Porto Alegre, 21 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.461
Wilson Sons tem recorde na cabotagem de leite em pó
Empresa registrou no primeiro semestre de 2021 a maior movimentação do produto para outros estados na história do Tecon Rio Grande. Pernambuco, Bahia e Amazonas são os destinos do produto
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com aproximadamente 13% de toda a produção nacional, e a comercialização de derivados do lácteo se destaca. A Wilson Sons registrou, no primeiro semestre de 2021, a maior movimentação do produto para outros estados na história do Tecon Rio Grande. O terminal de contêineres alcançou 542 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados.
Por meio de cabotagem (transporte marítimo dentro da costa do próprio país), os destinos da mercadoria foram Pernambuco, Bahia e Amazonas através dos portos de Suape, Salvador e Manaus, respectivamente. O crescimento foi de 129,6% no semestre em volumes totais, com acréscimo de 306 TEU na comparação ao mesmo período de 2020.
Segundo a Emater-RS, o Estado produz 4,5 bilhões de litros de leite/ano. A produção leiteira do Rio Grande do Sul, cada vez mais especializada e moderna, se destaca nacionalmente pelas condições climáticas favoráveis, qualidade genética do rebanho, possibilidade do cultivo forrageiro de inverno e verão de excelente qualidade, além da mão de obra familiar.
Para Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, os resultados de movimentação de leite em pó para estados do Nordeste e Norte do País obtidos pelo terminal são animadores. Conforme Bertinetti, a modalidade de cabotagem adequa-se perfeitamente a este tipo de carga, pois permite que produtores atinjam novos mercados dentro das fronteiras do próprio País, contando com duas saídas semanais do Rio Grande e ligação com os principais portos brasileiros. “A cabotagem é um tipo de operação que leva a carga gaúcha para demais estados do Brasil, e o Tecon Rio Grande concentra todas as condições de estrutura para oportunizar que mais negócios sejam feitos através do nosso terminal”. (Jornal do Comércio)
Impactos da crise da Covid vão ficando menores no RS
Boletim do governo aponta variação positiva pela 11ª vez seguida na arrecadação de ICMS. Emissão de notas fiscais cresceu pelo 13° mês
Receita Estadual publicou a 40ª edição do Boletim sobre os impactos da Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS. Os principais indicadores econômico-fiscais seguem demonstrando um cenário de retomada no Rio Grande do Sul. As análises consideram a variação ante períodos equivalentes do ano anterior, de forma que alguns dos resultados são influenciados pela comparação ocorrer frente a um período já afetado pela pandemia, ou seja, junho de 2021 e junho de 2020. A arrecadação de ICMS apontou o 11º mês consecutivo de variações positivas.
Em junho o resultado de R$ 3,43 bilhões foi 28,9% (R$ 770 milhões) superior a igual período do ano anterior, impulsionado pela base comparativa deprimida, pela retomada econômica e também por receitas extraordinárias que são resultados, entre outros fatores, de medidas estabelecidas pelo Fisco estadual, conforme destaca a publicação. Com isso a arrecadação acumulada em 2021 é de R$ 21,5 bilhões, aumento de R$ 3,68 bilhões em relação ao período equivalente anterior (20,6%). Na visão dos últimos 12 meses a arrecadação total é de R$ 42,45 bilhões, um ganho real de R$ 4 bilhões (10,4%) frente aos 12 meses imediatamente anteriores.
A emissão de notas fiscais também registrou variação positiva pelo 13° mês consecutivo frente a períodos equivalentes do ano anterior. O resultado em junho foi de 33,8%, sendo o terceiro melhor desde o início das análises. O pior resultado do indicador ocorreu em abril de 2020, quando marcava um recuo de 16,7%. No acumulado do período da crise da pandemia, de 16 de março de 2020 a 30 de junho de 2021, o indicador agora aponta ganho de 13,6%.
Na análise das vendas por atividade, a indústria, o atacado e o varejo registraram variações positivas ao longo do mês ante junho do ano passado. Os respectivos desempenhos foram de 35,2%, 38,5% e 25,7%. Com isso, os indicadores acumulados desde o início das medidas de distanciamento agora são de 18,2%, 13,7% e 5,5%. Pela quarta vez as três atividades registram variações positivas acumuladas ao final de um mês. (Correio do Povo)
Balde Cheio fecha parceria com a COOPAR no RS
O projeto em rede Balde Cheio, desenvolvido pela Embrapa por 23 anos, e retomado no RS há dois anos, vai se estendendo a mais cooperativas no Estado. A confirmação de participação nas ações do Projeto veio da Pomerano Alimentos Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul LTDA (COOPAR), do município de São Lourenço do Sul.
Nesta última semana, o departamento técnico da organização confirmou a assinatura do contrato entre as duas instituições, com o objetivo de valorizar o seu maior patrimônio, que é atender melhor o seu associado. Além disso, a Cooperativa está num momento de investimento ao capacitar novos técnicos contratados. De três técnicos, o seu Departamento Técnico passa a contar com mais três novos profissionais.
Segundo o diretor técnico da COOPAR, Estêvão Kunde, as expectativas no trabalho são positivas pois pretendem envolver quatro técnicos para trabalhar com quatro “propriedades-modelo”, que segundo ele, deseja que se tornem referência em manejo e práticas de produção leiteira para aumento de produtividade, com abrangência na região envolvida pela Cooperativa.
Para a pesquisadora Renata Suné Martins da Silva, da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, a estratégia é de divulgar a metodologia do Projeto nas principais bacias leiteiras do Estado, através de palestras, dias de campo, reuniões, publicações, de forma a dar ciência aos interessados no tema, envolvendo as cooperativas, prefeituras, produtores e técnicos da área de bovinocultura de leite. “O nosso planejamento é de ampliar cada vez mais o programa, sem distinção de regiões, número de municípios, produtores ou técnicos envolvidos. Até porque acreditamos que o programa tem o potencial de transformar regiões, sem destaque em termos de volume ou produtividade, e em regiões que avancem em desenvolvimento regional baseado na produção de leite”, explicou.
A Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, também faz parte do Projeto, com a atuação do analista Sergio Bender, que se dedica junto à pesquisadora Renata de expandir as ações no Estado. “Nosso papel é de articulação, fazendo com que se amplie o número de técnicos, e mesmo em tempos de pandemia, estamos apresentando a metodologia Balde Cheio e realizando convites ao público de interesse, cumprindo nosso propósito na busca de novos parceiros”, disse Bender.
