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Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.928

      Leite volta a subir no Rio Grande do Sul

Depois de cinco meses de queda, o valor de referência do leite voltou a subir no Rio Grande do Sul. O indexador projetado para fevereiro de 2019 pelo Conseleite é de R$ 1,1142, 0,77% acima do consolidado de R$ 1,1057 de janeiro e bem acima do projetado (R$ 1,0574/janeiro). “Começamos o ano com patamares elevados em relação ao mesmo período de anos anteriores”, pontuou o professor da UPF Eduardo Finamore. Entre os produtos que puxaram o movimento de recuperação, cita ele, está o leite em pó (0,89%) e o leite UHT (2,47%), dois dos principais itens que compõem a cesta de produtos lácteos gaúcha. Segundo ele, a expectativa é que o setor trabalhe com preços mais elevados no início de 2019. “O primeiro semestre será um período de melhor rentabilidade ao produtor, movimento puxado pela volta às aulas e pela redução de custos no campo”, frisou.

O que se observa ao analisar o valor de referência ao longo dos anos é que a taxa de remuneração ao produtor está acima da praticada nos produtos de forma isolada. Levantamento realizado pelo Conseleite, explica o professor, indica que o leite, em 2018, teve valorização acima da inflação do período, o que reflete custos menores de produção, sendo próximo de 50% para pagamentos de insumos e 50% para pagamentos de mão de obra, máquinas e infraestrutura. “A inflação ao produtor ficou abaixo da média que se vê para a dona de casa”, completou. Quanto aos custos, Finamore informou que o mercado do milho e soja com preços mais baixos deve ajudar o produtor, barateando o custo da ração.

Segundo o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, o otimismo traz alento ao setor uma vez que o segundo semestre de 2018 foi de apreensão no campo e baixa rentabilidade. “Vivemos um divisor de águas no setor leiteiro no Brasil. Há muita preocupação com a posição que será adotada pelo governo sobre as taxas antidumping e em relação à implementação das novas INs que regulam a qualidade da produção. São duas decisões que impactarão diretamente no futuro de milhares de produtores que se dedicam à atividade”, salientou Signori.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou que os próximos 30 dias serão decisivos para alinhar como o mercado se comportará em 2019. Apesar dos dados que indicam boa remuneração no campo, Palharini informa que, no varejo, os preços mantiveram-se, esmagando a rentabilidade do setor industrial. 

Participaram da reunião do Conseleite desta terça-feira (26/2) na sede da Farsul as seguintes entidades: Farsul, Fetag, Fecoagro, Sindilat, Emater, Camatec/UPF, Cepan/UFRGS, Stefanello, Piá, RAR, Santa Clara, Senar, Languiru, Latvida e Dielat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Carolina Jardine 
 
 
     
 
Indústrias avaliam cenário de lácteos
Reunidos na tarde desta terça-feira (26/02) em Porto Alegre, representantes das indústrias associadas ao Sindilat avaliaram os impactos da implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que regulam a qualidade da produção. O diretor do Sindilat, Jeferson Smaniotto, explicou que há negociação em Brasília pedindo a prorrogação da data para entrada em vigor dos textos, assunto que está sendo acompanhado in loco pelo presidente do sindicato Alexandre Guerra. “Acreditamos na importância dessas medidas, mas é preciso prazo para que, principalmente os produtores, possam se adaptar”, citou Smaniotto, que comandou os trabalhos na sede do sindicato.
 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, frisou os ganhos que o setor lácteo obteve no advento do programa Mais Leite Saudável e detalhou os dados apresentados na manhã desta terça-feira no Conseleite. Segundo os números, o leite começa o ano com tendência de alta e maior rentabilidade ao produtor. 
Durante a reunião, os associados também acompanharam apresentação dos advogados Rafael Pandolfo e Rafael Borin sobre as ações judiciais encaminhadas e em avaliação pelo Sindilat. Eles relataram as movimentações de processos em tramitação e apresentaram dados sobre novas ações que podem sem ajuizadas de forma coletiva ou individual por parte das empresas. A fiscal agropecuária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato também participou do encontro, relatando atualizações sobre a Lei do Leite e o treinamento dos transportadores. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Foto: Carolina Jardine 
 
 

Lácteos/Alemanha

Pesquisadores da Universidade de Georg-August em Göttingen, onde estudam anualmente o desempenho das indústrias de laticínios alemãs, analisaram os resultados de 2018 e fizeram as projeções para 2019. 

A indústria de laticínios alemão iniciou 2018 com significativo crescimento nas vendas em comparação com 2017, no entanto, os estudiosos disseram que 2019 o mercado continuará tendo um ambiente difícil. Em janeiro do ano passado as vendas foram de € 2,04 bilhões, € 170 milhões (ou 8,3%) maiores do que em janeiro de 2017, mas, esse bom desempenho não durou muito devido à queda nos preços dos do leite nos meses seguintes. As vendas nos dois primeiros trimestres de 2018 cresceram 4,5% e 0,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2017. No entanto, a expectativa é de que no quarto trimestre de 2018 a queda seja de 6% em relação ao ano anterior. Isso pode significar um faturamento total de quase € 27,7 bilhões para os laticínios alemães em 2018, o que representa € 200 milhões, ou 0,7% menos que em 2017.  

As exportações alemãs de lácteos também caíram em 2018, com poucos intervalos positivos. Em setembro, por exemplo, os € 700 milhões de vendas externas foram significativamente menores do que as realizadas no mesmo mês de 2017, (-8,9%).

Para o quarto trimestre, espera-se um declínio médios de 10% nas exportações, o que poderá representar vendas totais de € 8,7 milhões em 2018, o que corresponderá a um decréscimo de € 569 milhões ou 6,1% em relação a 2017.  

A taxa de exportação estagnada, e até declinante em alguns anos, também sugere, de acordo com os estudos da universidade, que se tornou mais difícil vender produtos lácteos “made in Germany” no mercado mundial.

Com foco principalmente nas exportações, a indústria de laticínios alemã, com exceção de algumas empresas que operam globalmente, está mal posicionada para se beneficiar com a expansão de outros países.

As expectativas de negócios para 2019 são muito boas, avalia a universidade. No entanto, aumentar os volumes de leite em todo o mundo não aumentará o preço do leite. Mesmo a seca no norte da Europa no verão de 2018, de acordo com os números disponíveis, não afetará a produção de leite tão drasticamente quanto se temia inicialmente, especialmente porque a ajuda dos governos nacionais amorteceu a queda.

O aumento da alimentação livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os programas de fazendas sustentáveis significa que a produção na Alemanha está se tornando mais cara em comparação com produções estrangeiras. No mercado doméstico isso pode ser compensador pelo marketing positivo que atende às expectativas do varejo e possivelmente tenham preços mais elevados.

No mercado mundial, no entanto, dificilmente a produção sem OGM será um valor agregado que levará ao aumento do faturamento. (Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

 
a2Milk 
A Fonterra está contratando fazendas fornecedoras de leite para o Leite a2 da Companhia na temporada 2019/2020. A bacia leiteira escolhida inicialmente foi em Waikato, em torno de Hautapu e apoiará a produção de ingredientes. A previsão é de que sejam necessárias 100 fazendas para a próxima temporada. Jayne Hrdlicka, a diretora executiva e presidente da a2 Milk Company, disse que as fazendas ajudarão a apoiar novas áreas de crescimento para o a2MC em mercados novos e os já consolidados. A localização da bacia leiteira foi determinada por vários fatores. O mais importante, e determinante, era a capacidade de fabricar produtos específicos para a demanda. Produzir lotes relativamente pequenos e adaptar-se facilmente a qualquer alteração na demanda do produto. Mike Cronin, diretor da Fonterra disse: “Mesmo que outras regiões tenham sido avaliadas, o fator decisivo foi a demanda. A capacidade de fabricar de forma eficiente uma gama de produtos para atender demandas específicas foi determinante para a escolha da bacia leiteira. À medida que a procura de produtos e linhas crescerem vamos expandir o projeto para outras bacias leiteiras e permitir que mais agricultores participem”. A maior parte do valor agregado recebido pelo The a2 Milk Company será devolvido para os produtores da cooperativa em forma de dividendos. As fazendas participantes também receberão uma bonificação extra pelo leite. O lançamento nacional da marca a2 Milk da Anchor foi no final de setembro de 2018. (Dairy Reporter – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.927

      Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Fevereiro de 2019 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Janeiro de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)
 
     
 

CAMPO RESPONDE - Como armazenar queijo no verão? Há diferença entre as variedades?

Amado Mendez - (Supervisor técnico da Cooperativa Santa Clara) - No verão, mantenha temperatura que respeite as características de cada queijo, pois há diferenças entre as variedades. Os de tipo mais duro, como parmesão, são mais resistentes à alta temperatura, e têm menos umidade. De maneira geral, acima de 15°C começa a migração de gordura, que passa do interior do alimento para a parte superficial (a casca).

