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Porto Alegre, 27 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.271

 Embaixada: Brasil e China devem considerar livre comércio
“O mercado chinês vai crescer ainda muito nos próximos anos, e com uma urbanização cada vez intensa – é a maior classe média do mundo, com 400 milhões de pessoas. A política chinesa tem sido a autossuficiência em cereais e alimentos básicos, mas a abertura para importação de outros produtos. E os estudos apontam que a China vai dobrar a demanda por alimentos até 2050”. A afirmação foi feita pelo Ministro Conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui.
Ele participou da edição dessa semana do Webinar CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China). Com o tema “Agricultura e Inovação: Um olhar estratégico para as relações entre Brasil e China”, o encontro virtual reuniu membros dos governos brasileiro e chinês e do empresariado, incluindo a presença de Embaixador Orlando Leite Ribeiro, que é Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Rodrigo Santos, Head da Bayer Crop Science LATAM e Carolina Tascon, Diretora Comercial da COFCO International. A moderação do evento ficou a cargo do Embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do CEBC. 
“Acredito que os dois governos, tanto o brasileiro como o chinês, devem estreitar cada vez mais a comunicação entre si para disponibilizar os mecanismos para trabalhar no mercado chinês. Temos que pensar no tema de livre comércio, que é sensível, mas o comércio deve ocorrer deve acontecer de forma aberta. Outros países já fizeram e estão colocando muitos produtos na China”, afirmou Qu Yuhui. 
Além disso, de acordo com o Conselheiro da Embaixada da China no Brasil, os empresários brasileiros devem ser mais “‘agressivos’ no mercado chinês, evitar o imediatismo, pensar em longo prazo, investir mais no marketing, entender o consumidor e fortalecer as cadeias para acessar essa demanda”.  
O Embaixador Orlando Leite Ribeiro, por sua vez, afirmou no evento que “há uma grande concentração em uma única commodity e um único país, China, que detém 40% das compras do agronegócio brasileiro, o que representa algo em torno de US$ 5 bilhões. Essa é uma forma de ver as coisas. A outra é que a cada Dólar exportado para os Estados Unidos, o Brasil vende sete Dólares em produtos do agronegócio para a China”. 
Segundo ele, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, tem como prioridade a diversificação de produtos e mercados. “E temos tido sucesso nisso, pois já abrimos 85 novos mercados desde o início do governo. Mesmo para a China, já conseguimos a liberação de diversos produtos”, concluiu. (As informações são do Agrolink)
 
              

Arrecadação cai 30% em junho e tem o pior resultado para o mês desde 2004

Para governo, dados de julho indicam retomada e perspectivas positivas
 

Impactada pela pandemia, a arrecadação federal registrou queda real de 29,59% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado e ficou em R$ 86,3 bilhões. Foi o pior resultado para o mês desde 2004, segundo dados da Receita Federal. Apesar do resultado, o governo defende que as perspectivas para julho são positivas e os dados indicam retomada.

O resultado da arrecadação no mês passado reflete a queda no ritmo da atividade econômica observada nos últimos meses, explicou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias. Mas, além disso, também foi impactado pelas medidas colocadas em prática pelo governo para fazer frente aos efeitos da pandemia, como o diferimento de impostos.

A postergação de pagamentos, como de PIS/Cofins, Contribuição Previdenciária e Simples Nacional, gerou uma perda de receitas de R$ 20,4 bilhões no mês. A redução a zero da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Crédito, por sua vez, teve impacto de R$ 2,3 bilhões. Já as compensações tributárias somaram R$ 6,8 bilhões.

Mesmo desconsiderando esses efeitos, chamados de não recorrentes, no entanto, as receitas administradas ainda apresentariam uma queda de 9,32% no mês passado. Com esses efeitos no cálculo, a queda foi de 29,32%. Já no caso das receitas não administradas, onde estão os royalties de petróleo, por exemplo, a queda em junho foi ainda maior, de 39,41%.

Com o desempenho do mês, o recolhimento no semestre atingiu a marca de R$ 666 bilhões, uma baixa real de 14,71% sobre o mesmo período de 2019. Foi o pior resultado para o período desde 2009.

Apesar dos números, os representantes do governo expressaram otimismo com os rumos da economia. “A impressão que temos hoje do resultado da arrecadação é extremamente positiva”, disse Malaquias, acrescentando que boa parte do resultado do mês é explicada por medidas de diferimento, não de desoneração, e que esses valores podem ser recuperados até o final do ano.

Segundo ele, a arrecadação é concentrada no final do mês, por isso é preciso esperar o encerramento de julho, mas já “há sinal de melhora”.

O subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), Erik Figueiredo, enfatizou que os indicadores indicam recuperação, citando, por exemplo, consumo de energia e vendas no cartão de crédito. “Há vários indicadores mostrando que essa recuperação se iniciou no final de maio e vem ganhando tração ao longo dos meses”, disse pontuando que o ritmo de retomada depende também do nível de retorno às atividades no Estados.

Questionado sobre a possibilidade de nova postergação do pagamento de tributos, Malaquias disse que todas as áreas do governo estão preocupadas com o desempenho da atividade e procurando ir na direção das necessidades das empresas, mas que por enquanto não estão sendo feitos estudos nesse sentido.

O governo deixou de arrecadar R$ 55,9 bilhões no primeiro semestre devido a desonerações tributárias. Em 2019, abriu mão de R$ 48,2 bilhões no mesmo período. Apenas em junho, as desonerações somaram R$ 10,6 bilhões. (Valor Econômico)

Importadores de lácteos

O desempenho da atividade leiteira mundial foi afetado pela pandemia, mas em diferentes momentos e intensidades. Aparentemente não houve ruptura na produção nem no processamento. Os preços permanecem estáveis, mas houve pequena retração do consumo.

A condição de cada país, em termos de autossuficiência em lácteos também é um determinante na avaliação dos impactos do Covid-19. Notadamente países historicamente importadores, no geral, já vinham convivendo com preços mais altos ao consumidor. Diante de um cenário com demanda interna enfraquecida e taxas de câmbios menos favoráveis vêm apresentando tendências de redução nas importações, abrindo-se a possibilidade de alcançarem autossuficiência em lácteos.

2019 – Antes da pandemia
A China é o maior importador de lácteos do mundo. Em 2019, o consumo de lácteos no País foi de 44,8 milhões de toneladas em leite equivalente. O consumo per capita de lácteos é baixo, com volume equivalente a 100 gramas de leite por habitante/dia. Mas, cresce 6% ao ano em média.

Apesar de altos preços ao produtor, a oferta interna de leite não acompanha o crescimento da demanda. A importação representa 25% da disponibilidade e cresce em média 6,5% ao ano. No ano passado, a importação representou 9 milhões de toneladas em equivalente leite. Em produto foram 2 milhões de toneladas de leite em pó e 1 milhão de toneladas de leite fluido. Cerca de 45% é importado da Nova Zelândia e o restante de outros cinco países: Estados Unidos, Austrália, Alemanha, França e Holanda.

O preço ao produtor foi US$ 0,56/kg; e o custo médio de produção de US$ 0,48 por kg. A produção de leite cresceu 4,1%, fechando em 32 milhões de toneladas dos quais 25,4 milhões como leite fluido. O consumidor pagou o equivalente a US$ 1,53 por kg.
 


2020 – Primeiro semestre
Entre janeiro e março – atribui-se à pandemia – um crescimento atípico de 8% no preço do leite ao produtor. A quantidade processada caiu 17% e do volume processado, houve uma destinação de 20% a mais para leite em pó. Para a indústria houve redução de 6% nas receitas; de 53% nos lucros e de 30% nas vendas.

O volume de vendas online de lácteos fluidos mais do que dobrou no período. A venda de leite em pó cresceu 40%. A importação de queijos cresceu 15% e do leite fluido 20%.

Apesar do país estar com retorno das atividades econômicas desde maio, uma política governamental de emergência está em curso. Para a indústria, um subsídio equivalente a US$ 0,03 por kg de leite. Para o produtor: US$ 700 por novilha importada; US$ 11 por uma inseminação; e US$ 7 por tonelada silagem utilizada.

Previsão para 2020: usar 17% da produção, originalmente em leite fluido, para processamento em leite em pó. Sem muita expectativa de mudanças no câmbio, renda real ou ritmo de importações.

A Rússia é o segundo maior importador de lácteos do mundo. Importa 20% do consumo, o equivalente a 4,0 milhões de toneladas em leite equivalente por ano.

Apesar de altos preços ao produtor, a produção de leite se manteve estagnada nos últimos 20 anos. A partir de 2013 os preços ao produtor caíram 25%. Atualmente, o produtor recebe o equivalente a US$ 0,45 por kg, um pouco mais alinhado ao patamar de preços internacionais.
 


2020 – Expectativa de reverter importações
As mudanças recentes nas taxas câmbio neste primeiro trimestre de 2020 tornaram a produção doméstica de leite na Rússia 20% mais competitiva e, atualmente com crescimento de 8% ao ano.

A indústria poderá ter a escolha de compra de leite cru no mercado doméstico para agregação de valor a produtos lácteos atualmente comprados da Bielo Rússia ou Nova Zelândia. O desenvolvimento da indústria de queijos está possibilitando com que o país venha a se tornar também exportador de soro.

