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Porto Alegre, 05 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.649

 

Rebanhos mostram boas condições

De acordo com a Emater, as condições de produção da pecuária de corte estão satisfatórias para a época, com boa condição corporal e ótimo desenvolvimento dos terneiros desta temporada. O clima tem ajudado a produção de forragem das pastagens naturais. Na região de Bagé, o período de reprodução continua; os touros estão trabalhando e protocolos de inseminação estão sendo desenvolvidos. 

Atualmente, o rebanho leiteiro é manejado em pastoreio de espécies perenes (tífton 85, jiggs, capim elefante e braquiárias melhoradas), as quais apresentam menor custo de produção ao agricultor, além de serem forrageiras de excelente qualidade nutricional. Em complemento à grande necessidade de alimentação, os produtores fazem uso também de pastagens anuais, como capim sudão, sorgo e milheto. Neste período intensificam-se os trabalhos de realização de silagem, insumo que garante complementação na dieta do rebanho. (Jornal do Comércio)

Leite: preço pago ao produtor recua 5,9% em dezembro, diz Scot

De acordo com consultoria, produtor recebeu em média R$ 1,038 por litro, sem o frete; na comparação com novembro de 2017, o recuo foi de 0,3% O preço do leite pago ao produtor recuou 5,9% em dezembro de 2017 ante igual mês do ano anterior, na média nacional, afirma a Scot Consultoria. O produtor recebeu, em média, R$ 1,038 por litro, sem o frete. Na comparação com novembro de 2017, o recuo foi de 0,3%. "É importante destacar, porém, que o mercado teve comportamento distinto no Brasil Central e região Sudeste, em relação ao Sul do país", afirma, em nota, o analista Rafael Ribeiro. Em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, a produção atingiu o pico em dezembro, pressionando para baixo as cotações por mais um mês. 

Já no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a produção de leite diminuiu neste período e o preço pago ao produtor teve alta.  Ribeiro afirma que espera-se uma retomada da recomposição dos estoques do varejo a partir de meados de janeiro, "o que deverá ajudar na sustentação dos preços aos produtores em toda a cadeia, levando em conta também a produção caindo em boa parte do país". (Canal Rural)

Custo alto deve ser recompensado pelo preço 

O custo com a alimentação das vacas deve aumentar em 2018. A projeção é de alta do preço dos grãos. A expectativa para este ano para o produtor de leite é de custo alto, mas de preços mais remuneradores por conta da oferta menor do produto. O comentarista Benedito Rosa explica essa relação. Clique aqui e assista a reportagem na íntegra. (Canal Rural)

UPF-RS

A Unidade de Padrão Fiscal (UPF), que serve como indexador para corrigir taxas e tributos cobrados pelo Estado, teve seu valor atualizado anualmente pela Receita Estadual. (SEFAZ)

 

O AGRONEGÓCIO GEROU 4.152 VAGAS DE EMPREGO EM NOVEMBRO. SEGUNDO A FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA, O MELHOR RESULTADO FOI DENTRO DA PORTEIRA, COM ACRÉSCIMO DE 2.243 POSTOS, PUXADOS PELA PRODUÇÃO DE LAVOURAS TEMPORÁRIAS E PERMANENTES. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 04 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.648

 

FrieslandCampina

O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de janeiro de 2018 é de € 37,50 por 100 quilos de leite, [R$ 1,/litro]. A queda no preço garantido foi de € 4,00 em 100 kg de leite quando comparado com dezembro de 2017 (€ 41,50). 

A queda foi o resultado da expectativa de que os preços do leite a ser pago pelas principais indústrias de referência em janeiro, serão menores. A tendência de queda nos preços das vendas de produtos lácteos, especialmente queijo, manteiga e leite em pó, continua, decorrente, principalmente, de aumento da oferta. 
    
 

O preço garantido para o leite em orgânico para janeiro de 2018 é de € 49,00 por 100 quilos, [R$ 2.05/litro], havendo queda de 2,75 € em relação a dezembro (51,75 €). A expectativa é de que os preços do leite orgânico cairão, especialmente, na Alemanha.         
 

O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 800.000 quilos de leite por ano, (nos anos anteriores o volume era de 600.000 quilos). O volume base do prêmio e o esquema da sazonalidade foi descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

Uruguai - Produtores receberam menos pela produção de novembro

Preços/Uruguai - O preço médio que receberam os produtores pelo leite entregue nas fábricas em novembro de 2017, caíram. Segundo publicou o Instituto Nacional do Leite (INALE), com base no levantamento das indústrias, os produtores receberam 9,55 pesos por litro de leite entregue no mês de novembro, caindo 0,7% em relação a outubro. 

Em dólares, o produtor recebeu US$ 0,33/litro, queda de 0,3% em relação a outubro. Ainda assim, o valor médio de novembro foi maior 7,2% em pesos e 5,4% em dólares, quando comparado com os valores do mesmo mês de 2016. Estes valores, que representam a renda dos produtores neste começo de ano, em um momento de crise econômica para o setor, gerou mal-estar na categoria, que reclama dos elevados custos e baixa remuneração. Andrés Camy, produtor de leite de San José, assegurou através de sua conta no twitter que os produtores "devemos viver com menos pesos em um país vive de ajustes, e reajustes". Disse que no início de 2014 os produtores receberam 11 pesos pelo litro de leite, [R$ 1,24/litro]. No começo de 2018 o valor é de 9,55 pesos por litro, [R$ 1,08/litro]. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

Setor agrícola critica projeto que define preço mínimo para os fretes rodoviários

Preocupados com o risco de aumento de seus custos, os diversos segmentos do agronegócio prometem lutar em 2018 contra o projeto de lei que estabelece uma política de preço mínimo para o transporte rodoviário de cargas. Os produtores rurais avaliam que o PL 528/2015 - aprovado em setembro pela Câmara e em tramitação no Senado - intervém na lógica do mercado e tem potencial para encarecer significativamente os fretes. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirma, com base em estudo da consultoria Leggio, que, se aprovada, a proposta traria de imediato um impacto de 9% no preço médio do frete rodoviário. Mas os valores cobrados podem subir perto de 30%, como no caso da soja. De autoria do deputado Assis do Couto (PT-PR), o projeto nasceu em 2015, no auge das greves de caminhoneiros ainda no governo de Dilma Rousseff, como uma das condições impostas por eles para cessar as paralisações que traziam sérios prejuízos econômicos. 

A redação final do texto aprovado na Câmara estabelece que "órgão competente" fixará duas vezes por ano (em janeiro e julho) o preço mínimo do frete, por quilômetro rodado. No texto original, a atribuição era do Ministério dos Transportes, que, procurado, recusou-se a comentar o tema. O texto aprovado define que os pisos deverão ser fixados levando em conta os valores do diesel e dos pedágios e deverão contar com a "participação dos sindicatos de empresas de transportes e de transportadores autônomos de cargas, bem como dos representantes das cooperativas". Enquanto o órgão responsável não definir esses preços, o projeto de lei estabelece valor mínimo de R$ 0,70 por quilômetro e por eixo para carga geral e granel, e R$ 0,90 por quilômetro e por eixo para carga frigorífica e perigosa. Em "fretes curtos", realizados em distâncias inferiores a 800 quilômetros, esses valores ainda seriam acrescidos de no mínimo 15%. Para Luiz Antônio Fayet, consultor de logística e infraestrutura da CNA, a medida é "inaceitável" e fere o princípio da oferta e da procura. 

Ele classificou o projeto de "aberração" e criticou o governo anterior por ter estimulado o financiamento de caminhões - que ocorreu por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que tinha juros subsidiados - criando uma "superoferta" de caminhões, acima da demanda de cargas, derrubando os preços do frete. O projeto chega a receber críticas de alguns caminhoneiros. "A ideia era que representantes dos autônomos e sindicatos das empresas transportadoras sentassem a cada seis meses, por exemplo, para definir custos por rota, produto transportado", afirma Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de São Paulo. "Do jeito que está, é uma reserva de mercado", avalia. Contudo, há transportadores favoráveis à proposta, que tem conseguido apoio de parlamentares, até mesmo da bancada ruralista. "O projeto não interfere e sim regulamenta o mercado", diz o deputado Covatti Filho (PP-RS), que preside a Frente Parlamentar dos Caminhoneiros. Ele afirma que sem isso há risco de novas greves. Sérgio Gonçalves Neto, sócio diretor da MS Express avalia que a regra de preço mínimo ajuda os trabalhadores autônomos, cobrindo seus custos nos momentos mais difíceis. "Mas eles são e continuarão sendo os primeiros a serem dispensados quando não há trabalho", afirma. (Valor Econômico)

Nota de pesar pelo falecimento de Vitor Afonso Grings
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e seus associados lamentam o falecimento de Vitor Afonso Grings, que foi presidente da Cooperativa Piá durante 15 anos (1996-2010), nesta quinta-feira (4/1). Sempre muito espontâneo e alegre, demonstrava receptividade ao chamar cada um dos funcionários pelo nome. O velório ocorre a partir das 17 horas desta quinta-feira, na capela da localidade Linha Imperial, em Nova Petrópolis. O sepultamento será no mesmo local, às 9h30min desta sexta-feira (5/1). ( Assessoria de Imprensa Sindilat)

Porto Alegre, 03 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.647

 

  Incerteza quanto a oferta provoca aumento no primeiro GDT do ano

O primeiro leilão GDT (Global Dairy Trade) do ano, realizado nesta terça-feira (02/01), teve a maior alta no índice do preço médio desde junho, de 2,2% ante o último leilão, com o preço médio das negociações ficando em US$3.124/tonelada. 

Neste leilão, o destaque positivo foi para os leites em pó, principais responsáveis pela elevação no preço médio - de 4,2% no integral (que fechou a US$2.886/tonelada) e de 1,6% no desnatado (que teve preço médio de US$1.699/tonelada). 

Entre as quedas, o leitelho em pó caiu 7,3% e fechou a US$1.866/tonelada, além dos queijos, com redução de 2,1%, fechando a US$3.317/tonelada, o menor valor desde outubro de 2016.

De forma geral, essa recuperação nos preços tem muito a ver com as incertezas climáticas na Nova Zelândia. O país continua sofrendo com baixos níveis de chuva, e neste leilão, a Fonterra restringiu ainda mais a oferta de lácteos, disponibilizando 25.710 toneladas, 3.882 toneladas a menos do que a quantia negociada no leilão anterior. Também com receios quanto à falta de produto, a demanda se mostrou interessada, adquirindo 25.400 toneladas, 99% do volume disponibilizado. 

Os volumes ainda estão acima do que eram negociados há um ano - resultado das expectativas de uma safra maior - mas as incertezas quanto às chuvas vêm restringindo a oferta e a diferença vem caindo acentuadamente, especialmente no último mês.

Dessa forma, os preços futuros do leite em pó integral tiveram forte valorização em todos os contratos, atingindo mais de 5% de alta nos contratos mais longínquos, em um momento de forte especulação por conta dos receios climáticos apresentados. (GDT/Milkpoint)

Renovada a confiança no mercado doméstico

Após quase três anos deprimido pela mais grave recessão econômica da história do Brasil, o mercado doméstico voltará a sorrir para o campo em 2018. A retomada do crescimento já começou a ter reflexos positivos sobre o consumo de produtos de maior valor agregado, como carnes, e a expectativa é que essa tendência se consolide e devolva às vendas internas a importância que tiveram para o avanço do agronegócio nacional da segunda metade da década passada até 2014.