O Projeto está presente no Rio Grande do Sul na região da Fronteira-Oeste, junto a Associação dos Produtores de Leite (Acripleite), contando com a área de produção de leite experimental da Fundação Maronna. Na região da Serra, através da Cooperativa Piá, estão sendo capacitados atualmente os técnicos que assistem os municípios de Barão, Gramado, São Jorge e Soledade, e anteriormente, fizeram parte técnicos e produtores de Nova Petrópolis e Vila Flores. E agora, a equipe passa a desenvolver as atividades junto a região da Metade Sul, centralizado no município de São Lourenço do Sul, através da COOPAR.
Os primeiros encontros, serão ainda durante o mês de julho, de forma online, para manter contato com os técnicos e produtores associados envolvidos no Projeto, após acontecem as capacitações bimestrais.
Conforme o consultor técnico Juliano Alarcon Fabrício, há possibilidades de realização de encontros presenciais com os produtores e técnicos em setembro ou novembro, e posteriormente, nos meses de janeiro, março e maio, no formato virtual.
Estevão Kunde contou que foram escolhidos para se envolver um técnico mais experiente de atendimento da região do município de Canguçu e os demais técnicos são profissionais recentemente contratados pela Cooperativa. Cada técnico assistirá uma propriedade-piloto.
A COOPAR possui um quadro de produtores associados de diferentes escalas de produção, tanto pequenos quanto médios, com características de propriedades familiares, entre baixo e altos volumes de leite. “Entre algumas de nossas dificuldades com os produtores estão o estabelecimento de pastagens, com ênfase no planejamento forrageiro para atender primeiramente a necessidade dos animais, o que vai resultar em uma manutenção nutricional, gerando maior produção”, disse Kunde.
O técnico ainda destacou que a região possui um solo frágil, arenoso, de baixa matéria orgânica que precisa de orientações de manejo, além de informações para gestão da propriedade como colocar em prática a mensuração de resultados, através de registro de controle de produção e dados zootécnicos do rebanho. A expectativa da Cooperativa é elevar o conhecimento para os seus técnicos e atender de forma mais qualificada os produtores associados - 4.750 famílias - mudando sua realidade.
A COOPAR atende os municípios de Arroio do Padre, Camaquã, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Morro Redondo, Pelotas, Piratini, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Turuçu. (Embrapa)
Jogo Rápido
Estrela Multifeira terá 1º Concurso Leiteiro O agronegócio é um dos eixos da Estrela Multifeira, que busca de forma constante inovar e agregar valor ao evento. E uma das novidades da 7ª Estrela Multifeira será o 1º Concurso Leiteiro, apresentado nesta terça-feira (20) a parceiros e técnicos de empresas de laticínios, que serão o elo com os produtores de leite com interesse e potencial de participação. As inscrições podem ser feitas de 26 de julho a 13 de agosto através dos técnicos das empresas envolvidas, cuja confirmação até o momento é da Cooperativa Languiru, Lactalis, Latvida e outros. O concurso é destinado a produtores de leite de Estrela e terá a avaliação feita por uma comissão julgadora diretamente nas propriedades, com critérios de qualidade e produtividade. A divulgação dos vencedores será feita durante a Estrela Multifeira, bem como a entrega de premiação que contemplará o Trio Mais Produtivo, Vaca mais produtiva (período total), Vaca mais produtiva (única ordenha), Propriedade Destaque, Propriedade Destaque Geral, além de homenagens a todas as propriedades, técnicos e empresas participantes. Segundo o coordenador do concurso, o médico veterinário Nelson Souza a ação dará visibilidade à feira e aos produtores. “Será um momento de também compartilhar conhecimento, mostrar ao público como é o processo, os custos envolvidos e valorizar mais esse produto que é uma das bases da nossa alimentação e tem fator econômico muito importante”, destaca. A novidade foi aprovada por quem atua junto ao setor leiteiro. “O concurso tem tudo para ser um sucesso e realmente valorizar o agro. Estrela é um município onde a cadeia leiteira chama a atenção, com muito investimento em tecnologia, alta produtividade e rentabilidade”, observou o gerente de fomento leite da Cooperativa Languiru, Mauro Aschebrock. Estrela tem 290 produtores de leite e uma produção anual de 42 milhões de litros do alimento (2020). Está entre os principais do Rio Grande do Sul neste setor e uma amostra disso poderá ser conhecida na Estrela Multifeira 2021. O 1º Concurso Leiteiro reforça as demais atrações do agronegócio, que são a exposição de animais já conhecida pelo público das edições anteriores, além das empresas de produtos, tecnologia e serviços que dão suporte ao setor. (Rádio Independente)
Porto Alegre, 20 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.460
O desafio da eficiência
Rio Grande do Sul já teve quase 66 mil produtores de leite, que foram desistindo da atividade pelo peso dos custos e das exigências qualitativas bastante elevadas nos últimos anos, segundo observações da Emater/RS-Ascar. No rebanho atual, de quase 1 milhão de vacas leiteiras, as raças predominantes são a Holandesa e a Jersey. A coleta média diária dos atuais 50,4 mil produtores está na faixa dos 150 litros de leite, mas, segundo relatório de 2019 da Emater, pode variar de 50 a 2,5 mil litros por dia, dependendo da propriedade rural. Ainda conforme o levantamento, que será atualizado neste ano, 94,4% das propriedades têm o sistema alimentar baseado em pastagens, 3,7% em semiconfinamento e somente 1,8% em confinamento total. Mesmo que já use o modelo das pastagens, essa maioria tem o desafio de ampliar a produtividade e a qualidade nutricional das forrageiras, até porque tem pouco espaço para expandir o cultivo.
Assistente técnico do escritório municipal da Emater em Venâncio Aires, Diego Barden revela que a alta dos custos tem realmente diminuído o número de produtores no município, estimado hoje em 2 mil, mesmo que o preço do litro de leite pago pela indústria tenha melhorado. De acordo com ele, o estímulo à alimentação com base no pasto é permanente, mas há dificuldades por parte de algumas famílias em melhorar sua performance. “Há uma parcela dos produtores que garantiu a produtividade diária com a silagem, com pequenas áreas para o plantio de milho e até com uso de áreas arrendadas com este fim”, conta Barden. Nestes casos, diz, com a crise recente no preço dos grãos e as estiagens em 2020 e 2021, quem vinha alimentando o gado com base na silagem e na ração concentrada teve mais dificuldades.