Em continuar um ritmo de crescimento maior do que o crescimento da demanda e desvalorização do rublo frente ao dólar podem tornar a Rússia autossuficiente em lácteos até o final deste ano. Para um mercado que é do tamanho de 20% da produção atual da Nova Zelândia, pode sobrar leite no mercado internacional. Tudo leva a crer que a Ucrânia poderá vir a ser a segunda melhor alternativa para a exportação da Bielo Rússia. (Embrapa/CILeite)
                

 
Modelo virtual suprirá ausência da Expointer
O principal espaço de negócios rurais do Rio Grande do Sul, a Expointer, em Esteio, deixará uma lacuna neste ano nas atividades comerciais de fabricantes de máquinas, animais e na agroindústria familiar gaúcha. Com a maior feira do agronegócio gaúcho suspensa pela pandemia, diferentes entidades promotoras do evento se organizam para preencher esse vácuo que ficará no caixa das empresas e no bolso dos produtores familiares. As cifras movimentadas no Parque Assis Brasil são expressivas e farão falta para diferentes setores, que agora se organizam para minimizar os danos de alguma forma. Em 2019 a feira de Esteio movimentou R$ 2,6 bilhões em negócios. É uma parte desse valor que montadoras de máquinas agrícolas, pequenos produtores e pecuaristas, por exemplo, tentarão recuperar com eventos virtuais. Uma feira digital, integrando os principais setores de negócios tradicionais da Expointer está no horizonte. De acordo com o secretário de Agricultura, Covatti Filho, o governo está conversando com as entidades e analisa o formato ideal para fazer uma grande exposição virtual. “Existem diversas possibilidades de contar com a tecnologia a nosso favor. Estamos vivenciando uma pandemia sem precedentes, e é preciso se reinventar. O parque merece ter essa data celebrada”, ressalta Covatti Filho. (Jornal do Comércio) 

 

 

Porto Alegre, 24 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.270

 Máquinas que auxiliam na produção de conhecimento

Através de uma ação de cooperação que envolve a Universidade de Passo Fundo (UPF) e as empresas SLC Máquinas, Syngenta e Diplan, foram entregues nesta quinta-feira, 23 de julho, dois tratores que vão estar disponíveis no Centro de Extensão e Pesquisa Agropecuária (Cepagro) da Instituição. A entrega foi feita pela SLC, concessionária que representa na região os tratores da marca John Deere.
Segundo o coordenador do Cepagro, professor Dr. Fernando Pilotto, a iniciativa possibilitará que os estudantes tenham a oportunidade de acompanhar o trabalho que será desenvolvido com as máquinas para o cultivo de grãos, milho, soja, trigo e preparo das lavouras. “Isso também contribuirá para que eles obtenham um melhor aprendizado, tendo acesso a uma tecnologia de ponta e conhecendo as atividades colocadas em prática pela Syngenta e Diplan. São equipamentos que chegam para melhorar a qualidade do nosso ensino, da pesquisa e da extensão, bem como dos serviços do Cepagro. Por meio dessa parceria, conseguimos conciliar o ensino com a iniciativa privada, fazendo com que todos cresçam”, comenta o docente, lembrando que os tratores serão operacionalizados por profissionais capacitados. 

 
De acordo com o representante da SLC, Régis Daniel da Silva, que atuou na negociação das máquinas, a parceria tem como objetivo difundir tecnologia para o maior número de pessoas. “Queremos levar o conhecimento que está disponível na área do agronegócio para toda a comunidade, e os acadêmicos serão multiplicadores disso”, relatou, destacando que ambos os tratores possuem 78 cavalos de potência para atuação em atividades que vão desde a pulverização ao plantio.

Além da entrega das máquinas, os representantes das três empresas parceiras da UPF fizeram uma visita à Reitoria da UPF, sendo recepcionados pelo vice-reitor Administrativo, Dr. Cristiano Cervi. (UPF)

              

Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Julho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Junho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Maio/2020: De 04/05/2020 a 31/05/2020
Mês de Junho/2020: De 01/06/2020 a 29/06/2020
Decêndio de Julho/2020: De 29/06/2020 a 19/07/2020

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Produção/UE
A produção de leite na União Europeia (UE) está surpreendentemente forte com a produção até abril ficando 2% acima da verificada no ano anterior e a previsão para a exportação de queijo está crescendo, de acordo com a análise do Serviço Agrícola  Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

Existe, no entanto, sinais de que a produção de leite diminuiu em maio em junho diante das condições secas. O Monitor Europeu de Secas relatou que em junho “algumas regiões da Europa enfrentaram um período intenso de seca, após chuvas fracas em abril e maio de 2020. Os países mais afetados são os da Europa Central e do Noroeste (Alemanha, Bélgica, Holanda, Irlanda e grande parte do Reino Unido).

Dados do Eurostat indicam que a captação de leite em maio de 2020 na França, Itália e Reino Unido caíram 2%, 8%, e 1%, respectivamente, em comparação com maio de 2019. Em 2019 essas três regiões foram responsáveis por um terço de todo o leite captado na UE. Na Alemanha a produção de leite em maio foi estável em relação ao ano anterior, enquanto na Irlanda e República Checa foi 3-4% maior.

Diante desse fatores, para o balanço do ano, a expectativa é de que a produção de leite na UE abrande durante o verão, mas, recupere no outono. Consequentemente a produção de leite foi revisada e aumentando de 0,7% para 1%, ou ter 156,7 milhões de toneladas a mais em relação a 2019.

A previsão para a exportação de queijo pela UE em 2020 subiu 3%, chegando a 925.000 toneladas, o que representa uma expansão de 5% em relação a 2019. Os embarques acumulados no ano estão 9% acima dos volumes verificados no mesmo período do ano passado. No entanto, a expectativa é de que os embarques desacelerem no segundo semestre do ano, mesmo porque a disponibilidade de leite para a indústria diminui devido ao declínio sazonal da produção de leite.

Tradicionalmente o maior mercado para o queijo da UE é o dos EUA e foi responsável por 16% de todo embarque da UE em 2019. Este ano, as importações de queijos europeus pelos EUA, até maio, caíram para 11%. Isso pode ter sido pelo Covid-19 que afetou os serviços de alimentação e às tarifas de retaliação de 25% impostas pelos EUA em outubro de 2019 sobre os queijos da UE, diante da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) em favor dos EUA em relação aos subsídios da UE à Airbus.

Os embarques de queijos pela UE, particularmente para os mercados da Ucrânia, Coreia do Sul e Japão aumentaram significativamente.

Para apoiar o mercado lácteo durante a pandemia do Covid-19, no final de abril a UE autorizou o subsídio aos estoques privados para 100.000 toneladas de queijo pelo prazo de 60 a 180 dias. Os volumes acumulados totalizaram 48.000 toneladas. (Dairy Industries – Tradução livre Terra Viva)

                

 
Santa Clara lança Queijo Ralado em pote
Ficou mais fácil dar aquele toque com Queijo Santa Clara em suas receitas. A Cooperativa lançou o Queijo Ralado na versão pote. Em uma embalagem de 70g, prática e versátil, o produto chega ao mercado na última semana de julho. A versão pote facilita o uso no dia a dia e o armazenamento. Nesta linha, a Santa Clara conta ainda com o Queijo Ralado nas apresentações saquinho 40g e 500g, Parmesão Ralado 50g e Grana Ralado 50g. Em 2020, a Santa Clara completou 108 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus mais de 5 mil associados, em mais de 135 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácia e 27 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um mix de mais de 360 produtos, entre Laticínios, Frigorífico, Doces e Sucos. (Santa Clara)
 
 

 

Porto Alegre, 23 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.269

 Pandemia não afetou a produção mundial de leite, mas comprometeu a demanda

No cenário internacional, os últimos três anos (2017-2019) foram de relativa estabilidade nos preços do leite. A média de US$ 0,35/litro no período, ficou abaixo de 5% do patamar histórico de US$ 0,37/litro (indicador IFCN para o preço internacional do leite ao produtor). Em 2019, a produção mundial deve ter crescido somente 1,4% e ainda se encontra em apuração.

Para 2020, a produção mundial de leite parece não ter efeito direto da pandemia. Mas, estima-se um crescimento baixo, de 0,5%, em razão de fatores diversos. A pandemia afetou a demanda, ainda que em magnitude menor do que se previa. Entretanto, indiretamente a desvalorização das moedas frente ao dólar em vários países tem afetado as importações e tornado alguns países mais competitivos em termos de preços do leite.

No caso do Brasil, em termos históricos (2010 a 2019), os preços do leite têm sido 10% acima do preço médio mundial estimado pelo IFCN. O efeito do câmbio agora mostra uma situação diferente. Em dólar, o preço bruto ao produtor, calculado para junho foi US$ 0,31/litro, uma diferença de 8% a menos em comparação com o indicador do IFCN (US$ 0,34/litro).

Já em reais, a média do Brasil ficou em R$ 1,63/litro e do indicador do IFCN em R$ 1,79/litro. Constata-se ainda que entre 2010 e 2019, houve aumento real do preço bruto do leite da ordem de 2,9% ao ano. A média de dez anos foi R$ 1,39/litro (Figura 1) e a média real projetada para 2020, de acordo com a ponderação dos preços mensais, ficou em R$ 1,57/litro. As duas médias contabilizam uma diferença de R$ 0,18/litro, equivalente a 13% acima da média histórica.

A mistura milho + farelo de soja (70% + 30%) que nos últimos três anos teve um preço médio de R$ 0,88 por kg, ficou 24% mais cara em junho de 2020: R$ 1,09/kg. Esse preço foi puxado pela soja, a R$ 1,61/kg, 25% acima de sua média histórica de R$ 1,29/kg em valores corrigidos. Se, por um lado, houve aumento no custo da mistura, o impacto para o produtor pode ter sido proporcionalmente menor na produção.

Isto porque, na proporção de um quilo para a produção de três litros de leite, a mistura custou R$ 0,36/litro. O valor remanescente do preço bruto recebido pelo leite para pagar os demais custos da atividade ficou em R$ 1,27/litro, acima do valor histórico de R$ 1,10/litro, correspondendo a um ganho para o produtor de 16%.

A indústria está buscando mais matéria prima local. Apesar do período da entressafra e de um pequeno incentivo por parte do preço em junho, as cotações do mercado spot, sinalizaram que a oferta está aquém do volume de leite demandado pela indústria. 

 

Em junho verificaram-se aumentos que chegaram a 46%. Comparativo das variações de preços reais típicos para o mês de junho:

1. Preço bruto ao produtor de R$ 1,63/litro, 18% acima do preço histórico (R$ 1,39/litro);
2. Custo da mistura milho+soja (70%+30%) de R$ 1,09/kg, 24% acima do valor histórico (R$ 0,88/kg);
3. Margem sobre a mistura milho+soja (70+30%) de R$ 1,27/litro, 16% acima do valor histórico (R$ 1,10/litro);
4. Leite UHT no varejo de R$ 3,59, próximo do valor histórico de R$ 3,61/litro;
5. Oferta internacional estagnada, com preços em leve declínio e câmbio desfavorável às importações. (Embrapa Gado de leite)

                 

Conseleite/MG
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 22 de julho de 2020, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 

a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2020 a ser pago em Junho/2020. 

b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2020 a ser pago em Julho/2020. 

c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2020 a ser pago em Agosto/2020.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite/MG)

Vacina contra a tuberculose bovina entrará em testes na Europa 
Os principais testes de vacina contra tuberculose bovina (TBb) do mundo estão programados para começar na Inglaterra e no País de Gales, depois do Governo Britânico ter dado luz verde aos ensaios.