 
No estudo "Perspectivas para o agronegócio brasileiro - 2018", assinado pelos analistas Adolfo Fontes, Andres Padilla, Andy Duff, Fernando Gomes, Guilheme Morya, Matheus Almeida, Maurício Oreng, Renato Rasmussen (hoje na FCStone) e Victo Ikeda, o banco holandês Rabobank apresenta dados e projeções que, entre outros aspectos, confirmam esse cenário. E mostram que esse maior otimismo em relação à demanda interna não se restringe às carnes e, consequentemente aos grãos, básicos para a fabricação de rações. Produtores de etanol, café, algodão e leite, além de companhias de insumos, também têm motivos para renovar suas apostas no Brasil.

"É claro que há muita incerteza, mas a atividade econômica está reagindo de forma positiva no país", diz Mauricio Oreng, que é o economista-chefe do Rabobank no país. No estudo, a instituição destaca que "um cenário político e eleitoral que indique a continuidade de uma política econômica sólida, com foco na responsabilidade fiscal e em reformas estruturais, poderá contribuir para uma recuperação mais rápida". E ressalva que a postergação da reforma da Previdência para depois das eleições poderá adiar a retomada dos investimentos e, claro, prejudicar a conjuntura como um todo.

Poucas cadeias produtivas esperam tanto por uma maré mais favorável quanto a de proteínas animais. Além da retração do consumo doméstico, marcante entre 2015 e o começo do terceiro trimestre de 2017, o segmento sofreu no ano passado com a Operação Carne Fraca e a delação dos irmãos Batista, controladores da gigante JBS, mas o horizonte agora é promissor. "A cadeia de proteína animal reage muito rapidamente à economia, e são positivas as projeções para o consumo interno em 2018", afirma Adolfo Fontes.

Nos cálculos do analista, se nada atrapalhar demais a retomada da economia o potencial de recuperação do consumo de carne bovina no país é de 4 quilos per capita nos próximos dois anos. Como para as exportações Fontes projeta volatilidade elevada em um ambiente de riscos de restrições no mercado internacional, a confirmação dessa tendência será ainda mais importante para os frigoríficos. Para as carnes de frango e suína, as previsões também apontam um mercado doméstico mais pujante.

Essa pujança, realça Victor Ikeda, será fundamental para enxugar um pouco os fartos estoques de milho depois da colheita recorde do ano passado - o grão é o principal componente das rações de aves e suínos - e terá reflexos positivos também no mercado de soja. Mas, ainda assim, a oferta desses que são os principais grãos cultivados no país seguirá ampla, uma vez que a safra 2017/18 tende a ser também robusta, e, para absorvê-la, será preciso que as perspectivas de aquecimento da demanda no exterior em consequência da aceleração do crescimento econômico mundial se confirmem.

Levando em consideração que esse horizonte de fato prevaleça, Matheus Almeida prevê que a área plantada de soja, sobretudo - e com a ajuda do aumento da mistura de biodiesel no diesel -, continuará a aumentar na temporada que começará a ser semeada no terceiro trimestre e puxará a demanda por insumos como fertilizantes e defensivos. Para os defensivos, a tendência poderá acelerar a redução de estoques, que permaneceram em patamares particularmente altos em 2017 e prejudicaram os resultados das companhias do ramo.

Mas não é apenas a cadeia formada por grãos e carnes que deverá encontrar no mercado doméstico uma fonte de melhores negócios neste ano. No segmento sucroalcooleiro, pontua análise de Andy Duff, também estão depositadas no país as
melhores expectativas. Em tempos de pouca esperança de recuperação dos preços internacionais do açúcar, são os incentivos do ano passado às vendas de etanol que animam os usineiros, que ganharam na aprovação do programa RenovaBio, já no fim de dezembro, um novo fator de estímulo.

Guilherme Morya concorda que o crescimento da economia brasileira é igualmente bem-vindo no mercado de café, cujo consumo resistiu no país mesmo durante a recessão, e Andrés Padilla observa que a retomada é muito aguardada no segmento de lácteos, onde o consumo de itens de maior valor agregado não teve a mesma sorte e registrou quedas. Agora, os sinais sugerem que haverá recuperação. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Leite/AR 

Com nova retração dos preços internacionais, cerca de US$ 2.700/tonelada (depois do recorde de quase US$ 6.000/tonelada na década), o setor lácteo argentino enfrenta outro fim de ano com seus indicadores em franco retrocesso. Desde a produção, passado pela quantidade de fazendas leiteiras, ou o número de vacas, todos os dados mostram que é uma das atividades mais emblemáticas do país, que não reage, e completa uma década de estagnação, mesmo possuindo a Argentina uma das condições agroecológicas mais perfeitas para realizar um crescimento notável. De fato, existe uma diferença entre o que vem ocorrendo com os principais concorrentes, incluindo os vizinhos Uruguai e Brasil, todos crescendo. Mesmo contando com a debilidade nas cotações dos grãos (principais insumos da produção de leite), as fazendas continuam perdendo produtividade e eficiência, afetada pelas condições climáticas adversas nas últimas três temporadas, com inundações nas principais bacias leiteiras. Isto, somado às condições gerais da economia para qualquer empresa, quer dizer, taxas de juros elevados para créditos, custos crescentes, pressão tributária, e encargos trabalhistas, fizeram com que o volume de 2017 atinja 9 bilhões de litros de leite, depois de ter produzido 10 e 11 bilhões, 10 anos atrás, ou seja, quase 2 bilhões menos.

O dado mais significativo, no entanto, é a quantidade de vacas de leite (holandesas) que, caiu 18%, de 2,1 milhões em 2006, quando começava a crise no setor, para 1,72 milhões. De fato, esse encolhimento foi responsável pelo aumento das exportações de carne para a China. Segundo o portal valorsoja "os principais frigoríficos exportadores relatam que no último ano houve substancial crescimento no abate de vacas holandesas procedentes de fazendas que saíam da atividade, e descarte de rebanhos leiteiros". Informações oficiais apontam que entre maio de 2016 e maio de 2017, houve o fechamento de 340 fazendas de leite. A interrupção dos dados estatísticos impede fazer um bom diagnóstico com dados exatos e completos. São menos de 11.000 unidades leiteiras, das 11.320 existentes no fianl de 2015, e das mais de 30.000 que existiam no final da década de oitenta. Para Manuel Ocampo, da APL (Associação dos Produtores de Leite), entre as causas da crise figuram: "não ter aproveitado o pico das cotações internacionais ocorrido 10 anos atrás (diante das sucessivas intervenções estatais); o aumento do salário médio industrial que passou de US$ 400 para cerca de US$ 3.000-4.000 (com encargos incluídos), o que enfraqueceu as fábricas, e também a volatilidade do mercado internacional, sem contar com as ferramentas que possuem em outros países para atender situações extremas, como os mercados de futuros, distintas organizações de produtores, ou subvenções estratégicas, entre outras", explica.

A decisão ficar entre a Argentina, querer, ou não, exportar leite. Se a resposta for sim, é preciso contar com um tipo de câmbio competitivo e não "extremamente" baixo como os utilizados agora por alguns operadores do setor. Também é necessário um preço do leite ao produtor que cubra os investimentos e os custos, o que atualmente, estaria em torno de 7 pesos por litro, pelo 30% maior do que o que recebem os produtores. E, para isto, também a indústria precisa ser muito mais eficiente, alinhada com parâmetros de produtividade industrial. Atualmente existem 1.100 empresas (para 9 bilhões de litros), e 38 delas absorvem 85% do leite total produzido (Serenísima capta 14%, e e a primeira. A segunda, a Saputo, capta 12%, e a Williner que capta 6% fica em terceiro lugar). E, naturalmente, além dos impostos, o custo das tarifas ganha destaque, especialmente combustível e gás, utilizados nas fazendas e fábricas, que ultrapassa os custos dos Estados Unidos. Daí a pergunta: Tem chances o setor lácteo argentino? A resposta imediata é: SIM. Mas, é preciso definir o objetivo. E, neste caso, diz Ocampo, é preciso dizer "não aos sistemas perversos, e não aos impostos cobrados", e que implicam em concorrência desleal que desequilibra a cadeia. (La Opinion - Tradução livre: Terra Viva)
  

Italac estreia nova campanha
Protagonizado pelo casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, o novo filme gravado na fábrica matriz, em Corumbaíba-GO, apresenta a dimensão e modernidade de uma das unidades fabris da Italac. A campanha tem o mote "Lá em casa tem" e destaca a Italac como a marca de lácteos mais consumida do Brasil. A atuação dos atores sublima de forma transparente o controle de qualidade e a alta tecnologia de todo o processo produtivo mostrando como o leite e os derivados são produzidos. O leite UHT Integral foi o produto escolhido para representar o tipo de produto mais conhecido da marca Italac. (Revista Balde Branco)

Porto Alegre, 22 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.646

 

 Sindilat pede ajuste tributário ao Confaz para viabilizar estoques no varejo 

O Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está aguardando resposta do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a respeito de pedido formalizado, esta semana, para que os supermercados possam adquirir leite UHT ainda neste mês de dezembro e garantir que, os estoques remanescentes na virada no ano, tenham direito a crédito tributário. A reivindicação deve-se ao fato de que, a partir de 1 de janeiro de 2018, o produto passará a ser tributado em 18% de ICMS. Até lá, o leite UHT segue isento do imposto. Sem o ajuste do Confaz, cargas adquiridas antes e estocadas ficariam sem o direito de reverso tributário, onerando o varejo que não poderá fazer a compensação fiscal.

O assunto foi debatido na manhã desta sexta-feira (22/12) em áudio-conferência que contou com a participação de representantes dos setores fiscais e tributário das empresas associadas ao Sindilat. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a Secretaria da Fazenda já se mostrou favorável à medida, que prevê a tomada de crédito pelos supermercados por meio de alteração da lei 14.988. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Maggi defende integração de sistemas de avaliação de risco no Mercosul

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu, durante reunião da 51ª Cúpula do Mercosul e Estados Associados, nesta quinta-feira (21), a integração dos sistemas de avaliação de riscos sanitários, fitossanitários e ambientais entre os países do Mercosul. Para ele, esse é um ponto que deve ser colocado prioritariamente na agenda do bloco comercial.

"Com sistema regional de avaliação de risco, vamos avançar na harmonização de medidas sanitárias e fitossanitárias, otimizar custos e capacidades técnicas, facilitar o comércio regional, ter posições mais harmônicas em fóruns internacionais e condições melhores para negociar acordos de livre comércio", afirmou o ministro em seu discurso.

O ministro Blairo Maggi falou também sobre negociações entre o Mercosul e a União Europeia e se mostrou otimista quanto ao fechamento de acordo entre os dois blocos econômicos. Ele acredita que a partir daí, o Mercosul poderá atingir a meta de incrementar o acesso a mercados e impulsionar a diversificação das suas exportações.