“Sempre ressaltamos que a alimentação a pasto era a mais barata e, neste último ano, ela ficou muito mais barata; com isso, muitos começaram a se preocupar em ampliar o uso das forrageiras”, constata o técnico, sem deixar de apontar que alguns, mesmo que quisessem, não teriam como ampliar a área com pastagens que mantêm ao longo dos anos. “Por isso, recomendamos melhorar as áreas existentes apostando, entre outras coisas, na busca pela qualidade do solo e por cultivares mais produtivas”, destaca.
A mais importante orientação, agrega Barden, é que o produtor tenha a certeza de que o gado vai ficar bem nutrido com o pasto e que a suplementação seja só para assegurar a produtividade nos momentos de escassez de forrageiras. Mesmo em momentos como a troca de estações, quando a disponibilidade de pasto fica menor, é possível evitar essa queda de oferta, afirma a técnica da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Íris Beatriz dos Santos, ao apontar como estratégia a sobressemeadura de espécies forrageiras de inverno em áreas ocupadas por espécies perenes de clima tropical para aproveitar o período em que estas ficam pouco produtivas ou mesmo dormentes.
Íris lembra também que além de preocupar-se com a produção, é preciso que o produtor preste atenção às exigências dos animais em pastoreio. “O planejamento do sistema de produção de forragens é indispensável, pois o objetivo é equilibrar a máxima oferta de alimentos de alta qualidade com a exigência nutricional dos animais e evitar, ou pelo menos reduzir, períodos de déficit forrageiro e a necessidade de suplementação”, pondera. (Correio do Povo)
GDT – Global Dairy Trade
Fonte: Global Dairy Trade – adaptado Sindilat/RS
Mais pasto contra o custo
Um novo olhar sobre a forma de alimentar o gado leiteiro pode levar a atividade a um patamar mais sustentável e a um melhor equilíbrio de renda para o produtor. Presente na produção leiteira desde sempre, a alimentação do plantel a pasto vem ganhando protagonismo nos últimos dois anos diante da alta dos preços do milho e da soja, próxima dos 100%, e de duas estiagens sucessivas que prejudicaram a qualidade e a quantidade de milho silagem plantado nas propriedades. A alternativa, entretanto, não é para todos. Para incrementar as pastagens e se beneficiar de uma redução de custos de 50% ou mais, o produtor precisa de área para plantio de forrageiras, recursos para investir em insumos e assistência técnica que o oriente tanto na escolha das plantas quanto na composição de uma dieta balanceada para as vacas.
Considerada uma das maiores cooperativas do Brasil, a CCGL vem conscientizando os seus cerca de 3,5 mil produtores de leite a priorizar o pasto desde 2005. O supervisor técnico da produção de leite na cooperativa, Luis Otávio da Costa Lima, relata que foi um longo processo, o qual passou pela melhoria da qualidade do solo nas propriedades, com novas práticas de adubação, e das formas de manejo. Lima ressalta que a utilização das forragens como fonte principal de nutrição torna o sistema de produção leiteira mais resiliente e menos vulnerável a crises como a vivida hoje, quando a saca de milho ultrapassa os R$ 90,00 e a tonelada do farelo de soja (que compõe a parte proteica das rações) os R$ 2,3 mil. Atualmente, 95% dos produtores que fornecem leite à CCGL, em 170 municípios, de Lagoa Vermelha, no Norte do Estado, a Santa Vitória do Palmar, no Sul, têm as pastagens como alimento principal do rebanho.
Segundo o supervisor, uma vaca come, em média, de 15 a 17 quilos de matéria seca de pasto por dia. Este é o limite máximo de ingestão diária deste tipo de alimento e garante uma média produtiva de 15 a 20 litros de leite por dia, dependendo do animal. Para garantir uma produção considerada regular, de 25 a 30 litros, é preciso acrescentar à dieta da vaca em torno de 5 quilos de suplementação, composta pela silagem de milho e a ração com proteína. Nesta proporção, o produtor gastaria por vaca cerca de R$ 14,75 ao dia.
Quando a base alimentar é a silagem de milho e a ração, usadas nos sistemas de gado semiconfinado e confinado, o custo é maior (a produção também, de 10 a 15 litros a mais), tendo em vista que o quilo do milho silagem com planta inteira oscila de R$ 0,38 a R$ 0,45. “No caso predominante de uso do milho, é preciso plantar, ter quem colha, quem misture o alimento e quem leve até o cocho e isso tudo representa custo”, lembra Lima. No Rio Grande do Sul, conforme dados da Emater/RS-Ascar, 50,4 mil famílias, distribuídas em quase todos os 497 municípios, têm como fonte principal de renda a atividade leiteira. A instituição preconiza o uso de pastagens na produção de leite desde sempre. O gerente técnico e coordenador da área de leite da Emater, Jaime Ries, reconhece, contudo, que o sistema tem realmente limitações, tanto de oferta de pasto, dada a sazonalidade, como de possibilidade de aumento de área para este tipo de cultivo, uma vez que a maioria absoluta dos produtores está nas pequenas propriedades da agricultura familiar.
Ries alerta que as dificuldades em equilibrar custo e renda vêm tirando da atividade, gradativamente, as famílias produtoras. Na próxima Expointer, em setembro, a associação vai divulgar uma atualização do relatório que faz a cada dois anos da produção leiteira gaúcha. “Ainda não temos os números, mas o sentimento que temos indo a campo é de que o número dos produtores segue diminuindo”, diz.
