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Porto Alegre, 05 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.037

  China deixa de ser maior parceiro comercial dos EUA em meio a disputa

A China perdeu seu lugar como principal parceiro comercial dos Estados Unidos durante a primeira metade de 2019, com as importações e exportações entre as duas maiores economias do mundo recuando, em meio a contínuas disputas tarifárias entre Washington e Pequim.

As importações de produtos chineses pelos EUA caíram 12% nos primeiros seis meses de 2019 em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de bens americanos para aquele país caíram 18%, apontou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira, em seu relatório comercial mensal.

O valor total do comércio bilateral com a China, de US$ 289,69 bilhões no primeiro semestre do ano, ficou abaixo dos montantes comercializados com o Canadá e o México pela primeira vez em mais de uma década.

O declínio nos fluxos de comércio atingiu os lucros dos agricultores e multinacionais dos EUA e fez com que importadores precisassem reorganizar suas complexas cadeias de fornecimento globais para eletrônicos, maquinaria e commodities. O dado também destaca o impacto crescente do esforço do presidente Donald Trump para negociar melhores condições para as empresas americanas na China e reduzir o déficit comercial dos EUA.

Em meio a um progresso lento nas negociações com Pequim, Trump anunciou na quinta-feira 10% de tarifas sobre outros US$ 300 bilhões em produtos chineses que, em contraste com as tarifas anteriores, incluem produtos populares como vestuário, brinquedos e celulares. "Se eles não quiserem mais negociar conosco, tudo bem para mim", disse Trump. "Até que haja um acordo, vamos cobrar tarifas deles." (As informações são do jornal Valor Econômico)

Adesão ao Sistema de Inspeção de Produtos de Origem Animal será incentivada

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai realizar, no próximo mês, dois eventos para mostrar as vantagens dos gestores públicos e das agroindústrias participarem do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi - POA). O primeiro é o seminário de sensibilização do Sisbi e o segundo um curso de atualização em inspeção higiênico-sanitária e tecnológica de carnes para médicos veterinários dos serviços de inspeção dos estados e municípios.

As inscrições são gratuitas e limitadas e podem ser feitas pelo site. Os dois ocorrerão na sede da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) entre os dias 2 a 6 de setembro.

O seminário será conduzido pela ministra Tereza Cristina no primeiro dia. Direcionado principalmente a gestores públicos, lideranças e empresários integrantes, esse evento vai demonstrar o funcionamento e perspectivas do Sisbi-POA, requisitos e procedimentos para adesão ao sistema, as inovações e a importância dos autocontroles para as agroindústrias.

A segunda parte será voltada aos médicos veterinários que atuam nos Serviços de Inspeção (SI) de Estados e Municípios de todo Brasil com foco na atualização sobre inspeção das principais espécies de abate (aves, bovinos e suínos) e procedimentos para verificação de programas de autocontroles (BPF, PPHO e APPCC). O objetivo é facilitar a obtenção ou manutenção da equivalência dos SI e adesão ao Sisbi - POA.

De acordo com a diretora do Departamento de Suporte e Normas, Judi Maria Nóbrega, “espera-se uma ampla participação, proporcionando atualização dos profissionais de inspeção que atuam nos estados e municípios, contribuindo para o aperfeiçoamento e fortalecimento do Sisbi - POA em todo o país”.

O evento será organizado pelo Departamento de Suporte e Normas (DSN) e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa com o apoio da Superintendência Federal da Agricultura no Mato Grosso do Sul (SFA-MS), da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul).

Sisbi
O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi - POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa), padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar.

Os estados, o Distrito Federal e os municípios podem solicitar a equivalência dos seus serviços de inspeção com o Serviço Coordenador do Sisbi. Para obtê-la, é necessário comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura.

Os estabelecimentos registrados nesses serviços estaduais e municipais que integrem o Sisbi podem comercializar seus produtos em todo o território nacional, nas mesmas condições de estabelecimentos registrados no SIF, com exceção de exportação. Para reconhecimento da equivalência e adesão ao Sisbi, os serviços estaduais e municipais devem comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Mapa. (As informações são do Mapa)

Preços LTO 

O cálculo da média mensal de preços do leite em junho de 2019 foi de € 33,29/100 kg, [R$ 1,49/litro]. Ligeiro aumento de € 0,09 em relação ao mês anterior. Comparado com junho de 2018, a média de preços aumentou € 0,66/100 kg, o correspondente a 2,0%. Apesar do preço estar mais elevado do que um mês antes, a diferença vem diminuindo. Além disso, o preço do leite este ano está mais estável do que na primeira metade de 2018.
 
Historicamente – e assim aconteceu em 2018 – o preço do leite cai na primavera e atinge seu menor valor em maio, quando há o pico da produção sazonal. Depois disso a produção cai e os preços aumentam. Este ano o comportamento do preço do leite foi mais estável. A expectativa é de que assim continue nos próximos meses. De um lado pelos anúncios de preços já realizados para os próximos meses, e por outro, pela evolução do mercado de produtos lácteos. Desde o final de maio, as cotações, especialmente, para manteiga e leite em pó desnatado caíram. Isso tornar pouco provável o crescimento dos preços do leite nos próximos meses. A amplitude do preço do leite demonstrou que de fato, em junho, 13 das 16 indústrias não alteraram seus preços. Somente as 3 indústrias francesas elevaram ligeiramente. A Saputo Dairy (formalmente a Dairy Crest) apresentou ligeira queda, mas, em decorrência da valorização cambial da libra diante do euro.

O preço do leite na Nova Zelândia, em dólares, não alterou, no entanto, dada à desvalorização da moeda neozelandesa diante do euro, o preço calculado em euros, caiu. O preço previsto é NZ$ 6,35/kgMS (variando na faixa entre NZ$ 6,40-NZ$ 6,40) mais os dividendos de NZ$ 0,125 (variando entre NZ$ 0,10-0,15), podendo totalizar NZ$ 6,475/kgMS, [R$ 1,26/litro].

Nos Estados Unidos da América (EUA), o valor expresso em euros variou 0,5 centavos para menos, em decorrência da desvalorização cambial do dólar norte-americano diante do euro. Mas o preço do leite Classe III caiu de US$ 16,38/cwt, [R$ 1,40/litro], em maio, para US$ 16,27/cwt, [R$ 1,39/litro], em junho. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)

 
Preço/MG 
O preço do leite em Minas Gerais está caindo em plena entressafra do produto, período em que tradicionalmente a remuneração do pecuarista sobe. Segundo produtores, a explicação está na queda do consumo. Como o litro subiu no primeiro semestre, o consumidor final passou a comprar menos. Sobrou leite nos estoques do varejo e a indústria está pagando menos ao criador. Diante disso, a pecuarista Silvânia Aparecida de Oliveira, de Juiz de Fora, busca alternativas para garantir lucro, uma delas é a produção de queijo. "As cooperativas estão pagando no máximo R$ 1,25 [por litro]. O [custo do] insumo não caiu, pelo contrário, está aumentando. Está ficando difícil”, avalia. Há um ano ela e o marido deixaram de vender leite para as cooperativas. A solução foi fazer parcerias com vizinhos. Eles conseguiram um valor mais alto, cerca de R$ 1,60 por litro. O produtor de queijos Gilson Expedito da Silva é um dos parceiros que compra o leite do casal. Ele diz que a distância pequena entre as duas propriedades facilita na hora de fechar o negócio. "A gente fica muito na mão da indústria. Eu decidi fazer uma situação diferente. Eu compro um leite com mais qualidade e consigo agregar valor pra quem está vendendo para mim também”, explica Silva, que vende os queijos e outros derivados lácteos para mercados da região.  (G1/Globo Rural)

 

Porto Alegre, 2 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.036

  Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa 

Leite/Europa – A segunda onda de calor do verão de 2019 se alastrou por muitas regiões da Europa Ocidental na semana passada. Em Paris, por exemplo, a temperatura ficou perto de 110º Fahrenheit, [43ºC].