Para manter por um período maior de tempo, os queijos macios, como brie e camembert, devem ser armazenados em temperatura próxima de 4°C. Lanche e mussarela são considerados intermediários, mais parecidos com os macios, e é indicado mantê-los a 11°C. Armazene em plástico vedado e deixe na caixa de legumes da geladeira.

Atenção: não é recomendado congelar nenhum tipo de queijo, pois muda a textura e o sabor.

Dependendo da temperatura ambiente, deixe o queijo descansar entre 30 minutos e uma hora após retirar da geladeira. Todos os queijos devem ser consumidos em temperatura próxima a 20°C. É importante lembrar que, em baixa temperatura, o produto não apresenta todo o potencial de sabor, porque as papilas gustativas ficam um pouco amortecidas. (Zero Hora)

Aftosa: vacinação imunizou 98,50% do rebanho previsto no país
 
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, realizada em novembro, imunizou 94,87 milhões de bovinos e búfalos no país, dos 96,31 milhões previstos, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com isso, a cobertura vacinal atingiu 98,50%. A maior parte dos estados vacinou animais com idade de até 24 meses. As exceções foram o Acre, Amapá, Espírito Santo e Paraná, que vacinaram animais de todas as idades, de acordo com dados informados pelo Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários.
 
Na etapa de novembro de 2018 foi usada pela última vez a vacina de 5 ml. A partir deste ano, nas etapas de vacinação, nova dose de 2 ml bivalente (para dois tipos de vírus) será utilizada. As campanhas iniciarão em 15 de março no Amazonas, concentradas nos meses de maio (1ª etapa) e de novembro (2ª etapa) na maioria das unidades federativas.
 
Os produtores precisam estar atentos para usar a dose correta da vacina - 2 ml - para não haver sobredosagem no animal, que pode provocar caroços, edemas, inchaços e até abscesso, no caso eventual de contaminação.
 
Cuidados na vacinação
• Compre as vacinas somente em lojas registradas;
• Verifique se as vacinas estão na temperatura correta (2° C a 8° C);
• Para transportá-las, use caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre;
• Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação. Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos;
• Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para a boa vacinação;
• Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 2 ml;
• O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele; Aplique com calma;
• Não esqueça de preencher a Declaração de Vacinação e entregá-la no Serviço Veterinário Oficial do seu Estado junto com a Nota Fiscal de compra das vacinas.
Confira aqui os resultados da vacinação e  siga o calendário de vacinação de 2019. (As informações são do Mapa)
 
Leiteiros de gabinete 
Aguardada pelos produtores gaúchos desde a semana passada, a medida anunciada pelo governo federal de que voltaria a sobretaxar as importações de leite da União Europeia ainda não foi publicada. O Ministério da Economia estaria estudando outras formas de controlar a entrada que não seja por meio de taxação extra. 
Medidas como essa, caso do leite, quase sempre partem de ministérios de governos que estão começando, que costumam tropeçar nas próprias pernas até amaciar o motor. Ora, onde já se viu prejudicar um setor crítico do setor primário. Seria burrice. E crueldade. (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.926

     Leite UHT 

Depois de cair por cinco meses consecutivos, o preço médio do leite longa vida (UHT) negociado no mercado atacadista de São Paulo subiu em janeiro. No mês, o produto registrou média de R$ 2,4192/litro, sendo 14,4% acima da observada em dezembro/18 e 23,88% superior à de janeiro/18, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de janeiro/19).

A valorização mensal do UHT esteve atrelada à alta no preço observada na primeira quinzena de janeiro, quando a elevação acumulada foi de 7,34%. Nesse período, o impulso veio da maior competição entre indústrias em captar o leite no campo. As negociações envolvendo o derivado, porém, foram fracas, já que a demanda nesta época do ano é baixa, dentre outros motivos, devido às férias escolares. Já na segunda quinzena de janeiro, os estoques de laticínios começaram a subir e a valorização do derivado foi interrompida, com os preços passando a oscilar diariamente. No acumulado das duas últimas semanas do mês, a variação foi negativa, de 2,15%. Por outro lado, a tendência altista voltou a ser verificada na primeira quinzena de fevereiro, devido à disponibilidade limitada de leite no campo, à estabilização dos preços do leite spot e ao aquecimento da demanda. No acumulado deste período, os valores do UHT subiram 1,23%, com a média chegando a R$ 2,4298/litro.

QUEIJO MUÇARELA – A cotação do queijo muçarela apresentou alta mais controlada de dezembro para janeiro. O preço médio foi de R$ 17,10/kg no primeiro mês de 2019, sendo 1,93% superior ao de dezembro/18 e 15,27% acima do de janeiro/19, em termos reais. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações estiveram aquecidas e os estoques, controlados. Essa pesquisa é realizada diariamente pelo Cepea com apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Cepea)
 
 
 
Ministra afirma que questão do leite em pó está superada

 
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira (21.02) que a questão da taxa de importação do leite em pó da União Europeia “está superada”. Em entrevista a jornalistas após a abertura do Seminário Boas Práticas de Fabricação e Autocontrole, a ministra disse que o assunto está sendo monitorado diariamente.

A ministra comentou que o tema foi tratado ontem em reunião com o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, e que “as coisas estão evoluindo muito bem”. Ela lembrou que problema maior do leite para o Brasil é com o Mercosul.

“Nós estamos aguardando uma resposta da União Europeia, se ela não responder, deverá vir da OMC (Organização Mundial do Comércio). E nós estamos caminhando. Para mim, a questão do leite com a União Europeia está superada. Nós temos outras questões no Mercosul, que é onde mais nos atinge. Na verdade, é o leite que vem da Argentina e do Uruguai”.

Tereza Cristina comentou que o governo brasileiro já conversou com com o governo da Argentina e o assunto está sendo analisado por um grupo de trabalho formado depois da visita da comitiva do país vizinho ao Brasil.

Tereza explicou que o aumento da tarifa do leite em pó proposto pelo Mapa há duas semanas ainda não saiu devido aos trâmites e procedimentos legais necessários para formalizar a sobretaxa. O governo está fazendo um acompanhamento diário sobre as guias de importação. O objetivo é saber se a aplicação de nova tarifa será necessária.

A ministra confirmou que tratou também com o Ministério da Economia sobre problemas de importação de outras culturas, como o alho. Ela reiterou que os dois ministérios estão alinhados e farão reuniões frequentes para avaliar assuntos que tenham impacto no comércio exterior. “Os dois ministérios têm que andar muito alinhados para que a gente trabalhe numa agenda de abertura, mas sabendo cada lado os prós e contras do encaminhamento dessas ações no mercado internacional”, comentou. (MAPA)

Consumo/AR

O leite em pó é o produto mais afetado, com queda superior a 10% em 2018, em relação ao ano anterior. No ano passado, as vendas dos produtos lácteos no mercado interno caíram em relação a 2017.

Em média 2,3% em toneladas e 1,9% em equivalente litros de leite. Leite em pó foi o produto mais afetado, com queda de 11,4% em toneladas e em litros equivalentes leite. Os dados foram divulgados pelo Panel das indústrias de laticínios.

De acordo com os dados estatísticos e considerando os doze meses de 2018, o consumo de leite fluido caiu 1,7% tanto em toneladas como em litros equivalentes. Nos queijos, a queda foi de 1,9% em toneladas e de 1,7% em litros equivalentes, enquanto que outros produtos – como iogurtes, manteiga, e cremes – a queda em toneladas foi de 4,6% e em litros equivalentes 1,9%. Quanto ao nível de vendas, comparando dezembro de 2018 com dezembro de 2017, a queda foi de 5% em toneladas. A queda mais brutal ocorreu no leite em pó: 38,8% em toneladas e 11,9% em equivalente litros, comparando dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior. A variação dos queijos foi de -6,2% e -8%, respectivamente, enquanto em outros produtos a perda registrada foi de 13,5% e 11,9% em toneladas e litros, respectivamente.

Cabe destacar que as vendas acumuladas no ano de 2018 tiveram queda de 1,9% em litros equivalentes leite. O processo de queda das vendas no mercado doméstico (ao contrário do aumento dos volumes exportados) foi acelerando no correr do ano, e em dezembro de 2018 foi registrada redução de 13,9% em litros equivalentes leite, quando comparado com dezembro de 2017. (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Envase Brasil

Consolidada como um evento referencial para negócios e relacionamento no segmento de alimentos, embalagens, tecnologia e bebidas no Sul do país, a Envase Brasil chega a sua 14ª edição com a expectativa de superar o sucesso da edição de 2018.