A União Europeia é o maior exportador mundial de produtos do setor agrícola, respondendo por 13% do total mundial e por 15% das importações - US$163 bilhões, de acordo com dados de 2016. Maggi destacou negociações realizadas com a Coreia do Sul, responsável por aproximadamente de US$ 30 bilhões (2016) em importações de produtos agropecuários no mundo. O país é importante mercado para o agronegócio, com destaque para carnes, frutas e grãos.

Em relação aos acordos comercias, o presidente Michel Temer afirmou que houve avanços na superação de entraves ao comércio e que as reduções de barreiras comerciais já estão sendo verificadas no comércio entre os países fora do Mercosul. "Estamos assistindo a uma verdadeira mudança de prioridades. Passamos da fase em que se criava empecilhos ao comércio para outra fase, que queremos aprofundar, em que atuamos para derrubar barreiras, reduzir burocracias, assegurar previsibilidade", declarou Temer. Para o presidente, a integração é uma obra em permanente construção. Por isso, ele acredita que os países devem estar sempre atentos a novos desafios.

A 51ª edição da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados foi realizada nesta quinta-feira (21) e foi precedida pela Reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão decisório de nível ministerial. A reunião encerra a Presidência Pro Tempore Brasileira (PPTB) do Mercosul, exercida durante o segundo semestre de 2017. Participaram da reunião, os presidentes: Mauricio Macri (Argentina), Horacio Cartes (Paraguai) e Tabaré Vázquez (Uruguai) - países integrantes do Mercosul - Evo Morales (Bolívia) e David Granger (Guiana). Também estiveram presentes representantes de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname - estes na condição de associados. (MAPA)

Argentina tem previsão de recuperação na produção de leite em 2018

De acordo com um relatório da Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria da Argentina, com dados de novembro passado, o preço do litro de leite pago ao produtor permaneceu em uma média de 5,69 pesos (US$ 0,32) por litro - 5,73 pesos (US$ 0,32) para o produtor de Buenos Aires, 5,52 pesos (US$ 0,31) para o produtor de La Pampa e 5,71 pesos (US$ 0,32) para o produtor de Santa Fé.

O estudo revela que não houve variação entre novembro e outubro deste ano, enquanto a variação interanual entre este mês e o mesmo período do ano passado foi um aumento de preço de 27%. Com relação à produção, houve uma pequena diminuição de 0,4% na variação interanual, novembro de 2017 em relação a novembro de 2016 e uma variação mensal negativa de 1% em relação à produção de outubro de 2017.

"Isso considerando a sazonalidade do leite argentino, onde o pico da produção é em outubro", disse o subsecretário de lácteos, Alejandro Sammartino. "A produção de 2017 vai fechar, estimamos, com um nível similar ou levemente superior à produção do ano passado. Sem dúvida, o clima desfavorável em Buenos Aires, no sul de Santa Fé e no norte da La Pampa contribuíram para que o aumento da produção não tivesse sido maior".

Com relação às perspectivas do setor para 2018, Sammartino disse: "Temos uma expectativa importante de recuperação para 2018. Isso se deve ao relacionamento muito bom do preço do leite com seus principais insumos e serviços e ao crescimento dos investimentos que estamos percebendo tanto no nível dos produtos lácteos quanto no nível da indústria".

Entre janeiro e outubro deste ano, as exportações de produtos lácteos foram de 176.058 toneladas, um declínio de 29% em relação ao mesmo período de 2016. Em valor, as vendas no exterior representaram US$ 563 milhões. 

Em 21/12/17 - 1 Peso Argentino = US$ 0,05656
17,6716 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do La Nación, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Missões internacionais realizadas para ampliar exportações e atrair investimentos

Em missões para ampliar as relações de comércio internacional, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) chefiou ao longo do ano delegações ao exterior, realizando negociações bilaterais e promocionais do agronegócio brasileiro. Além de Blairo Maggi, o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, liderou viagens a países com o mesmo objetivo. Foram realizadas viagens à União Europeia (Alemanha, Bélgica, Países Baixos, França, Polônia, Suíça, Itália, Espanha) países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Irã), Ásia Oriental (China), América do Sul (Peru, Bolívia),além dos Estados Unidos e Rússia.

China
A China comprometeu-se a aumentar o número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar carnes para aquele mercado, em setembro, quando o ministro Blairo Maggi acompanhou o presidente Michel temer ao país. O presidente chinês Xi Jinping anunciou a disposição de ampliar a compra de carnes do Brasil durante reunião com Temer. A missão chinesa para visitar novas plantas frigoríficas foi realizada, agora, em dezembro. "O presidente Xi Jinping disse que gosta e é garoto propaganda da carne brasileira", destacou o ministro, ao comemorar a intenção do governo do país asiático. A China é o principal parceiro do agronegócio brasileiro no comércio mundial. No ano passado, as exportações de produtos agropecuários do Brasil para aquele mercado somaram US$ 17,8 bilhões. A soja em grão é o principal produto da pauta de exportações do agro brasileiro para o mercado chinês. No ano passado, os embarques para a China alcançaram US$ 14,4 bilhões

Alemanha
Em janeiro, delegação brasileira liderada pelo ministro Maggi esteve na 9ª Conferência de Ministros da Agricultura do Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura (GFFA) e abertura da Semana Verde Internacional, em Berlim. Na conferência, o tema deste ano era "Agricultura e Água - Chave para Alimentar o Mundo", que permitiu ao ministro discorrer sobre a legislação ambiental do Brasil, expor dados de preservação como os 66,3% de mata nativa do território brasileiro. O assunto também foi tratado em reunião com membro do Partido Verde alemão.

Bélgica
Em Bruxelas, durante reunião com representantes dos países membros da Comunidade Europeia, o ministro Blairo Maggi defendeu o livre comércio e o reconhecimento dos avanços da legislação e das práticas ambientais dos agricultores brasileiros. O ministro deixou claro que os esforços de preservação no Brasil beneficiam o planeta como um todo, em função do manancial de água doce e de sua vegetação nativa, e que, por isso, devem ser reconhecidos.

Espanha
Em missão oficial à Espanha, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, viajou com o objetivo de aumentar o comércio bilateral e atrair investimentos para setores-chaves do agronegócio brasileiro. O setor de fruticultura é um dos prioritários, tendo em vista o potencial exportador, já que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial nesse segmento, depois da China e da Índia, mas exporta apenas 2,5% do que produz. "Precisamos melhorar nossa posição no mercado de frutas. O mercado internacional é imenso e estamos aqui para dizer ao mundo que as frutas brasileiras são de altíssima qualidade e precisam ser mais conhecidas", afirmou Novacki em Madri. Aumentar a participação do segmento na balança do agronegócio, segundo ele, ajudará a atingir a meta do ministério de elevar a participação brasileira no agro mundial de 7% para 10%, em cinco anos.

Estados Unidos 
Em encontro com o secretário da agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, em julho, foi discutida a retomada de exportações de carne para os EUA, numa tentativa de reverter decisão do governo norte-americano, que no fim de junho bloqueou a entrada da carne brasileira no país. Maior produtor de carne bovina do mundo, o Brasil passou 17 anos tentando entrar no mercado norte-americano, maior consumidor do mundo, cujo controle de qualidade é muito rigoroso. Em setembro do ano passado, a carne bovina brasileira conseguiu o selo de aprovação do Departamento de Agricultura, mas depois de menos de dez meses, no final de junho, as exportações foram suspensas porque técnicos norte-americanos apontaram abscessos na carne. A solução do Ministério da Agricultura do Brasil foi determinar que a parte dianteira do boi seja cortada em cubos, tiras ou iscas, o que facilita as inspeções. E ainda mudar a composição da vacina para impedir a reação, o que está em fase de testes. 

Rússia
Em viagem a Moscou, Blairo Maggi, negociou a ampliação do comércio bilateral agrícola entre Brasil e Rússia. O setor do agronegócio brasileiro quer aumentar as exportações de carnes bovina e suína e de soja para aquele mercado, além de ter um maior número de frigoríficos habilitados para embarques. A Rússia, por sua vez, quer vender trigo (agora, em dezembro, a Secretaria de Defesa Sanitária liberou as importações do produto), pescados (bacalhau in natura) e cortes de picanha de gado para o Brasil.

Oriente Médio 
Missões organizadas pelo Departamento de Promoção Internacional, da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio foram estratégicas no Oriente Médio, uma vez que apesar do poderio econômico da região, rica em petróleo e gás, há grande preocupação em garantir a segurança alimentar para as suas populações. A missão ministerial, acompanhada de cerca de 20 representantes de associações setoriais, empresariais e de câmara de comércio, incluiu visita a quatro países, em maio, quando houve encontros com autoridades locais, empresas importadoras e dirigentes de centros de pesquisa. Com a equipe do Mapa e representantes de entidades empresariais, o ministro teve agenda na Arábia Saudita, Emirados Árabes e Kuwait com o objetivo de promover o agronegócio, atrair investimentos e também defender a qualidade da carne brasileira.

Arábia Saudita
Em visita a Riad, Arábia Saudita, o ministro encontrou-se com o principal executivo da Saudi Agricultural and Livestock Investment Company, Abdullah Aldubaikhi, em maio, para falar de oportunidades de negócios no Brasil e, conforme afirmou, "para agradecer ao governo a posição favorável adotada após a Operação Carne Fraca no Brasil". O país é grande importador de frango e produtos de aviários brasileiros, além de açúcar, soja e carne bovina. Blairo Maggi falou sobre as reformas em andamento no país, "que o tornarão ainda mais atrativo a investimentos", sobre os avanços na economia nos últimos meses, como consequência de medidas estabilizadoras do Governo Michel Temer e do interesse de empresários do agronegócio em firmar parceria com investidores estrangeiros. "Estamos fazendo mudanças muito importantes para o futuro. Está surgindo uma nova lei de concessões e de participações, deixando muito claro como as empresas podem entrar em negócios no país", afirmou. Disse ainda que cada agricultor precisa manter de 20% a 80% de sua área privada intacta, dependendo da região onde se encontra. O percentual mais elevado se refere à região amazônica. "Tudo isso cria um ambiente harmônico com o meio ambiente", observou.

Kuwait
Para tratar de exportação de carnes, Maggi se reuniu no Kuwait, em 14 de maio, com a diretoria da Autoridade Pública da Agricultura e Recursos de Pesca do país e autoridades do Ministério da Sanidade Animal e Vegetal. Ainda para esclarecer sobre a operação da PF, ocorrida em março em frigoríficos, Maggi explicou que o Brasil segue todos os protocolos internacionais de sanidade e que o Brasil exporta carne para mais de 159 países seguindo padrões de conformidade internacional. O ministro ouviu das autoridades locais que "o governo do Kuwait sabe da qualidade dos produtos brasileiros". Acompanhado do secretário de Relações Internacionais do Mapa, Odilson Silva, e do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, o ministro Blairo Maggi fez questão de falar da importância dos avanços na agricultura proporcionados pela empresa de pesquisa, Embrapa, vinculada ao ministério, que são responsáveis, afirmou, por transformar o Brasil de importador de alimentos em um dos maiores players do agronegócio no mundo.