Muitas outras partes da França registraram calor recorde. Foi extremamente quente na Alemanha, Holanda e Bélgica. As temperaturas voltaram ao normal na última semana. A expectativa é de que o calor deverá impactar na produção, embora a expectativa é de que ela possa ser recuperada. Não deverá haver implicações de longo prazo para a indústria de laticínios nesta temporada.

As negociações comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos iniciadas em julho de 2018 foram reiniciadas. A UE excluiu o setor agrícola das discussões, embora os EUA insistam na pauta. Assim, não houve nenhum progresso para assinatura de um acordo, conforme relatório apresentado pela UE esta semana.

Até maio, as exportações de queijo, manteiga e leite em pó desnatado aumentaram em relação aos volumes do ano anterior. Mesmo com a fraca produção de leite no início da temporada de 2019, houve matéria prima suficiente para atender a demanda desses produtos. As exportações de queijo da UE de janeiro a maio de 2019 chegaram a 355.093 toneladas, registrando aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2018, conforme dados da Eurostat.

No leste europeu a Bielorrússia contabilizou aumento nas exportações de produtos lácteos de janeiro a maio de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com dados do site CLAL. Os números são: manteiga, 34.000 toneladas (+6,6%); queijo, 97.000 toneladas (+21,8%); e leite em pó desnatado, 47.000 toneladas (+30,3%).  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

                  

RS: Expointer vai receber 3.975 animais neste ano
A 42ª Expointer, marcada para o período de 24 de agosto a 1° de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contará com 3.975 animais de argola, que participam de julgamentos e concorrem a premiações. O número, divulgado ontem pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é 6,36% menor que o do ano passado. A queda é puxada pela redução de 76% nas inscrições de pássaros ornamentais. Até o dia 10 de agosto as associações de criadores poderão inscrever os animais rústicos, que não participam de concursos.

Em categorias de destaque na exposição, como a dos ovinos e a dos bovinos leiteiros, entretanto, houve crescimento expressivo. Neste ano, serão 393 bovinos leiteiros, 17,6% mais do que os 334 exemplares de 2018. Nos ovinos as inscrições cresceram 10,3%, chegando a 782 animais, contra 709 do ano passado. “Surpreendeu positivamente o número de inscrições nas raças de maior interesse financeiro, especialmente no gado de leite, indicando perspectivas de melhoria nos negócios desta cadeia”, avalia o subsecretário do parque, José Arthur Martins.

Confirmando as expectativas, houve uma pequena redução nas inscrições dos bovinos de corte, que neste ano serão 543, pouco menos que os 548 de 2018. Segundo presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, o custo de manutenção dos animais na feira influência na decisão do produtor.

Também foi registrada queda no número de equinos inscritos, de 918 no ano passado para 860 neste ano. O coordenador da Seção de Exposições e Feiras da Seapdr, Paulo André Santos Coelho de Souza, afirma que a retração se deve à não realização de algumas provas dentro da Expointer e à coincidência de datas de algumas competições com o período da feira. “Mas isso é natural e já aconteceu em outras edições, sem influenciar nos resultados finais”, ressalta. A 42ª Expointer vai ser lançada na próxima segunda-feira, dia 10, às 14h, na Casa da Ospa, em Porto Alegre. (Correio do Povo)
 
 
Uruguai: envio de leite para as indústrias contraiu 8% no 1º semestre do ano
A produção de leite do Uruguai não para de cair. Entre janeiro e junho, os envios de leite para as indústrias contraiu 8% em relação há um ano, com 824,7 milhões de litros, segundo dados primários publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). Os envios de junho foram 6% menores do que no mesmo mês de 2018, embora tenham diminuído a diferença em relação a maio, que registrou queda de 10% no comparativo ano a ano.
 

 
A produção de leite enviada às indústrias em junho totalizou 154,7 milhões de litros, ante 164,9 milhões no ano anterior. Em doze meses (julho de 2018 a junho de 2019), totalizaram 1,991 bilhão de litros, apenas 1% abaixo do mesmo período anterior (julho de 2017 a junho de 2018), de 2,011 bilhões de litros. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Leite/América do Sul 
A oferta de leite aumenta sazonalmente no Cone Sul. No Brasil, a produção de leite continua nos níveis do ano passado e a demanda por soro de leite em pó é forte.
No entanto, as condições ruins das pastagens reduziram as expectativas de produção no Uruguai e na Argentina. A oferta atual de leite não é suficiente para atender as necessidades da indústria. As condições financeiras dos produtores melhoraram diante das boas colheitas de soja e milho, junto com o maior preço ao produtor. No entanto, a demanda de alguns produtos lácteos está fraca. As indústrias estão diante do dilema de pagarem preços pela matéria prima, que não poderão ser retornados com o atual nível das vendas, ou reduzirem o preço ao produtor e perder o fornecedor para o concorrente.
Alguns industriais acreditam que com o crescimento dos estoques os preços sejam pressionados no final do ano. Outros, no entanto, aguardam os resultados do acordo comercial entre o Mercosul e a UE, e que ele possa favorecer a indústria de laticínio. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 31 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.034

  Exposição vai receber 3.975 animais neste ano

A 42ª Expointer, marcada para o período de 24 de agosto a 1° de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contará com 3.975 animais de argola, que participam de julgamentos e concorrem a premiações. O número, divulgado ontem pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é 6,36% menor que o do ano passado. A queda é puxada pela redução de 76% nas inscrições de pássaros ornamentais. Até o dia 10 de agosto as associações de criadores poderão inscrever os animais rústicos, que não participam de concursos. 

Em categorias de destaque na exposição, como a dos ovinos e a dos bovinos leiteiros, entretanto, houve crescimento expressivo. Neste ano, serão 393 bovinos leiteiros, 17,6% mais do que os 334 exemplares de 2018. Nos ovinos as inscrições cresceram 10,3%, chegando a 782 animais, contra 709 do ano passado. “Surpreendeu positivamente o número de inscrições nas raças de maior interesse financeiro, especialmente no gado de leite, indicando perspectivas de melhoria nos negócios desta cadeia”, avalia o subsecretário do parque, José Arthur Martins. 

Confirmando as expectativas, houve uma pequena redução nas inscrições dos bovinos de corte, que neste ano serão 543, pouco menos que os 548 de 2018. Segundo presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, o custo de manutenção dos animais na feira influência na decisão do produtor. Também foi registrada queda no número de equinos inscritos, de 918 no ano passado para 860 neste ano. O coordenador da Seção de Exposições e Feiras da Seapdr, Paulo André Santos Coelho de Souza, afirma que a retração se deve à não realização de algumas provas dentro da Expointer e à coincidência de datas de algumas competições com o período da feira. “Mas isso é natural e já aconteceu em outras edições, sem influenciar nos resultados finais”, ressalta. A 42ª Expointer vai ser lançada na próxima segunda-feira, dia 10, às 14h, na Casa da Ospa, em Porto Alegre. (Correio do Povo)

                  

Kantar: frequência de compras cai ainda mais em 2019

A instabilidade política e econômica que ainda se apresenta nos primeiros meses de 2019 continua impactando a performance das categorias de consumo massivo (FMCG) dentro do lar e ainda não apresenta sinais de recuperação. No último trimestre terminado em maio de 2019, houve uma redução de 9% na frequência de compra - valores indexados nos últimos três meses terminados em agosto de 2016 - aponta o levantamento Consumer Thermometer da Kantar, multinacional de painéis de consumo. O número representa a maior queda comparando a série histórica.

Neste período, entre as categorias que mais perderam participação no carrinho dos brasileiros, estão o chá pronto (-24%), cera para assoalho (-22,2%), bebida de soja (-14,3%), além de leite pasteurizado (-13%) e suco em pó (-11%). 

 

 
Em contrapartida, alguns produtos ganharam espaço e foram comprados mais vezes pelas famílias. Caso do petit suisse, que registrou aumento de 11% de frequência, seguido por produtos de barba (10%), limpador sanitário (9%) e molho para salada (8,3%).
 