A edição 2020 espera 170 expositores do Brasil e de outros 12 países, além de projetar 10.000 visitantes nos quatro dias de evento. Economicamente, a estimativa é a de superar a edição de 2018, com negócios da ordem de 130 milhões de reais.

A feira acontece no Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, região que é a maior produtora de vinhos do país; no Estado que já apresenta a maior oferta de cervejas artesanais do Brasil e que concentra a segunda bacia leiteira nacional. Mercados que estão em constante qualificação e expansão. E ainda ganham destaque no evento as indústrias de azeite de oliva, água mineral e sucos de diversas frutas, em especial, de uvas.

A Envase Brasil também se destaca pela geração de conteúdo e relacionamento com profissionais das áreas de atuação e afins com bebidas e alimentos. Os encontros setoriais têm contribuído para deixar o evento cada vez mais concorrido e qualitativo. “Cada vez mais ouvimos dos nossos expositores que esse é um fator de sucesso do evento: a Envase é uma feira tranquila e bem visitada. Você recebe público diversificado dos segmentos das indústrias de bebidas e alimentos, em especial do vinho, sucos, cerveja artesanal, cachaça e destilados, água mineral, laticínios e outros”, destaca Vicente Puerta, diretor presidente da feira. 

A 14ª edição da Envase Brasil acontecerá em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, no período de 31 de Março a 3 de abril de 2020. (Fonte: Newtrade)

Adolfo Brito e Ernani Polo vão comandar Comissão de Agricultura
O conjunto de parlamentares que compõem a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo (CAPC) elegeram e deram posse, nesta quinta-feira, aos deputados Adolfo Brito (PP) e Ernani Polo (PP) para, respectivamente, presidência e vice-presidência do órgão técnico. Adolfo Brito dará continuidade ao trabalho que já vinha desenvolvendo à frente do grupo técnico, tendo presidido a comissão ao longo dos quatro anos da legislatura passada. Já Ernani Polo conduziu a Secretaria Estadual da Agricultura e Irrigação entre 2015 e 2018. (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.925

     Grupo de Trabalho do Leite quer bancada gaúcha em peso no encontro com ministra da Agricultura

Parlamentares gaúchos e integrantes de entidades ligadas à cadeia produtiva do leite assinarão documento conjunto pedindo a presença em peso dos deputados e senadores da bancada gaúcha no encontro com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no próximo dia 26, às 15h30min, em Brasília. Na pauta, temas de grande importância para o setor, como a vigência das INS 76 e 77 em maio próximo, e a derrubada da medida antidumping que penaliza produtores brasileiros. A mobilização foi definida na manhã desta quinta-feira (21), durante reunião do Grupo de Trabalho do Leite (GTL), na Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa.  O encontro com a ministra foi intermediado pela Fetag e terá continuidade na manhã de quarta-feira (27), na Secretaria Nacional da Agricultura Familiar. 

O presidente do GTL, deputado estadual Zé Nunes (PT), criticou a derrubada da medida antidumping que beneficiava a produção nacional ao limitar a entrada em massa de leite em pós proveniente da União Europeia e da Nova Zelândia, com taxações de 3,9% e 14,9% respectivamente nas importações. Segundo ele, a decisão do governo federal foi equivocada e lembrou que a reversão da medida não é simples e pode levar até 12 meses, uma vez que envolve vários aspectos técnicos que incluem até mesmo a Organização Mundial do Comércio (OMC). O parlamentar, assim como os demais representantes do setor, ainda aguarda a solução do impasse pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que prometeu editar um decreto com medidas compensatórias ao setor, o que ainda não ocorreu. Além de promover a concorrência desleal, a derrubada da medida antidumping trouxe reflexos imediatos ao produtor de leite. 

Segundo o deputado Edson Brum (MDB), “apenas a divulgação do fim da barreira tributária levou à queda de 12% a 13% no preço do leite”, afirmou.  Para o parlamentar, o leite não é apenas uma atividade importante do ponto de vista econômico. “Sua importância acaba sendo maior pelo aspecto social, e agora estamos diante de um desafio de ordem mercadológico”, pontuou.  O deputado Elton Weber (PSB) lembrou que grandes potências protegem seus produtores de leite, a exemplo de Estados Unidos (16%), União Europeia (37%), Canadá (218%) e Noruega (128%). “A União Europeia banca R$ 6 bilhões em subsídios aos produtores, enquanto isso, o Brasil abre a possibilidade de entrada desses produtos no mercado nacional”, criticou Weber, classificando a atitude próxima a um ‘tiro no pé”.  Os integrantes do Grupo de Trabalho do Leite foram unânimes em admitir os efeitos negativos da retirada da medida antidumping e afirma que o cenário entre os produtores de leite pode se agravar e ampliar ainda mais a evasão do setor, que já perdeu 25 mil produtores nos últimos três anos somente no Rio Grande do Sul.

As novas regras das INS 76 e 77, que passam a vigorar em maio, também preocupam o setor produtivo. As entidades que representam os produtores temem que a vigência após um curto espaço de tempo – foi aprovada em dezembro passado – possa retirar mais produtores da atividade. Segundo Pedrinho Signori, secretário-geral da Fetag/RS, entre 50% e 60% dos produtores do Estado não estão aptos a fazer a entrega do leite a temperatura de 7°C no prazo estipulado pelas instruções normativas editadas pela União. “As regras propostas de forma geral são positivas, buscam qualificar todo o processo, no entanto, o tempo de adequação é muito curto. Exige muito mais prazo e investimentos em infraestrutura rural. Se um produtor precisar comprar outro resfriador, terá que desligar a ordenhadeira, pois a eletrificação no campo é precária”, afirma o dirigente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Luciana Radicione 
 

Leite/América do Sul 

Na Argentina e Uruguai, o tempo ensolarado favoreceu o desenvolvimento do milho e da soja, além de minimizar as condições de lama em diversas fazendas de leite. Enquanto isso, aguaceiros se intensificam no Brasil Central, enquanto uma seca persistente atinge a região sul do país.

A produção de leite no Brasil e em toda a região do Cone Sul, sazonalmente, tende para baixo devido as temperaturas elevadas do verão, que causam estresses no rebanho leiteiro. Além disso o teor de gordura/proteína cai, contribuindo para que as bonificações sejam reduzidas. Em termos gerais, embora a produção de leite venha caindo ao nível continental, está conseguindo atender a demanda de leite fluido/UHT, queijo e iogurte. Mesmo assim, a oferta de creme está muito apertada, pressionada também pela forte demanda por cervejas, sorvetes e leite processado. Com início das aulas na próxima semana, as instituições de ensino devem aumentar os pedidos por leite engarrafado. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Importações de lácteos da China alcançaram US$ 10,65 bilhões em 2018

Com o desenvolvimento da economia chinesa e o aumento dos padrões de vida do povo chinês, o consumo per capita de produtos lácteos na China continua crescendo. Em 2017, o consumo aparente de laticínios na China atingiu cerca de 31,79 milhões de toneladas, representando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de cerca de 2,7% de 2013 a 2017, segundo a pesquisa "Research Report on Dairy Products Import in China, 2019-2023".

No entanto, o volume de produção de produtos lácteos na China cresceu a um CAGR de apenas 2,1% durante o mesmo período. As principais razões para o crescimento lento incluem:

(1) Os custos da produção nacional de lácteos na China são mais altos do que a média global, afetados pelos custos de ração, mão de obra e terra e a baixa rentabilidade inibe o crescimento da produção;

(2) Os chineses não têm confiança nos produtos lácteos domésticos, uma vez que incidentes de segurança ocorreram com frequência na indústria de produtos lácteos da China nos últimos anos.

Os fatores acima impulsionam o crescimento das importações de produtos lácteos na China. De acordo com a China Customs, em 2018, o volume de importação de produtos lácteos na China atingiu 2,74 milhões de toneladas, um aumento de 7,80% em relação ao ano anterior; o valor das importações chegou a US$ 10,65 bilhões, alta de 14,80%, conclui a pesquisa.

Os produtos lácteos importados pela China incluem leite em pó, leite líquido, queijo, entre outros, sendo que o leite em pó representa a maior parte. Em 2018, as importações de leite em pó contribuíram com quase 70% do valor das importações de produtos lácteos na China. O país precisa importar uma grande quantidade de fórmulas lácteas infantis em pó porque seus consumidores não confiam na segurança dos produtos domésticos, como já dito anteriormente. Já o leite em pó tradicional é importado por causa dos baixos preços e alta qualidade.

Mas vale destacar que as crescentes importações de produtos lácteos tiveram alguns impactos sobre os produtores domésticos de lácteos da China, por exemplo, a queda na receita de vendas e as margens de lucro. Portanto, o governo chinês introduziu políticas restritivas sobre as importações de produtos lácteos. Para restringir a importação de leite em pó infantil, em 1º de janeiro de 2018, a Administração de Alimentos e Medicamentos da China pôs em vigor as Medidas para a Administração do Registro de Fórmulas de Fórmula Infantil em Pó, que estipula que o leite em pó infantil que não foi registrado na China não pode ser vendido no país. Também, lançou o Certificado de Registro de Fórmulas para a Fórmula Infantil de Leite em Pó, que deve ser obtido de acordo com a lei para leite em pó infantil importado a ser comercializado na China.