Emirados Árabes Unidos
O ministro Blairo Maggi, junto com a delegação brasileira organizada pelo Mapa, se reuniu com representantes de empesas dos Emirados Árabes Unidos, em Dubai, em 21 de maio. Em sua apresentação, o ministro disse que a previsão de crescimento da produção agropecuária no Brasil até a safra 2025/26 é de 32%.

Irã
Em viagem ao Irã, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, esteve reunido com autoridades das áreas de agricultura e de comércio e indústria do governo daquele país. Nesses encontros, reforçou a intenção do Brasil de ampliar as exportações de produtos agropecuários como açúcar, carne bovina in natura, milho e soja, para o mercado iraniano. "No Brasil, temos um sistema de controle e supervisão rigoroso para produzir carne saudável e de qualidade", ressaltou Novacki, lembrando que os dois países têm intensa troca comercial. O Irã é o quarto no ranking das exportações do comércio agropecuário brasileiro. No ano passado, os embarques do Brasil para aquele mercado somaram US$ 2,2 bilhões. Os iranianos manifestaram, por vez, o desejo de fortalecer ainda mais as relações comerciais com o Brasil. O Irã quer vender mais pistache, açafrão, tâmaras e passas de uvas para o Brasil. O país é o maior produtor mundial de açafrão.

Peru 
Da visita realizada em setembro ao Peru, Maggi retornou com a expectativa de ampliação das exportações de carne brasileira para o país que deseja vender mais frutas a importadores brasileiros, depois de se reunir com o ministro da Agricultura peruano, Jose Manuel Calderón. A abertura do mercado de carnes deverá favorecer estados brasileiros mais próximos do Peru, como o Acre e Rondônia. O ministro viajou ao Peru acompanhado dos secretários de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e de Relações Internacionais, Odilson Silva, com o objetivo de retirar barreiras que dificultam o comércio bilateral. "Os governos se acertam e os mercados decidem se querem ou não querem comprar. Os mercados são soberanos nesse processo", disse.

Bolívia
Também em setembro, Maggi encontrou-se, em La Paz, com o ministro da Agricultura da Bolívia, César Cocarico, para promover as relações comerciais no setor de agronegócios entre os dois países. De acordo com o ministro, ficou acertado que técnicos brasileiros e bolivianos trocarão informações sobre prioridades a serem trabalhadas para aumentar o fluxo de comércio. Entre os produtos da pauta de negociações comerciais, do lado brasileiro há intenção de aumentar a exportação de carne, enquanto a Bolívia quer ampliar as vendas de quinoa, banana e chia. A maior área de fronteira do Brasil é com a Bolívia, somando 3.400 km quadrados.

Fóruns
Na esfera mais política, o Ministério da Agricultura representou o Brasil em fóruns internacionais como o do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizado na China, no mês de junho; da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, em julho; e do Codex Alimentarius, em Genebra, Suíça, cujo presidente eleito na ocasião foi o servidor do Mapa, Guilherme Antônio da Costa Júnior. (MAPA) 

Lojas físicas 

Para oito em cada 10 consumidores brasileiros o fato de uma loja oferecer dispositivos móveis onde eles possam consultar preços e informações deixa toda a experiência de consumo melhor. As lojas físicas ainda dominam a preferência dos brasileiros, principalmente se forem compras de supermercado (mais de 80% dos entrevistados), roupas (79%), e medicamentos/produtos de higiene pessoal (63%). (Fonte: Supermercado Moderno)

Porto Alegre, 21 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.645

 

 Assinado decreto que moderniza inspeção sanitária em produtos de origem animal 

Foi assinado na manhã desta quinta-feira (21/12), no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), o decreto que regulamenta a Lei 15.027, de 21 de agosto de 2017, que trata da modernização da inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. A nova modalidade de inspeção e fiscalização dará mais velocidade ao setor de proteína animal com toda a segurança necessária para a qualidade do produto , conforme explicou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. "A modernização da fiscalização é um marco histórico para o Rio Grande do Sul, ela possibilitará que se alavanque os negócios das nossas indústrias e fará com que o Estado cresça ainda mais", afirmou. 

Segundo o decreto, a fiscalização fica separada da inspeção sanitária e industrial, sendo que as inspeções serão feitas por médicos veterinários habilitados pelo Estado. Além disso, o texto possibilita que todo o sistema seja auditado por órgãos independentes, aumentando a capacidade da vigilância sanitária e garantindo mais qualidade ao produto para o consumidor. O governador José Ivo Sartori afirmou que esse é apenas um primeiro passo e que o trabalho que será realizado no Estado contribuirá para o seu desenvolvimento e servirá de modelo para o país. "Acredito que essas medidas vão ajudar a gerar empregos, renda e receita para o Estado", declarou Sartori.

O ato também contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e representantes de outras entidades civis e militares. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Felipe Lopes

 

Exportações de lácteos 

Os embarques de produtos lácteos estiveram 3,5 vezes maiores em novembro frente ao mês anterior, somando 24,9 milhões de litros em equivalente leite. Os responsáveis por alavancar essa alta são, principalmente, a Argélia e a Suíça, que adquiriram grandes quantidades de leite em pó brasileiro, sendo responsáveis por 43,2% e 32,6%, respectivamente, do total exportado.

A compra do produto por estes países totalizou 18,90 milhões de litros em equivalente leite, volume 150 vezes maior em relação ao mês passado. Além dos leites em pó, outros produtos exportados foram os queijos (com participação de 10,9% do total) e o leite condensado (10,7%). As vendas de leite condensado ao mercado internacional caíram 18,56% entre outubro e novembro. Já as negociações de queijos tiveram aumento de 4,86% do volume exportado, totalizando 2,70 milhões de litros em equivalente leite. Quanto às importações, em novembro, as compras brasileiras cresceram 5,8%, com total de 76,5 milhões de litros em equivalente leite. O volume de leite em pó adquirido pelo País se elevou em 15,9% em relação ao mês anterior, representando 75,9% do total de lácteos importados em novembro. Esse produto teve como principal origem a Argentina, que vendeu ao Brasil 28,3 milhões de litros em equivalente leite, participando com 48,7%, do volume total de leite em pó importado. Após ter as importações suspensas por seis dias em novembro, o Uruguai exportou ao Brasil 22,3 milhões de litros de equivalente leite de leite em pó no mês, alta de 79,9% de um mês para o outro e representatividade de 38,4% em relação ao total de leite em pó importado. 

Mesmo com queda de 20,4% nas importações, os queijos continuam no posto de segundo principal lácteo comprado pelo Brasil. Em novembro, o total foi de 16,8 milhões de litros de equivalente leite em queijos, e o principal fornecedor foi a Argentina (49% do total de queijos), seguido do Uruguai (34% do total). Queijos mais elaborados também foram importados de países europeus em quantidades consideráveis, como a Itália, França, Países Baixos e Dinamarca. O faturamento obtido com as importações foi de US$ 29,6 milhões, 1,7% superior ao de outubro. Em relação às exportações, a receita somou US$ 12,45 milhões, 2 vezes maior que a do mês anterior, mas 47,8% abaixo da obtida em novembro do ano passado. (Cepea)

 

Custo de produção de leite cai quase 8% em um ano

O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária Leiteira ficou praticamente estável em dezembro, registrando ligeiro aumento de 0,1% em relação a novembro deste ano.

Os custos da atividade estão em alta desde agosto. O aumento nos preços dos combustíveis/lubrificantes, dos fertilizantes e dos alimentos energéticos promoveu o aumento do custo. Já os suplementos minerais, os alimentos proteicos, defensivos e produtos para sanidade contrabalancearam o índice.

Apesar da alta, os custos de produção da atividade estão 7,8% abaixo na comparação com igual período do ano passado. O aumento nos custos de produção e as seguidas desvalorizações no preço do leite pago ao produtor estão estreitando a margem da atividade. (Scot Consultoria)

Figura 1. Variação mensal do Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária Leiteira nos últimos treze meses.


 

Poucas chances neste ano
O projeto de lei que altera o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite/RS) tem pouca chance de ser apreciado nesta semana, antes do recesso da Assembleia Legislativa. De acordo com o líder do governo, deputado Gabriel Souza, o texto só iria à votação se houvesse acordo de líderes na sessão extraordinária desta sexta-feira. Mas a proposta concorre com outras mais urgentes, como a da recuperação fiscal do Estado, e dificilmente entrará na pauta. Diversas entidades ligadas ao setor leiteiro contribuíram com sugestões para o texto de consenso com o poder Executivo. Mesmo assim, o projeto já recebeu emendas. O deputado Edson Brum protocolou duas. Uma torna facultativa a contribuição ao Fundoleite e outra transfere a gestão do fundo da Secretaria da Agricultura (Seapi) para a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). O parlamentar argumenta que grande parte do leite provém das pequenas propriedades e da agricultura familiar, mais ligadas à SDR do que à Seapi. O deputado Zé Nunes também pretende apresentar emenda sugerindo uma nova distribuição dos recursos, que, pelo projeto, vão para a manutenção do Instituto Gaúcho do Leite (10%), ações de desenvolvimento da cadeia produtiva (20%) e assistência técnica (70%). (Correio do Povo)

Porto Alegre, 20 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.645

 

Sobretaxa uruguaia constrange Mercosul

Uma preferência dada pelo Uruguai ao México, no âmbito do acordo de livre comércio entre os dois países, tornou-se motivo de forte irritação do Brasil e da Argentina na reunião de cúpula presidencial do Mercosul, que ocorre amanhã em Brasília. Para o governo brasileiro, muito mais do que a perda de competitividade das exportações ao pequeno mercado vizinho, preocupa a violação de uma das "cláusulas pétreas" do bloco e a abertura de um precedente perigoso. A confusão gira em torno de uma "taxa consular" aplicada pelo Uruguai, desde a década passada, sobre todas as suas importações - com exceção de bens de capital e petróleo. O governo local vinha cobrando um adicional tarifário de 2% na entrada de produtos estrangeiros, independentemente de sua origem. Até agora, os sócios do Mercosul vinham fazendo vista grossa à medida, por causa da necessidade uruguaia de aumentar sua arrecadação. A sobretaxa tem gerado receitas de US$ 100 milhões anuais. Com um déficit fiscal superior a 3% do PIB em 2017, pior resultado nas contas públicas em três décadas, o presidente Tabaré Vásquez autorizou uma recalibragem da "taxa consular" e a tolerância dos dois parceiros maiores no bloco chegou ao limite. As novas alíquotas entram em vigência no dia 1º de janeiro. Sobem para 3% no caso de produtos oriundos do Mercosul e para 5% no caso de bens provenientes de terceiros países. Há duas exceções que irritam o Itamaraty e o Palácio San Martín (sede da chancelaria argentina). Uma é o tratamento dado ao México, único a receber isenção da "taxa consular", que o Uruguai alega ser fruto do tratado de livre comércio entre as duas partes. 