Estes testes vão permitir acelerar o desenvolvimento de uma vacina para bovinos prevista para estar disponível até 2025. Estes são o mais recente e importante marco para erradicar uma doença animal altamente prejudicial, indicou o Governo Londrino.

A tuberculose bovina é um dos desafios para a saúde animal mais difíceis e sem tratamento. Atualmente na Inglaterra e no País de Gales, 40.000 bovinos são abatidos por ano devido à infeção pela TBb.

Mas o Governo lembrou que “uma vacina para bovinos só pode tornar se uma ferramenta poderosa na batalha contra a doença após os testes necessários e as aprovações subsequentes para garantir sua segurança e eficácia”.

Para o Secretário do Meio Ambiente George Eustice “a TB bovina é uma doença lenta e traiçoeira que pode causar um trauma considerável aos agricultores, pois sofrem a perda de animais altamente valorizados e de rebanhos valiosos”.

A diretora veterinária do Reino Unido, Christine Middlemiss, referiu: “A pesquisa inovadora da Agência de Plantas e Saúde  Animal tem sido fundamental no desenvolvimento dessa potencial vacina. Embora não exista uma maneira única de combater esta doença complexa e prejudicial, a vacinação do gado é uma nova ferramenta para enfrentá-la e evitá-la, fornecendo apoio vital às nossas comunidades agrícolas”.

Para James Russell da Associação Veterinária Britânica “estes testes de campo marcam o culminar de anos de investigação e esforços inovadores da comunidade científica veterinária para expandir a gama de ferramentas disponíveis para veterinários e agricultores no combate da tuberculose bovina”. (As informações são do TV Europa)
                

 
 
MAIOR FÁBRICA DO BRASIL
Daoud: Agregar valor ao leite é saída para melhor a rentabilidade do setor
Construção de fábrica que vai processar 2 milhões de litros ao dia no Paraná é esperança para pequenos produtores e na geração de empregos. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)
 
 

 

  

Porto Alegre, 22 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.268

  Italac e Piracanjuba conquistam ranking de marcas mais escolhidas no Brasil

A Italac e a Piracanjuba, empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) e com plantas fabris no Estado, entraram para o ranking Brand Footprint, das marcas mais escolhidas do Brasil em 2019. A pesquisa é realizada pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. Em terceiro lugar, a Italac apareceu pela primeira vez no pódio, tendo sido escolhida 325 milhões de vezes. Já a Piracanjuba, ficou em oitavo lugar sendo 242 milhões de vezes escolhida pelos consumidores.

Para a gerente de marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães, o resultado da pesquisa é motivo de comemoração. “Principalmente porque temos a ciência de que trabalhar com seriedade e transparência rende posições relevantes.” Quem reforça esse sentimento é um dos superintendentes da empresa, que deixou seu recado ao time da Piracanjuba: “eu nunca disse que queria ser o maior. O importante é estarmos entre os melhores e sermos reconhecidos por isso. Crescermos é uma consequência do nosso trabalho bem feito. E, por isso, estamos de parabéns!”

Segundo a pesquisa da consultoria, de janeiro a abril de 2020, quando o mundo já convivia com o impacto da pandemia de Covid-19, 49% das marcas cresceram em Consumer Reach Point (CRP) no Brasil. Nesse contexto, as marcas locais ganharam ainda mais relevância, representando mais de 65% do mercado em valor, contra 64% no mesmo período do ano anterior.

Em comparação com 2018, o brasileiro aumentou em 4% o valor gasto com compras de bens de consumo massivo em 2019, especialmente nos lares com 1 ou 2 pessoas (+6%), monoparentais (+6%) e formados por donas de casa com mais de 50 anos (+5%). Entre os canais de compra, destaque para atacarejos, com crescimento em valor de 12%, e farmácias e drogarias, com 6%.
Ranking completo:
1 - Coca-Cola (refrigerantes) - 507 milhões
2 - Ypê (higiene e limpeza) - 492 milhões
3 - Italac (leite e derivados) - 325 milhões
4 - Colgate (produtos bucais) - 302 milhões
5 - Tang (refresco em pó) - 245 milhões
6 - Piracanjuba (leite e derivados) - 242 milhões
7 - Nissin (macarrão instantâneo) - 240 milhões
8 - Soya (óleos de cozinha, maionese e margarina) - 228 milhões
9 - Nescau (achocolatados e cereais) - 216 milhões
10 - Vitarella (massas e biscoitos) - 214 milhões

(Assessoria de imprensa Sindilat/RS, com informações de Kantar World Panel e Uol Economia)
                 

Pró-Milho RS: Estado tem condições de ampliar produção de milho em 2,7 milhões de toneladas sem acréscimo de área

Diante da possibilidade de o Rio Grande do Sul avançar em seu status sanitário para livre de aftosa sem vacinação, torna-se essencial que o Estado tenha condições de atender sozinho às necessidades das cadeias produtivas que atuam no segmento da proteína animal. O milho tem papel estratégico nesse aumento de competitividade do setor de carnes e leite, por ser o principal insumo da ração dos animais, tanto os bovinos de corte, quanto os de leite, os suínos, as aves e outros. 

A importância do cereal para a economia gaúcha e para a renda dos produtores foi o ponto central do segundo seminário do Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho RS): Produção e Produtividade de Milho, realizado na manhã desta quarta-feira (22/7), e que contou com a participação das entidades envolvidas no desenvolvimento de ações dentro do programa, instituído por meio de decreto do governo gaúcho no início deste ano. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, acompanhou as deliberações e apresentação dos primeiros diagnósticos do programa. Além das entidades, o encontro virtual foi aberto a produtores, com uma participação que superou mais de 500 espectadores. O evento foi aberto pelo presidente da Emater-RS, Geraldo Sandri, que classificou o programa como um dos mais importantes já desenvolvidos em prol da cadeia do milho.

Uma boa notícia, que já foi possível graças à parceria do Governo do Estado com as entidades, veio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), através do professor do Departamento de Fitotecnia, Alencar Zanon. A partir de monitoramento a campo em diferentes pontos, com lavouras no Rio Grande do Sul nos últimos quatro anos, concluiu-se que é possível ampliar a produção de milho em 2,7 milhões de toneladas sem mexer na área agricultável. “É possível suprirmos a demanda de milho e ainda nos tornarmos superavitários desde que se observem recomendações que vão desde análises com base em clima e solos, rotação de culturas e época de semeadura”, pontuou Zanon, exemplificando ações que dependem apenas de manejo. 

 As observações a campo trouxeram números importantes que demonstram a importância do sistema de produção que priorize a rotação de culturas. O plantio de milho sobre a área com soja resulta em uma produtividade 23% maior para o cereal. O milho também é capaz de agregar ganhos à cultura mais expressiva economicamente para o Brasil: o plantio de soja sobre o milho aumenta em 8% a produtividade da oleaginosa. Esses e outros aspectos do manejo, classificados pelo estudo como ‘lacunas de produtividade’, em breve poderão ser acessados por todos os agentes da cadeia produtiva, incluindo os produtores, com a disponibilização da cartilha entitulada “Manual para lavouras com o máximo lucro”. 

Para uma cultura que em todas as suas frentes representa nada menos que 10% do PIB gaúcho, é crucial que se busquem medidas que evitem a evasão de riquezas do Estado a partir da necessidade de importação permanente do cereal para suprir as necessidades internas. “São cerca de R$ 300 milhões por ano que o Estado gasta e deixa de ganhar com o déficit histórico de milho”, destacou o diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ivan Bonetti. O déficit com o milho oscila entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de toneladas todos os anos. Em 2020, em função da quebra de 30% da produção por causa da estiagem, a lacuna entre produção e demanda chegou chegará a 2,2 milhões de toneladas. 

“Estamos prestes a evoluirmos para a condição de livre de aftosa sem vacinação, o que abrirá um mercado imenso para a nossa cadeia de proteína animal, especialmente pelos mercados asiáticos e da América do Norte. Ou seja, precisamos de mais milho para abastecimento interno”, afirmou Bonetti. Segundo o diretor da Seapdr, o desafio colocado ao Pró-Milho RS passa pela adoção de manejo adequado em algumas regiões gaúchas, aumento da área irrigada (hoje apenas 3% de todas as culturas de sequeiro no Estado fazem uso de algum sistema de irrigação), ampliação da capacidade estática de armazenagem, além da oferta de condições compatíveis de comercialização (venda antecipada, mecanismo de travamento de preços, mercado a termo, mercado futuro, contrato de opções), crédito e de seguro rural. “Todos esses fatores, juntos, vêm para reduzir o risco da cultura ao produtor rural”, afirmou. 

O diretor técnico da Emater-RS, Alencar Rugeri, reforçou que a estratégia para avançar na produção e produtividade passa pela rotação de culturas, onde o sistema de produção seja a base de todo o processo não apenas no curto prazo. Já o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, destacou a necessidade de o milho ser incluído em programa de política pública do governo. “Não sou muito a favor de subsídios, mas o milho, pela sua enorme importância para a economia gaúcha e nacional, precisa de apoio”, sustentou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Embrapa e Apex-Brasil assinam acordos de cooperação para aumentar competitividade do agro nacional

Sergio Segovia, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e Celso Moretti, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, assinaram nesta terça-feira, 21 de julho, um Acordo Geral de Cooperação (AGC) entre as instituições e um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para Atração de Investimentos, com definição de um plano de trabalho para direcionar as primeiras atividades da parceria. A cerimônia de assinatura, realizada na sede da Agência, em Brasília, contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

A parceria tem o objetivo de contribuir com o fortalecimento da agropecuária brasileira e prevê esforços conjuntos para aumentar a competitividade do setor e sua capacidade de inserção nas cadeias globais de valor, por meio da sinergia entre as agendas de pesquisa agropecuária, promoção internacional da agropecuária brasileira e captação de investimentos estrangeiros.

“Vamos unir nossas especialidades para promover o que o País tem de melhor, compreendendo o agronegócio como a grande força motriz do Brasil. Esse acordo abrirá novas frentes de trabalho para a Apex-Brasil em iniciativas associadas à inovação via startups e à atração de investimentos direcionados para pesquisa e desenvolvimento do setor agropecuário. Adicionalmente, ainda poderemos trabalhar na geração de conteúdo, de modo a ampliar a produção e divulgação de materiais de inteligência de mercado e de promoção do País como um ator fundamental para o agronegócio global”, afirmou o presidente da Agência, Sergio Segovia.