Em 14 de março de 2018, o anúncio da Administração Estadual de Certificação e Credenciamento sobre a Renovação do Registro de Fabricantes Estrangeiros de Fórmula Infantil em Pó Importada especificou que o registro de produtores estrangeiros de leite em pó infantil importado seria válido por quatro anos e deveria ser renovado no vencimento. Prevê-se que estas políticas ‘expulsem’ mais de 80% das mais de 2.000 marcas importadas (produtos) de leite em pó para uso infantil no mercado chinês.

A pesquisa estima que o povo chinês terá uma demanda crescente por produtos lácteos à medida que sua renda aumenta. No entanto, a produção nacional de laticínios tem um potencial de crescimento limitado, restrito por vários fatores desfavoráveis e enfrenta custos crescentes. Portanto, o volume anual de importação e valor de importação de produtos lácteos na China continuará crescendo. Alguns produtores chineses de lácteos estão adquirindo empresas no exterior para lucrar com a exportação de produtos lácteos para a China. Fica evidente que o mercado chinês apresenta grandes oportunidades para produtores globais de lácteos. (As informações são do relatório "Research Report on Dairy Products Import in China, 2019-2023", traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Leite UHT
O preço do leite UHT negociado no atacado do Estado de São Paulo subiu 0,24% entre as duas últimas semanas, fechando com média de R$ 2,4357/litro no período entre 11 e 15 de fevereiro. Conforme colaboradores do Cepea, as altas estiveram atreladas aos estoques, que continuam controlados, e à redução da produção por parte de alguns laticínios. Apesar da valorização, as negociações entre laticínios e atacados permaneceram baixas. Já o queijo muçarela se desvalorizou 0,83% na mesma comparação, fechando com média de R$ 17,2862/kg entre 11 e 15 de fevereiro. Quanto à liquidez no mercado deste derivado, permaneceu estável no período. (Cepea)

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.924

     Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Fevereiro de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2019 é de R$ 2,3993/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
 

Tarifa ao leite em pó

O governo informou nesta terça-feira, dia 19, que notificou a Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre uma possível suspensão de benefícios às importações de produtos vindos da União Europeia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o fim destas concessões poderá atingir diversos produtos do bloco econômico, inclusive leite em pó.

A medida, conhecida como salvaguarda cruzada, foi uma solução encontrada para compensar o fim da tarifa sobre a importação de leite em pó da UE. O governo está usando como argumento para a decisão a taxação europeia ao aço brasileiro. De acordo com o ministério, a medida está prevista nas regras da OMC. “Assim que processada, a notificação deverá estar disponível no sítio eletrônico daquela organização”, disse em comunicado.

Entenda o caso
Neste mês, o governo federal decidiu suspender a tarifa antidumping sobre importação de leite europeu e da Nova Zelândia. A taxa vinha sendo aplicada desde a resolução de 2001 e era uma maneira de proteger o produto nacional. Após publicação no Diário Oficial da União (DOU), a medida encerrou a cobrança sobre o leite em pó, integral e desnatado. A alíquota, que era de 14,8% para o produto vindo da União Europeia e de 3,9% para o item da Nova Zelândia, ficou zerada. A decisão foi tomada pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Comércio Exterior e assuntos internacionais. (Canal Rural)

Preços/UE 

O último Boletim do Observatório Lácteo da UE, de 15 de fevereiro destacou os seguintes dados:
- Os preços médios da manteiga, leite em pó desnatado (SMP), leite em pó integral (WMP) e queijo cheddar ficaram relativamente estáveis em comparação com a semana anterior, enquanto caíram os preços dos queijos Edam (-1,1%); Gouda (-2,0%); Emmental (-5,8%), e soro de leite em pó (-3,7%).
- O preço do leite no mercado spot da Holanda caiu 2,9% (33,0 c/kg), [R$ 1,30/litro}.
- As exportações de leite da União Europeia (UE) em 2018, em equivalente leite, ficaram 2% abaixo do volume de 2017.
- As exportações de SMP da UE aumentaram 7% em 2018; diminuindo, no entanto, as vendas de manteiga (-7%), e WMP (-15%), enquanto as remessas de queijo ficaram estáveis.
- Aumento significativo das exportações de SMP da UE para a China (+29%), Egito (+23%), Malásia (+48%), e Cingapura (+39%), em 2018.
- As exportações de manteiga da UE aumentaram para Cingapura (+18%); Japão (+51%) e Marrocos (+27%).
- Em 2018 os Estados Unidos foi o principal destino das exportações de queijos da UE, seguido pelo Japão e Canadá, com aumento de 31% nos volumes em comparação com o ano anterior.
- A UE foi o principal exportador mundial de queijo e SMP em 2018. Os Estados Unidos vieram em segundo lugar na exportação de SMP, aumento 22% no volume embarcado.
- A Nova Zelândia aumentou suas exportações de manteiga (+5%) e de SMP (+3%), e diminuiu as exportações de SMP (-10%) e queijo (-6%), em 2018.
- A China aumentou as importações de lácteos em 2018, exceto do queijo cheddar (ficou estável). (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Leite/Oceania

As temperaturas em algumas regiões da Austrália superam 100º F, [37,78ºC]. As temperaturas extremas verificadas duas semanas atrás estão menos intensas. As atuais temperaturas elevadas tendem a permanecer no Leste da Austrália.

Victoria e Tasmânia foram beneficiadas pelas chuvas. Perto de Canberra o vendo trouxe tempestade de poeira resultando e alerta vermelho para a saúde e falta de energia. A nova temporada de feno está sendo realizada na maioria das regiões da Austrália, embora o Norte do país esteja com o volume limitado para a nova estação. Os subsídios governamentais relacionados à seca continuam facilitando o transporte de forragens, água e gado. O verão ameno continua beneficiando o setor lácteo na Nova Zelândia. As temperaturas dificilmente ultrapassam os 80º F [27,7ºC]. Na Ilha Norte e algumas áreas da Ilha Sul foram beneficiadas com boas chuvas. O resto da Ilha Sul recebeu chuvas intensas, deixando vários centímetros de água.

Existe certa ansiedade da indústria de laticínios em relação às mudanças que podem vir a ocorrer na produção da Nova Zelândia com a nova Lei de Carbono Zero, que pode ser implantado ainda este ano, se for transformado em lei. Toda a indústria da Nova Zelândia está na expectativa dos resultados dos padrões que serão necessários para a redução da emissão de carbono na ordenha de vacas. Alguns observadores estão prevendo uma grande reviravolta das práticas atuais. A incerteza óbvia é o quanto impactará no volume no custo da produção. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva

 
Preços/NZ
O setor lácteo global aguardava com expectativa o leilão da Fonterra. As últimas subidas ocorreram diante da firme demanda dos países asiáticos, disse um analista neozelandês. O último evento da Fonterra, dia 6 de fevereiro, encerrou com alta de 6,7%, constituindo-se na quinta elevação consecutivo e a maior em dois anos. Nathan Penny, economista da carteira agrícola do banco ASB, um dos principais bancos da Nova Zelândia, considerou que o mercado está avaliando o possível efeito da seca na produção de leite em pó integral pela Nova Zelândia, que é o maior exportador mundial. Esse fato teria impactado nos preços. “Sem dúvida, existe alguma possibilidade de que estes aumentos de preços sejam temporários”, advertiu e acrescentou que a produção da Nova Zelândia está sólida, registrando crescimento de 5% em relação à temporada passada.  O analista da Bolsa de Mercados Futuros da Nova Zelândia (NZX) Robert Gibson disse que o volume ofertado de leite em pó integral foi reduzido, apesar de estar 19% acima dos níveis do ano anterior. O analista avalia que a demanda firme dos países asiáticos ajudou a sustentar a elevação dos preços. (TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.923

     Cadeia produtiva leiteira pedirá flexibilização das instruções normativas 76 e 77 

 A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul pedirá ao Ministério da Agricultura mais tempo para a adequação a pontos das instruções normativas (INs) 76 e 77, que trazem novas regras para a produção e a industrialização de leite no Brasil. Com a previsão de valer a partir de 30 de maio, o temor do setor é que as exigências possam afastar da atividade muitos produtores gaúchos de leite.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, as indústrias defendem a flexibilização, principalmente, do prazo de cumprimento dos indicadores de temperatura, de contagem bacteriana e de células somáticas do leite. “Entendemos a necessidade da melhoria contínua da qualidade do leite, mas precisamos que isso seja feito de forma gradativa para termos êxito na aplicação de atualização da INs sem excluir ninguém da atividade", afirma.