O gerente técnico sustenta que a produção de leite não sofre prejuízos quando a alimentação prioritária dos animais é a pastagem. Ressalta, inclusive, que o inverno é a estação na qual mais se produz no Estado graças à qualidade e disponibilidade das forrageiras – aveia e azevém na maioria dos locais. “Anualmente, a Emater leva ao produtor informações para que faça um bom planejamento forrageiro, indicando as melhores espécies e épocas de plantio, de forma que garanta na sua propriedade a disponibilidade de pastagens”, acrescenta Ries.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), que representa a agricultura familiar e o produtor de leite diretamente, vê na produção leiteira com base a pasto uma excelente alternativa para a diminuição dos custos. “Porém, há uma limitação para os produtores conseguirem implementar esta prática, que é a área de terra que eles possuem”, observa o assessor de Política Agrícola, Kaliton Prestes. Nas pequenas propriedades, na maioria das vezes, a área disponível para plantio de pasto precisa ser semeada com o milho silagem, do qual o produtor também não pode prescindir. (Correio do povo)
Jogo Rápido
E-book Especial Queijos Santa Clara está disponível para download A tradição e a qualidade de 110 anos dos Queijos Santa Clara podem ser conferidas no e-book Especial Queijos Santa Clara, que traz informações sobre os queijos produzidos pela Cooperativa, dicas, harmonizações e 50 receitas inéditas e deliciosas. O lançamento foi na noite de segunda, 19 de julho, com uma live com participação do diretor da Cooperativa Alexandre Guerra e o chef Gabriel Lourenço, que assina as receitas do e-book. A coletânea está dividida em petiscos, antepasto, primeiro prato, prato principal, acompanhamentos e sobremesa, sempre tendo como destaque o queijo. Para esse momento tão especial que é cozinhar é sugerida uma playlist no Spotify, que pode ser acessada clicando nos ícones nas receitas. Interativo, o material inclui menus clicáveis de categorias e para escolher a receita a partir do queijo preferido. O material contempla 49 tipos de queijos produzidos pela Cooperativa, reunindo desde os frescos Minas e Ricota, passando pelos tradicionais Colonial, Lanche e Samsoe, até os mais intensos como Azul, Gruyère e Parmesão, nas diferentes versões que o consumidor pode encontrar nos pontos de venda: pedaços, fatiados, cunhas ou ralados. No lançamento, o chef ensinou a 50ª receita, uma Scaccia de Queijos Santa Clara. A live está disponível no canal da Santa Clara no Youtube, youtube.com/coopsantaclara, onde também serão publicadas vídeos de algumas das receitas do e-book. O e-book Especial Queijos está disponível para download no site da Santa Clara, clicando aqui. (Cooperativa Santa Clara)
Porto Alegre, 17 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.459
Forrageiras ganham espaço
Há 20 anos tendo na atividade leiteira sua principal fonte de renda, o produtor Volnei Schreiner, de Victor Graeff, na Região do Alto Jacuí, diz ter mudado suas estratégias para fazer frente aos custos. Dos 20 hectares da propriedade, onde mantém 32 vacas em lactação, mais da metade são destinados para a produção de alimentos para o rebanho. O produtor, associado à CCGL, consegue uma média diária de 24 litros de leite por vaca, mesmo tendo reduzido a suplementação dos animais de 7 para 4 quilos por dia. “Com boa oferta de pasto, consigo diminuir a parte proteica da ração, de 22% para 18%, o que a barateia”, raciocina. “Mas é bom lembrar que não existe criar gado de leite eliminando a suplementação”, ressalva.
Neste ano, foram plantados na fazenda – onde trabalham ainda a mãe e o pai de Volnei, Ernani e Gisela; a esposa, Nêmora; e os filhos gêmeos, Bruno e Gabriel – 9 hectares de pastagens e 6 hectares de milho silagem. “Aumentamos em 3 hectares a área de pasto e em 1 hectare a de milho”, relata o produtor. Schreiner conta que nos últimos dois anos a produção de milho sofreu com a falta de chuva, os estoques de alimento da família para o gado diminuíram e foi preciso voltar a práticas que haviam sido deixadas de lado na propriedade, como o plantio do triticale para a silagem de inverno.
Além disso, a propriedade também tem feito estoque de uma mistura de resíduos de aveia, azevém e milheto para oferecer no caso da escassez de milho. “Mas produzir pasto não está fácil”, reclama Schreiner. De acordo com o produtor, os custos de adubação das áreas de pastagens subiram mais de 50% de um ano para o outro. “No ano passado gastei R$ 2,15 mil pela tonelada de adubo e neste ano R$ 3,68 mil”, compara.
“Na ureia, o custo subiu de R$ 1,67 mil para R$ 2,99 mil.” Mesmo assim, ele elogia a assistência que recebe da cooperativa. “Os agrônomos e os veterinários nos ajudam muito, indicando as melhores cultivares e mostrando como montar a melhor dieta para os animais”, conclui.
APOSTA EM OUTROS GRÃOS E CULTIVARES MAIS NUTRITIVAS
Assegurar a produção média de 850 litros de leite por dia diante da alta dos custos com alimentação do rebanho tem sido um desafio para o produtor Jonas Leonardo Fetter, de Augusto Pestana, no Planalto Médio. Seu plantel, predominantemente da raça Holandesa, é composto por 34 vacas em lactação, sete vacas secas e mais 42 novilhas em fase de desenvolvimento. A produtividade das vacas gira em torno dos 25 litros por dia, o que é considerado excelente na alimentação com base no pasto.
“Para enfrentar essa crise a gente foi diminuindo gradativamente a ração, em quantidade e em índice de proteína”, explica. Cada animal, que chegava a receber 10 quilos de suplementação por dia, hoje consome de 5 a 6 quilos. O concentrado também teve o índice de proteína diminuído de 22% para 18%. “Fomos ajustando a dieta para fazer a melhor economia e a situação só não fica mais difícil pela quantidade e pela qualidade do nosso pasto”, relata.
Fetter explica que na propriedade, no distrito de Linha São João, onde divide as atividades com a esposa, Nadine, são reservados 30 dos 50 hectares para o plantio de forrageiras, entre elas o azevém e as aveias de inverno e verão. As dificuldades para conseguir milho silagem e o preço do milho fizeram com que o produtor optasse por ter o mínimo do cereal na oferta de comida para os animais, investindo em cultivares de pasto mais nutritivas e em outros grãos, como o triticale.
“Com apoio da assistência técnica da Cooperativa Santa Clara, melhoramos a qualidade do nosso pasto investindo em cultivares mais nutritivas, como a aveia ucraniana”, detalha o produtor. Além do alto teor nutricional, a aveia ucraniana tem vantagens produtivas, apresentando o dobro do volume da aveia preta comum, cobertura de solo e capacidade para até oito cortes. Fetter não viu necessidade de ampliar a área plantada e diz que a hora é de ser “cauteloso” para equilibrar o negócio baseado no leite. (Correio do Povo)
Leite A2 já tem mercado de R$ 100 milhões
Em meio a um cenário desafiador para a produção de leite — com a alta nos custos de produção e a falta de chuvas que afetam pastagens —, a família Jank, proprietária da Fazenda Agrindus, o quinto maior produtor de leite no Brasil, tem apostado em um tipo de rebanho ainda incipiente no país, que tem trazido ganhos para o negócio: o de vacas a2a2. Com genética diferente da convencional, esses animais produzem leite que o corpo humano possivelmente digere com mais facilidade.