Outra é que veículos automotores (carros, utilitários, ônibus e caminhões), mesmo fabricados no Brasil ou na Argentina, vão pagar a mesma alíquota de 5% aplicada a outros fornecedores. Segundo o governo uruguaio, a indústria automotiva dos vizinhos receberá esse tratamento por estar fora do ACE-18, o acordo de complementação econômica que estabelece as normas para o livre comércio dentro do Mercosul. Na avaliação de autoridades brasileiras, essa diferença pode acarretar em avanço dos carros mexicanos no Uruguai. "É inaceitável", afirma, reservadamente, um experiente negociador de Brasília. Terminaram sem sucesso, ontem, as tentativas em reuniões técnicas de levar os uruguaios a desistir da medida. A questão deve ser discutida agora entre os ministros de Comércio e de Relações Exteriores do Mercosul. Também não se descarta uma conversa informal dos presidentes Michel Temer e Mauricio Macri com Tabaré Vásquez. O ponto levantado nas discussões é que a "taxa consular" representaria, na verdade, um aumento unilateral das tarifas de importação no Uruguai. Em uma união aduaneira, como é o caso do Mercosul, as alíquotas são aplicadas em conjunto e não podem ser alteradas ao gosto de cada país-membro. Pior: a isenção dada para um parceiro comercial fora do bloco, como o México, deixa os sócios do bloco em condições inferiores de competição. Já houve menções sobre estender o benefício à Bolívia.

A postura do Brasil e da Argentina tem sido a de manifestar discretamente sua insatisfação aos uruguaios, em reuniões técnicas e sem expor uma falha evidente no funcionamento ideal do Mercosul, mas o atrito sobe um degrau e vai para o nível de ministros. Para evitar problemas de caixa ao Uruguai, que faz projeções de levantar mais US$ 95 milhões por ano com a medida, foi apresentada uma sugestão. Se a sobretaxa for um ponto percentual maior, para produtos importados de terceiros fornecedores, o país vizinho alcançaria esse mesmo reforço na arrecadação sem aumentar a cobrança no Mercosul. De janeiro a novembro deste ano, segundo estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou US$ 2,154 bilhões ao Uruguai. Petróleo em bruto, automóveis e carne suína foram os principais produtos. (Valor Econômico)

Uruguai - O setor leiteiro melhorou seus números

Em 2017 foi um ano em que houve melhorar para o setor leiteiro e o clima deu uma boa contribuição, destacou o presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Ricardo de Izaguirre, explicando que a produção cresceu 7,8% nos últimos 12 meses, embora não tenha conseguido cobrir a queda de 2016.

 Até outubro a produção chegou a 1.550 milhões de litros. De Izaguirre disse também que o produtor, agora, está recebendo preços melhores, perto de US$ 0,33 por litro, mas continua com dificuldades financeiras graves. Este ano as exportações subiram um pouco, em decorrência da melhora de preços. Em valor de tonelada está entre 6 e 7% acima dos valores do ano anterior. Por outro lado, o presidente do Inale aguarda com expectativa o debate parlamentar sobre o Fundo de Garantia que reestrutura as dívidas agrícolas, e que ele cumpra seus objetivos, e que ainda tenha US$ 100 milhões adicionais para que o setor possa superar os problemas com maior produção. 

De Izaguirre afirmou que o leite que sai das fazendas e das indústrias é que poderão liquidar o endividamento. Em novembro a dívida era de US$ 327 milhões com os bancos, de US$ 20 milhões com as indústrias no conceito de insumos para produzir cultivos forrageiros, mais algumas dívidas com rações. De Izaguirre afirmou que o país gasta de US$ 60 a US$ 70 milhões em ração para vacas e uns US$ 50 milhões em pastagens. Isto mostra o que deve ser investido, anualmente, para manter a atividade produtiva nas fazendas. Consultado sobre as negociações para melhorar o projeto do Fundo de Garantia com vistas a atender um número maior de pequenos produtores, lembrou que existem demandas já encaminhadas por entidades de classe. Disse que os pequenos produtores respondem por 20% das dívidas, das quais 34% são com os bancos. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

Desaceleração da produção de leite no 3º trimestre

O IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Trimestral do Leite para o terceiro trimestre do ano, apontando uma produção de 6,16 bilhões de litros de leite no Brasil. O crescimento em relação ao mesmo período de 2016 foi de 5,4% e, no acumulado entre janeiro e setembro, o Brasil produziu 17,7 bilhões de litros de leite, elevação de 4,3% na produção deste ano em relação à do ano passado. Relevante na informação divulgada pelo IBGE é a desaceleração do crescimento da produção no terceiro trimestre do ano, como mostra o gráfico 1. 

Gráfico 1: Variação de captação brasileira em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado. 


 
Esta desaceleração tem relação direta com a queda na rentabilidade do produtor de leite brasileiro. O gráfico 2 mostra a evolução do Receita Menos Custo da Ração (RMCR), que tem relação direta com a margem de lucro dos produtores de leite e com os volumes de produção. É possível verificar que, no primeiro semestre deste ano, o indicador foi bem mais favorável se comparado a 2016; no entanto, as quedas de preço de leite ao produtor e o aumento de preços do farelo de soja e do milho pioraram drasticamente a situação no segundo semestre, o que explica a desaceleração no crescimento da produção verificada pelo IBGE. 

Gráfico 2: Evolução do RMCR mensal nos últimos anos. Fonte: MilkPoint Mercado. 

 

Entre os principais estados produtores do país (observe o gráfico 3), destaca-se o crescimento da produção no trimestre em Santa Catarina (+17,7% em relação ao terceiro trimestre de 2016), Rio Grande do Sul (+8,1%) e Goiás (+7,5%). O estado de São Paulo também apresenta crescimento expressivo no trimestre (+9,8% em relação a 2016) - mas, como a estatística do IBGE trata do leite formal "adquirido" pela indústria, é possível que, no caso paulista, o crescimento de volume venha não exclusivamente do crescimento da produção local, mas também de mais leite comprado por fábricas paulistas de fora do estado para processamento nestas plantas industriais.

Gráfico 3: Variação da captação no 3º semestre de 2017 em relação ao mesmo trimestre de 2016. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado. 


 

A perspectiva é de que esta desaceleração no crescimento da produção continue no quarto trimestre do ano. Isto porque, além das quedas de preços ao produtor que continuaram em outubro e novembro (redução de quase 10 centavos/litro na soma dos dois meses), tivemos o atraso do início do período das chuvas em Minas Gerais e Goiás (que, no mês de outubro, trouxe uma reação temporária nos preços do leite spot e do leite UHT no "atacado"). (Milkpoint)

 

Redução no preço do leite ao produtor à medida que as cotações enfraquecem

O segundo maior processador de leite do país revisa a projeção do pagamento do leite ao produtor nesta temporada, diante do enfraquecimento das cotações dos produtos lácteos. A Open Country Dairy enviou mensagem aos seus fornecedores no mês passado, ajustando o preço do leite nos próximos dois períodos. Para o leite fornecido entre dezembro e fevereiro houve redução de 35 centavos/kgMS, e de 40 centavos/kgMS para a captação de março a maio do próximo ano. O valor nos dois períodos irá variar de NZ$ 6,10 a NZ$ 6,40/kgMS. A revisão nos preços não irá alterar o adiantamento que está sendo feito aos produtores de leite. O diretor executivo da Open, Steven Koekemoer, disse que situação mudou rapidamente nos dois últimos meses. "Na última rodada comercial a oferta e a demanda andaram juntas, mas, a reação da União Europeia (UE) para os preços elevados do leite gera incertezas. O que aconteceu desde então é o aumento de 4,3% na oferta, e recentemente, a previsão é de que possa chegar ao crescimento de 5% no quarto trimestre.

Com base nesse cenário global decidimos adotar ajustes prudentes. Os principais bancos compartilham desse ponto de vista. Os compradores estão adotando uma atitude cautelosa, e não estão com urgência em comprar, pois, avaliam que a oferta adicional terá impacto nos preços". Koekomoer disse que no último leilão viu os preços do leite em pó se recuperar um pouco, "o que foi um bom sinal e poderia ver novas melhorias se os volumes de leite na Nova Zelândia continuarem baixando a manteiga de seus preços recordes e o índice caindo 11%, enquanto que o índice do leite em pó desnatado subia 4,7%".

No último mês, a Fonterra cortou 35 centavos na previsão de seu preço ao produtor, e na temporada 2017/18 a previsão inicial de NZ$ 6,75/kgMS caiu para NZ$ 6,40/kgMS. Mas, o economista do Banco ASB, Nathan Penny, disse que a revisão da Fonterra foi "conservadora". O banco ASB acredita que poderá chegar a NZ$ 6,50/kgMS. Ele lembra que o presidente da Fonterra, John Wilson disse que a previsão refletia "uma atitude prudente" diante da volatilidade do mercado global de lácteos. "Eles optaram pela cautela", disse Penny ao Rural News. "Depois eles falam a respeito do pagamento aos agricultores. Dizem que estão sendo conservadores, mas, demonstram uma discreta confiança, de que poderão melhorar os preços, posteriormente". (Rural News - Tradução livre: Terra Viva)

Produtores uruguaios dizem que estão cada vez 'mais caros' e menos competitivos
O presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida, no Uruguai, Horacio Rodríguez, disse que o setor continua exigindo a criação de um fundo de garantia para contemplar a situação dos produtores de leite endividados e de todo o setor rural. Ele também comentou que com o aumento dos impostos que entrarão em vigor em janeiro, a situação dos produtores de leite ficará ainda pior. "Todos os dias somos mais caros e menos competitivos", disse ele. "Os produtores estão extremamente preocupados. Trabalhamos há mais de dois anos pela criação do fundo", disse Rodríguez. Em declarações ao jornal local El Heraldo, o produtor e sindicalista acrescentou que o aumento dos impostos os preocupa, porque cada vez que há um aumento desse tipo "ou que o setor perde competitividade", a situação "é mais séria" para o setor leiteiro. Rodriguez lembrou que ao Ministério da Pecuária apresentou uma nova lei sobre a criação de um fundo de 30 milhões de dólares, um fundo de garantia para trabalhar com a questão do endividamento, de modo que os produtores endividados possam usá-lo - já que facilitaria para melhorar suas garantias e administrar o endividamento de dois para oito anos". "Concordamos com o projeto, embora acreditemos que teríamos que fazer algumas mudanças e foi o que todos os sindicatos leiteiros fizeram", disse ele. "Na quinta-feira (da semana passada), fomos até a Comissão de Pecuária do Parlamento com uma abordagem muito interessante. Mencionamos a injustiça deste projeto, porque está contemplando todos os produtores que têm dívidas, mas não produtores que por várias razões, seja porque venderam capital, ou porque não queriam entrar em dívida, não foram contemplados. Nossa proposta é que estes também sejam incluídos neste fundo de garantia", acrescentou. (As informações são do Todo El Campo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 19 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.644

 

Associados debatem qualidade do leite na reunião mensal

A última reunião mensal dos associados em 2017 ocorreu na tarde desta terça-feira (19/12) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em Porto Alegre. Durante o encontro, os participantes falaram sobre qualidade do leite e discutiram sobre ações previstas para o primeiro semestre de 2018. Na ocasião, o professor Carlos Bondan, coordenador do Serviço de Análise de Rebanho Leiteiro (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF), apresentou dados sobre coleta e análises de amostras. "Nos últimos seis anos, tivemos uma evolução fantástica na melhoria da qualidade microbiológica do leite", afirmou Bondan, referindo-se aos índices de CBT e CPP. O avanço, explica o pesquisador, deve-se às melhorias na higiene durante a ordenha e no processo de armazenagem da matéria-prima na propriedade.