O assunto será levado à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no próximo dia 27 de fevereiro (27/2), às 11h, em Brasília, pelo grupo de trabalho formado nesta segunda-feira (18/2), em Porto Alegre, após reunião de diversas entidades que compõem a cadeia produtiva leiteira do Estado, na sede da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).  Segundo o diretor do Sindilat, Jeferson Smaniotto, que participou do encontro, a sugestão do Sindilat é que haja um trabalho conjunto entre o governo e a extensão rural, já que os produtores precisam tanto de crédito para adquirir novos equipamentos, como da ampliação da estrutura de energia elétrica para que os mesmos funcionem. 

As sugestões serão discutidas nesta terça-feira (19/02), às 14h, na sede da Fetag, pela equipe composta pela própria federação mais Fecoagro, Famurs, Codevati, Emater, IGL, Fundesa, Seapi, Cosuel, Corede Vale do Rio Pardo e Associação de Vereadores do Vale. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Foto: Thaise Teixeira 
 
 

Aliança Láctea Sul também discute INs

O tema foi pauta do primeiro encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizado em Curitiba (PR), também nesta segunda-feira (18/2), e que contou com a presença do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. “Os três estados do Sul irão enviar um documento ao Ministério da Agricultura, elencando alguns pontos que irão levar mais tempo para serem cumpridos nas novas instruções normativas”, revela. A transformação de RS, PR e SC em referência para, futuramente, abrirem as portas para exportação também foi debatida. “Nosso objetivo é unificar os estados para trabalharmos, juntos, focados em diferenciais competitivos para o desenvolvimento contínuo do setor", explica Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Alexandre Blanco 

Preço/MS

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de fevereiro de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de janeiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de fevereiro de 2019. (Famasul)

 

GDT
 

(Fonte: GDT)

Taxa antidumping 

Apontado como perdedor na queda de braço com o ministério da agricultura no caso da sobretaxa à importação de leite em pó, Paulo Guedes virou o jogo. Dez dias após a queda da proteção, nenhuma medida de compensação foi adotada. E só deve haver reavaliação caso a compra de produto da Europa ou da Nova Zelândia aumente muito. (Zero Hora)

 
 
NO RADAR
Alceu Moreira (MDB-RS) assume hoje a presidência da Frente Parla¬mentar da Agrope¬cuária. A cerimônia está marcada para a noite, em evento com mais de 800 convidados. Ele substitui a agora ministra da Agricultura, Tereza Cristina. (Zero Hora)

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.922

     Exportações de lácteos da Argentina cresceram 38% em 2018 e geraram US$ 1 bilhão

No meio de uma situação crítica que afeta o setor leiteiro da Argentina, o governo nacional destacou o forte crescimento das exportações de produtos lácteos no ano passado. Segundo dados da Direção Nacional de Leite da Secretaria de Agroindústria, durante o ano de 2018 foram exportadas 334,4 mil toneladas, 38,2% a mais do que as 243,5 mil toneladas exportadas no ano anterior. Isso significou uma receita de US$ 1,008 bilhão, o que significa um aumento próximo a 30% com relação aos US$ 776 milhões exportados em 2017.

"As exportações são o caminho para um setor leiteiro ordenado que tem previsibilidade. Esse crescimento está confirmando que, além do preço ou conjuntura climática, o leite tem uma política pública de transparência, ordenação e liderança de mercado", afirmou o secretário da Agroindústria, Luis Miguel Etchevehere.

Destinos e produtos
Dados oficiais indicam que as vendas foram canalizadas para 69 países em todo o mundo. Os top 5 de maior demanda são o Brasil, Argélia, China, Rússia e China.

Enquanto entre os principais produtos comercializados, no topo da lista estão leite em pó integral (40%), soro de leite (18%), queijos (17%), leite em pó desnatado (7%) e leite com fórmulas infantis (6%). Segundo o governo, esse crescimento das exportações foi alcançado graças ao aumento da produção das fazendas leiteiras, que no ano passado enviaram às indústrias 10,527 bilhões de litros de leite, o que representou um aumento de 4,3% em relação aos 10,097 bilhões produzido em 2017. Assim, as exportações aumentaram sua participação no negócio de 16 para 22%. (As informações são do Agrovoz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 

RS: serviço de inspeção de Caxias do Sul tem equivalência ao Sisbi-Poa reconhecida

O município de Caxias do Sul (RS) obteve reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção municipal de produtos de origem animal junto ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa). O reconhecimento foi regulamentado pela Portaria SDA n°10, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta última sexta-feira (15).

Foram indicados para inclusão no Cadastro Geral do Sisbi-Poa, inicialmente quatro estabelecimentos, sendo dois laticínios, uma granja de ovos e derivados e um entreposto de produtos cárneos e lácteos, que poderão comercializar seus produtos em todo o território nacional.

Atualmente, constam no Cadastro Geral do Sisbi-Poa, os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, além do Distrito Federal, 17 municípios (Alegrete, Cascavel, Chapecó, Engenho Velho, Erechim, Glorinha, Ibiúna, Itu, Marau, Miraguaí, Rio Claro, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santana do Livramento, São Pedro do Butiá e Uberlândia) e três consórcios (Cidema/SC, Consad/SC e Codevale/MS).

Para obter a equivalência dos seus serviços de inspeção junto ao Mapa é preciso comprovar que as medidas de inspeção higiênico-sanitária e tecnológica praticadas permitem alcançar os mesmos objetivos de inspeção, fiscalização, inocuidade e qualidade dos produtos dos demais integrantes do sistema do Mapa.

Os requisitos e demais procedimentos necessários para a adesão ao sistema estão definidos na legislação vigente e disponibilizados aqui. Para maiores informações, os interessados podem procurar a Divisão de Defesa Agropecuária nas Superintendências Federais de Agricultura em seu estado.

"O Sisbi-Poa tem por objetivo padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal entre os serviços de inspeção municipal, estadual e federal, integrantes do sistema para ampliar a oferta de alimentos seguros ao consumidor brasileiro", explica Judi Nóbrega, diretora do Departamento de Suporte e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Leite/Europa

Os dados oficiais da União Europeia (UE) ainda não saíram, mas informações extraoficiais da associação ZMB relatam que a produção recorde de leite na Irlanda em dezembro de 2018, cresceu 23,2% em relação à de dezembro de 2017.

O aumento anual de 3,4% foi reprimido pelo clima frio e úmido da primavera de 2018, além da seca de julho. Informações preliminares indicam que a Dinamarca atingiu uma produção recorde em 2018, ou seja, 5,6 milhões de toneladas, 2,3% a mais do que em 2017. A demanda por queijo semiduro na Europa Ocidental está forte e os fornecedores estão apertados. O interesse por compras existe tanto para o mercado interno como para exportações. Vários compradores em potencial estão ficando desapontados por não poderem ser atendidos. Toda a produção está comprometida e vendida antecipadamente. Estoques antigos estão sendo liberados para atender a demanda. Também é um desapontamento para clientes que têm interesse especial por queijos mais curados. O tratado de livre comércio UE-Cingapura foi ratificado pelo Parlamento Europeu nesta semana. Os produtos lácteos procedentes da UE entrarão em Cingapura sem tarifas. As tarifas tiveram as tarifas congeladas em zero, e isso é muito bem-vindo. Assinar tratado semelhante com o Vietnã é a próxima etapa na agenda da UE.

A Ucrânia tem se esforçado para aumentar a produção de leite e as exportações de lácteos. Esse esforço atingiu resultados positivos para alguns produtos. O percentual de exportação de lácteos aumentou em novembro de 2018, em comparação com novembro de 2017 para alguns produtos, como divulgado pelo site CLAL. Algumas variações foram: Leite e creme (+49,3%); Manteiga (+3,4%); Leite em pó integral (+2,7%). E Caseína (+10,2%).

As plantas estão em expansão na Ucrânia para fabricação de produtos lácteos de maior valor agregado para exportação, e que propiciem melhor retorno. Em particular, a produção de caseína e manteiga está em expansão. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Em 2020, Cepea deixará de calcular preço bruto do leite ao produtor
Os preços brutos do leite ao produtor deixarão de ser calculados pelo Cepea a partir de 2020. Isso porque o cálculo do preço bruto inclui, além do preço do leite recebido pelo produtor, impostos e frete e essas duas variáveis são exógenas ao valor, de modo que as suas variações podem afetar o cálculo da média final sem que isso reflita o mercado. Além disso, há grande heterogeneidade nas condições de aplicação de ambas as variáveis, dificultando a comparação entre médias. O Cepea recomenda a utilização dos preços líquidos para análises e negociações. Além disso, é importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que o setor esteja precavido desses aspectos ao utilizar os dados. (As informações são do Cepea)

Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.921

     Indústria de alimentos prevê avanço de até 4%

As indústrias de alimentos fecharam o ano de 2018 com crescimento real de 2,08%, atingindo um faturamento de R$ 656 bilhões, informou ontem a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Para 2019, a previsão da entidade é de um aumento real (descontando a inflação) de 3% a 4% nas vendas.

