta de custos. Guerra explicou que o valor de referência é formado pela evolução de diversos itens e, desta forma, a quantia paga por cada um tem sua própria variação. “Quando nos perguntam sobre o repasse do valor ao produtor, é preciso pensar de qual produto estamos falando”, pontuou.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Julho de 2016.

Matéria-prima Valores Projetados Julho / 16

Valores Finais

Julho / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,5146 1,5183 0,0037
II – Preço de referência 1,3170 1,3203 0,0032
III – Menor valor de referência 1,1853 1,1883 0,0029

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Agosto de 2016.

Matéria-prima

Agosto /16 *
I – Maior valor de referência 1,4250
II – Preço de referência 1,2391
III – Menor valor de referência 1,1152

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

 
Crédito foto: Carol Jardine

A exportação de sêmen de gado leiteiro dobrou no Brasil nos últimos dois anos. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e referem-se ao comparativo entre o 1º semestre de 2014, quando foram exportadas mais de 42 mil doses, com o mesmo período deste ano (84,6 mil doses). Só no último ano, a expansão é de 32%. A pesquisa indica que o estado que mais investiu em genética de gado leiteiro foi Minas Gerais, com 32% de vendas, seguido do Rio Grande do Sul, com 16%.

Ao contrário do movimento registrado na exportação, a pesquisa revelou queda de 41% na importação de sêmen no último semestre. Foram 1.127.760 doses importadas nos primeiros seis meses de 2016 frente ao mesmo período de 2015, quando foram importadas 1.917.997 doses.

Na produção, que representa a totalidade da coleta e industrialização de sêmen realizado pelas centrais produtoras para estoque, o total produzido de sêmen no 1º semestre de 2016 foi de 355 mil doses. Também representa uma retração, já que no mesmo período de 2015, foram produzidas 530 mil.

Crédito foto: Limírio Bizinotto

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) encaminhou na sexta-feira (05/08) resposta aos questionamentos feitos pela Anvisa sobre a presença de lactose nos produtos lácteos. As informações tiveram como base uma solicitação da Anvisa em função da regulamentação da lei nº 13.305, de 2016, que visa a identificação nos rótulos da quantidade dessa substância nos alimentos embalados.

Segundo a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia de Albuquerque Vieira, a intenção da Anvisa é saber quais os critérios que as empresas utilizam para denominar produtos como sendo com 'redução de lactose', 'baixa lactose' e 'zero lactose'. "Fizemos a pesquisa junto aos nossos associados, além de contarmos com o auxílio das especialistas Neila Richards, da UFSM, Vanessa Silveira, da Setrem, e Georgia de Castro, da Vivanutri, para encaminharmos as respostas. Além disso, informamos a legislação utilizada para cada denominação ligada à lactose", informou a consultora.

Após a sanção da lei pelo presidente interino, Michel Temer, a Anvisa iniciou o trabalho de levantar as referências internacionais e científicas, para, com essas informações, elaborar uma minuta, que deverá ser concluída ainda neste mês. Ao todo, foram três os questionamentos feitos pela Anvisa às empresas, além dos critérios utilizados para declarar os produtos como sendo 'sem lactose', 'baixo teor' e 'reduzido teor' nos rótulos; foram questionados os processos tecnológicos usados para a redução da lactose; e os métodos de análise para quantificar o teor de lactose restante nos alimentos.

A Expointer 2016 contará com novidades para os produtores de leite. Além de benfeitorias no Pavilhão do Gado Leiteiro, a feira terá um local exclusivo para o banho dos animais que estiverem no Parque de Exposições Assis Brasil, de 27 de agosto a 4 de setembro. O governo do Estado ainda anunciou ajustes na rede elétrica e encaminhamento do Plano de Prevenção e Controle de Incêndio (PPCI) do parque, assim como a construção de um local ecumênico. As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (5/8), durante cerimônia de lançamento da exposição, realizada no Restaurante Casa do Gaúcho. O evento contou com a presença do vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e do diretor-secretário, Renato Kreimeier, que representaram o setor leiteiro. Os visitantes que foram até Esteio prestigiar o encontro ainda contaram com degustação de produtos lácteos fornecidos pela Cooperativa Piá.

Durante a solenidade, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, destacou que a feira será um momento de reforçar três importantes premissas: negócios, conhecimento e integração. Destacando a integração entre as entidades promotoras da Expointer, Polo prometeu a conclusão de um segundo pavilhão para a agricultura familiar para 2017. “A Expointer é uma feira superavitária, é a oportunidade de o setor mostrar todo o seu potencial”, salientou, lembrando que o governo economizará, em 2015 e 2016, R$ 500 milhões em diárias durante a exposição.

Emocionado, o governador José Ivo Sartori, se disse orgulhoso ao ouvir as manifestações otimistas e de superação dos discursos das várias autoridades que lhe precederam. “Esse movimento vai na direção da unidade, da luta conjunta e da superação. Aqui se mostra o que há de melhor na agricultura e na pecuária”. O governador ainda invocou as lembranças dos antepassados que produziam seus próprios instrumentos de trabalho com sacrifício, o que, hoje, permite aos produtores estarem munidos de maquinários de alta tecnologia.

Fotos: Carolina Jardine