Entretanto, ainda é necessário conscientizar os produtores sobre a importância do controle leiteiro - estima-se que menos de 1% das propriedades gaúchas tem como hábito a prática, que consiste na coleta de uma amostra de leite por vaca uma vez por mês ao custo de R$ 1,60 cada. Segundo Bondan, nos países que já apresentam melhorias dos níveis de CCS, como Holanda e Canadá, 98% e 100% das propriedades, respectivamente, fazem o controle leiteiro.
"O monitoramento da qualidade, por meio do controle leiteiro, melhora a questão da competitividade", comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Na reunião mensal, os representantes da indústria também falaram sobre pleitear mudança na nomenclatura do teste de álcool etílico. O setor defende que a análise, exigida pelo Ministério da Agricultura, mapeia outros tipos de substâncias além do álcool. "Precisamos protocolar no Ministério um documento para mostrar que a presença de álcool no leite, muitas vezes, pode ser falso positivo", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O argumento está fundamentado em trabalho do veterinário Cristian Nied, mestrando da UFRGS, que está pesquisando o tema. Segundo ele, a presença de álcool no leite pode ser ocasionada por desequilíbrios nutricionais do rebanho ou ainda por problemas metabólicos de animais que apresentam má qualidade fermentativa da silagem. Nied coletou amostras de 50 animais de três propriedades. A defesa do trabalho, feito a partir da avaliação de mais de mil repetições de análises, está prevista para março. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Conseleite orienta redução de 10% na produção do RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite) e as entidades por ele representadas deliberaram, em reunião nesta terça-feira (19/12), na sede da Fetag, por emitir orientação aos produtores de redução de 10% na produção do Rio Grande do Sul. A decisão deve-se ao fato da falta de reação do mercado nacional, que opera a preços muito abaixo do razoável, inviabilizando a atividade de produtores e indústrias. "É consenso que a situação está péssima para o setor, tanto para a indústria quanto para o produtor", pontuou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Presente no encontro, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, concordou. 

A decisão veio na mesma reunião em que o Conseleite anunciou projeção de queda no valor de referência para dezembro. Depois de registrar aumento em novembro como reflexo da suspensão das importações de leite do Uruguai, o projetado para dezembro é de R$ 0,8369, - 3,83% abaixo do consolidado de novembro (R$ 0,8702). Segundo Guerra, que também preside o Sindilat, o resultado reflete o período de festas de fim de ano, quando o consumo de lácteos também enfrenta retração. Contudo, neste ano, a queda agrava-se devido à crise generalizada do setor e à decisão do governo de reabrir o mercado para os produtos uruguaios sem o sistema de cotas para leite em pó e queijos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, a queda do valor de referência foi puxada pelo leite UHT (-6,51%) e em pó (-2,31%), os dois itens mais importante na composição do mix das indústrias gaúchas.  

Novo Parâmetro
No encontro, também foram aprovados novos parâmetros de cálculo para o valor de referência do leite. A atualização, que demandou dois anos de pesquisa por parte da Câmara Técnica do Conseleite (Camatec), se fez necessária em função de mudanças tecnológicas e revisão de custos de produção na indústria e nos tambos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, o novo levantamento atualiza parâmetros de 2005 para base 2016 e traz mudança substancial de rendimento na indústria e na participação da matéria prima (leite) em cada derivado produzido no RS. Representantes dos laticínios e dos produtores decidiram que os novos padrões entrarão em vigor em janeiro de 2018, colocando o valor de referência do RS mais alinhado com o dos estados de Santa Catarina e Paraná, que já implementaram os ajustes. A Câmara Técnica do Conseleite é formada por dois representantes da indústria e dois dos produtores, além da equipe técnica da Universidade de Passo Fundo (UPF), contratada para tabulação e análise dos dados divulgados mensalmente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

GDT: aumento na oferta de leite mundial pressiona preços

O último leilão GDT, realizado nesta terça-feira (19/12), voltou a apresentar variação negativa no preço médio. Essa queda, de 3,9%, foi a segunda maior variação negativa do ano e trouxe o preço médio para US$ 2,969/tonelada.

Nesse leilão, todos os produtos desvalorizaram. Os queijos foram os que apresentaram a maior variação negativa, fechando em US$ 3.389/tonelada (-7,9%). Os leites em pó também perderam força; ao cair 4,8%, o desnatado fechou seu preço em US$ 1.675/tonelada, enquanto o integral teve a menor queda relativa (-2,5%), e fechou a US$ 2.755/tonelada. Historicamente valorizada ao longo do ano, a manteiga apresentou a menor queda entre os produtos, de 2,3%, e seu preço fechou o leilão em US$ 4.474/tonelada. (GDT/MilkPoint)

Agricultura aprova política de qualidade na produção e transporte de leite cru
Transporte de leite cru - A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Programa de Qualidade na Produção, no Transporte e na Comercialização de Leite. O texto obriga que transportadores de lei cru sejam vinculados formalmente às empresas de processamento ou refrigeração do produto e que recebam treinamento sobre a legislação sanitária brasileira. A intenção é reprimir fraudes, como a adulteração do leite cru no seu transporte, e vedar a intermediação da compra e venda do leite por transportadores autônomos.O relator, deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), diz que a proposta elimina o vazio legal sobre a atuação dos transportadores. "Os transportadores têm agido praticamente sem controle, por não possuírem qualquer vínculo formal com o restante da cadeia produtiva. Desta forma, a inovação legislativa proposta será um importante passo na qualificação e no ordenamento dos processos do setor", disse. Pela proposta, apenas propriedades que estiverem regularizadas com suas obrigações sanitárias poderão ser fornecedoras de leite cru. Além disso, o produto que não estiver conforme os padrões estabelecidos por lei não poderão ser enviados aos postos de refrigeração e aos estabelecimentos de processamento. O descumprimento da lei será punido com multa de R$ 350 mil, que poderá ser dobrado no caso de reincidência. Tramitação: A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-6420/2016 
(Agência Câmara)

Porto Alegre, 18 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.643

 

Índices IFCN do preço do leite e custos de produção - novembro/2017

Índices IFCN - A relação entre os Índices IFCN do preço do leite/custo da ração, no mês de novembro de 2017 ficou em 1,74, caindo 6% em relação à rentabilidade do mês anterior. É 5% acima do índice obtido em novembro de 2016, constituindo o décimo quinto mês de resultado positivo. 

Foi uma condição positiva vivida pelos produtores de leite desde o início da série dos índices IFCN, em 2006, até maio de 2008, quando o setor começou a viver períodos de grande volatilidade. Agora o produtor de leite experimenta esse período positivo, embora em níveis mais baixos do que os ocorridos entre 2006 e 2008. A avaliação do IFCN é hipotética, e as regiões produtoras de leite não possuem o benefício por igual. O produtor de leite no Brasil não está se beneficiando desse período de insumos baixos e de recuperação da demanda, principalmente, de manteiga. "Vale destacar que o preço de novembro (R$ 1,0003/litro) foi o menor desde fevereiro de 2010", diz a análise do Cepea.  

 

Isto está de acordo com o Índice FAO de cereais, que vem apresentando tendência de queda ou estabilidade neste período. Entretanto, do lado dos preços, começou a haver queda nas cotações dos lácteos, principalmente da manteiga, que vinha sustentando os elevados preços do leite ao produtor. No último relatório do LTO Nederland, haverá inversão da tendência, e as indústrias já anunciam redução nos próximos meses.

 

- O Índice IFCN dos preços do leite, é uma combinação dos preços médios de uma cesta de commodities lácteas negociadas no mercado mundial.

Representa o quanto uma indústria poderia, teoricamente, remunerar seus produtores, se os produtos lácteos fossem vendidos com as cotações vigentes no período.

O indicador IFCN é elaborado da seguinte forma: 1 - Leite em pó desnatado & Manteiga (35%); 2 - Queijos e Soros de leite (45%); e 3 - Leite em pó integral (20%).

- O Índice IFCN dos custos da alimentação representa o nível dos preços no mercado mundial de insumos para ração, farelo de soja e milho.

A relação entre o preço do leite e a cotação da ração, indica a rentabilidade. De uma forma simplificada, mostra quantos quilos de ração o produtor pode comprar com a venda de um quilo de leite. A relação leite/ração maior que 1,5 é considerada favorável. Se o aumento da produção se dá via utilização de concentrados, e a razão continua subindo, o sistema é recomendável. (IFCN - Elaboração: Terra Viva)

Queda de preço deve desestimular produção de leite em 2018, diz Cepea

Preço Cepea - A difícil crise enfrentada pelo setor leiteiro neste ano pode ser um fator de grande desestímulo à produção em 2018. A queda drástica dos preços no segundo semestre do ano prejudicou as margens dos produtores, informa a pesquisadora Natália Grigol, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em artigo para o Boletim do Leite, divulgado na sexta-feira (15/12).

Conforme ela, em 2017, dois fatores dissonantes protagonizaram a dinâmica do setor: consumo enfraquecido e aumento da produção. O resultado dessa incompatível combinação foi uma contínua queda de preço no campo. De janeiro a novembro, a baixa atingiu 18,2% na "média Brasil" do Cepea (que inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS, sem frete e impostos). "Vale destacar que o preço de novembro (R$ 1,0003/litro) foi o menor desde fevereiro de 2010", ressalta Natália.

Para uma parcela mais vulnerável, os preços do leite em baixos níveis acabam estimulando o abate de fêmeas e a gradual transição para o mercado de corte, por meio da mudança de padrão genético do rebanho e cria de bezerros. Para outra parcela, a menor receita se traduz em diminuição dos investimentos direcionados à produção. Segundo a pesquisadora, com a receita limitada neste ano, muitos pecuaristas não fizeram a reforma das pastagens, o que pode contribuir para a perda de volume e qualidade da produção no ano que vem.

Assim, tem-se instaurado a "montanha russa" de preços na cadeia láctea nos últimos anos: com sucessivos desencontros entre oferta e demanda e poucas medidas para diminuir as fragilidades do setor. Muitos assuntos devem entrar na pauta de discussão do setor em 2018, como a ampliação das negociações com o mercado externo; a necessidade de se elevar a qualidade da matéria-prima; as políticas de pagamento por qualidade; a transparência das negociações entre os elos da cadeia; a necessidade de se elevar o nível de gestão de fazendas e indústrias; a importância de se estimular o consumo de lácteos e a criação de políticas públicas de longo prazo para o setor.

"O caminho, com certeza, é árduo, mas o contínuo processo de organização e profissionalização do setor (resultado das dificuldades enfrentadas nos últimos anos) dá bons sinais de que a mudança começou", pondera Natália. (Globo Rural)

Organização Mundial de Saúde Animal investe 108 mil euros em São Paulo

O laboratório de viroses de bovídeos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura de São Paulo, recebeu o aporte de 108 mil euros da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), para desenvolvimento do "twinning project", que visa transformar a unidade em referência na América do Sul para a virose que provoca a doença conhecida como "língua azul". Infecciosa, essa doença geralmente é fatal para os animais, mas não é transmitida ao homem. Os bovinos infectados normalmente não apresentam sinais clínicos, por isso a importância das análises laboratoriais. Os laboratórios-referência da OIE têm o objetivo de explorar todos os problemas relacionados à enfermidade. Além disso, desenvolvem projetos de pesquisa e fornecem assistência científica e técnica em temas relacionados ao Fonte:Bruna Essig/Canal Rural diagnóstico e controle da doença. "Ser reconhecido pela OIE como referência permitirá que o IB trabalhe de forma mais próxima com outros países da América do Sul, como Chile, Paraguai e Bolívia, entre outros", afirma a pesquisadora Edviges Maristela Pituco, do IB. 