“Para nós, essa parceria permitirá que a Embrapa, junto com a Apex-Brasil, acesse mercados e investidores, possibilitando a captação de recursos e a vinda de investimentos maiores e mais robustos ao Brasil. Eu já participei de várias missões coordenadas pela Apex-Brasil, como recentemente ao Emirados Árabes Unidos, por exemplo, e vejo que existem enormes oportunidades para trabalharmos em conjunto”, disse Celso Moretti, presidente da Embrapa. Ele destacou alguns dos instrumentos que o Acordo facilitará: promoção de ações junto à startups que usam tecnologia da Embrapa, atração de investimentos para P&D, com apoio dos 43 centros de Pesquisa da Embrapa no país, compartilhamento de estruturas das duas instituições  no exterior e, ainda cooperação e inteligência estratégica em prol do desenvolvimento produtivo do agronegócio. 

“Essa parceria trará mais agilidade para a Embrapa, que contará com a expertise da Apex-Brasil na promoção comercial e no trabalho de promoção da imagem do Brasil lá fora. As duas instituições já trabalhavam juntas, mas esta formalização por meio deste ato é muito importante. Espero grandes resultados futuros, e por isso fiz questão de vir prestigiá-lo”, comentou a ministra Tereza Cristina.

O Acordo de Cooperação Técnica para Atração de Investimentos, firmado no âmbito do AGC, tem o objetivo de explorar os desafios para a inovação, que constituem as principais demandas por tecnologia e as oportunidades mais importantes de empreendimento no agronegócio nacional. A identificação desses desafios pelo corpo de pesquisadores da Embrapa facilitará as ações lideradas pela Apex-Brasil junto a investidores estratégicos dos principais mercados do mundo, que serão direcionados aos projetos mais atrativos do setor. O ACT reforçará, também, o posicionamento da Apex-Brasil como one-stop-shop de investidores estrangeiros interessados no país.

O Plano de Trabalho do ACT definirá as linhas de ação que possibilitarão a atração de investimentos externos para o fomento e o fortalecimento da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação na agropecuária brasileira. Por sua vez, a Apex-Brasil auxiliará as iniciativas de promoção, networking e internacionalização que compõem os principais negócios da Embrapa, além de apoiar as ações externas da empresa com a rede estruturada de Escritórios da Apex-Brasil no exterior.

Saiba mais
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada em 1973 e vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), atua na geração de conhecimento e de tecnologias para a produção de alimentos, de fibras e de fontes de energia. Sua missão é viabilizar soluções de pesquisa, de desenvolvimento e de inovação, para garantir a sustentabilidade da agricultura nacional, em benefício da sociedade brasileira.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país. 

A Apex-Brasil apoia cerca de 14 mil empresas, responsáveis por 30,2% das exportações brasileiras. A Agência realiza 53 projetos de promoção das exportações em parceria com entidades representativas do setor privado e, desses, 16 são relacionados ao agronegócio. “No ano passado, apoiamos 1.161 empresas do setor, que exportaram US$ 22,7 bilhões”, comentou Segovia. (As informações são da Embrapa)

                

 
O que impede o Brasil de exportar mais lácteos? Comentarista responde
A Aliança Láctea Sul Brasileira, entidade criada para fortalecer a cadeia produtiva, divulgou na sexta-feira, 17, que irá trabalhar a capacitação das empresas do setor de leite para o comércio exterior. A oportunidade que existe no mercado internacional é necessária para enfrentar a crise econômica durante e após a pandemia do novo coronavírus. Em 2019, o Brasil exportou US$ 12 milhões e importou US$ 86 milhões em produtos lácteos como queijos e leite em pó. “Esse jogo não é fácil de ser virado, porque os países que são grandes produtores — a Europa e sua produção quase milenar de lácteos — formam um bunker de proteção contra importação, para proteger o seu mercado interno”, afirma o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa. Para se tornar um grande fornecedor no mercado externo, o Brasil tem que atender alguns pré-requisitos, entre eles melhorar o padrão sanitário e mostrar ao mundo que não temos mais problemas de tuberculose e brucelose bovina. “São problemas antigos, que determinam um padrão sanitário que pode levar um país a barrar nossa importações”, diz. Além disso, Benedito Rosa afirma que seria necessário proteção do estado para os pequenos produtores, garantindo mercado a eles. “Hoje, 20% dos produtores produzem 80% da produção”, comenta. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)
 
 

  

Porto Alegre, 21 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.267

  Empossada diretoria da Fiergs/Ciergs para gestão 2020/2023

Reeleito para gestão 2020/2023, Gilberto Porcello Petry foi empossado presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs/Ciergs) junto ao restante da diretoria nessa segunda-feira (20/7). Na cerimônia, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, também tomou posse como vice-presidente regional do Ciergs. Seguindo os protocolos de segurança em saúde, o evento contou somente com a presença do dirigente e dos vice-presidentes.

Petry enfatizou ser a indústria a defensora do equilíbrio entre o isolamento social e uma dinâmica estável das atividades econômicas durante a pandemia de Covid-19. Também lembrou que o setor já tinha a prática de utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e que, agora, vem agregando outras medidas de prevenção com o apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), além do Banco de Alimentos, na distribuição de mantimentos a instituições. "Caso o isolamento perdure por mais tempo, ao final da crise vamos apenas recolher os fragmentos de empresas e de empregos, em meio a um formidável colapso econômico com brutal redução da receita fiscal", afirmou.

Apesar do momento difícil vivido pelo país, Petry diz continuar otimista. "Acredito na capacidade do homem de fazer frente a grandes desafios. Acredito na força do empresário brasileiro que irá retirar desta adversidade novas experiências a serem aplicadas na sua vida e nos seus negócios", disse.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade e o governador do Estado, Eduardo Leite, participaram da cerimônia por meio de vídeo. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS com informações da Fiergs/Ciergs)

                 
GDT- Global Dairy Trade
 

CONSELEITE-PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 07/2020 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 21 de Julho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2020 é de R$ 2,6085/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

               
 
Pró-Milho RS promove novo seminário nesta quarta-feira para discutir o fomento à produção do cereal
Tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente na produção de milho para desonerar produtores e alavancar a renda. Esse é o principal objetivo do Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho/RS), que promoverá seminário online gratuito nesta quarta-feira (22/7), a partir das 10h. O intuito é apresentar o programa e entender as suas ações que visam aumentar a produção e a qualidade do grão no Estado. Segundo o diretor da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ivan Bonetti, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) é um dos principais parceiros do Pró-Milho. Para ele, é importante fomentar a produção da cultivar no Estado, pois é um insumo caro, que sofre com os valores de frete. "O milho vem do Centro-Oeste, viaja uma longa distância", afirma. No Rio Grande do Sul, porém, ainda há outros desafios para desenvolver a produção, como o clima, a assistência técnica deficiente e os problemas na secagem e armazenagem. "Um dos objetivos do programa é superar essas questões", pontua Bonetti. O presidente da Emater-RS, Geraldo Sandri, reforça que o programa reúne todos os elos da cadeia produtiva por meio de suas entidades, para mobilizar produtores e mostrar a eles que, a partir da contribuição de cada agente - da extensão rural, passando pelo crédito até a armazenagem - está focado na campanha para permitir que o cultivo do cereal alcance níveis satisfatórios e, ao mesmo tempo, garanta renda ao produtor. Historicamente, o Estado é deficitário na produção de milho: são cerca de 2 milhões de toneladas a menos somente no Rio Grande do Sul. Isso leva a uma dependência permanente das importações do produto do Centro-Oeste, o que encarece as atividades que dependem diretamente do cereal, especialmente as cadeias de produção de leite e de carne. "São vários os fatores que levam à decisão de plantar ou não: preços, presença de crédito, apoio técnico, seguro agrícola, local para armazenagem. Se não mostrarmos ao produtor que estamos atuando para garantir esses aspectos, ele não vai se encorajar a produzir', destaca Sandri. O seminário contará com a participação do secretário da Agricultura do RS, Covatti Filho, do presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, do diretor da Emater/RS, Alencar Rugeri, do presidente da Fecoagro-RS, Paulo Pires e do professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Alencar Zanon. Também estarão presentes Apromilho, Sips e Acergs. Faça a sua inscrição aqui:  https://cutt.ly/CpMwxmj. Acesse pelo You Tube:  https://cutt.ly/8pMqKVn (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)
 
 

 

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.266

  Pandemia pode alterar a demanda de laticínios a longo prazo

As cadeias de suprimentos de laticínios tiveram que se adaptar rapidamente ao repentino desligamento do tráfego de restaurantes, pedidos de donas de casa e consumidores indo para os supermercados.

Segundo Phil Plourd, presidente da Blimling and Associates, as tendências alimentares oriundas da pandemia permanecerão e - sobre o mercado de laticínios para os próximos 12 a 18 meses - ele ofereceu algumas ideias sobre o que pode influenciar no futuro. 

Uma delas é a entrega de comida on-line. Antes da pandemia, a projeção de entregas de comida on-line para 2022 era de 12% de participação e agora, é de 16%, crescendo para mais de 25% em 2025. “As empresas com estrutura técnica implementada para facilitar as coisas para os consumidores provavelmente estarão à frente do jogo”, disse ele.

Outra tendência alimentada pela pandemia é mais pessoas trabalhando em casa. Se uma quantidade significativa deles aceitar continuar fazendo isso, os empregadores apoiarão, porque é mais barato, disse ele. E o que isso significa para os restaurantes?

Para Phil, as cafeterias estão ‘sofrendo’ e o café é o melhor amigo do leite. Se a demanda por café da manhã fora de casa ou em drive thru for perdida, essa demanda será atendida em casa já que ocorrerão menos refeições fora. Há também evidências de que as pessoas estão menos interessadas em morar na cidade e já há evidências disso.

"Vamos ver uma evolução em como comemos e onde comemos com alguma implicação para produtos lácteos. Os fabricantes e comerciantes de laticínios terão que se adaptar a algumas mudanças bastante profundas. Produtos focados em conveniência e preço continuarão se dando bem. Até agora, o consumo de laticínios em casa definitivamente se manteve", afirmou.

Os analistas ainda não sabem se a perda de demanda nos restaurantes está sendo atendida em casa. Ainda não há dados suficientes para saber, mas certamente existem evidências que apontam para isso.