 
"Apesar de cenário de retração, algumas tendências se consolidam no mercado nacional. São elas: a preferência pelas categorias práticas e de indulgência que continuam conquistando novos lares no Brasil e o crescimento do atacarejo como canal de compra", analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

A categoria de mercearia doce, por exemplo, ganhou 2% em volume de unidades no ano acumulado. Neste período, sorvete, leite fermentado e azeite registraram aumento na presença nos carrinhos dos brasileiros. Analisando apenas os primeiros cinco meses de 2019, ganharam espaço também suco pronto e maionese.

Em relação aos canais de compra, o atacarejo continua avançando em participação de mercado e ganhou mais 2,5 pontos de penetração entre março e maio deste ano. Os supermercados de conveniência também se destacaram com melhora de 2,1 pontos de penetração no mesmo período.

No ano acumulado (últimos 12 meses terminados em maio), o recuo no volume de unidades foi sentido por todas as classes sociais e em todas as regiões do País. As classes AB registraram queda de 3,9% e apenas as classes DE tiveram leve crescimento com 0,7% de alta. Já. A região Sul é a que mais sofreu redução com perda de 4,4% em volume de unidades compradas. (As informações são da Kantar)

Premiação Embrapa 

O Ideas for Milk, ação desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite, que reúne um desafio de startups, um hackaton (batizado pela instituição de “Vacathon”) e uma caravana de palestras para despertar o interesse de jovens em todo o Brasil sobre empreendedorismo digital na cadeia do leite, está entre os cinco projetos premiados na categoria “Destaque Nacional” do concurso Learning & Performance Brasil 2019/2020. 

O Prêmio busca promover o compartilhamento das melhores práticas em desenvolvimento de talentos e gestão de performance, selecionando projetos de transformação digital de negócios. Junto com a Embrapa, serão laureados projetos do Bradesco (Plataforma MEI); do Banco Digital NEXT; do município de Barueri-SP (Barueri Cidade Inteligente) e do Centro de Mídias de Educação do Amazonas. A solenidade de Premiação será presidida por Vicente Falconi, da Falconi – Consultores de Resultado e ocorrerá no dia 19 de agosto de 2019, às 19h, no Renaissance São Paulo Hotel, na capital paulista. O Prêmio Learning & Performance Brasil foi criado em 2012 e é uma evolução do Prêmio e-Learning Brasil, promovendo o compartilhamento das melhores práticas em desenvolvimento de talentos e gestão de performance. Já foram reconhecidos mais de 150 projetos desde que a premiação foi instituída.

O propósito do Institute for Learning & Performance é promover, no Brasil, o desenvolvimento dos projetos de transformação digital de negócios por meio da apropriação das tecnologias por parte das pessoas, melhorando continuamente sua produtividade a partir do desenvolvimento e da efetiva aplicação de suas competências. Busca-se, assim, potencializar a performance, os resultados e a competitividade das organizações, de forma sustentável e com respeito a diversidade humana. Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, receber esse prêmio significa que “estamos no caminho certo”.

O Ideas for Milk foi agraciado na modalidade Governamental, com foco em Business Digital Transformation. As práticas do projeto da Embrapa destacadas pelo Institute for Learning & Performance foram:

- Promoção da mudança do mindset da Embrapa, que é a principal empresa de geração de Soluções Tecnológicas do Agro, no mundo Tropical;
- Criação de um único Ecossistema do Agronegócio Brasileiro;
- Crescente atuação em rede, que vai possibilitar que o Brasil continue competitivo na produtividade de alimentos no Mundo 4.0.

Este ano, a Embrapa Gado de Leite lançará a quarta edição do Ideas for Milk. “Queremos continuar fomentando o surgimento do ecossistema, reunindo empresas, universidades, pesquisa agropecuária e o setor produtivo, capaz não apenas de apresentar soluções, mas de empreender, transformando as soluções em novas startups para a cadeia produtiva do leite”, diz Martins. A iniciativa rendeu frutos. Outras unidades da Embrapa já possuem ações semelhantes para outras cadeias produtivas, como a Embrapa Suínos e Aves (Inova Pork), Embrapa Meio Norte (Ideas for Farm) e Embrapa Café (Avança Café). Fora da empresa, o Ideas for Milk serviu de modelo para o Desafio Agro Startup, do Senar Goiás. (Embrapa) 

 
Mercado do Nordeste brasileiro é o destino da maior parte do leite em pó da CCGL de Cruz Alta/RS
A maior parte do leite em pó produzido pela CCGL, em Cruz Alta (RS), é comercializado para Estados do Nordeste brasileiro. Segundo o diretor/superintendente da cooperativa, Guillermo Enrique Dawson, a venda para o Nordeste representa 87% da produção. Quando a fábrica foi implantada, esse percentual era de 5 a 10%. No momento, a CCGL também exporta para a Venezuela e Argélia. Agora, a expectativa se refere ao início da venda de produtos lácteos da CCGL para a China. Isso porque, a cooperativa integra a lista de 24 indústrias brasileiras, habilitadas pelo governo chinês, que poderá exportar lácteos. No caso da CCGL, haverá venda de leite em pó e creme de leite. Durante entrevista na Revista da Propriedade Industrial (RPI), Guillermo Enrique Dawson, aproveitou para ressaltar que está em construção, na CCGL, em Cruz Alta, uma indústria para produção de leite condensado. O investimento, de aproximadamente 30 milhões de reais, deve estar concluído em março do próximo ano e a produção deve ficar em cerca de 90 toneladas de leite condensado por dia. (As informações são da Rádio Progresso de Ijuí)

Porto Alegre, 30 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.033

  Produção/UR 

A produção de leite não para de cair. Entre janeiro e junho a captação de leite pela indústria contraiu 8% em relação a um ano atrás, com 824,7 milhões de litros de acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). A captação de junho foi 6% inferior à de igual mês de 2018 reduzindo a queda de maio que foi de 10%. A produção de leite enviada para as indústrias, em junho, totalizou 154,7 milhões de litros, contra 164,9 milhões um ano antes.
 
Em doze meses (julho de 2018 a junho de 2019) totalizou 1.991 milhões de litros, apenas 1% abaixo em relação ao período imediatamente anterior (julho de 2017 a junho de 2018) que foi de 2.011 milhões de litros. (Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

                  

Produção de leite cai 0,1% na UE em maio

O Observatório Europeu do Mercado Leiteiro, em seu relatório mais recente, afirma que a produção de leite em maio de 2019 caiu 0,1% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com 14.000 toneladas a menos sendo produzidas.

Em relação à produção acumulada dos primeiros cinco meses observa-se aumento entre 2018 e 2019 de 0,3%. Na seção positiva, destaca-se aumentos na Irlanda, Reino Unido e Espanha. Enquanto no negativo, destacam-se a queda na França, na Alemanha e, principalmente, a redução na Holanda.

Quanto ao mês de maio em si, da queda total de 0,1% na produção, destacam-se Irlanda, que foi na contramão e apresentou um aumento de 10,8%, o que se traduz em mais 110.000 toneladas captadas, enquanto, no Reino Unido, o aumento foi de 1,6%, representando 23.000 toneladas a mais do que em maio de 2018.

Quanto às quedas, a Holanda se destaca com uma queda de 2,5%, o que significa 31 mil toneladas a menos; a redução de 1,6% na França, com 36.000 toneladas a menos coletadas pela indústria; e a queda de 1,5% na Alemanha, com 44.000 toneladas a menos coletadas. (As informações são do Agronews Castilla y León, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Preços/AR 

Nos últimos remates de vacas e novilhas em Córdoba e Santa Fé foi comprovado que o mercado compreende e aceita que o preço das vacas estão intimamente conectados ao preço do leite. Claro está que levando em conta que o preço do leite chegou a seu teto – inclusive existem mensagens baixistas para os próximos meses – a pergunta que se faz no mercado da animais de leite é se também chegou ao teto o preço das vacas e novilhas?