"Alguns fatores condicionaram positivamente o desempenho do setor de alimentos, como o saldo de emprego que ficou positivo em 0,5%. Importante também destacar a força do setor, que registrou uma contribuição significativa na balança comercial brasileira, respondendo por 50,3% do saldo total", afirmou em comunicado João Dornellas, presidente executivo da Abia.

Para a entidade, se forem feitas as reformas previdenciária e tributária, haverá maior estímulo ao empreendedorismo e à produtividade e a expectativa é de recuperação em todos os setores da economia.
No ano passado, as vendas das fabricantes de alimentos no mercado interno cresceram 4,3% e representaram 80% do total. A projeção para 2019, somando-se as vendas no varejo e no segmento de alimentação fora do lar (bares e restaurantes), é de uma expansão entre 6,5% a 8%.

A produção física registrou, no total, uma queda de 3,4% no ano passado. A retração foi puxada, principalmente, pelos seguintes itens: açúcar (com recuo de 16,4%); café, chá e cereais (com queda de 5,8%); e proteína animal (redução de 1,9%). Para 2019, a previsão é de aumento de 2,5% a 3% no volume produzido.

A Abia informou, ainda, que as exportações de alimentos industrializados apresentaram queda de 9,8% em 2018, chegando a US$ 35,1 bilhões. O setor registrou retração nos embarques para mercados como Oriente Médio, África, América do Norte e Rússia. Entre os destinos que mais cresceram estão a China, que elevou em 37,6% as compras do Brasil em 2018, para US$ 3,30 bilhões.

Para este ano, a Abia projeta exportações de US$ 40 bilhões, com crescimento de 14% sobre 2018. No ano passado, as indústrias de alimentos instaladas no Brasil geraram 13 mil postos de trabalho, chegando a 1,61 milhão de empregos diretos. Para 2019, a estimativa é de um crescimento de 2% a 3% nesse total. O setor é formado por 35,7 mil empresas. Juntas, elas respondem por 26,8% dos empregos da indústria de transformação. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
 
 
Canudos de papel para lácteos e sucos

Fabricante de embalagens cartonadas para sucos e lácteos, a multinacional suíça SIG passará a oferecer ao mercado alternativa ao canudo de plástico - colocado em xeque pelos consumidores devido à crescente preocupação dos impactos ambientais do lixo marinho. A solução de canudos de papel será entregue pela companhia a indústrias no primeiro trimestre do ano.

A Nestlé da República Dominicana foi o primeiro cliente da companhia a testar o produto em um projeto-piloto. Os novos canudos serão feitos de papelão de florestas certificadas ou outras fontes controladas. O invólucro para o canudo também foi redesenhado para que, ao ser descartado, permaneça preso à embalagem de sucos ou de lácteos e possa ser reciclado com o restante do material. (Zero Hora)


CNA: cadeia produtiva debate propostas para plano plurianual

A construção de uma agenda estratégica para o setor lácteo foi discutida na última terça-feira (12/2), em Brasília, durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, informou em nota a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Após ter se reunido, no início do mês, com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o setor leiteiro nacional se comprometeu a discutir e apresentar propostas que integrarão um plano plurianual 2020/2023 para o agronegócio brasileiro, em elaboração no Ministério da Agricultura.

Conforme a CNA, os principais pontos debatidos foram política agrícola, defesa agropecuária, estrutura, organização e fomento da cadeia produtiva, pesquisa e inovação, mercado externo e assuntos fundiários.

Segundo o presidente da Câmara e da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, na área de política agrícola, por exemplo, a ideia é ampliar o acesso ao crédito, reduzindo taxas de juros junto aos bancos e flexibilizando os termos de garantia. Além disso, a criação de um seguro específico para os produtores de leite, como de proteção de margem, também foi tratado.

Em relação à defesa agropecuária, o setor pede a efetivação do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL), com metas claras e objetivas e a harmonização de procedimentos de inspeção. Para pesquisa e inovação, foi mencionada a validação de novos testes para diagnóstico de brucelose e tuberculose. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)


Crédito agropecuário será, no mínimo, o valor do ano passado

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em reunião com representantes da diretoria da Contag, adiantou que o valor a ser destinado ao financiamento agropecuário na safra 2019/2020 será, no mínimo, o mesmo do ano passado. Nas negociações que tem feito com a equipe econômica do governo, o montante da safra de 2018/2019 é base para as conversas, afirmou.

Em junho do ano passado, foram anunciados R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira de médios e grandes produtores e R$ 31 bilhões para a agricultura familiar. “É o mínimo, não pode diminuir disso. Queremos aumentar, mas vamos partir dessa base”. Disse ainda que “a ideia do governo é privilegiar o pequeno e o médio produtor”.

Tereza Cristina reafirmou sua disposição para o diálogo. Observou que está aberta a sugestões para priorizar a destinação dos recursos disponíveis. “Vamos ter que priorizar e centralizar algumas linhas que sejam as mais importantes, as que a gente vai dar conta. Faz de conta não é bom para ninguém, não é o meu estilo. Então vamos trabalhar, se há 19 ações e com o orçamento dá para fazer dez, vamos discutir o que que é mais importante para o segmento”.

Titulação
A ministra garantiu que a entrega dos títulos de propriedade a assentados da reforma agrária é prioridade zero de sua gestão, além do georreferenciamento dessas áreas. A afirmação foi nesta segunda-feira (11). “Quem já pode ter títulos vai ter. Acabei de falar isso na Casa Civil. Nós temos que ver como é que nós vamos arrumar recurso para fazer o georreferenciamento e ter o registro. Isso porque muitas vezes você faz o georreferenciamento e, muitas vezes, as pessoas não têm como registrar a propriedade”, explicou. (As informações são do MAPA)


Demanda por energia renovável crescerá 175% no Brasil até 2040, diz BP

A demanda por energias renováveis — sobretudo biocombustíveis — deve aumentar 175% entre 2017 e 2040 no Brasil, conforme projeção divulgada nesta última quinta-feira pela companhia britânica de energia BP. Esse crescimento deve representar o equivalente a 71 milhões de toneladas em equivalente petróleo. Pelas projeções da BP, o crescimento da demanda anual por energias renováveis será de 4,5%. Na prática, esse aumento significa uma desaceleração no ritmo de expansão da demanda por energias renováveis. De 1995 a 2017, a demanda por renováveis cresceu 7,6% ao ano no Brasil, segundo a BP.

Pelas projeções, o Brasil deve se manter como o segundo maior consumidor de biocombutíveis em 2040, atrás apenas dos Estados Unidos. Os americanos consomem etanol de milho, e os brasileiros, de cana. Em 2040, os biocombustíveis ocuparão 22% do consumo total de combustíveis líquidos no Brasil, conforme a BP. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 
Prometida para ontem, a publicação do decreto do Governo Federal para aumentar as tarifas de importação de leite em pó da União Europeia não ocorreu. A medida é aguardada pelo setor produtivo para compensar a retirada de taxas antidumping dos produtos oriundos da Europa e da Nova Zelândia. (Zero Hora)

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.920

     Aliança Láctea Sul Brasileira abre os trabalhos de 2019
 
O primeiro encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira já tem data e local marcados. O grupo retomará suas atividades no dia 18 de fevereiro, em Curitiba, no Paraná, em reunião que contará com a presença do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra.
De acordo com ele, um dos temas que estarão em pauta é adequação de produtores e indústrias às novas instruções normativas do Ministério da Agricultura que visam a garantir a qualidade e sanidade do leite no Brasil (INs 76 e 77) e entram em vigor em 25 de maio. "A união dos três estados através da Aliança Láctea proporciona condições de criarmos diferenciais competitivos para o desenvolvimento contínuo do setor com o objetivo de nos transformarmos exportadores”, afirmou. 
 
As prioridades da Aliança Láctea para 2019 também estarão em debate. As diretrizes do grupo para o período serão apresentadas pelo coordenador geral Airton Spies.  Ainda está prevista a apresentação do estudo desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre a viabilidade da exportação de produtos lácteos brasileiros.
 