A matéria-prima foi descoberta nos anos 1990 e lançada comercialmente na Nova Zelândia, um dos países líderes em produção de leite, em 2003. Depois da queda da patente do produto, em 2015, o leite A2 passou então a ganhar o mundo também pelas mãos de outros produtores.
A diferença do A2 para o leite convencional é a proteína beta-caseína A2, a mesma encontrada no leite materno, conta o empresário Roberto Jank Jr., diretor da Agrindus, que vende leite e derivados com a marca Letti A2.
Em 2020, o mercado global do leite A2 e seus derivados foi avaliado em US$ 8 bilhões, segundo a empresa canadense Precedence Research. Para 2030, a projeção — “consistente”, avalia o empresário — é de US$ 25 bilhões.
O consumo de leite mais facilmente digerível tem crescido em países como a China e os Estados Unidos, que usam a matéria-prima em fórmulas infantis. No Brasil, a Agrindus é a precursora em um segmento ainda bastante restrito — avaliado, por ora, em cerca de R$ 100 milhões anuais, o nicho representa menos de 1% do mercado de leite. São poucos os produtores no país, e a produção ocorre em fazendas verticalizadas, com rastreabilidade sobre a origem.
Em resposta a uma solicitação da entidade setorial Abraleite, o Ministério da Agricultura aprovou o leite de vacas com essa genética. Com o sinal verde, a Agrindus passou a vender os produtos, em outubro de 2018.
“O ministério forneceu um selo de reconhecimento de produto proveniente de vacas a2a2, mas ainda falta a Anvisa terminar o estudo sobre a capacidade de digestão para que possamos incluir essa informação no rótulo”, disse o empresário.
Atualmente, as embalagens informam apenas que o leite é proveniente de animais com essa genética, e a Agrindus investe em comunicação via site e redes sociais, além de trabalhar em uma aproximação com pediatras e nutricionistas. Em outros países, há na rotulagem a identificação de “digestão mais fácil”.
Com a aposta, a companhia tem conseguido ganhar cerca de 10% a mais em preço no nicho dos leites A. Isso permitiu-lhe ampliar sua receita no primeiro semestre deste ano em 15% por hectare, para R$ 100 mil por área.
De acordo com Jank Jr, a Agrindus quer abraçar consumidores de diferentes classes de renda. Nos municípios de Descalvado e São Carlos, por exemplo, onde, de acordo com o empresário, as pessoas valorizam muito o leite fresco, a bebida é vendida em saquinhos de plástico, com valores mais acessíveis.
“Apostamos em um conceito que é reduzir o máximo possível o processamento”, conta. Jank explicou, ainda, que as genéticas distintas dos animais — tanto a a2a2 quanto a a1a1 das vacas que produzem o leite convencional — nada tem de processos de transgenia. “São adaptações ao ambiente, mudanças naturais que ocorreram nos animais”, pontuou. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
Quais as oportunidades para os ingredientes lácteos?
A nutrição para mulheres grávidas e lactantes é um mercado conhecido, embora pouco explorado e em expansão. O número de lançamentos de produtos está aumentando consistentemente a cada ano. Essa tendência pode ser encontrada em todo o mundo e a Ásia é a região onde a demanda é mais alta.
Além dos mercados de nutrição tradicional já em expansão, a nutrição materna parece ser um mercado repleto de oportunidades, no qual os ingredientes lácteos definitivamente têm um lugar.
O mercado de nutrição materna está em alta e o número de lançamentos aumentou mais de 40% desde 2013. Embora a demanda seja alta em todas as regiões do globo, a Ásia é o país com demanda maior, sendo responsável por 40% dos lançamentos de produtos.
Vários fatores contribuem para essa tendência. Em primeiro lugar, a noção de “1.000 dias” — desde a concepção até o segundo aniversário de uma criança — é cada vez mais reconhecida. Este é um período crucial no desenvolvimento do bebê, onde uma boa alimentação é especialmente importante. Os pais querem o melhor para o seu bebê e isso significa começar cedo, com uma nutrição ideal para a gestante.
Além disso, rendimentos mais elevados nas economias emergentes da Ásia (China e Sudeste Asiático em particular) e a redução no número de filhos por família são fatores que motivam as famílias a gastar mais com o cuidado e alimentação dos filhos que têm, bem como as mães deles.
Paralelamente ao crescimento da demanda, as expectativas se diversificam e a oferta se amplia. Há maior potencial de inovação agora do que em qualquer outro momento, e para o fornecimento de novas soluções nutricionais que são mais claramente adequadas para as mães durante e após a gravidez.
Dada a gama limitada de produtos de saúde materna atualmente no mercado, esses consumidores estão em busca de mais inovação. Anteriormente, as mulheres grávidas e amamentando tinham apenas uma gama limitada de produtos lácteos ou leite em pó à sua disposição. Agora, infusões especiais, barras de cereais e bebidas foram desenvolvidas especificamente para esse alvo.
Os formatos em movimento são cada vez mais oferecidos e uma atenção especial é dada aos produtos naturais. Isso significa bebidas à base de plantas ou sucos enriquecidos com ingredientes funcionais, por exemplo. O sabor também é um foco importante, resultando em produtos como biscoitos enriquecidos com proteínas e minerais ou bebidas de chocolate enriquecidas com proteínas.
Por fim, em conjunto com essa tendência crescente, as mães buscam formas de melhorar sua saúde física e mental. A saúde mental é, sem dúvida, um fator significativo na saúde geral das mães durante um período de grandes mudanças. Pode-se pensar em produtos que estimulem a lactação ou que ajudem as mães a lidar com a fase pós-natal.
Há maior potencial de inovação agora do que em qualquer outro momento, e para o fornecimento de novas soluções nutricionais que são mais claramente adequadas para as mães durante e após a gravidez.
Atualmente, as previsões de crescimento para o mercado de fórmulas infantis preveem uma pequena desaceleração (cerca de 1% de crescimento anual até 2024). Expandir a base de clientes visando os pais de maneira diferente pareceria, portanto, uma jogada inteligente.
Além disso, o aleitamento materno é cada vez mais incentivado, e com razão. Além do impacto na demanda por produtos de nutrição infantil, a nutrição das mães provavelmente assumirá um significado totalmente novo, tanto durante a gravidez quanto durante a amamentação.