“A vaca de ponta continua sendo vendida entre 4.500 e 5.000 litros de leite, e a vaca comercial entre 3.800 e 4.000 litros de leite, mas, estou seguro de que o preço nos demais leilões seguirão o preço do leite. Agora, o que também ajuda a manter o bom preço, são os bons valores das vacas de descarte, que continuam firmes e cada vez mais procurada. Portanto, essas duas variáveis são as que estão explicando, principalmente o movimento dos preços”, disse Miguel Romano, leiloeiro da Cooperativa Guillermo Lehmann.

Existem outros aspectos como maior perda de vacas por problemas sanitários ou a boa oferta de pastos (pelas últimas chuvas que caíram nas zonas produtoras) que também ajudam em menor medida a manutenção dos preços.

Por exemplo, os preços do leilão organizado no dia 19 de julho pela Cooperativa Guillermo Lehmann em Pilar, Santa Fe, foram os seguintes:

Vacas adiantadas ou paridas: Máximo AR$ 100.000, [mais de R$ 8.000,00]; média AR$ 65.800, [R$ 5.700,00]

Vacas prenhas de 1 a 4 meses: Máximo AR$ 44.000, [R$ 3.800,00]; média AR$ 37.200, [R$ 3.200,00].

Vacas a inseminar: Máximo AR$ 33.000, [R$ 2.800,00]; média AR$ 29.070, [R$ 2.500,00].

Vacas intermediárias e novilhas: Máximo AR$ 23.000, [R$ 2.000,00]; média AR$ 18.100, [R$ 1.500,00]. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)
 
Brasil vai exportar lácteos para a China
A China vai começar a importar produtos lácteos do Brasil. Com isso, as vendas externas do setor devem crescer quase 10% já nos próximos meses. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem veiculada no programa Band News. (Band)

Porto Alegre, 29 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.032

  Afinal, queijo engorda?

Chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da UFSM dá dicas de como manter uma dieta saudável com a inclusão de produtos lácteos 

Responde: Neila Richards, chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Nenhum alimento individualmente engorda ou emagrece, depende de como ele é inserido na dieta alimentar. Até porque a gordura é necessária, além de conter ácidos graxos essenciais, faz o transporte das vitaminas A, D, E e K. 
As gorduras presentes nos queijos são as naturais do leite, formadas por ácidos graxos com efeitos benéficos sobre a saúde. Os fatores que levam à obesidade são complexos, mas o excesso de energia consumida durante um longo período pode levar ao ganho de peso, ou seja, certos hábitos alimentares estão associados a um maior risco de obesidade por seu alto teor de energia. 
Uma dieta saudável inclui alguns produtos lácteos, sendo que o consumo em quantidades moderadas de queijo não aumenta risco de obesidade. A gordura do leite tem ácido graxo oleico (18 carbonos e 1 dupla ligação), que é um protetor contra a aterogênese (depósito de gordura nas artérias).  

Pessoas que consomem no mínimo três porções diárias de produtos lácteos (incluindo leite integral) tendem a ter melhor saúde cardiovascular, além da redução da gordura abdominal. Os franceses têm o hábito de comer queijo em todas as refeições e sofrem menos problemas de sobrepeso. O queijo ajuda a acelerar o metabolismo e a reduzir o risco de obesidade. 
O fato de o queijo ser mais amarelo não significa que tenha mais gordura. Na fabricação de alguns queijos (por exemplo, prato e chedar), o corante urucum é adicionado. Além disso, alguns têm sua massa semicozida ou cozida, portanto, recebem calor durante a elaboração, intensificando a coloração amarela. 

Alguns queijos brancos, como muçarela de búfala, mascarpone, cream cheese e gorgonzola têm muito mais gordura do que os de tipo prato e o colonial.

Em quantidades equilibradas, nenhum alimento faz mal ao organismo. (Zero Hora)

                  

 
Projeções/FAO
 
A produção mundial de leite deverá crescer 1,7% por ano nos próximo dez anos (atingindo 981 milhões de toneladas em 2028), mais rápido do que a maior parte dos outros produtos agrícolas.
Ao contrário do que passou nos últimos dez anos, o crescimento previsto dos plantéis (1,2% por ano) é superior à média da produtividade (0,4%), e o rebanho de vacas leiteiras deverá aumentar mais rapidamente nos países onde a produtividade é baixa.
Assim, na Índia e no Paquistão, dois grandes produtores de leite, serão responsáveis por mais da metade do crescimento da produção mundial nos próximo dez anos e por mais de 30% da produção mundial em 2028. A produção da União Europeia, segundo produtor mundial, deverá crescer mais lentamente do que a média mundial, porque ela é pouco exportadora e a demanda interna terá aumento muito pequeno.
O leite é um produto muito perecível, que deve ser transformado rapidamente, logo após a captação. Ele não pode ser estoque, por mais que poucas dias. Assim, o essencial da produção de leite é consumida na forma de produtos frescos, que não são transformados. O consumo mundial desses produtos deverá crescer nos decorrer dos próximos dez anos, em decorrência da forte demanda proporcionada pelo aumento da renda e o crescimento da população nos países em desenvolvimento. De acordo com as projeções, o consumo mundial per capita de produtos lácteos frescos aumentará 1% por ano, no próximo decênio, ou seja, um pouco mais rápido do que o aumento registrado no decênio anterior, como efeito da elevação da renda por habitante, em particular na Índia. Na Europa e América do Norte, a demanda por produtos lácteos frescos terá recuo, mas, a tendência será de consolidar o consumo da matéria gorda do leite. Nessas duas regiões o segundo produto lácteo na ordem de preferência é o queijo, cujo consumo deverá aumentar no período estudado.
 

 
O comércio mundial de leite ocorrerá, principalmente, com produtos industrializados. A China tem um pequeno consumo por habitante, mas, é o maior importador mundial de produtos lácteos, especialmente de leite em pó integral. O Japão, a Rússia, o México, o Oriente Médio, e o Norte da África serão os outros grandes importadores líquidos de produtos lácteos. Os acordos comerciais internacionais (PTPGP, AECG e o acordo preferencial entre o Japão e a União Europeia) dispõem de capítulos específicos para os produtos lácteos (como os contingenciamentos tarifários) que favorecem as transações comerciais.
Desde 2015, o preço da manteiga ultrapassa substancialmente o do leite em pó desnatado. Essa evolução reflete a demanda internacional, mais forte para as matérias gordas do leite do que pelos outros constituintes sólidos do leite, e isto constituirá uma característica estrutural do setor nos próximos dez anos.
A evolução do ambiente comercial poderá trazer modificações sensíveis no comércio de produtos lácteos. O Brexit, por exemplo, poderá incidir sobre quantidades consideráveis de queijo e outros produtos lácteos que, atualmente são comercializados entre a União Europeia e o Reino Unido, enquanto que o Acordo Canadá-Estados Unidos-México (ACEUM) deverá repercutir sobre o fluxo comercial na América do Norte.
Até o momento, os principais países consumidores, Índia e Paquistão, têm pouca presença no comércio mundial. Se eles se envolvessem mais no comércio, poderia haver um impacto significativo nos mercados internacionais. (FAO - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
Lácteos/AR 
 
A situação dos produtores de leite melhorou sensivelmente nos últimos meses e isto é muito bom, e um ato de justiça para aqueles ficaram em pé depois de uma longuíssima crise de rentabilidade que durou vários anos.
Como se dá essa recuperação? Um dos modos de ver é medir a participação do primeiro elo da cadeia sobre o valor médio final do litro de leite ao consumidor. Nesse exercício se nota claramente que a recuperação das margens ao produtor não foi dividida entre os elos. Houve perda pelas indústrias de laticínios, com pouca repercussão no setor comercial e no Estado, que, pouco ou nada, perderam.
Os dados frios surgem da análise mensal realizada pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (IAPUCo) publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea (OCLA). As conclusões são nossas, mas, são muito evidentes. Vejamos o gráfico.
 