São aguardadas presenças dos secretários de Agricultura dos três estados da região Sul, Norberto Ortiga (PR), Ricardo de Golvêa (SC) e Covatti Filho (RS). O presidente da Farsul, Gedeão Pereira também estará presente. A reunião ocorrerá às 10h na Sala do Conselho da Federação da Agricultura do Estado do Paraná - FAEP (Rua Marechal Deodoro, n° 450, 15° andar, Centro, Curitiba/PR). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

Importação caiu em 2018

 
O Brasil importou 9,15 mil toneladas de leite e derivados em janeiro, volume 98,4% superior ao do mesmo mês em 2018, segundo o Ministério da Economia. No segundo semestre do ano passado, a compra teve picos de alta, o maior em outubro, de 14,23 mil toneladas. Mesmo assim, o ano terminou com um volume importado de 96,68 mil toneladas, 6,5% inferior ao de 2017. As exportações de janeiro de 2019 caíram 36,5% em relação a janeiro de 2018, e ficaram em 639,9 toneladas. No total, em 2018 o Brasil exportou 10,11 toneladas de leite, 57,7% menos que em 2017.
 
Para o presidente do Conseleite e secretário geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), Pedrinho Signori, a importação de janeiro ainda não chega a preocupar, uma vez que a base de comparação é o primeiro mês de 2017, quando o volume importado foi insignificante. Signori diz que o que realmente preocupa é saber que 24,4% do leite importado em janeiro ficou no Rio Grande do Sul e anuncia uma das metas da federação para este ano. "A Fetag pretende lutar, junto com os parlamentares gaúchos, por um projeto de lei que retire benefícios fiscais de empresas que importarem leite em detrimento do produto local", ressalta. O secretário geral lembra que o Estado tem alta produção e que é "inaceitável" que uma indústria importe o produto para pagar ainda menos. 
 
O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, explica que como a maior parte do leite importado vem de Uruguai e da Argentina, o Estado acaba sendo um corredor de entrada do produto. Palharini destaca que o setor quer obter do governo federal o compromisso de conter as importações, que prejudicam produtor e indústria leiteira. (Correio do Povo)
 

Deputados gaúchos vão a Brasília cobrar ajuda ao setor leiteiro 

 
Deputados da Assembleia Legislativa estarão hoje em Brasília em missão oficial. Os parlamentares serão recebidos às 11h30 pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tratar da crise do leite instalada por conta do anúncio do governo Bolsonaro de encerrar a cobrança tarifária sobre a importação de leite vindo da União Europeia e Nova Zelândia. O objetivo é cobrar soluções urgentes que atendam ao setor leiteiro. Além de Lorenzoni, os deputados se encontrarão com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). 
 
A comitiva gaúcha também vai tratar do tema da Lei Kandir. A ideia é cobrar a compensação pelo ICMS que o Estado deixa de arrecadar com a desoneração das exportações, e pedir urgência na aprovação da proposta de regulamentação. (Jornal do Comércio)
 
 
Mapa automatiza licenças de importação de produtos comestíveis de origem animal
 
Nesta próxima sexta-feira (15) entrará em vigor o artigo 5º da Instrução Normativa nº 34, que publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 27 de setembro de 2018, automatizando os procedimentos de autorização prévia às importações de produtos comestíveis de origem animal pelo (DIPOA), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
 
Segundo o chefe da Divisão de Produtos Importados do DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), Paulo Humberto Araújo, "por meio de sistema automatizado, serão protocolados todos os requerimentos de importação regulares, substitutivas e de reimportação, acessando o link disponibilizado". Fora desse sistema, explicou, somente serão protocolados os requerimentos de autorização de importação de amostras sem valor comercial, concluiu ele.
 
Com o objetivo de orientar os importadores e despachantes será realizada hoje (13), a partir das 15 horas, uma reunião no auditório Senador Jonas Pinheiro, no edifício sede do Mapa, em Brasília. Para se inscrever enviar um email para: dimp.dipoa@agricultura.gov.br.
 
De acordo com Paulo Araújo, foi encaminhado ao público interessado documento com os procedimentos e disponibilizado vídeo com o passo-a-passo do preenchimento do formulário de solicitação no sítio eletrônico do ministério. (As informações são do Mapa)
 
 
Governo deve aumentar áreas livres de aftosa sem vacinação
 
Depois de ter lutado contra a febre aftosa durante vários anos, e de ter recebido, no ano passado, o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de que todo o território nacional é área livre de aftosa com vacinação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, executa programa que visa estender a condição do Estado de Santa Catarina a todo o território nacional até 2021. De acordo com a ministra Tereza Cristina, essa nova condição permitirá atender a mercados consumidores mais exigentes, para ampliar a exportação da carne brasileira. Vale a pena lembrar que Santa Catarina é reconhecida como livre da doença sem vacinação. 
 
Outros estados do Sul do país, Paraná e Rio Grande do Sul, também reivindicam o mesmo reconhecimento, antes do prazo que está previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa). Há países que se recusam a importar a carne de áreas sem este selo de qualidade. "Precisamos ter mais áreas livres de aftosa sem vacinação, pois assim a gente consegue vender melhor a carne", disse a ministra. "Para isso acontecer, é preciso o estado interessado preencher um protocolo que dê a segurança de que vamos conseguir manter a área livre de vacinação e sem a doença. É um processo que precisa ser muito bem feito, para não nos trazer problemas no futuro".
 
Tereza Cristina lembrou que os Estados Unidos, por exemplo, já compram a carne brasileira, mas depois de uma batalha de vinte anos, e o volume comercializado ainda não é significativo. "O Brasil tem um programa de liberação de áreas de aftosa sem vacinação. Hoje isso ocorre apenas em Santa Catarina, mas é preciso expandir para outros estados e melhorar as nossas exportações", defendeu a ministra.
 
O objetivo do programa é criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, estendendo a ampliação de zonas livres sem vacinação ao todo o Brasil.
 
A execução do Pnefa é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado. Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, responsabilizam-se pela execução no âmbito de cada estado. Em maio deste ano, todo o rebanho dos estados do Acre, Rondônia, parte do Amazonas e parte de Mato Grosso ainda farão a vacinação, mas, já em novembro, estarão fora do calendário previsto no Pnefa. (As informações são do MAPA)
 
 
UE: produção de leite é reduzida devido a menores entregas
 
Os dados mais recentes do Observatório de Leite da União Europeia (UE), correspondente a 31 de janeiro, revelam que:
• Os preços médios da UE de leite em pó desnatado permaneceram estáveis em € 184 (US$ 208,84)/100 kg na semana passada (o preço mais alto desde julho de 2017); + 32% acima do nível do ano passado;
• Em comparação com a semana anterior, o preço médio da manteiga na UE aumentou 1,4%, para 454 € (US$ 515,29)/100 kg; + 2% acima do nível do ano passado;
• Pequeno aumento no preço spot do leite na Itália na semana anterior, para 43,0 centavos (48,8 centavos de dólar) por quilo. O preço spot do leite nos Países Baixos diminuiu 2,9% para 34,0 centavos (38,59 centavos de dólar) por quilo;
• Entregas de leite cru da UE diminuíram 0,9% em novembro de 2018;
• O crescimento acumulado de janeiro a novembro ainda foi positivo (+ 1,0%);
• A menor oferta de leite em novembro na UE traduz-se numa redução de 5,1% no leite em pó integral e de 1,9% no leite em pó desnatado;
• A produção de leite da Austrália em novembro de 2018 (quinto mês da campanha de 2018/19) diminuiu 7,8% em relação a novembro de 2017 (-4,8% no período de julho a novembro);
• A produção de leite nos EUA aumentou 0,6% em novembro de 2018, o que significa um aumento acumulado de 1,0% em 2018.
(As informações são do Agrodigital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
Entrevista presidente Alexandre Guerra para Rádio Gazeta de Santa Cruz/RS
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, participou, na quarta-feira (13/02), do programa Rede Social, da Rádio Gazeta, de Santa Cruz do Sul (RS). Durante a entrevista, o dirigente falou sobre as preocupações do setor lácteo causadas pela suspensão da tarifa antidumping sobre o leite europeu e da Nova Zelândia. Guerra também explicou quais os efeitos negativos da medida para os produtores e para a indústria do leite no Brasil. Além disso, citou medidas que estão sendo adotadas pelo setor para tornar o leite brasileiro mais competitivo nacional e internacionalmente.  Para ouvir a entrevista, CLIQUE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.919

     Indústria espera compensação após a suspensão da taxa de antidumping

Em Brasília nesta terça-feira (12/02), o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, disse esperar o anúncio de medidas compensatórias que neutralizem o impacto da suspensão da taxa antidumping do leite em pó importado da Europa e da Nova Zelândia. Segundo ele, o setor gostaria que a decisão fosse revogada, mas, consciente das dificuldades, espera apoio para garantir a competitividade do setor lácteo nacional. “Nossa expectativa é que o governo sinalize em breve com a construção de medidas compensatórias”, disse o executivo, informando que o assunto não foi tratado de forma oficial durante sua visita à capital federal.  A posição que ganhou força no final da tarde, com a postagem do presidente Jair Bolsonaro, no Instagram, dizendo que o governo manterá o nível de competitividade do produto com outros países, sem mais detalhes.