Língua azul A língua azul é uma doença infecciosa, a princípio não contagiosa e transmitida pela picada do mosquito infectado do gênero Culicoides spp. Os bovinos são considerados reservatórios da doença e, normalmente, não apresentam sinais clínicos - daí a importância das análises laboratoriais. "Os ovinos e animais silvestres, diferentemente dos bovinos, ficam doentes e desenvolvem quadro hemorrágico que geralmente é fatal", explica Liria Okuda, pesquisadora do Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico (IB). Em 2017, o IB realizou 40 mil testes de bovinos brasileiros que foram exportados vivos para o Egito. Apesar de não ser livre da virose, o Egito só importa animais vivos que passaram pelo teste de PCR para detecção do vírus da Língua Azul como forma de evitar a entrada de novos sorotipos da virose. "O Instituto Biológico tem uma atuação estratégica para o estado de São Paulo e para o Brasil. Os diagnósticos gerados em seus laboratórios são fundamentais para a exportação dos produtos agropecuários. A capacitação constante das equipes e a melhoria dos serviços prestados é uma recomendação do governador Geraldo Alckmin", afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. (Canal Rural)

SOLICITAÇÃO FEITA PARA AJUDAR A ENXUGAR A OFERTA DE LEITE NO MERCADO INTERNO, A COMPRA DO PRODUTO EM PÓ PELA COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO FOI FORMALIZADA NA SEXTA-FEIRA. TRINTA E UMA COOPERATIVAS PARTICIPARÃO DO PROCESSO, QUE CONTOU COM A LIBERAÇÃO DE R$ 13,7 MILHÕES VIA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. O DINHEIRO PERMITIRÁ A AQUISIÇÃO DE CERCA DE MIL TONELADAS. A MEDIDA É CONSIDERADA POSITIVA, AINDA QUE O VOLUME SEJA PEQUENO. (Zero Hora)

Porto Alegre, 15 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.642

 

  Cooperativas da agricultura familiar vão vender leite em pó para a Conab
 
Cooperativas gaúchas da agricultura familiar assinaram nesta sexta-feira (15/12), em Porto Alegre (RS), um termo de aquisição de leite em pó, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a distribuição na rede assistencial. A medida, formalizada em cerimônia no Palácio Piratini, foi alinhada através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com um investimento do governo federal de R$ 13,7 milhões para 31 cooperativas do Rio Grande do Sul. O investimento total do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o país foi de R$ 17 milhões. O termo de aquisição foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e o governador José Ivo Sartori.

A compra representa mil toneladas, o que para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, não é o suficiente para tirar a pressão do mercado, mas simboliza um alento para os produtores. "A partir do momento que existe uma compra governamental que traz para as cooperativas um benefício e se consegue fazer a venda para o governo por um valor que seja, de fato, condizente e justo, porque foi a R$ 13,94 ao quilo, isso faz com que também se contribua para regular a questão de preços e fazer com que se possa beneficiar o produtor de forma direta", afirmou. "Não importa quem está vendendo, o importante é que se tire a pressão do mercado", frisou. 

Guerra ainda apontou que as conquistas, como a compra do leite em pó, reajuste do valor do quilo do leite em pó, abertura de linhas de crédito para comercialização e industrialização com taxas máximas de 12% a.a., é uma mostra da maneira inédita da organização do setor. "Foi uma demanda iniciada pelo Sindilat e articulada com outras entidades do Estado, como Fetag, Farsul, Famurs, IGL, Secretaria da Agricultura, SDR, Casa Civil, teve o envolvimento do próprio governador, além de diversos deputados estaduais e federais, além de entidades dos estados de SC, PR, MG e GO", pontuou.

A partir de agora, o MDS repassará o valor, com um teto de até R$ 500 mil para cada cadastrada, para a Conab efetuar o pagamento às cooperativas mediante comprovação de entrega do produto, de forma imediata. O leite em pó adquirido poderá ser incluído em cestas básicas doadas para Banco de Alimentos e Ceasas, além de entidades assistenciais, como APAEs. "O Rio Grande do Sul foi o estado que mais recebeu o investimento, o que mostra a organização das cooperativas gaúchas", afirmou o ministro Osmar Terra. Na ocasião, ele reconheceu, no entanto, que as compras não solucionam o problema de mercado e ressaltou a importância do setor para o Estado. O Rio Grande do Sul produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano, concentra 13% da produção nacional e possui 65 mil famílias que entregam o alimento para a indústria. O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Caio Rocha, também prestigiou o evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Jézica Bruno 

 

Após recuperação, preço do leite volta a cair, avalia Conseleite/SC

Os preços pagos ao produtor de Santa Catarina devem cair 1,7%, segundo o Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite/SC). Em reunião nesta semana em Joaçaba (SC) para definir os valores de referência para o mês, o Conseleite disse que o produto entregue em dezembro a ser pago em janeiro pelos laticínios terá uma redução de quase dois centavos por litro nos valores de referência.

"No mês passado, o mercado sinalizava uma lenta recuperação nos preços pagos ao produtor rural, depois de seis meses de quedas decorrentes da redução generalizada de consumo de leite e derivados. O otimismo durou pouco", disse a entidade em nota, se referindo aos 5,2% de reajuste nos preços em novembro. 

Conforme a projeção, o leite acima do padrão deve ser negociado a R$ 1,1271/litro; leite padrão a R$ 0,9801 e abaixo do padrão a R$ 0,8910. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso. O Conseleite disse que em novembro a recuperação parcial de preço estava fundada na leve melhoria do consumo interno e na suspensão das maciças importações do Uruguai. "O recuo deste mês de dezembro decorre do excesso de produção e do baixo consumo, reflexo da queda de renda do brasileiro". Santa Catarina é o quarto produtor de leite do Brasil. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo e FAESC)

 

Preços/UE 

Os preços dos produtos lácteos caíram novamente em novembro, embora em diferentes degraus nos mercados físicos e futuros. Os preços da manteiga e do leite em pó desnatado (SMP) no mercado físico estiveram sob pressão em novembro, tanto em decorrência do aumento do nível da produção, como pela baixa atividade comercial. 

No entanto, os mercados futuros responderam discretamente ao aumento da produção. Os preços dos contratos de manteiga e SMP para março de 2018 declinaram em decorrência do alinhamento com as perspectivas de oferta sazonal mais elevada. Isso teve o efeito de reduzir o valor médio do leite (FMPE) em pouco menos de 8% em relação aos preços futuros de fevereiro de 2018. Já os mercados físicos (spot) foram impactados com maior intensidade pelo recuo da demanda. A queda nos preços da manteiga reduziu em 13% o valor médio do leite (AMPE). Após o alto valor negativo de outubro, o indicador FMP* para novembro continuaram negativos, indicando que os comerciantes esperam maior flexibilização dos preços na primavera, o que não é surpreendente, já que estará perto do pico de produção, aumentando a oferta.

 
*Desempenho do Mercado Futuro (FMP, sigla em inglês) é um indicador de mercado do AHDB Lácteos que monitora a diferença entre os preços correntes do mercado e os preços futuros negociados em contratos. O objetivo é fornecer alguma indicação da expectativa dos negócios futuros em relação à oferta e à demanda que deverá ocorrer nos próximos meses. A comparação é entre um Preço Equivalente Atual do Leite (AMPE) e o Preço Equivalente do Preço do Leite Futuro (FMPE). Ambos são cotados em Euros para anular as variações cambiais, pois não existe preços futuros em Libras. O FMPE é calculado da mesma forma que o AMPE, mas, usando os preços futuros da Bolsa de Valores Europeia de Energia e Commodities (EEX). O FMPE é calculado quatro meses antes do AMPE, pois geralmente é quando a maior parte dos negócios já foram realizados. O FMP é a relação entre o AMPE e o FMPE. Conforme mencionado, trata-se das posições comerciais, sobre a expectativa da oferta/demanda futuras. Portanto, um valor negativo indica que aqueles envolvidos no mercado futuro no mês acham que pode haver uma oferta relativamente alta e que o mercado estará focado na oferta nos próximos meses. Um resultado positivo significa que os comerciantes esperam uma oferta futura apertada, e demanda forte, fazendo com que o mercado fique mais focado na demanda.

 
FMP não é para nós quanto o preço do leite irá variar, mas, combinado com outros aspectos do mercado, pode indicar um movimento potencial, ou tendências dos preços. É também importante lembrar, até o presente, a quantidade de produtos negociados pelo mercado futuro é pequeno.

Nota:
Os preços Futuros são da EEX, indicando qual a expectativa em relação aos preços futuros, mas que estão sujeitos a mudanças constantemente. Esta página é atualizada semanalmente, segunda ou terça-feira. O comércio no mercado futuro é muito reduzido, e, portanto, esses números devem ser vistos como indicadores das tendências do mercado. O Preço Equivalente Atual do Leite (AMPE) é um indicador de mercado para o setor de produtos lácteos, estimando resultados. O valor dos indicadores de mercado é a base para identificar tendências e usá-las para fins mais precisos, tendo ciência dos limites do alcance e precisão. (AHDB - Tradução livre: Terra Viva) 

Senado aprova a negociação do Funrural
O Senado aprovou ontem o projeto de lei que trata do programa de regularização dos produtores com dívidas com o Funrural. Ficou estabelecido que quem aderir ao "Refis" do Funrural terá que quitar 2,5% do total da dívida consolidada como entrada e o restante em 176 parcelas mensais, sem incidência de multas, juros e encargos. O texto segue agora para a sanção presidencial. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 14 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.641

 

  Embaixador do Uruguai no Brasil vai mediar maior integração entre os setores lácteos dos países

A embaixada do Uruguai no Brasil mediará tratativas para maior integração entre os países para comercialização de produtos lácteos a mercados que são de interesse comum. O encaminhamento ocorreu durante reunião entre representantes do setor e o embaixador do Uruguai no Brasil, Gustavo Vanerio, nesta quinta-feira (14/12), em Brasília. 

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, participou do encontro, que foi mediado pelo deputado Covatti Filho e também contou com representantes da CNA, OCB, Fetag, Contag, G100 e Viva Lácteos. Segundo Palharini, o embaixador se comprometeu de encaminhar o pleito para Montevidéu. 