 
A participação do produtor no valor final apresenta os valores máximos da série disponível (67 meses, desde dezembro de 2013). Isto é, um percentual exato de 36%. Se o valor final de todo o leite fosse 1 dólar por litro, o produtor iria ficar com 36 centavos. Em dezembro de 2015, quando assumiu o atual governo, havia atingido o mínimo. Estava em 22,4%.
É uma boa notícia a recuperação da participação do produtor, ainda que a mesma tenha custado sangue, suor e lágrimas (muitas fazendas de leite foram fechadas, com suas histórias, e maior concentração do negócio). Mas o que tem de importante neste novo relatório da OCLA é o dado de que agora é a indústria de laticínios (o segundo elo da cadeia) que carrega todo o peso dessa situação: dos 4 pontos percentuais ganho pelo produtor em 2019, as fábricas perderam 3 pontos, e o setor comercial apenas 1%.
A participação da indústria sobre o valor final do leite, a rigor, passou de 26,5% em janeiro deste ano, para 23,3% em junho passado. No caso do comércio, sua participação caiu de 25,3% para 24,5%, quase nada.
E quem não faz nada diante da crise evidente da cadeia produtiva é o Estado em todas as suas variantes. Os impostos saíram de 16,2% para 16,3% do valor final do litro de leite. Inalterados. Em dezembro de 2015, quando assumiu este governo, o percentual do Estado era de 15,8%. (Bichos de campo - Tradução livre: Terra)
 

Iogurte para o esporte
 Voltado para um público apaixonado por esportes, a linha X-Protein da Piá está com um desempenho 15% acima do que havia sido projetado em seu lançamento, ocorrido em agosto de 2018. 
Comercializado nos sabores de morango, açaí com guaraná e banana, os iogurtes X-Protein são produzidos sem gordura, sem lactose e sem açúcar. "O sucesso da linha X-Protein é resultado do investimento em pesquisa e desenvolvimento, que trouxe um produto de qualidade superior e das ações de vendas realizadas no Litoral durante o verão e junto aos principais clientes do RS", destaca o gerente de marketing da Cooperativa, Tiago Haugg. 
A Piá também buscou novas ações para tornar a linha X-Protein conhecida, como degustação nas melhores academias e junto aos principais influenciadores digitais da Região Sul do país. (Zero Hora - Insider2 Comunicação) 
 

 

Porto Alegre, 26 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.031

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Julho de 2019 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Maio/2019: De 29/04/2019 a 02/06/2019
Mês de Junho/2019: De 03/06/2019 a 30/06/2019
Decêndio de Julho/2019: De 01/07/2019 a 21/07/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (FAESC)

                  

Brasil deve elevar a produção de leite em 22% até 2029

A produção brasileira de leite deve apresentar um crescimento de 21,7% na próxima década, aponta o estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29” divulgado nesta quinta-feira, 25 de julho, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo os pesquisadores, o crescimento do setor deve apresentar taxas anuais de 2% a 2,8% nos próximos dez anos, puxado por melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais.

Para o consumo, a projeção aponta crescimento de 21,63% no mesmo período, passando de 35,4 bilhões de litros projetados para 2019 para um volume superior a 43 bilhões de litros em 2029. Com isso, a importação deve avançar 10,29% em dez anos, alcançando 75 bilhões de litros em 2029.

No caso das exportações, as projeções do Mapa são de queda, de 1,18 bilhões de litros esperados para 2019 para 1,16 bilhões de litros em 2029 – queda de 2,1% (MAPA)

Preço/UR

O preço do leite ao produtor estimado para junho é de 10,82 pesos por litro, [R$ 1,15/litro], registrando um valor 2,7% superior ao de maio, e em dólares foi de US$ 0,31/litro, com incremento de 2,5% na mesma comparação.

Em relação a um ano atrás (junho de 2018) o preço do litro apresentou aumento de 5% e moeda nacional, mas, caiu 8,2% em dólares norte-americanos.

A composição média estimada do leite foi de 3,82% de matéria gorda e 3,43% de proteína, o que determinou que o preço por quilo de sólido fosse de 147,00 por quilo, valor 4% superior ao do mês anterior, mas, 3,3% menor quando comparado com um ano atrás. (Inale – Tradução livre: Terra Viva)

Consumo/AR

A informação elaborada pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) mostra o seguinte quadro sobre a venda de lácteos no mercado interno, entre janeiro e maio de 2019, comparado com o mesmo período de 2018. Os litros em equivalente leite são obtidos convertendo cada produto em função da quantidade de litros necessários para sua elaboração, utilizando os coeficientes de conversão. (OCLA – Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Seis empresas do RS vão exportar laticínios para a China após abertura do mercado
O Bom dia RS de hoje apresentou uma reportagem sobre as seis plantas autorizadas a exportar lácteos para a China, entre elas a CCGL. A reportagem fala ainda sobre a autorização de investimento de R$ 500 milhões no porto de Rio Grande. CLIQUE AQUI para assistir a matéria na íntegra. (Bom Dia Rio Grande/Sindilat/RS) 

Porto Alegre, 25 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.030

  CCGL investirá R$ 500 milhões no porto do Rio Grande 

A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), que opera os terminais Termasa e Tergrasa, investirá R$ 500 milhões em suas estruturas que estão localizadas dentro do complexo portuário em Rio Grande. Na tarde de ontem, representantes da companhia estiveram no Palácio Piratini, reunindo-se com o governador Eduardo Leite, para receber o aval do Estado que permitirá que os empresários deem andamento junto à União ao projeto. "Nosso papel é ser um facilitador para que os investimentos necessários para o crescimento do Rio Grande do Sul ocorram", destaca o governador, que esteve acompanhado do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e do superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima. 

A análise prévia do projeto ficou a cargo da superintendência. "Fizemos um estudo e entendemos que a proposta condiz com o ambiente logístico do porto do Rio Grande e com os planos estratégicos do governo", afirma Estima. Com a ampliação, a capacidade de escoamento de produtos agrícolas da CCGL será quadruplicada. Atualmente, o chamado fluxo de expedição é de 1,5 mil toneladas por hora e saltará para 6 mil toneladas por hora. A capacidade de armazenagem passará de 278 mil toneladas para 778 mil toneladas. O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, comemora o andamento do processo, pois, segundo ele, terá impacto direto em toda a economia gaúcha. "A agricultura corresponde a 42% do nosso PIB. Investir em escoamento da produção, significa ampliação dos negócios e, consequentemente, crescimento econômico", ressaltou Covatti. O projeto prevê três anos para ser concluído, já que os navios seguirão operando durante a obra, e a expectativa é de se iniciar os trabalhos ainda neste ano. "Vamos enviar em seguida esse documento que faltava para a Secretaria Nacional dos Portos e, assim que derem o ok, vamos iniciar a obra imediatamente", adianta o presidente da CCGL, Caio Vianna. 

Considerada uma das maiores cooperativas do Brasil, a CCGL tem cerca de 171 mil produtores, estando presente em mais de 350 municípios gaúchos. Para desenvolver suas atividades com maior competitividade, os associados contam com apoio de suas unidades especializadas em tecnologias aplicadas na agropecuária, logística e laticínios. A entidade, com sede em Cruz Alta e composta por 31 cooperativas, é a operadora dos terminais Termasa e Tergrasa, responsáveis pelos serviços de recebimento, armazenagem e expedição de granéis agrícolas no porto do Rio Grande. Juntos, os terminais representam cerca de 14% das movimentações da soja nacional e 52% de todos os grãos do Rio Grande do Sul. (Jornal do Comércio)

                  

Conseleite/MS
A diretoria do Conseleite Mato Grosso do Sul reunida no dia 19 de julho de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de junho de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de julho de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Terra Viva/Sistema Famasul)
 


 

Governo negocia tabela de frete com ‘taxa de lucro’ por caminhoneiros 

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, propôs em reunião na terça-feira com entidades do setor produtivo, que pretende publicar novamente a tabela de frete desenvolvida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo — divulgada na semana passada e suspensa após decisão colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) — com o acréscimo de uma “taxa de lucro”, apurou o Valor. 