Se interessou pelo assunto? Confira a coluna de Roberto Denuzzo no MilkPoint, que fala sobre tendências de consumo > https://www.milkpoint.com.br/colunas/roberto-denuzzo/. (As informações são do Capital Press, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
                 

Instrução Normativa aprova diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa Nº 48 que aprova as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa com vistas à execução do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

Trata-se de uma atualização dos atos normativos aos novos conceitos internacionais, prevista no cronograma do Pnefa para o avanço do status sanitário do país para livre de febre aftosa sem vacinação, segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Entre as principais mudanças estão a permissão do ingresso de animais vacinados destinados para abate e exportação em zonas livres sem vacinação e a permissão do retorno de animal originário de zona livre sem vacinação, para participação em feiras ou centrais de inseminação localizadas em zona livre com vacinação. A norma traz a adequação do trânsito de produtos de origem animal entre as zonas livres, ficando vedada apenas o trânsito de cabeça, língua, faringe e linfonodos associados de zonas livres com vacinação para zonas livres sem vacinação.  

A IN também prevê a obrigatoriedade da atualização cadastral do rebanho pecuário pelo produtor, pelo menos uma vez por ano e a obrigatoriedade de cadastro dos transportadores de animais junto ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).

“A atualização do regulamento do Pnefa faz uma adequação às diretrizes internacionais vigentes, retirando grande parte das restrições que existiam para o trânsito de animais e produtos entre unidades da federação que possuíam condição sanitária distinta para febre aftosa. Também prevê atividades de vigilância específicas voltadas para esta nova etapa do Pnefa, de ampliação gradual de zonas livres de febre aftosa sem vacinação”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

A norma contou com a participação e contribuição de vários segmentos e setores envolvidos e destina-se aos atores que atuam na cadeia produtiva de carnes de animais susceptíveis à febre aftosa, entre eles Mapa, órgãos executores de defesa agropecuária, entidades de classe representativas de profissionais, indústrias e produtores rurais, entre outros. A IN entra em vigor no dia 3 de agosto. (MAPA)

Leite/Oceania

As boas condições de tempo em muitas regiões estão ajudando a aumentar a captação de leite, causando um maior otimismo para a nova temporada. 

As chuvas recentes proporcionaram melhoria das pastagens. Existe uma certa preocupação quanto à possibilidade de a China impor tarifas adicionais ao leite em pó integral (WMP) procedente da Austrália. A medida estaria relacionada ao crescente atrito diplomático entre as duas nações, em decorrência do esforço da Austrália para fechar acordos de livre comércio com a União Europeia (UE) e o Reino Unido, ainda em 2020.     


 
Analistas do setor lácteo da Nova Zelândia esperam que as condições de tempo com temperaturas mais amenas e maior umidade em agosto de 2020 possam melhorar a produção de leite em algumas regiões e estimular a recomposição do rebanho leiteiro. A expectativa é de que a produção de leite aumente marginalmente.

As fábricas esperam que a produção de leite aumente, para evitar acirramento da concorrência pelo suprimento de leite. A competição entre as indústrias é vista como benéfica por muitos produtores. Persiste alguma apreensão em relação ao desequilíbrio da demanda do mercado, que foi impactada pelo Covid-19, e continua menor do que antes da pandemia. Isso representa um risco adicional sobre o planejamento das exportações. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

                

 
 
Pandemia acelera avanço de soluções digitais no campo, mas há gargalos
A pandemia da Covid-19 está acelerando o avanço da adoção de soluções digitais no campo brasileiro e abrindo espaço para que essas soluções ganhem força também na área de crédito rural. O assunto foi tema de discussão no evento virtual “Expert 2020”, promovido pela XP Investimentos. “Com a pandemia, a mudança tem sido quase forçada, mas deixará o país mais competitivo lá para frente”, afirmou Mariana Vasconcelos, cofundadora da Agrosmart, agtech com sede em Campinas (SP). Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), lembrou que do “fundind” total da safra 2019/20, apenas 30% foi coberto com recursos do tradicional Plano Safra do governo. E que há enorme potencial para que fontes alternativas de crédito ganhem espaço, sobretudo no mercado dos médios produtores agropecuários. Brito observou, porém, que um dos problemas enfrentados para a disseminação das ferramentas digitais é a conectividade, ainda um gargalo importante no Brasil. “Cerca de 50% do território nacional ainda não está conectado”, disse o dirigente. “Vamos ver o que vai acontecer com a chegada da tecnologia 5G”. Segundo ele, as novas tecnologias de financiamento — além daqueles voltadas às atividades agropecuárias em si, que também estão ganhando espaço — podem ajudar a fortalecer algumas cadeias produtivas e permitir avanços de produções e exportações. Entre as cadeias que podem crescer, ele citou frutas e flores. De acordo com Fernanda Mello, CEO da agtech DuAgro, de fato o desafio para melhorar o acesso dos pequenos e médios produtores às novas tecnologias ainda é grande. Na área de crédito, disse, o objetivo é tornar o processo de contratação tão natural como o de qualquer outra compra de insumo. (As informações são do Valor Econômico)
 
 

 

Porto Alegre, 17 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.265

Setor Lácteo trabalha por maior presença internacional 
Consciente da importância de fortalecer as exportações como ferramenta de estabilização do mercado, a Aliança Láctea Sul Brasileira trabalhará pela capacitação das empresas para o comércio exterior.  O coordenador da Aliança Láctea e presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, acredita que aproveitar as oportunidades que existem no mercado internacional é vital para enfrentar a crise econômica durante e após a Covid-19. “O Brasil ainda é importador de leite, mas não nos resta outra opção senão estar no mercado externo. Mas, para podermos exportar e acompanhar as missões internacionais, temos que estar preparados”, disse durante reunião realizada na manhã desta sexta-feira (17/07) e que contou com dezenas de dirigentes. 
 
 
Aparelhar as empresas brasileiras para essa nova realidade e encontrar oportunidades é a meta da Apex Brasil. Presente no encontro, o presidente da Apex, Sergio Segovia, lembrou que o Brasil é o quarto maior produtor de lácteo do mundo e que o setor está entre os prioritários para estímulo à exportação ao lado de cafés, frutas, cachaças e mel. “A Apex quer contribuir para modernizar processos produtivos e fomentar exportações, o que pode ocorrer por meio de convênios setoriais ou novas soluções”, sugeriu. Em 2019, a agência esteve ao lado de empresas que movimentaram US$ 22 bilhões em exportações só no ramo de alimentos, bebidas e agronegócio. 
 
Atualmente, o incentivo ao embarque de lácteos vem sendo feito por meio de dois programas da Apex desenvolvidos em parceria com a CNA (Agro BR - Brazil is Food) e Viva Lácteos (GooDairy Brazil). O foco, explica o presidente, é a valorização de produtos típicos brasileiros, suas marcas e conceitos. Só no programa desenvolvido com a CNA, a meta é atender 140 empresas até o fim de 2020. 
Outra ação em curso é o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), projeto de avaliação, diagnóstico e plano de trabalho voltado à exportação que está sendo adaptado para atender às demandas do agronegócio. Em andamento, um projeto piloto do Peiex Agro tem foco no setor lácteo e atuação prevista em Varginha (MG) e Passo Fundo (RS). A previsão é que o treinamento ocorra em agosto deste ano. “Qualificação é essencial para exportar e inovar para implementar soluções que garantam participação planejada e segura”, pontuou Segovia, lembrando que o setor cooperativista é alvo de grande interesse internacional.
O gerente de agronegócio da Apex, Igor Brandão, indicou que a demanda por alimentos em âmbito mundial deve crescer 60% até 2050, puxada pelo crescimento populacional. Os setores mais favorecidos, segundo estudo da FAO, devem ser o de proteína animal, de frutas e de vegetais. “O mercado global está em transformação. Verificamos tendência de aumento da renda per capital na Ásia e na África. A população será mais urbana e gastará mais com alimentos”, projetou, ressaltando que a população mundial deve chegar a 11 bilhões de pessoas em 2100. Apesar disso, os itens ficarão mais baratos, o que eleva a necessidade de as empresas do agro tornarem-se mais competitivas. Entre as tendências, indicou um aumento do e-commerce na aproximação entre consumidores e produtores. Antes da pandemia, informou ele, 20% das transações eram feitas pelo e-commerce. Com a crise, esse índice chegou próximo a 60% e deve se estabilizar em 40% após a pandemia. 
Para conquistar novos clientes, o presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, deputado federal Alceu Moreira, desafiou o setor a estar mais presente em eventos internacionais e a criar uma agência própria de fomento, similar às existentes no setor de carnes bovina, suína e de aves. “Não podemos mais ter feiras internacionais sem a presença do setor lácteo brasileiro”, pediu o parlamentar. Entre os mercados em prospecção para o segmento está a Rússia, um dos maiores compradores mundiais de lácteos. Contudo, indica a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Ligia Dutra, as maiores potencialidades da Ásia são China e Filipinas. Na América, a especialista indica Chile e Peru. 
Para as empresas que tiverem interesse em negociar com a China, Ligia recomenda que  registrem suas marcas naquele mercado tendo em vista que há um problema recorrente de sobreposição. Outra dica é dar início logo ao processo de habilitação para exportação tendo em vista que, hoje, o processo é mais simples para o setor de lácteos do que para outros ramos. “A tendência é que esse processo fique mais exigente. Então, recomenda-se que as empresas pensem em começar a preparar sua habilitação”. Para participar do projeto Agro BR, basta realizar inscrição pelo site da CNA de forma gratuita. 
Com escritório localizado na China, a CNA também planeja dar início a estudo especial de prospecção para o setor lácteo no país oriental, ação que também será realizada em conjunto com a Apex.
Reforma Tributária 
Durante a reunião da Aliança Láctea, ainda foi tratado sobre a iminente Reforma Tributária em curso no âmbito federal e nos estados. Alexandre Guerra informou que está sendo criado grupo de trabalho para compreender a fundo as mudanças propostas e promover debate com o setor. “Defendemos a simplificação e harmonia tributária de forma a se evitar passivo e criar competitividade. Não há como ter duas pessoas produzindo e dez calculando a parte tributária”, exemplificou. Questionado sobre o impacto desse cenário no campo, o deputado Alceu Moreira foi enfático: “A Reforma Tributária não agradará todo mundo. Mas não iremos fazer injustiça com o leite”. 
A necessidade de encontrar formas de elevar a competitividade do setor também foi alvo da fala do presidente da Câmara Setorial do Leite em Brasília, Ronei Volpi. Antes da chegada da Covid-19, a ideia era trabalhar com um plano de competitividade para o setor lácteo com atividades internas e externas e preço. Com a pandemia, tivemos um certo atraso, mas essa é nossa prioridade”. 
Representando o secretário da Agricultura do RS, Covatti Filho, o diretor de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural, Ivan Saraiva Bonetti, garantiu que o governo do estado trabalha para reduzir assimetrias. “Hoje, 60% da produção de leite do Rio Grande do Sul é comercializada em outros estados. Temos que avaliar as oportunidades de os estados da Aliança Láctea fortalecerem seus produtos e abrir mercados no exterior”. 
Brucelose e Tuberculose
Também foram tratadas questões sanitárias e de gestão integrada na Região Sul do Brasil. Na próxima reunião da Aliança Láctea, prevista para 6 de novembro, deve ser apresentado protocolo conjunto de alinhamento para o enfrentamento da brucelose e da tuberculose para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná  e buscar apoio junto ao Ministério da Agricultura como plano piloto de área livre ou controlada dessas zoonoses.
 