Os fabricantes de nutrição infantil, sujeitos a diretrizes que restringem cada vez mais a promoção de produtos e marcas, perceberão que esse mercado voltado para as mães está, pelo menos por enquanto, menos regulamentado e que a comunicação voltada para a melhoria da nutrição ainda é possível. Estender a mão para mulheres grávidas e amamentando também é uma grande oportunidade para aumentar o reconhecimento e a fidelidade à marca.
Um exemplo de produto que atende a esse mercado é o Prolacta, da Lactalis Ingredients, uma proteína natural obtida diretamente do leite por meio de um processo suave que protege as qualidades nutricionais. Rico em aminoácidos essenciais, o Prolacta é de fato mais rico em triptofano do que uma proteína sérica clássica.
O triptofano é o precursor da serotonina e da melatonina, neurotransmissores com efeito sedativo no cérebro. Portanto, produzem uma sensação de bem-estar. Contendo até 40% mais triptofano do que uma proteína sérica clássica, o Prolacta é uma fonte de proteína que pode ser incorporada em fórmulas nutricionais. (As informações são da Lactalis Ingredients, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Jogo Rápido
Análise aponta impacto no RS Análises feitas em folhas de milho em 97 municípios do Estado comprovaram enfezamento das plantas pela presença da praga cigarrinha-do-milho. De 109 amostras examinadas, 44% deram positivo para enfezamento pálido e 4% para enfezamento vermelho. Os resultados foram fornecidos pelo programa nacional de monitoramento, do Mapa, do qual participam Emater e Seapdr. (Correio do povo)
Porto Alegre, 16 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.458
Decreto prorroga isenção de ICMS sobre fretes no RS
Por meio de decreto publicado nesta sexta-feira (16/7), o governo gaúcho prorrogou a isenção do pagamento do imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS) até 31 de dezembro de 2021. A medida passa a valer com a publicação do decreto nº 55.998, produzindo efeitos a partir de 1º de agosto. Na prática, os contribuintes gaúchos que realizarem operação de transporte intermunicipal de cargas, que tenha início e término no território do estado, serão isentos do ICMS sobre o valor do frete.
A prorrogação do benefício, segundo Matheus Zomer, advogado e consultor tributário do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), contribui para o fomento da cadeia produtiva e econômica. "A medida é positiva, pois assegura a desoneração da operação de transporte. Caso fosse exigido esse ICMS, seria um custo a mais para as empresas gaúchas. O ideal, contudo, seria que o Estado prorrogasse a isenção por um prazo maior, garantindo assim mais previsibilidade e segurança aos contribuintes", avalia. Confira o decreto clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Emater/RS: produtores investem em pastagens para melhorar manejo nutricional
Ao frio no início da semana, 05 de julho, se seguiram dias com temperaturas amenas e boa luminosidade, aumentando e qualificando a oferta de pastagens de inverno na maior parte das propriedades leiteiras – principalmente nas áreas com azevém – e impactando positivamente a atividade.
Com a elevação dos custos dos alimentos fornecidos no cocho (ração, farelo, silagem, entre outros), os produtores optam por investir em pastagens para melhorar o manejo nutricional, adequando também os sistemas de pastoreio.
Em geral, os animais apresentam boa condição corporal e bom status sanitário. Os rebanhos estão em período de parição, com consequente aumento da produção de leite. As temperaturas de frias a amenas proporcionaram o conforto térmico necessário aos rebanhos e promoveram menor ocorrência de ectoparasitas, como o carrapato e a mosca-do-chifre. Os produtores seguem sendo orientados pelas Inspetorias de Defesa Agropecuária da SEAPDR para realização dos manejos preventivos contra a raiva herbívora.
Na regional de Soledade, a produção de silagem de milho sofreu redução por conta do déficit hídrico em alguns períodos da primavera e outono; no entanto, a maioria da silagem estocada apresenta boa relação de grão por planta inteira. Quanto aos custos de produção, pode-se considerar que houve uma melhora na relação custo x benefício (ração x leite), ou seja, elevou o preço recebido pelo litro do leite e reduziu o preço da ração.
Já na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, os custos dos insumos concentrados utilizados como suplementos alimentares continuam com preços elevados.
A margem operacional segue baixa, exigindo um aumento na escala de produção para viabilizar economicamente a atividade. No entanto, nem todos os bovinocultores estão dispostos a enfrentar esses desafios e acabam saindo da atividade leiteira.
Alguns produtores da regional de Caxias do Sul tiveram que descartar animais com mastite recorrente a fim de amenizar os problemas com contagem de células somáticas (CCS) do leite comercializado.
Na de Porto Alegre, também ocorreram problemas com CCS e casos de mastite. Segue a recomendação de vacinar para prevenção de doenças reprodutivas, diarreia neonatal e raiva herbívora.
Na regional de Bagé, além das pastagens de aveia e azevém disponíveis, aumentou a disponibilidade de trevos e cornichão para pastoreio; contudo, a oferta forrageira ainda não é suficiente para todas as categorias dos rebanhos. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)
1º semestre tem aporte de R$ 2,1 milhões para pecuária leiteira, diz Fundesa-RS
Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul aprovaram na manhã desta quinta-feira (15) a prestação de contas da entidade para o primeiro semestre de 2021. O saldo do Fundesa é de R$ 99,06 milhões, e os gastos – entre investimentos e indenizações – foram de R$ 3,44 milhões.
O destaque entre os aportes de recursos foi para a cadeia da pecuária leiteira. Do total de saídas no semestre, R$ 1,9 milhão foi destinado à indenização de produtores. No ano passado, no mesmo período, o valor foi de mais de R$ 2,8 milhões. "Esse recuo se deve à redução na atividade de coleta de amostras, devido ao recrudescimento do coronavirus", justifica o presidente do Fundo, Rogério Kerber.
Capacitação de servidores, apoio ao projeto de reestruturação do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária e aquisição de insumos para diagnóstico laboratorial foram outros pontos de investimento do Fundesa no semestre.
Na caixinha, Tetra Pak convida o consumidor a refletir sobre escolhas mais sustentáveis
Consciência ambiental - Em parceria com as marcas, a empresa utiliza as próprias embalagens para estabelecer novos canais de interação e fomentar a consciência ambiental.