A ideia é que as taxas variem conforme o trecho percorrido e o setor. Pela proposta, que surgiu dos caminhoneiros autônomos, as empresas contratantes de frete fariam uma mediação com lideranças dos transportadores, em torno da ideia da taxa de lucro. Os embarcadores, de diferentes segmentos como combustíveis, bebidas, indústria e agronegócio, ficaram de responder se aceitam a taxa em uma próxima reunião a ser agendada para a semana que vem. Em uma nova reunião nesta quarta-feira, Tarcísio deve comunicar a lideranças dos caminhoneiros autônomos que o assunto foi proposto pelo governo às empresas e colher sugestões. A proposta, no entanto, não foi bem recebida à primeira vista por dirigentes de entidades empresariais que participaram da reunião, contrários ao tabelamento. “É uma ideia de difícil operação, mas temos que ver como vai ser negociado pelo governo”, diz uma fonte que participou da reunião de ontem. Há até um temor entre entidades de classe empresarial de que o imbróglio em torno do tabelamento de frete não seja resolvido e a tabela em vigor desde o ano passado seja mantida até o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para 4 setembro. 

A Suprema Corte votará se considera ou não inconstitucional o tabelamento, a partir de três ações movidas por entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No fim da semana passada, o governo chegou a publicar uma tabela encomendada à Esalq, que passou por um amplo debate por meio de audiências públicas realizadas em diversas cidades, e vinha sendo considerada mais equilibrada tanto por caminhoneiros quanto por embarcadores. O fato de a tabela trazer valores de frete até 50% menores no caso das cargas a granel, no entanto, desagradou os autônomos. Fora as negociações em torno da tabela, as empresas contratantes de frete ainda apoiam uma emenda na Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, que prevê anistia das multas por descumprimento da tabela de frete até uma decisão do STF. A proposta foi incluída pelo relator na comissão especial da MP, o deputado ruralista Jerônimo Goergen (PP-RS). Seu parecer foi aprovado dessa forma pela comissão antes do recesso do Legislativo e ainda precisa passar pelos plenários de Câmara e Senado. (Valor Econômico) 

 

Projeções do Agronegócio 2018/2019-2028/2029 - PRELIMINAR 
“A produção de leite deverá crescer nos próximo 10 anos a uma taxa anual entre 2 e 2,8%. Essas taxas correspondem a passar de uma produção de 34,4 bilhões de litros em 2019 para valores entre 42 e 46,8 bilhões de litros no final do período das projeções. O crescimento de oferta será principalmente baseado em melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais e menos no número de vacas em lactação”. Essa foi a introdução do relatório Projeções do Agronegócio 2018/2019-2028/2029, - Capítulo: Leite - divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. CLIQUE AQUI para acessar. (MAPA)

 

Porto Alegre, 24 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.029

  Indústria láctea gaúcha comemora acordo com a China

 
Crédito: João Mattos

Indústrias gaúchas comemoram o anúncio feito nesta terça-feira (23/07) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de abertura do mercado da China para os produtos lácteos brasileiros. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, é um potencial enorme e que deve colaborar com a estabilização do mercado brasileiro. “É um gigante que se abre para nós, mas precisamos entender que, para aproveitar essa oportunidade, precisamos ser competitivos. Ou somos eficientes ou estamos fora do mercado internacional”, reforçou. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem sete indústrias aptas a exportar para a China. 

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, uma alternativa extremamente interessante, e que deve ser levada pelo setor ao governo federal, seria viabilizar o uso do Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) para subsidiar o frete para a China. “Essa ferramenta colocaria o leite brasileiro em uma condição mais favorável de enfrentamento do mercado internacional e harmonizaria o mercado interno”, constatou. (Assessoria de imprensa Sindilat) 

                  

Comissão Técnica centralizará debates sobre qualidade do leite


Crédito: Marcelo Camargo

Durante a reunião de associados do Sindilat realizada nesta tarde em Porto Alegre (RS), o setor também avaliou como positiva a publicação da portaria 142 no Diário Oficial da União neste dia 22 de julho. O texto cria a nova Comissão Técnica Consultiva para Monitoramento da Qualidade do Leite (CTC Leite), instituída pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, como forma de concentrar os debates sobre a produção e processos do setor lácteo. A ação atende a pedido da Aliança Láctea Sul Brasileira – grupo do qual o Sindilat faz parte.

A expectativa é que o colegiado permita debate aprofundado sobre temas importantes para o setor e as novas regras impostas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77, já em vigor. O grupo ainda tem entre suas atribuições propor ações de curto, médio e longo prazo para melhorias da qualidade do leite. “As indústrias estão adaptadas e, a cada mês, executando medidas adicionais para elevar a qualidade do leite para os padrões exigidos pelas normativas. A cada reunião entre nossos associados evidenciamos maior índice de propriedades em conformidade”, ressaltou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

A nova Comissão Técnica do Mapa será composta por representantes da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Secretaria de Defesa Agropecuária, Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Secretaria da Agricultura Familiar e Cooperativismo, além de um representante da Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite (RBQL) e dois representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados.

Durante a reunião desta terça-feira, as empresas também aprovaram as contas do Sindilat no primeiro semestre do ano, que foram detalhadas pelo diretor Angelo Sartor. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda fez relato sobre os projetos que estão sendo alinhados pelo sindicato para a Expointer 2019, de 24 de agosto a 1º de setembro. (Assessoria de imprensa Sindilat)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul

Nas duas últimas semanas, o clima seco favoreceu as culturas de inverno e a colheita do plantio de verão em muitas regiões produtoras da Argentina e do Brasil, o que beneficiou os produtores de leite em termos de disponibilidade de concentrado.
A produção de leite mantém sua tendência de aumento à medida, enquanto a temperatura continua caindo em regiões do Cone Sul.

No entanto, em algumas áreas ao Sul da Argentina, as temperaturas de invernos se aproximam de 0ºC, afetando o conforto animal e a produtividade das vacas. A nível do Continente, a oferta de leite está adequada para as necessidades da indústria. Com a maioria das instituições educacionais em férias de inverno, os pedidos de leite engarrafado diminuíram, e o leite excedente está indo para queijo, iogurte e manteiga, produtos que estão mais disponíveis.

A oferta de creme está maior, enquanto o mercado de manteiga está mais balanceado do que um mês atrás. A produção de manteiga está aumento, especialmente no Uruguai e na Argentina. (USDA tradução Terra Viva)

Sindilat: Brasil ainda não tem preço competitivo para exportar lácteos
Com a abertura do mercado chinês, a expectativa é conseguir receita de até US$ 4,5 milhões com a venda de queijos à gigante asiática. 
A China abriu o mercado para produtos lácteos brasileiros, uma vitória para o setor, que tem batalhado pra sair da crise. Mas, segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, o Brasil ainda não tem preço competitivo para exportar para a gigante asiática, mas pode vir a ter.
Enquanto o mercado brasileiro produz 600 milhões de toneladas de leite por ano, a demanda chinesa é de 800 milhões. A expectativa é conseguir receita de até US$ 4,5 milhões só com a venda de queijos. (Canal Rural) 
Para assistir a entrevista na íntegra, clique aqui.

 

Porto Alegre, 23 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.028

  Valor do leite chega a R$ 1,0486 no RS e setor espera ajuste com compras governamentais

Fotos: Carolina Jardine

O preço de referência do leite projetado para o mês de julho chegou a R$ 1,0486 no Rio Grande do Sul. O valor é 6,43% menor do que o consolidado de junho, que ficou em R$ 1,1207. Nos últimos três meses, o preço caiu 11,01%. Segundo o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, o cenário reflete o aumento tradicional da produção nos meses de inverno e a redução do mercado decorrente da falta de recursos das famílias, movimento puxado pelos valores praticados em São Paulo. “O país está travado. A roda parou de girar”, pontuou. Para enfrentar a situação, produtores, indústrias e lideranças lotaram a sala de reuniões da Fecoagro em Porto Alegre (RS) nesta terça-feira (23/07) e decidiram dar início a um movimento emergencial por ferramentas que auxiliem o setor a achar seu ponto de equilíbrio. Entre as ações, explica o vice-presidente do Conseleite e representante da Fetag, Pedrinho Signori, está o pedido ao governo de compras governamentais, o que, segundo ele, está em negociação avançada para as primeiras 30 mil toneladas. “Os preços ao consumidor chegaram ao fundo do poço. Não há espaço para cair mais”, completou Guerra. O setor também vem pleiteando programas de escoamento de produção para retirar parte do leite do mercado gaúcho, o que poderia ser feito por meio do chamado Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP).