                 

Solidariedade: Cinco mil litros de leite são entregues às famílias vítimas de enchentes no Estado

Dando prosseguimento à parceria fechada entre a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e a Cooperativa Languiru, lotes de leite começam a ser distribuídos aos municípios atingidos pelas enchentes.

Ao todo serão cinco mil litros de leite distribuídos para 12 municípios: Arroio do Meio (545), Bom Retiro do Sul (500), Colinas (140), Cruzeiro do Sul (480), Estrela (316), Lajeado (720), Montenegro (173), Muçum (354), Roca Sales (700), São Sebastião do Caí (322), Taquari (250) e Porto Alegre - região metropolitana (500).

Para o secretário Mauro Hauschild, “a parceria chegou em boa hora. São estes atos de solidariedade que fazem a diferença, especialmente nos momentos mais difíceis. Agradecemos a sensibilização da Cooperativa Languiru e certamente teremos muito a construir juntos”.
O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, destaca que “o cooperativismo possui um grande envolvimento com a comunidade e valoriza o ser humano, estando ao lado das pessoas nos momentos bons e ruins, o que traz benefícios a toda região. O cooperativismo é diferente e busca estender a mão ao próximo, atitudes simples e capazes de levar mais qualidade de vida à sociedade, especialmente neste momento, com muitas famílias atingidas pelas cheias”.

Para o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, é uma iniciativa importante para auxiliar as famílias atingidas pela enchente, que na região foi a maior das últimas seis décadas. “Esta ação da Cooperativa Languiru e da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos vem se somar aos esforços feitos pelos municípios e outras entidades. Um grande gesto de solidariedade para amenizar o sofrimento das milhares de pessoas que sofreram e sofrem com os prejuízos desta enchente”, assinala.

Informações: Para amenizar os prejuízos das enchentes, a comunidade pode ajudar contatando a Central de Doações do Rio Grande do Sul, que integra a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do RS e arrecada donativos durante todo o ano, além de ser a centralizadora das doações da Campanha do Agasalho. Saiba mais no site www.defesacivil.rs.gov.br. (Assessoria de imprensa Languiru)

Leite/América do Sul

No Brasil, a produção de leite nas fazendas encontra-se variando da estagnação para queda nas duas últimas semanas. A falta de chuvas está reduzindo a disponibilidade e a qualidade das forrageiras na maior parte das grandes bacias leiteiras. 

Dada à baixa disponibilidade de leite, o preço ao produtor aumentou e a expectativa é de que permaneçam elevados nas próximas semanas. Os volumes de leite estão bem abaixo do nível adequado para o processamento das indústrias. 

As incertezas geradas pelo Covid-19 afetam as decisões das fábricas no que se refere à quantidade a ser produzida e os estoques permanecem baixos. No mercado spot do Brasil, os preços das cargas de leite cru, UHT e queijos estão elevados.  

Ao contrário do Brasil, na Argentina e Uruguai, a oferta de leite sobe sazonalmente enquanto as temperaturas continuam caindo. Em algumas bacias leiteiras no sul da Argentina, as temperaturas muito baixas do inverno começam afetar o conforto animal e a rentabilidade animal. 

O volume de leite ofertado pelas fazendas é menor do que as necessárias da forte demanda industrial. A competição por volumes de leite/creme, entre as fábricas continua intensa. A produção de leite UHT é prioridade desde o início da pandemia. Dessa forma, os volumes de leite que passam para queijo, iogurte e leite tornam-se menos acessíveis, enquanto a procura por essas mercadorias continua intensa.  
 

 

                

 
Preços/AR
A indústria de laticínios – seguida pela de farináceos – é a mais prejudicada pelo congelamento de preços dos alimentos básicos decretado pelo governo nacional. No último ano, segundo dados do Instituto de Estatísticas (INDEC), ‘a cesta de lácteos’ registrou inflação de 26,2% contra 46,5% na média dos preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas nos comércios e supermercados da cidade de Buenos Aires (CABA-GBA).  Quase todos os produtos da ‘cesta de lácteos’ estão compreendidos no congelamento (leite fresco empacotado, leite em pó, queijo cremoso, queijo patê-grass, iogurte e manteiga). A única exceção é do queijo sardo, cujo elevado valor impede realizar ajustes significativos de preços na atual conjuntura de crise econômica. (Terra Viva)
 
 
 

 

Porto Alegre, 16 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.264

Aliança Láctea Sul Brasileira se reúne nesta sexta-feira para tratar do futuro do mercado lácteo

A Aliança Láctea Sul Brasileira promove nesta sexta-feira (17/7), reunião virtual com seus integrantes para tratar de temas ligados à cadeia produtiva, com foco na pandemia e seus reflexos no mercado interno, nas exportações para os mercados da América do Sul e Ásia e na unificação do controle e saneamento de doenças de zoonoses entre os três estados do Sul. O encontro será remoto, atendendo às determinações das autoridades de saúde, e acontece das 9h às 12h30min.

A reunião, a primeira a ser realizada após o início da Covid-19, tratará justamente dos relatos dos protocolos que vem sendo adotados pelo setor lácteo para manter a produção e a qualidade dos produtos aos consumidores, além do intenso trabalho desenvolvido pelas indústrias no que se refere à proteção dos trabalhadores, produtores rurais e demais pessoas envolvidas direta ou indiretamente com os estabelecimentos. “O momento agora também é dar continuidade no planejamento do setor, e isso necessariamente passa pelas exportações, o que exige competitividade e alinhamento com questões sanitárias, pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) e coordenador da Aliança Láctea, Alexandre Guerra.

Segundo Guerra, após o primeiro momento de esforços junto às indústrias para manter a produção, a qualidade e o fornecimento de alimentos e ao mesmo tempo garantir a proteção dos trabalhadores, agora é a hora de voltar a planejar o futuro da cadeia láctea. “O auxílio emergencial do governo garantiu o consumo das famílias na medida em que assegurou renda no momento de dificuldades. Isso manteve o ritmo de consumo dos produtos lácteos no mercado interno, com exceção da linha food service. Mas temos que pensar como será esse mercado daqui para a frente sem esse auxílio”, afirmou Guerra, destacando a necessidade de se buscar oportunidades comerciais no mercado externo.

A Aliança Láctea Sul Brasileira reúne representantes das secretarias de Agricultura dos estados da Região Sul, além de representantes do Sindilat-RS, Sindileite de Santa Catarina e do Paraná e Federações da agricultura dos três estados. Para a reunião desta sexta-feira já confirmaram presença nomes como a superintendente do Ministério da Agricultura no RS, Helena Rugeri, o presidente da Apex-Brasil, Sérgio Segóvia Barbosa, o diretor de políticas agrícolas e desenvolvimento rural, Ivan Saraiva Bonetti e a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra. Outras entidades do agronegócio também participarão, como Farsul e Fetag, Emater, Câmara Setorial do Leite do Ministério da Agricultura e o deputado Alceu Moreira, que preside a Frente Parlamentar do Agronegócio da Câmara Federal. (Assessoria de imprensa Sindilat)

Reunião remota da Aliança Láctea Sul Brasileira
Quando:
dia 17/07 sexta-feira
Horário: 9h às 12h30

 
                     

Fundesa indeniza produtores de leite em R$ 3,3 milhões
Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram, nesta quarta-feira, as contas relativas ao primeiro semestre de 2020. O saldo total é de R$ 94,5 milhões. Nos primeiros seis meses do ano, a receita foi de R$ 6,9 milhões, entre contribuições de produtores e indústrias e rendimentos financeiros.  Os investimentos, que vão desde indenizações de produtores até aquisição de insumos para o Serviço Veterinário Oficial, chegaram a R$ 3,9 milhões no período.

O destaque da aplicação de valores no primeiro semestre de 2020 foi a indenização de produtores de leite. O Fundesa vem estimulando o setor a promover o saneamento dos rebanhos, eliminando animais portadores de brucelose e tuberculose, garantindo mais saúde para a população e qualidade do produto. Com isso, a indenização chegou a R$ 3,3 milhões cobrindo 2106 animais na pecuária leiteira nos primeiros seis meses do ano.  

Outro investimento foi a reforma de algumas inspetorias veterinárias da Secretaria da Agricultura. Na sexta-feira foi concluída a reforma da unidade de Santana do Livramento que passou por melhorias internas, externas e estruturais. Em 2019 foram reformadas 12 inspetorias e em 2020, além de Livramento, outras unidades poderão receber melhorias.

Os números são apreciados a cada trimestre pelo Conselho Deliberativo, composto por nove entidades ligadas ao setor produtivo. O resultado é disponibilizado no site do fundo e encaminhado às secretarias estaduais da Fazenda e da Agricultura, Assembleia Legislativa e também ao Tribunal de Contas e Controladoria e Auditoria Geral do Estado (Cage). (As informações são do Fundesa – RS)

Leite/Europa
O mês de julho, tradicionalmente, é um período de férias na Europa. Este ano parece não ser diferente, exceto pelo fato de que muitas pessoas estão ficando mais perto de casa, ou simplesmente não viajam. 

A produção sazonal na Alemanha retornou à tendência de queda, interrompendo um período de estabilidade. Avaliações preliminares apontam que mesmo em declínio, a produção este ano está acima dos volumes verificados no ano passado. Isso também vale para a França.

Analistas da União Europeia (UE) acreditam que a produção anual do bloco crescerá 0,7% neste ano se os preços da alimentação animal ficarem perto dos níveis atuais e as chuvas continuarem mantendo a produtividade das pastagens.

A expectativa é de que no segundo semestre, o volume extra produzido irá para fabricação de leite em pó desnatado (SMP) e manteiga. É esperado o aumento da demanda de exportação desses dois produtos.