Durante a agenda em Brasília, Guerra participou ainda de reunião extraordinária da Câmara Setorial do Leite do Ministério da Agricultura (Mapa), onde foi alinhado com todos os integrantes da cadeia produtiva do leite (produtores, indústrias e mercado) o plano plurianual com vistas ao desenvolvimento sustentável do setor em médio prazo. A demanda foi solicitada pessoalmente pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em janeiro, para tornar o produto competitivo nacional e internacionalmente.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o plano busca fazer com que o Brasil deixe de ser importador de leite e passe a ser exportador. De acordo com ele, a ideia é que, com a aplicação das ações propostas no plano, o desenvolvimento da cadeia produtiva seja gradativo e duradouro. “Entre as propostas, estão itens como incentivo a programas de exportação, criação de linhas de crédito para investimentos nas propriedades e nas indústrias, inclusive para exportação, aprimoramento do programa Leite Saudável, simplificação tributária, programas para compras futuras e programa de desenvolvimento tecnológico para aplicação nas propriedades e indústrias”, citou.

Para melhorar as condições de produção no campo e a produtividade das indústrias, também foram incluídas questões trabalhistas, de abertura de mercado e de igualdade de condições às dos países do Mercosul. “Queremos ter condições de importar produtos que possam ser utilizados em nossa produção de leite”, afirmou Guerra. Ainda foram incluídos temas pertinentes à questão ambiental, sanidade animal, diminuição de burocracias e guerra fiscal entre os estados. “Só vamos ser exportadores o dia em que formos competitivos”. A questão da qualidade do leite também foi debatida, com ênfase às Instruções Normativas (IN) n. 76 e n. 77. “O trabalho é constante no que se refere à qualidade do leite”, enfatiza. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Governo voltará a adotar taxa extra para leite da União Europeia 

Surtiram efeito as pressões de diferentes entidades e da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) contra o fim da taxa extra incidente sobre o leite em pó importado da União Europeia (UE) e da Nova Zelândia. Segundo o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da FPA, formada por cerca de 200 parlamentares ligados ao agronegócio, amanhã o setor lácteo poderá comemorar a publicação de uma nova medida que dificultará o ingresso de leite europeu por aqui. "O governo nos confirmou hoje (terça-feira) que na quinta-feira publicará decisão ampliando a taxa de importação do produto da União Europeia em 42,8%", assegurou Moreira. A nova taxa seria a soma dos 28% cobrados de qualquer outro país mais os 14,8% equivalentes a taxa que havido sido retirada na semana passada, explica o deputado. 

Por meio de seu Twitter o presidente Jair Bolsonaro confirmou "a decisão do governo de aumentar o imposto de importação de leite em pó da União Europeia, compensando o fim da taxa antidumping que era adotada pelo Brasil até o último dia 6". Para Moreira, o "caso está encerrado", mesmo sem a inclusão da Nova Zelândia que, de acordo com ele, não oferece riscos ao produto nacional porque exporta praticamente todo seu excedente para a China. "O que temos de discutir de agora em diante é uma maneira de qualificar o setor, melhorar a produtividade e outras formas de fomentar a produção interna", avalia. O fim da taxação extra por dumping, anunciado na semana passada, gerou inúmeras reclamações do setor, mesmo que o fim da vigência de taxa de antidumping de 14,8% já fosse previsto. Sem a taxa, que vigorava desde 2001, o setor alega que poderia ter mais um baque no já fragilizado equilíbrio do setor, complicado por problemas internos e externos, como ingresso de muitos produtos do Mercosul e pouca produtividade brasileira. 

Questionado se o fato de impor sobretaxas a um produto da União Europeia que, por cálculos do próprio governo federal não mais se justificaria, Moreira questiona quais produtos brasileiros poderiam ser sobretaxados. "Vão nos retaliar onde mais, se já colocaram restrições (em janeiro) sobre o aço brasileiro, com perdas de US$ 180 milhões?", argumenta o presidente da FPA.   

Uso de tecnologia contribui para o melhor aproveitamento do produto europeu 
Apesar de ter de cruzar o oceano e ter implicado nisso um alto culto logístico, os produtores e indústrias de lácteos garantem que o leite em pó europeu é extremamente competitivo. Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat), explica que além de custos menores em geral, a União Europeia (UE) tem um estoque elevado de cerca de 150 mil toneladas do produto que poderia desovar aqui. O preço reduzido, diz Palharini, tem relação com tecnologias de produção que, por exemplo, fazem um melhor aproveitamento da gordura extraída do leite desnatado. O que torna os ganhos de produtores maiores, diversificados e por isso mais competitivos. "A gordura do leite, que no Brasil tem pouco rendimento, é muito bem aproveitada na Europa, por questões de técnica e de tecnologias, o que torna seus produtos com rentabilidade muito maior, como na grande produção de manteiga, algo que tem grande demanda no mercado", diz Palharini. 

A prova de valores menores do produto europeu ante o leite em pó brasileiro, segundo Palharini, pode ser confirmada pelo cruzamento de dados de diferentes órgãos, como do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), dos leilões do Global Dairy Trade (GDT), do antigo Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (Mdic) e do Conseleite que mostram essas disparidades. Pelo cruzamento desses dados, a tonelada do leite em pó desnatado do Brasil custa R$ 13,8 mil ante R$ 10,05 mil da UE (já incluindo custo de transporte até portos brasileiros) e de R$ 8,53 mil do Mercosul. Mas os desafios do setor seguem muitos, e talvez a maior batalha seja interna, afirma o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que ontem participou de reunião extraordinária da Câmara Setorial do Leite do Ministério da Agricultura (Mapa). 

No encontro foi solicitado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, um plano para fazer com que o Brasil deixe de ser importador de leite e passe a ser exportador. Entre as propostas estão a criação de linhas de crédito para investimentos nas propriedades e nas indústrias, inclusive para exportação, aprimoramento do programa Leite Saudável, simplificação tributária, programas para compras futuras e programa de desenvolvimento tecnológico para aplicação nas propriedades e indústrias, entre outras. (Jornal do Comércio)

Prévia IBGE: captação formal de leite cresce 2,5% no quarto tri de 2018

Nessa terça-feira (12/02), o IBGE divulgou a prévia dos resultados da Pesquisa Trimestral do Leite para o quarto trimestre dede 2018. A captação formal foi de 6,71 bilhões de litros, contra 6,54 bilhões de litros no último trimestre de 2017, com crescimento de 2,53%. Já em comparação com o 3º trimestre de 2018, o crescimento foi de 7,19%. 

Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.


 *Dados preliminares. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados do IBGE. 

Apesar da queda de preços do leite observada, a melhor relação de troca com os preços do milho e da soja explicam este crescimento. Assim, ao compararmos o 3º trimestre de 2018 com o 3º trimestre de 2017, a Receita Menos Custo da Ração (RMCR) para o produtor era de 13,9% acima, na comparação 2018 contra 2017 no 4º trimestre, o valor é de 24,0%. Veja o gráfico 2.

Gráfico 2. Evolução do indicador da RMCR. Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.


 
Nota: os primeiros resultados das Pesquisas Trimestrais do Leite são dados prévios, divulgados apenas a nível nacional, que podem sofrer alterações até a divulgação oficial dos resultados do trimestre de referência, agendada pelo IBGE para ocorrer em 28.02.2018. (Milkpoint)
 
 
Grupo Sooro e Renner Herrmann anunciam constituição de uma nova empresa
Os acionistas dos Grupos Sooro e Renner Herrmann informaram hoje (13/02) que chegaram a um entendimento para a constituição de uma nova empresa, de nome Sooro Renner Participações S.A. A empresa reunirá os seus atuais investimentos no segmento de laticínios: as empresas Sooro Concentrado S.A., em Marechal Cândido Rondon/PR, e a Relat – Latícínios Renner S.A., em Estação / RS. A Sooro Renner começará a operar no mês de fevereiro de 2019, com sede em Marechal Cândido Rondon/PR, e terá como foco de atuação o mercado de concentrados de proteína de soro de leite (WPC – Whey Protein Concentrate, e WPI – Whey Protein Isolated), lactose, permeado, soro de leite em pó e derivados, a serem produzidos nas plantas industriais citadas e em uma nova planta industrial a ser instalada na região Sul do país. A nova empresa nasce com um amplo portfólio de produtos, expressiva participação no mercado nacional de WPC’s e soro de leite em pó, com uma capacidade de processamento de 3,5 milhões de litros de soro de leite por dia e amplo domínio da tecnologia utilizada no seu segmento de atuação, consolidando sua posição de liderança no mercado. A matéria contou com informações de um comunicado feito pela Relat nesta manhã (13/02). (Milkpoint)