 
No campo, a queda de preços já foi sentida pelos produtores de leite gaúchos, e a produção, que tradicionalmente aumentaria mais de 10% nessa época do ano, não passou de 5%. Além do desestímulo econômico, a captação também reflete o impacto de recentes geadas na qualidade das pastagens, o que freou sua expansão. O impacto desse cenário de crise, alerta Guerra, será uma desaceleração na produção no campo nos próximos meses e o consequente aumento da capacidade ociosa das indústrias, o que deve gerar um novo movimento de acomodação do mercado.  “O consumo está andando de lado. As pessoas estão consumindo menos na Região Sul e a produção em expansão, o que resulta em preços nesses patamares. Esperamos que o frio previsto para as próximas semanas ajude em uma retomada”, frisou Guerra. A Fetag argumenta que, nos tambos, o ajuste não é tão rápido e exige meses de acomodação na produção dos animais.
 
Durante a reunião, o professor da UPF e responsável pela pesquisa do Conseleite Marco Antônio Montoya informou que esta é a maior baixa percentual mensal do valor do leite no ano, movimento puxado pela queda do leite em pó (-2,21%), do UHT (-7,68%) e do queijo mussarela (-3,76%). O leite em pó, cita ele, vem caindo nos últimos cinco meses de forma constante, um produto que impacta diretamente no valor de referência em função de sua importância no mix. Além do consumo de leite e derivados, Montoya indica que também há redução na demanda de outros itens tradicionais na mesa do brasileiro e que levam leite em sua composição, como pizzas, chocolates e outros itens industrializados.
 
Além disso, citou Guerra, é preciso ser considerado o aumento das importações de leite, o que agrava o cenário. A grande desvantagem da produção nacional frente aos importados, citou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, é a falta de competitividade em relação aos vizinhos Uruguai e Argentina. Um dos motivos dessa diferença deve-se ao alto custo de produção no Brasil e aos limites que impedem o produtor nacional de buscar insumos mais acessíveis nos países vizinhos, permitindo igualdade de condições com seus concorrentes do Prata.
 
Ao comparar a seriação histórica do Conseleite, Montoya citou que este é a primeira vez em que o valor do preço referência médio anual corrigido pelo IPCA fica abaixo do ano anterior. Segundo o Conseleite, o chamado preço de referência real (corrigido pelo IPCA) ficou 0,37% abaixo do praticado em 2018. A explicação deve-se ao fato de os preços estarem em patamar elevado em julho de 2018 em decorrência da greve dos caminhoneiros, um cenário bem diferente do registrado este ano. (Assessoria de imprensa Sindilat)
 
 
 

                  

China abre mercado para lácteos brasileiros, anuncia Tereza Cristina
A China abriu mercado para os produtos lácteos brasileiros. Os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. O anúncio foi feito pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta terça-feira (23).
A ministra destacou que a abertura do mercado irá impulsionar a cadeia produtiva do leite. "Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança. E isso traz esperança para a indústria de leite", comemorou. 
Atualmente, há 1,2 milhão de pequenos produtores de leite no Brasil. "Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva. É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil". 
Tereza Cristina destacou que "o Brasil sempre quis ter acesso ao mercado chinês, para poder tirar o produto do Brasil, melhorando, inclusive o preço dos produtores brasileiros”.
A certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a exportar. Na viagem que fez ao país em maio, o assunto foi uma das prioridades da ministra. "O Brasil é um grande produtor e a China é a o maior importador do mundo. O Brasil produz 600 milhões de toneladas de leite, mas a China importa 800 milhões de toneladas,  200 milhões de toneladas a mais do que produzimos". 
Antes, em abril deste ano, o ministério havia encaminhado a lista dos 24 estabelecimentos ao país asiático. Entre os produtos que poderão ser exportados estão não fluidos, como leite em pó, queijos e leite condensado. "Queijos brasileiros poderão ser exportados e, com isso, regulamentar o mercado de leite brasileiro”, ressaltou Tereza Cristina. 
Exportações
Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa é o setor exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima a Viva Lácteos - Associação Brasileira de Laticínios. Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas em queijos. A importação do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos. 
As exportações brasileiras de queijos cresceram 65,2% nos últimos três anos. Antes da abertura do mercado chinês, o setor já vinha investindo no ingresso dos produtos na China, por meio da participação em feiras.  (MAPA)
 
 
CONSELEITE–PARANÁ

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Julho de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2019 é de R$ 2,4025/litro. 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

BRUCELOSE E TUBERCULOSE: Curso marcado para agosto
O Sindicato dos Médicos Veterinários do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) promove de 19 a 23 de agosto mais uma etapa do treinamento para o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). A iniciativa ocorre em parceria com Ministério da Agricultura e Universidade de Cruz Alta (Unicruz). Exclusivo para veterinários, o treinamento ocorre na sede da Unicruz. O número de vagas é limitado. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail pncebt.unicruz@gmail.com. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.027

  Justiça derruba contribuições ao Sistema S 

Os contribuintes conseguiram no Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, com sede em Recife (PE), duas decisões contra o pagamento das contribuições destinadas ao Sistema S (Sebrae e Sesc e Senac, entre outros). São os primeiros acórdãos favoráveis, segundo advogados, com base na Emenda Constitucional (EC) nº 33, de 2001, que trata de contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico. 

A emenda não chegou a ser analisada no julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2013 (RE 396266). Na ocasião, os ministros consideraram constitucionais as contribuições ao Sistema S, que incidem sobre a folha de salários - com alíquotas que variam entre 1,5% a 5,5%, a depender do setor. Com a edição da EC 33, porém, a questão voltou à pauta. 

O texto incluiu o parágrafo 2º no artigo 149 da Constituição. O dispositivo estabelece que as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico só podem ter alíquota "ad valorem" se a base de cálculo for o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro. Ou seja, não poderiam ter como base de cálculo a folha de salários, segundo os contribuintes. 

Umas das decisões do TRF da 5ª Região beneficia uma empresa do setor de combustíveis (processo nº 0803468-86.2018.4.05.8000). Na decisão, o relator do caso na 4ª Turma, desembargador Lázaro Guimarães, afirma que a emenda constitucional modificou o dispositivo legal que trata do regime das contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico e não incluiu, entre as bases de cálculo, "a folha de salários".

No acórdão, o desembargador ainda destaca que esse é o entendimento predominante na 4ª Turma e cita outro caso julgado no mesmo sentido (processo nº 0815788-96.2017.4.05.8100).

Na primeira instância, as decisões têm sido majoritariamente contrárias aos contribuintes, segundo o advogado que assessorou a empresa de combustíveis, Eduardo Muniz Cavalcanti, do Bento Muniz Advocacia. "O TRF da 5ª Região foi pioneiro ao enfrentar o assunto com esse novo viés apontado pelos contribuintes", diz. 

Para a empresa, a decisão do TRF, se confirmada em definitivo, terá grande impacto, de acordo com o advogado, uma vez que tem muitos empregados e uma alta folha de salários. E, no processo, ela tenta ainda reaver o que foi pago nos últimos cinco anos. 

No Supremo, a questão é discutida em dois recursos (RE 63 0898 e RE 603.624). Foram propostos por contribuintes que tiveram seus pedidos negados pelo TRF da 4ª Região, que abrange a região sul do país. 

Nos recursos, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou parecer favorável aos contribuintes, reconhecendo a taxatividade do rol de bases de cálculo da contribuição, feita pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001. 

A discussão, de acordo com o advogado Antonio Amendola, do Dias Carneiro Advogados, ainda está ganhando corpo e será definida pelos ministros do Supremo. Para ele, o texto da emenda dá margem para questionamento. 