Outra pauta comum é um acordo com a União Europeia, que quer definir com o Mercosul a identificação geográfica de cada produto, medida que implicaria na mudança de nomenclatura de alguns queijos, como o parmesão e gruyère. "Há um consenso entre Brasil e Uruguai de que isto não pode ser acordado porque prejudicaria o setor nos dois países", pontua Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Roberto Soso

Uruguai -A cada dia somos mais caros e menos competitivos

O presidente da Sociedade de Produtores de Leite de Florida, Horacio Rodríguez, disse que o setor continua reclamando a criação de um fundo de garantia para atender à demanda dos produtores de leite endividados, mas também para todo o setor rural. Também comentou que com o aumento de impostos que começará a vigorar em janeiro, a situação irá se agravar. "Cada dia somos mais caros e menos competitivos", disse.

"Nós, os produtores de leite, estamos extremamente preocupados. Faz mais de dois anos que estamos trabalhando para a criação do fundo", disse Rodríguez. Em declarações ao jornal local El Heraldo o produtor e sindicalista acrescentou que a elevação de tarifas nos preocupa" porque cada vez que existe aumento desse tipo "o setor perde competitividade". A situação "é mais grave" para a produção de leite.

"Com a Federação Rural está sendo realizado um trabalho e na quarta-feira (hoje) será realizada uma reunião com a Federação no Parlamento para ver se podemos conseguir algo, não somente para os produtores, mas, para todo o país. Cada dia que passa somos mais caros e menos competitivos", lamentou.

Fundo de Garantia
Rodríguez lembrou que o Ministério da Pecuária "apresentou uma nova lei sobre a criação de um fundo de US$ 30 milhões, um fundo de garantia para trabalhar com o tema endividamento, para que os produtores endividados possam usá-lo, porque irá melhorar as garantias e haverá prolongamento da dívida de dois, para oito anos. Estamos de acordo com o projeto, ainda que precise de algumas mudanças, e foi o que as entidades do setor lácteos fizeram. Na semana passada estivemos na Comissão de Pecuária do Parlamento com uma demanda muito importante, e mencionamos a injustiça desse projeto porque está contemplando todos os produtores endividados, mas, os produtores que por distintas razões, seja porque venderam o capital, ou não quiseram se endividar, não serão contemplados. Nossa proposta é que estes últimos também sejam atendidos nesse fundo de garantia", concluiu. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)

Peru: produção nacional fornecerá 100% do consumo interno de leite

A produção nacional de leite do Peru fornecerá 100% do consumo interno do país. Isso graças ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Pecuária que vem executando suas especificações, por meio da Direção Geral de Pecuária (DGGA). A Comissão Agrária do Legislativo, informou que - se este ano a produção de leite for de 1,9 milhões de toneladas - até 2021, ela aumentará para 2,7 milhões, chegando a 4,4 milhões de toneladas até 2027.

"Com este plano, buscamos converter o Peru em um país com uma produção pecuária próspera, competitiva e inserida no mercado nacional e internacional. Nossa produção de leite será capaz de abastecer adequadamente o mercado interno", enfatizou o ministro. Ele destacou que, para alcançar esse objetivo, vem sendo trabalhado a associatividade e o treinamento de produtores pecuários por meio da Serviagro, bem como, a expansão das forragens e implementação do plano de pastagens cultivadas com alfafa, o que triplicará o número de gado nas áreas altas andinas.

"Para isso, trabalhamos em coordenação com os governos locais e assinamos 239 acordos. Estamos empenhados em alcançar o desenvolvimento de uma pecuária sustentável", disse Hernandez.

Ele acrescentou que - até o fim de 2017 - o objetivo é instalar 25.500 hectares de pastagens cultivadas, enquanto em 2021 esse número aumentará para 150 mil hectares, beneficiando 187.500 famílias produtoras de gado em 21 departamentos do país. "Desta forma, ele enfatizou, será possível conseguir até 2027 uma vaca que produza 9,8 litros de leite por dia. A média atual é de 6 litros".

Ele também anunciou que o Plano Nacional de Desenvolvimento da Pecuária 2017-2027 planeja instalar cinco novas usinas de processamento nas regiões de Lima, La Libertad, Arequipa, Puno e Cajamarca, para as quais serão destinados 10 milhões de soles (US$ 3,08 milhões). A isso se adiciona o investimento de 5 milhões de soles (US$ 1,54 milhão), para a melhoria das 25 fábricas de produtos lácteos que operam em nove regiões do país, mas não em todas as suas capacidades.

Essas ações, segundo ele, resultarão em maiores rendimentos para famílias rurais. Durante seu discurso no Parlamento, ele finalmente esclareceu que o objetivo do governo é promover a produção de leite e produtos lácteos, atender a demanda doméstica e depois disso, também olhar para o mercado internacional. 

Em 11/12/17 - 1 Novo Sol Peruano = US$ 0,30862
3,23088 Novo Sol Peruano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) 
(As informações são do DiarioaHora.pe, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Fonterra reduz previsão do preço do leite

A volatilidade do mercado de lácteos levou a Fonterra a reduzir sua previsão de pagamento para a estação de 2017-18 em 35 centavos (24,26 centavos de dólar), para NZ$ 6,40 (US$ 4,43) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,53 (US$ 0,36) por quilo de leite. Supondo que o preço do leite revisado se mantenha, essa redução equivale a uma perda de renda de NZ$ 647,8 milhões (US$ 449,13 milhões), de acordo com dados de produção da DairyNZ, de 1,85 bilhão de quilos coletados para estação de 2016-17. 

Para o produtor médio ordenhando 414 vacas e produzindo 381 quilos por cabeça, a nova previsão significa que eles podem perder em NZ$ 55.206 (US$ 38.275) de renda não recebida. O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a previsão reduzida refletiu uma abordagem prudente da volatilidade, com o preço na GlobalDairyTrade do leite em pó integral caindo em quase 10% desde 1 de agosto. "Embora o resultado da arbitragem com a Danone tenha afetado nossa orientação de ganhos para a estação, isso não influenciou na nossa previsão de preço do leite ao produtor", disse Wilson.

"O que está impulsionando esta previsão é que, apesar de a demanda por produtos lácteos permanecer forte, particularmente na China, outras partes da Ásia e da América Latina, estamos vendo uma produção sólida da Europa e contínuos altos níveis de estoque de intervenção de leite em pó desnatado da UE". Wilson disse que a pressão de baixa foi compensada em parte pela menor taxa de câmbio do dólar da Nova Zelândia com relação ao dólar dos Estados Unidos. A forte posição financeira da cooperativa, os bons pedidos dos clientes e a demanda dinâmica permitiram que a empresa aumentasse os pagamentos aos produtores em janeiro em 10 centavos (6,93 centavos de dólar)/kg. O plano é manter a taxa de adiantamento até maio.

Os produtores receberão pagamentos iguais ou superiores por seu leite durante esse período do que os previstos no preço anterior do leite de NZ$ 6,75 (US$ 4,67) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite]. Este corte virá através dos pagamentos retrospectivos pagos aos produtores de junho a outubro na estação de 2018-19 em vez de nos próximos meses, devido à sua taxa de adiantamento. Como resultado de "condições climáticas desafiadoras", a cooperativa reduziu sua captação de leite em 1%, para 1,525 bilhão de quilogramas. Este é o mesmo volume da estação passada. Chris Lewis, presidente de lácteos da Federated Farmers, disse que a revisão foi decepcionante, mas não foi surpresa para os produtores.

A menor previsão de pagamento foi a segunda semana de más notícias para os produtores da Fonterra após a decisão da cooperativa de cortar 10 centavos (centavos de dólar) de seu dividendo após a decisão da arbitragem com a Danone, disse ele.

Do lado positivo, manter a taxa de adiantamento seria bem-vindo, pois os produtores enfrentam um "duplo golpe" do tempo seco previsto e o corte para a previsão do preço do leite. Lewis previu uma desaceleração na produção de leite, à medida que o clima seco se instala. "Tenho certeza de que compradores estrangeiros descobrirão que menos chuva significa menos pastagem, o que significa menos produção". Isso poderia ver uma recuperação na previsão mais tarde na estação se a demanda ultrapassasse a oferta. Embora isso possa ser compensado pela forte produção da União Europeia (UE), esses países produziram diferentes produtos lácteos para a Nova Zelândia, disse ele.

A Open Country Dairy, a segunda maior empresa de lácteos do país, também revisou sua previsão. Os fornecedores foram informados em uma carta enviada no final de novembro de que seu pagamento seria de cerca de NZ$ 6,40 (US$ 4,43) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,53 (US$ 0,36) por quilo de leite.

O economista rural sênior da ASB, Nathan Penny, disse que a nova previsão dividiu a diferença entre um consenso de mercado informal de NZ$ 6,33 (US$ 4,38) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite] e a previsão do banco de NZ$ 6,50 (US$ 4,50) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite].

Embora a Fonterra tenha errado no lado da conservação em sua previsão revisada, Penny disse que estava mais otimista e manteve sua previsão. "O clima seco da Nova Zelândia tem potencial para aumentar a pressão sobre os preços dos produtos lácteos. Na verdade, a Fonterra também reduziu sua previsão de produção 2017-18 para 2016-17, de 1% de aumento anteriormente. Da mesma forma, a demanda global é firme e a escassez global de manteiga continua. O principal fator de compensação é a produção robusta da UE". 

O economista-chefe da Westpac, Dominick Stephens, disse ter visto algum risco de alta para a previsão do banco de NZ$ 6,20 (US$ 4,29) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite] devido ao último leilão GDT e clima cada vez mais seco.  Stephens destacou que não preveriam o clima de verão ainda, mas se permanecer seco, aumentará sua própria previsão. Ele também estava preocupado com uma potencial desaceleração na economia da China no próximo ano devido às restrições ao crescimento do crédito. "Isso poderia afetar o mercado imobiliário. A última vez que aconteceu em 2015 levou a uma recessão nos preços dos produtos lácteos na Nova Zelândia".

Fonterra anuncia atualização financeira
A Fonterra também anunciou as receitas no primeiro trimestre, de NZ$ 4 bilhões (US$ 2,77 bilhões), 4% acima no mesmo período do ano passado. O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que os resultados foram esperados. A empresa iniciou o ano com um baixo estoque seguido por um segundo ano de baixas captações de leite na primavera por causa do tempo úmido.

"Isso desafiou nosso negócio de ingredientes, o qual tínhamos volumes mais baixos para vender. Como resultado, as vendas caíram em 19, para 3,6 bilhões de LMEs (equivalentes de leite líquido) em relação ao mesmo período do ano passado". O LME é uma medida da quantidade de leite em litros atribuída a cada produto que a Fonterra faz. Baseia-se na quantidade de gordura e proteína no produto em relação à quantidade de gordura e proteína encontrada no leite cru.

Spierings disse que as empresas de serviços aos clientes e de alimentos da Fonterra tiveram fortes volumes de vendas em seus mercados chinês e asiático, com queda de 3%, para 1,3 bilhão de LME no volume total, em comparação com os níveis recordes do mesmo período do ano passado. Ele esperava que o desempenho financeiro da Fonterra fosse ponderado para o segundo semestre do ano e continua confiante nas previsões do ano inteiro após revisões depois do anúncio da Danone. 

Em 13/12/17 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,69332 
1,44198 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do NZFarmer.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Pesquisa Trimestral do Leite 
Já estão disponíveis no SIDRA os dados da pesquisa conjuntural Pesquisa Trimestral do Leite - 3º trimestre 2017. CLIQUE AQUI para acessar. (IBGE).