Recente análise publicada pela Comissão Europeia, observou que o mercado lácteo no ano financeiro 2019/20 os melhores retornos foram proporcionados por uma combinação de queijo, manteiga e soro de leite. O próximo melhor retorno será a produção combinada de SMP, creme, depois leite em pó integral (WMP) e manteiga.

Os efeitos remanescentes do Covid-19 são as vendas de queijo. Continuam baixas para os serviços de alimentação, enquanto a demanda nas lojas de varejo e de refeições prontas está em alta. O resultado deverá ser um consumo ligeiramente menor na UE. No entanto, as indústrias afirmam que existe um forte interesse de compras pelo Japão e Reino Unido, o que pode aumentar as exportações totais utilizando o queijo não vendido na UE.

Os pedidos de ajuda para o programa de armazenamento privado (PSA) deste ano, que durou de 7 de maio de 2020 a 30 de junho de 2020, totalizou 47.711 toneladas, de acordo com a Eucolait. Isso representou 48% das cotas liberadas. Atingiram a cota máxima, Bélgica, Irlanda, Estônia, Itália, Suécia, Lituânia e o Reino Unido. Entre os maiores fabricantes, a Alemanha usou 4% de sua cota, a França, 48%. Somente a Polônia não usou nada.                  

 
Petry assumirá mais uma gestão na Fiergs
Reeleito para mais um mandato, até 2023, à frente da Federação e do Centro das Indústrias do RS (Fiergs/Ciergs), Gilberto Porcello Petry assume a nova gestão na próxima segunda-feira às 17h. Seguindo medidas de prevenção à Covid19, só o presidente e os vices estarão presentes à cerimônia.O evento será transmitido em https://www.youtube.com/tvfiergs e https://bit.ly/posseFIERGS-CIERGS. Petry foi reeleito por unanimidade em chapa única, em 9 de junho, para representar 110 Sindicatos e indústrias gaúchas. (Correio do Povo)
 
 

 

 

Porto Alegre, 15 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.263

Protocolos e processos na indústria da alimentação garantem qualidade em meio à pandemia

A constatação de que os processos no setor industrial nunca mais serão os mesmos neste momento, e especialmente no pós-pandemia, vem suscitando debates sobre quais são os caminhos que precisam ser adotados para garantir excelência de uma ponta a outra da cadeia, independentemente da área de negócio. Buscando reunir diferentes elos da produção gaúcha, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav)/ Sipargs promoveu, na manhã de terça-feira (14/7), o VIII Fórum Virtual Edição Especial: Soluções, Suportes e Alternativas para o enfrentamento à Covid-19 na Indústria de Alimentos. A mediação do debate foi feita pela engenheira de Segurança do Trabalho da Cooperativa Languiru e integrante da Comissão SST – Segurança em Medicina do Trabalho da Asgav/Sipargs, Diane Sordi.
 
O ponto central do debate foi feito pela engenheira agrônoma diretora da Plantarum Desenvolvimento e Tecnologia, empresa que atua na prestação de serviços de análises de alta complexidade e controle de qualidade nos setores de produção vegetal, microbiologia e fármacos. De acordo com Andrea Brondani da Rocha, a certificação de processos nas indústrias se tornou imprescindível para manter o diferencial dentro de uma empresa e conquistar competitividade nos mercados em que atua.

 

Segundo ela, a melhoria contínua da eficácia e da qualidade – do ponto de vista agora epidemiológico – deve ganhar em breve um novo aliado: um consórcio organizado pelo senador Luis Carlos Heinze produziu protocolo clínico já aprovado pelo Ministério da Saúde – que está sendo executado pela área epidemiológica da Santa Casa de Misericórdia de Porto alegre. Com base nesse protocolo, serão implantados processos junto a trabalhadores de indústrias que atuam em linhas de maior exposição ao coronavírus. “Será a possibilidade de um acompanhamento mais efetivo, via diagnóstico PCR. Com isso, os impedimentos que ocorreram mais significativamente em indústrias frigoríficas poderão ser solucionados inclusive do ponto de vista jurídico”, afirmou Andrea.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, reforçou a importância de iniciativas que contemplem a indústria de alimentos brasileira neste momento de dificuldades sanitárias. Segundo ele, além de protocolos, o segmento precisa da certificação para seguir atuando em todas as frentes e mercados. “Os lácteos têm maior concentração no mercado interno e, para o nosso setor, que visa ampliar as exportações, a adoção de critérios que vão do produtor à indústria são essenciais para essa conquista”, pontuou. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também acompanhou o debate.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, parabenizou a iniciativa da Asgav/Sipargs, no sentindo de promover amplos debates que alinham decisões sobre a melhor atuação hoje e no pós-pandemia. “Especialmente no que se refere à proteína animal, onde surgiram eventos pontuais, é importante a proteção de trabalhadores e processos”, disse. O chefe do Legislativo afirmou ainda que é necessário que sejam respeitadas as orientações para que todo o esforço de uma cadeia seja reconhecido. Polo reforçou também aos representantes das entidades presentes, que nos próximos dias deverão ser chamados pelo governador Eduardo Leite para serem apresentados aos pontos da Reforma Tributária gaúcha, apresentada pelo governo na terça-feira.

O diretor-executivo da Asgav/Sipargs, José Eduardo dos Santos, confirmou que o setor da alimentação vem atuando com responsabilidade para evitar o crescimento do número de casos de Covid-19 nos estabelecimentos. Somente nos frigoríficos avícolas foram investidos R$ 28 milhões em apenas três meses. “Estamos dedicando todos os esforços para combater a pandemia em nossas indústrias, e certamente, os reflexos destes investimentos evitaram uma maior propagação do vírus e propiciaram maior segurança dentro dos estabelecimentos industriais”, pontuou. O aporte nesse período incluiu contratação de consultorias, validação de protocolos, compra de insumos diversos e EPI’s. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                 

Instrução Normativa aprova diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa
A norma faz uma atualização dos atos normativos aos novos conceitos internacionais, prevista no cronograma do Pnefa para o avanço do status sanitário do país para livre de febre aftosa sem vacinação. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa Nº 48 que aprova as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa com vistas à execução do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). 

Trata-se de uma atualização dos atos normativos aos novos conceitos internacionais, prevista no cronograma do Pnefa para o avanço do status sanitário do país para livre de febre aftosa sem vacinação, segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). 

Entre as principais mudanças estão a permissão do ingresso de animais vacinados destinados para abate e exportação em zonas livres sem vacinação e a permissão do retorno de animal originário de zona livre sem vacinação, para participação em feiras ou centrais de inseminação localizadas em zona livre com vacinação. A norma traz a adequação do trânsito de produtos de origem animal entre as zonas livres, ficando vedada apenas o trânsito de cabeça, língua, faringe e linfonodos associados de zonas livres com vacinação para zonas livres sem vacinação.  

A IN também prevê a obrigatoriedade da atualização cadastral do rebanho pecuário pelo produtor, pelo menos uma vez por ano e a obrigatoriedade de cadastro dos transportadores de animais junto ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). “A atualização do regulamento do Pnefa faz uma adequação às diretrizes internacionais vigentes, retirando grande parte das restrições que existiam para o trânsito de animais e produtos entre unidades da federação que possuíam condição sanitária distinta para febre aftosa. Também prevê atividades de vigilância específicas voltadas para esta nova etapa do Pnefa, de ampliação gradual de zonas livres de febre aftosa sem vacinação”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes. 

A norma contou com a participação e contribuição de vários segmentos e setores envolvidos e destina-se aos atores que atuam na cadeia produtiva de carnes de animais susceptíveis à febre aftosa, entre eles Mapa, órgãos executores de defesa agropecuária, entidades de classe representativas de profissionais, indústrias e produtores rurais, entre outros. A IN entra em vigor no dia 3 de agosto. (Mapa)

“Unión La Nueva” primeira cooperativa de laticínios da América do Sul
Cooperativismo/AR – O livro “Humboldt uma história, seus primeiros 150 anos” de Raúl Kröhling narra detalhes das características que por um século e meio, proporcionou o crescimento dessa pujante localidade do departamento Las Colonias.  
O capítulo dedicado às indústrias, cooperativas e empreendimentos que nasciam no início das primeiras décadas da colônia, trás um destaque: La Sociedad Cooperativa de Cremerías Limitadas “Unión La Nueva”.

Trata-se da primeira cooperativa de laticínios do país e provavelmente da América do Sul. “Os imigrantes suíços e alemães foram sem dúvida os impulsionadores da indústria intensiva de leite e também do cooperativismo cujas raízes nascem da própria vida econômica da colônia. Reuniram suas ideias, esforços e recursos para concretizar e satisfazer as necessidades da época”. Assim Kröhling mostra todo o impulso empreendedor destes que foram os verdadeiros forjadores da atividade agropecuária.

Fundada em 9 de abril de 1909 em Colonia Nueva, a Sociedad Cooperativa de Cremerías Limitadas tinha o propósito de industrializar o creme, marcando assim a Colonia Nueva como a primeira cooperativa de produtores de leite.

Duilio Rohrmann presidente da comunidade de Humboldt e descendente de um dos primeiros fundadores falou ao CampoLitoral sobre o que representou para a colônia a fundação da cooperativa. “No departamento Las Colonias a divisão de terras – 33 hectares por colono – a primeira atividade forte que teve foi a agrícola. Naquela época eram semeados trigo ou linho, não havia outros cultivos para fazer. Logo os colonos viram a necessidade de outras opções diante de uma colheita ruim – tendo que esperar um ano todo para começar um novo ciclo e melhorar a situação econômica. Decidiram começar a produção de leite”. 

 
Buscando a história. Uma das poucas imagens que se tem da histórica cremeria. Foto: Raúl Kröhling.

Rohrmann acrescentou que na época, cada casa de campo tinha uma vaca e uma desnatadeira de leite. “Não era a atividade principal, mas se ordenhavam vacas para o consumo próprio e para fazer algum produto. Com a chegada das primeiras empresas que compravam leite, isso estimulou os produtores a se agruparem e constituir a primeira cooperativa de laticínios para desnatar o leite e o creme poderia ser produzido pelas próprias explorações agropecuárias”.

A cooperativa proporcionou o início de um grande crescimento da atividade na região. “Esteve presente por 16 anos e chegou a ter cinco cremerias, sendo para a época um desenvolvimento econômico significativo para a localidade. Depois de um desentendimento entre os sócios em relação ao soro, a cooperativa foi fechada em 1925. O fim da Sociedad Cooperativa de Cremerias Limitadas Unión La Nueva coincide com a fundação, no mesmo ano, da Milkaut. Que com o correr dos anos proporcionou um grande desenvolvimento lácteo nessa zona”.