Por nota, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informa que a repercussão geral foi reconhecida ainda em 2012 pelo STF "e está sendo acompanhada de perto pela PGFN, notadamente pela grave repercussão que pode causar no financiamento de diversas entidades que prestam relevantíssimos serviços à sociedade (Sesc, Sesi, Sebrae etc), sustentadas que são pela receita advinda das exações combatidas". 

A nota do órgão ainda destacou que a tese firmada no julgamento representa apenas a posição da 4ª Turma, "não podendo ser sequer considerada como a posição majoritária do próprio TRF da 5ª Região". No texto, a PGFN cita julgados favoráveis da 2ª Turma (processos nº 0812379-78.2018.4.05. 8100 e nº 0004186-92.2013.4.05. 8000) e da 3ª Turma (processos nº 0812510- 53.2018.4.05.8100 e nº 0806887-58.2016.4.05.8300). (Valor Econômico)

                  

"O Brasil e o Mercosul entraram em nova etapa, de efetiva abertura e integração na economia global", diz secretário-geral do Itamaraty
O gaúcho Otávio Brandelli considera o acordo com a União Europeia positivo para o consumidor e para a economia
 
Na área internacional, diplomata cita a conquista do apoio dos Estados Unidos para o ingresso do Brasil na OCDE
 
Avesso a entrevistas, o diplomata Otávio Brandelli, nascido em Garibaldi, tem conduzido de forma discreta a construção da nova política externa brasileira. Ao tomar posse para o cargo de secretário-geral do Itamaraty, Brandelli recebeu do amigo de longa data e chanceler Ernesto Araújo um título informal que define bem o desafio no ministério das Relações Exteriores: “Se o presidente é o arquiteto, o ministro é o engenheiro e o secretário o mestre de obras da política externa”. Brandelli concordou em responder a perguntas enviadas por e-mail para explicar como tem feito esse trabalho de construção. A entrevista foi concedida um dia antes de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que pensa em indicar o filho Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador nos Estados Unidos.
Quais são os benefícios do acordo Mercosul-União Europeia (UE)?
Quando o acordo entrar em vigor, 92% das exportações do Mercosul para a UE terão suas tarifas de importação eliminadas em prazo máximo de 10 anos, melhorando a competitividade no mercado europeu. Se contabilizarmos outras formas de  acesso a UE, como quotas, os benefícios alcançarão 99% do comércio. Os compromissos assumidos em áreas como serviços, compras governamentais e barreiras sanitárias tornarão o comércio menos vulnerável à aplicação de restrições injustificadas e darão maior transparência e segurança jurídica aos investimentos. No mercado dos países do Mercosul haverá concorrência com os produtos europeus. Isso é bom para o consumidor e salutar para a economia. A conclusão das negociações com a UE, segunda maior economia do mundo, que sozinha responde por 22% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, significa também uma mudança de paradigma. É um sinal ao mundo de que o Brasil e o Mercosul entraram em nova etapa, de efetiva abertura e integração na economia global. A negociação de acordos econômico-comerciais faz parte de uma política mais ampla, que não se limita ao acordo Mercosul-UE. Há outros processos em andamento, que tendem a ganhar maior dinamismo a partir de agora, como as negociações do Mercosul com o Canadá e com o EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Outro resultado recente na área internacional foi a adesão do Brasil, há poucos dias, ao Protocolo de Madri sobre o Registro Internacional de Marcas, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Com esse acordo, os brasileiros poderão registrar suas marcas em 120 países, mediante procedimento centralizado e simplificado, com menores custos e menos burocracia. 
O tema do acordo vem sendo tratado desde 1999. O que foi determinante agora?
Diversos órgãos de governo trabalharam por esse acordo e contribuíram para o êxito das tratativas. Os fatores determinantes, nesta etapa final, foram o impulso político do governo Bolsonaro, o pragmatismo não ideológico e a confluência de visões com os demais sócios do Mercosul. O Mercosul foi criado em 1991 sobre dois pilares: democracia e liberalização comercial. Esses valores foram retomados e fortalecidos, criando um vetor favorável à conclusão da negociação com a UE. Soubemos aproveitar uma janela de oportunidade. Os parceiros do Mercosul e da UE reconhecem que o governo brasileiro eleito em 2018 trouxe uma energia positiva e decisiva para a fase final das negociações.
O fato de a França ter sinalizado que agora terá dificuldades para ratificar o acordo pode impor alguma dificuldade?
É muito cedo para especular sobre dificuldades de ratificação do acordo que acaba de ser concluído. Todos os países que estiveram engajados em sua negociação, ao longo de 20 anos, fizeram concessões, mas também tiveram suas demandas atendidas de alguma forma. Para citar apenas alguns exemplos, a França terá condições preferenciais de acesso aos mercados de vinhos e de automóveis do Mercosul, por força do tratado. Em outras palavras, o acordo Mercosul-UE é abrangente e dá tratamento às principais questões do comércio entre os dois blocos, que vão muito além de eventuais preocupações pontuais. No equilíbrio geral, não há dúvidas de que o acordo é positivo para todas as partes.
Qual é o potencial de aumento do saldo da balança comercial para o Brasil?
Há estimativas do Ministério da Economia de que as exportações brasileiras para a UE poderão ter ganhos de cerca de US$ 100 bilhões até 2035. Isso seria o resultado da redução de tarifas para nossos produtos e das regras acordadas para disciplinar e facilitar o comércio entre os dois blocos. Também se abrirão oportunidades no setor de serviços e no mercado de licitações, as chamadas compras governamentais. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. (Zero Hora)
 
 

Argentina confirma colheita recorde de grãos

A Argentina deve terminar 2018/19 com uma safra recorde de grãos de 147 milhões de toneladas, informou a Secretaria da Agroindústria do país, que revisou números de plantio e de produção em relação ao relatório de junho.

"Tanto o milho quanto o trigo terão produções recorde, de 57 milhões de toneladas e de 19,5 milhões de toneladas, respectivamente", disse o secretário Luis Miguel Etchevehere, em nota oficial. Esse resultado, afirmou, reflete o fato de que a remuneração dos cereais estar no mesmo patamar da soja, "fundamental para a sustentabilidade do sistema produtivo e o cuidado com nossos solos", disse.

A colheita de trigo em 2017/18 somou 17 milhões de toneladas, e a de milho, 43,5 milhões de toneladas. O relatório divulgado na semana passada manteve a estimativa de área de plantio em 6,5 milhões para o trigo e em 9 milhões de hectares para o milho.

No caso da soja, a secretaria reduziu a estimativa de área plantada e de produção em relação ao levantamento anterior. A área foi calculada em 17 milhões de hectares, redução de 100 mil hectares. A produção foi estimada em 55,3 milhões de toneladas, cerca de 300 mil toneladas a menos que em junho. Na safra passada, a produção de soja argentina foi de 37,8 milhões de toneladas em razão da pior seca em mais de 50 anos no país sul-americano.

"Não é apenas uma conquista quantitativa ou isolada, mas também qualitativa, fruto da rotação de culturas que nos permite pensar em um processo de longo prazo que nos levará a continuar quebrando marcas históricas", disse Etchevehere.

A grande colheita de soja na Argentina, aliada à produção brasileira projetada em 114,8 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - retração de apenas 3,7% em relação ao recorde de 119,3 milhões de toneladas da safra anterior -, deve trazer pressão adicional aos preços na bolsa de Chicago. Apesar da perspectiva de quebra da safra americana, os estoques de soja são fartos nos EUA, e a previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) é de oferta de soja 75% maior que a demanda global em 2018/19 e 72% maior em 2019/20. (Valor Econômico)

CTC/Leite
Foi comunicado pelo Secretário de Câmaras Setoriais (CGAC/DEP/MAPA), Francisco Facundo, a publicação no Diário Oficial da União (DOU) a Portaria 142 no dia 19 de julho de 2019 instituindo a Comissão Técnica Consultiva para Monitoramento da Qualidade do Leite – CTC/Leite, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de fortalecer a política pública de incremento da competitividade do setor. Clique aqui para ler o documento na íntegra. (Terra Viva)