Esse é o 4º ano que a companhia adota a ferramenta de Ad on Pack para falar diretamente com o consumidor
Aliando tecnologia e interação, a Tetra Pak estampará em suas embalagens uma nova campanha de Ad on Pack, modalidade na qual utiliza as laterais das caixinhas para levar conteúdos especiais, ampliando o papel estratégico das embalagens também como ferramenta de conscientização. A ação faz parte da campanha global Escolha Natureza, Escolha Caixinha, lançada em abril pela companhia em todos os países em que atua.
Por meio de questionamentos como “E se essa embalagem pudesse se transformar em novos produtos?” “E se você pudesse ajudar a proteger as florestas brasileiras?” ou “E se você pudesse ajudar a criar um futuro melhor?”, a Tetra Pak convoca o consumidor a pensar em seu papel na complexa cadeia da sustentabilidade e conservação do meio ambiente.
Para todos os questionamentos, a Tetra Pak responde por meio de exemplos práticos e ações que a empresa já realiza para tornar a sua embalagem cada vez mais sustentável. A campanha busca o engajamento do consumidor, como um chamado para que participem dessa transformação em busca de escolhas mais conscientes, que auxiliam a reduzir os impactos causados no planeta. Ao escanear o QR Code impresso na caixinha, o consumidor que quiser saber mais é levado ao portal da Tetra Pak, com mais informações sobre a temática.
“Diariamente, estamos nas casas e nas mesas de milhões de pessoas; e sempre percebemos o quão estratégica nossa embalagem pode ser nessa conexão com o consumidor, não só na percepção de proteção do alimento e aspectos tangíveis como sabor, mas um ótimo canal de comunicação, levando até ele um conteúdo de qualidade e, neste caso, estimulando a coparticipação para a busca de um mundo mais sustentável” explica Vivian Leite, diretora de Marketing da Tetra Pak.
A ação de Ad On Pack da Tetra Pak estará presente, já neste mês de julho, em suas embalagens de grandes marcas de leite, sucos, água de coco, entre outros produtos, comercializadas em todas as regiões do país. (Tetra Pak)
Jogo Rápido
Frio e geadas na maior parte do RS para a próxima semana A próxima semana será fria e com formação de geadas na maior parte do RS, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 28/2021, publicado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). No sábado (17), o tempo seco e frio seguirá prevalecendo na maioria das regiões, porém o deslocamento de uma frente fria no oceano poderá provocar chuvas fracas e isoladas na Zona Sul e na faixa Leste. No domingo (18), o ingresso de uma nova massa de ar frio e seco provocará acentuado declínio das temperaturas, com formação de geadas em diversas áreas do Estado. Na segunda (19) e terça-feira (20), a presença do ar frio manterá as temperaturas baixas, com valores negativos e formação de geadas na maioria das regiões. Na quarta-feira (21), o tempo firme seguirá predominando, o ar frio perderá intensidade e as temperaturas estarão mais amenas com valores acima de 20°C durante o dia. O boletim que pode ser acessado clicando aqui. (SEAPDR)
Porto Alegre, 15 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.457
Santa Clara lança e-book completo sobre queijos com dicas, harmonizações e receitas
A Cooperativa Santa Clara é reconhecida pela qualidade de seus produtos, em especial dos queijos. Para reforçar essa liderança da categoria e oferecer uma parte do conhecimento dos seus 110 anos de tradição, a Santa Clara elaborou o e-book Especial Queijos, recheado de informações sobre as variedades, dicas, harmonizações e receitas deliciosas.
Para o material foram escolhidos 49 tipos de queijos, contemplando os frescos Minas e Ricota, passando pelos tradicionais Colonial, Lanche e Samsoe, até os intensos como Azul, Gruyère e Parmesão, nas diferentes versões que o consumidor pode encontrar nos pontos de venda: pedaços, fatiados, cunhas ou ralados.
“Desenvolvemos produtos de altíssima qualidade. Para isso, trabalhamos intensamente desde a propriedade do nosso associado até chegar à mesa do consumidor. O e-book apresenta para o apreciador de queijos várias possibilidades de degustá-lo”, explica o diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra.
Além das informações próprias sobre origem, harmonização e dicas, cada queijo escolhido ganhou uma receita inédita assinada pelo chef Gabriel Lourenço. A coletânea está dividida em petiscos, antepasto, primeiro prato, prato principal, acompanhamentos e sobremesa, sempre tendo como destaque o queijo. Além disso, para tornar o ato de cozinhar mais prazeroso é sugerida uma trilha sonora.
O lançamento ocorre na próxima segunda-feira, 19 de julho, às 19h30, no canal da Santa Clara no Youtube clique aqui. Durante a transmissão, o chef Gabriel irá ensinar a 50ª receita que integra o e-book, uma Scaccia de Queijos Santa Clara. O e-book ficará disponível para download no site da Santa Clara.
Sobre a Cooperativa Santa Clara: Em 2021, a Santa Clara completou 109 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus mais de 5 mil associados, em mais de 135 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácias e 27 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. (Santa Clara)
RS: quem disse que Alegrete não produz leite?
Produção/RS- O Rio Grande do Sul produz 4,5 bilhões de litros por ano. O município de Alegrete colabora com cerca de 14,4 milhões de litros por ano - 1,2 milhão por mês.
Os números podem parecer modestos, mas só para quem não conheceu a jornada que, em 20 anos, transformou a cidade - conhecida pelo fornecimento de carne, arroz e soja - num promissor polo de produção leiteira.
Essa transformação teve a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-RS) que, em 2000, passou a realizar dias de campo e cursos de capacitação para um pequeno grupo de produtores que insistiam em produzir leite. É o caso de Alberto Ramos Niemeyer e Dirce Sueli Silveira Antunes. No começo do século 21, eles migraram da produção de gado de corte para gado leiteiro para poder pagar a faculdade do filho mais velho.
“A gente precisava formar o filho. Então vendia um lote de gado de corte e pagava a faculdade. No outro mês, tinha a mensalidade também, mas não tinha o corte para vender. Daí a gente passou para o leite, a única atividade rural que dá dinheiro todo o mês”, lembra Dirce.
“Quando eu comecei no leite, me chamaram de louco. Diziam que a gente ia deixar de ser fazendeiro para ser ‘leiteiro’. O pessoal tinha vergonha”, completa Alberto.