Por último Rohrmann lembrou a homenagem feita pela Associación Unión Tamberos (AUT), 23 anos atrás, construindo, no lugar exato onde estava localizada a primeira sede da Unión La Nueva, um monumento em homenagem às famílias que deram o pontapé inicial da industrialização do leite no país. É um verdadeiro orgulho para Colonia Nueva e Humboldt poder mostrar aqui parte de nossa história”.  (CampoLitoral – Tradução livre: Terra Viva)
                

 
Produção/EU
A produção de leite na União Europeia (UE) de janeiro a abril de 2020 aumentou 2,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Contribuiu para esse aumento as chuvas da primavera que melhoraram a produtividade do pasto em alguns países da UE, como Espanha, Itália, e Dinamarca, assim como os preços menores de ração. É preciso levar em conta que este ano fevereiro teve um dia a mais. Os maiores crescimentos na produção ocorreram na Itália (17%), Alemanha (14%) e Holanda (13%). A Comissão Europeia (CE) revisou para mais a captação, indo para 0,7%, de acordo com seu último boletim de previsões de curto prazo. Na primavera passada, a CE estimava um crescimento de apenas 0,4% para 2020. O bom crescimento do rendimento (+1,3%) graças às pastagens de boa qualidade e a um maior uso de suplementos na alimentação, compensou a redução do rebanho leiteiro (-0,6%). A previsão é de que esta situação se mantenha na maioria das regiões do sul e oeste da Europa, enquanto que o estresse hídrico e as altas temperaturas poderão limitar o crescimento dos pastos em outras regiões. Em comparação com 2019, a expectativa é de aumento da produção de leite no segundo trimestre enquanto haverá redução de (0,2%) no terceiro e quarto trimestre. É provável que o abate de vacas acelere nos próximos meses como reação à recuperação dos preços da carne impulsionada pela reabertura dos serviços de alimentação. Por países, a projeção é de que os maiores crescimento seja registrados na Alemanha, seguida pela Itália, Espanha e Holanda. A produção também aumentará na Irlanda, Dinamarca e Polônia. Na França, no entanto, a produção deverá se manter estável. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

 

 

Porto Alegre, 14 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.262

Câmara Setorial do Leite debate ações para combater efeitos da Covid-19 

A 58ª reunião da Câmara Setorial do Leite, primeira após a pandemia de coronavírus ter se instalado no Brasil, debateu os efeitos da Covid-19 na cadeia produtiva leiteira. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou do encontro, representado pelo presidente Alexandre Guerra. A reunião ocorreu no dia 7 de julho, de forma virtual.

Mesmo não tendo se reunido desde o início da pandemia, a Câmara já havia criado comitês emergenciais no combate aos efeitos da crise. Uma das demandas apresentadas na ocasião foi que as reuniões fossem realizadas com maior periodicidade e, nesse meio tempo, que fossem abordadas as pautas trabalhadas pelo setor, como a cobrança por agilidade por parte do Ministério da Economia sobre a devolução dos recursos financeiros do PIS/Cofins para os laticínios.

Segundo o presidente da Câmara, Ronei Volpi, a principal motivação da realização da reunião foi deixar as 25 instituições que integram a Câmara niveladas por meio de informações sobre o que vem sendo feito no setor leiteiro. "A conclusão é que nós somos uma das cadeias produtivas que sofreram menos impactos. Não interrompemos a coleta de leite nem a industrialização", afirma.

Outra pauta discutida na reunião foi a plataforma que está sendo testada como projeto-piloto pelo Ministério da Agricultura (Mapa) em parceria com seis laticínios, para que os dados SIG/SIF sejam importados e inseridos automaticamente no sistema do Mapa. Sem essa tecnologia, as empresas têm de inserir diariamente os dados no sistema da própria empresa e no sistema do Mapa, o que causa retrabalho. (Assessoria de imprensa Sindilat)
 
                 

Apesar dos gargalos, logística contribui para desempenho das exportações gaúchas

A terceira reunião da Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior, instituída em 2019 pelo governo do Rio Grande do Sul, reuniu na manhã desta terça-feira (14/7) representantes de diversas entidades gaúchas para ouvir o relato do diretor-superintendente da Portos RS, Fernando Estima, sobre o cenário logístico do Estado e seus gargalos. 

Conectar a logística e ampliar o diálogo com o mercado, especialmente com o agronegócio, é visto pelo dirigente como o ponto de partida para sanar as dificuldades impostas ao segmento no Estado. Uma das grandes polêmicas é o debate sobre a desestatização da infraestrutura gaúcha, algo que para Estima não se sustenta pelos números e pelo desempenho dos terminais portuários do RS – o porto de Porto Alegre, o porto de Pelotas e o porto de Rio Grande. Juntas, as três instalações exportaram 16,3 milhões de toneladas de janeiro a maio deste ano, um incremento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso, segundo ele, prova a eficiência da logística mesmo em meio a uma crise sem precedentes.

De acordo com Estima, aos portos públicos gaúchos somam-se ainda cinco terminais arrendados e outros 17 terminais privados que formam a malha de exportação do Estado. Com um olho crítico para as privatizações, o superintendente da Portos RS salientou que o Estado precisa enxugar a máquina, mas lembrou que a estrutura portuária gaúcha já é bastante desestatizada. “É preciso muita seriedade na pauta de concessões para ter bons resultados. Rodovias e ferrovias são exemplos que tiveram melhorias, mas que saíram muito caras para todos. O que precisamos é melhorar o que já temos com o apoio público, qualificar hidrovias, ferrovias e portos”, salientou. Segundo ele, os resultados obtidos até maio só confirmam que os complexos e instalações logísticas atuais colocam o RS em posição de destaque no Mercosul. 

O diretor superintendente da CCGL, Guillermo Dawson Júnior, lembrou do investimento anunciado no ano passado em sua unidade portuária de Rio Grande, o Termasa, onde a capacidade de escoamento de produtos agrícolas da CCGL será quadruplicada. Atualmente, o chamado fluxo de expedição é de 1,5 mil toneladas por hora e saltará para 6 mil toneladas por hora. “O sistema cooperativo há anos queria colocar em prática essa ampliação, mas a lei portuária por muitas vezes trancou esse projeto”, frisou.

A live sobre o sistema logístico gaúcho foi acompanhada por diversos dirigentes de entidades do setor de agronegócio, entre eles o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, além de representantes de federações como Farsul, Famurs, Fetag, Fecoagro, Afubra, Aprosoja, Cesa, Ageflor e bancos como Banrisul, Banco do Brasil e BRDE. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Produtores de queijo e bebidas que usam nomes de Indicação Geográfica devem se identificar até 9 de agosto

Indicação Geográfica (IG) - Entre os principais produtos da consulta pública estão os queijos Parmesão, Fontina, Gruyère, Grana e Gorgonzola. Entre as bebidas estão a Genebra e o Steinhaeger.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) está abrindo a possibilidade para que produtores e agroindústrias que utilizam nomes que serão considerados como Indicação Geográfica (IG) se identifiquem até o dia 9 de agosto. A medida consta da Portaria Nº 1, publicada no Diário Oficial da União.

O MAPA disponibilizou para consulta pública a relação preliminar dos produtores identificados nos registros do Ministério: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/consultas-publicas/2020/portariascri12020

O acordo Mercosul – União Europeia, assinado ano passado, vai estabelecer alguns nomes como IG quando entrar em vigor. Entre os principais produtos da consulta pública estão os queijos Parmesão, Fontina, Gruyère, Grana e Gorgonzola. Entre as bebidas estão Genebra e Steinhaeger.

Segundo o diretor de Temas Técnicos Sanitários e Fitossanitários, da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Leandro Feijó, A consulta pública vai trazer para o Acordo a transparência e segurança jurídica necessárias. “A identificação dos produtores que já utilizavam os nomes que vão virar IG é uma solução que protege os usuários que investiram e produziram anteriormente e, ao mesmo tempo, garante um produto autêntico ao consumidor”, afirma.

Desta forma, a identificação de quem utilizava os nomes até 25 de outubro de 2017 ou 2012 (dependendo do produto) vale inclusive para os demais países do Mercosul, desde que a empresa exportasse para Argentina, Paraguai e/ou Uruguai antes da data estabelecida.

Por exemplo, uma empresa que utilizasse o nome “parmesão” a partir de 2016, e de forma contínua até 25 de outubro de 2017, deve buscar seu nome na listagem. Caso o encontre e os dados estejam corretos, não é necessário preencher o formulário ou entrar em contato com o MAPA.

Caso o nome da empresa conste da lista, mas contenha dados incorretos, o responsável pelo estabelecimento deve acessar o formulário indicado no site do MAPA e comunicar os dados corretos.

No caso da empresa enquadrar-se nos requisitos e não estiver na lista, deve utilizar o formulário para identificar-se e enviar documentação comprobatória no e-mail tnt.sri@agricultura.gov.br.

Podem identificar-se detentores de registro federal, estadual ou municipal.

Indicação Geográfica: A indicação geográfica é um ativo de propriedade intelectual que conecta um produto ou serviço à sua origem territorial. Ela é conferida a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado.
Com isso, ela ajuda a combater a usurpação e uso indevido do nome por terceiros não legitimados ao uso e pode contribuir para a agregação de valor econômico ao bem ou serviço em questão. (MAPA)
                

 
RS: prorrogado prazo para declaração anual do rebanho
Declaração do Rebanho - A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural publicou instrução normativa no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (13) estabelecendo novo prazo para a entrega da declaração anual de rebanho: 31 de outubro. O formulário a ser preenchido e entregue está disponível neste link. A prorrogação é necessária por causa da pandemia de Covid-19. Para o ano que vem, a Secretaria terá uma estratégia estruturada e outros prazos, de forma a manter o cadastro dentro das necessidades. As inspetorias de defesa agropecuária vêm trabalhando para restringir o contato pessoal, com escalonamento de servidores e atendimento remoto por e-mail ou WhatsApp. A orientação é que os produtores dêem preferência a entregar as declarações de rebanho às suas inspetorias locais por estes meios eletrônicos. Os e-mails das IDAs podem ser consultados aqui. O número de WhatsApp de cada inspetoria é o mesmo de seu telefone fixo. (Agrolink)