O casal recorda que entre 2000 e 2005, o caminhãozinho de uma empresa de leite viajava 135 quilômetros de Uruguaiana a Alegrete e, após rodar mais 100 quilômetros dentro da cidade, não recolhia mais do que 6 mil litros de leite por dia. A produtividade começou a acontecer quando os produtores começaram a aprender e a colocar em prática o que aprendiam nos cursos do SENAR-RS.
“Lá por 2000, fui convidado por um técnico da Emater para falar para alguns produtores de leite sobre o que o SENAR tinha para oferecer na pecuária leiteira. Eram os mais variados cursos na área do leite, e eles foram fazendo.Esse grupo foi se especializando, e com o tempo, cresceu, chegou a 100 produtores, entre pequenos, médios e grandes. Aí, começou-se a capacitar essa turma toda para a produção leiteira”, conta Hermenegildo de Freitas Uberti, coordenador regional do Senar-RS.
Em 2007, com o lançamento do programa Desenvolvimento Regional Sustentável, do Banco do Brasil, que facilita crédito em projetos rurais, a maior parte do grupo pode financiar melhorias para as propriedades e a quantidade e a produtividade do leite atraíram outras duas indústrias para comprar o leite produzido em Alegrete.
Quatro anos depois, esse grupo de produtores-aprendizes deu origem a Associação de Criadores de Gado Leiteiro e Produtores de Leite de Alegrete (Acripeleite).
“Muita gente desistiu, mas aqueles que realmente acreditaram, que viram que assistência técnica, que conhecimento eram fundamentais para a atividade permaneceram e hoje são grandes produtores”, comenta Sueli Macedo, ex-presidente da Acripeleite.
Em 2017, o SENAR-RS lançou o programa Leitec, uma capacitação em 11 módulos que abrangia diversas temáticas que envolviam a produção leiteira, como forrageiras, genética, sanidade etc. Em todo o Estado, foram criados 10 grupos para formação. Metade deles foi em Alegrete, tendo a participação de 50 produtores.
Para atender a necessidade de maior profissionalização dessas empresas rurais, em 2019, o programa Juntos Para Competir passou a atuar junto aos produtores. Formada por Farsul, SENAR e SEBRAE, a iniciativa visa organizar e desenvolver as principais cadeias produtivas do Estado, através da capacitação e de uma maior integração do setor, melhorando a qualidade dos produtos e agregando valor à produção agropecuária.
“É a primeira vez que o JPC tem um projeto de leite na região de Campanha e Fronteira. Sabia-se dessa demanda. O SENAR sempre levantou essa questão e as potencialidades de Alegrete. Hoje, os 410 produtores participantes recebem consultorias gerenciais do SEBRAE”, conta Cibele Bolzan Scherer, Analista de projetos no agronegócio do Sebrae.
Dentro do espectro do Juntos para Competir, este ano o SENAR-RS começou a oferecer consultorias técnicas individuais (CTIs) voltadas à higiene e qualidade do leite.
“A falta de higiene afeta a produção de qualquer tambo. Isso é medido de duas formas: com a contagem de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana total (CBT). Há um limite para a presença desses microrganismos no leite. Quanto mais baixa, mais vale o litro”, explica Hermenegildo.
Na CTI de higiene e qualidade do leite, um veterinário vai à propriedade, acompanha a ordenha e vai indicando erros e acertos. Como o modo de higienizar úberes, ordenhadeiras e resfriadores, por exemplo. Ele também fará uma análise da qualidade do produto, que depois servirá de termo de comparação com os boletins emitidos pela indústria a cada compra. Até o fim de 2021, deve ser oferecida a CTI de Manejo de Pastagens.
“Há áreas do Estado que, por falta de área de pasto, as vacas ficam praticamente em confinamento. Aqui, com um tambo em área maior, dá para usar mais pastagem e gastar menos com ração. Mas para ter sucesso nisso, o produtor tem de saber manejar, fazer uma escala de pastagens que dure o ano inteiro”, comenta Hermenegildo.
O casal Dirce e Alberto garantem que não vão perder nenhum curso de formação que venha a ser oferecido pelo SENAR-RS.
“A gente foi fazendo curso e tomando gosto pela coisa, porque começou a ver resultado. Tudo o que um técnico diz e você coloca no papel e pratica, vai dar resultado. Pode não dar 100%, mas 80% dá. No momento em que tu faz a coisa certa e trabalha como empresa, aí a coisa rende. Nós só temos a agradecer por tudo o que a gente aprendeu”, diz Dirce.
Hermenegildo Uberti projeta um futuro em que a produção na Fronteira será uma referência na bacia leiteira gaúcha.
“Essa região tem muito a agregar. Aprimorando esse pessoal cada vez mais, quem sabe, um dia, faremos uma ‘região do leite do pampa’, criado a pasto, para um público mais exigente?”, imagina. (Padrinho/ASCOM Senar-RS)
Lácteos reduzem inflamação e ajudam na cicatrização de feridas
Os produtos lácteos contribuem para a redução da inflamação, regeneração e cicatrização de feridas, ação que pode ser de grande ajuda no tratamento de pacientes com lesões cutâneas crônicas, como diabéticos, pessoas com úlceras venosas e pacientes prostrados.
Esta informação foi compartilhada no webinar organizado pelo Departamento de Nutrição da Universidade Autônoma do Chile e o programa Graças ao Leite do Consórcio do Leite.
Nesta atividade, alunos e professores participaram na apresentação do livro “Lácteos: Nutrición y Salud”, editado pelo Dr. Rodrigo Valenzuela, uma publicação que reafirma através de evidências científicas os benefícios dos laticínios em cada fase da vida.
"Em 6 seções e 30 capítulos, os 54 autores trazem as informações mais recentes sobre a contribuição do consumo de laticínios na gestante e no desenvolvimento fetal, por meio do desenvolvimento das crianças, bem como sua contribuição para a nutrição e saúde dos adultos e dos idosos. Reveja os benefícios em diversos temas como obesidade, saúde cardiovascular, óssea e muscular, além do controle da hipertensão, como a proteção contra o câncer”, destaca o pesquisador e professor da Universidade do Chile.
Christine Kreindl, nutricionista da Universidade Autônoma do Chile, participou do livro, no qual abordou o efeito positivo que os laticínios podem ter em pacientes com feridas crônicas na pele. A inflamação permanente complicará a cura dos pacientes.
“A fase inflamatória se sustenta com o tempo e em pessoas com feridas crônicas. Aqui, os laticínios têm efeito anti-inflamatório, que foi estudado por meio do uso de suplementos para consumo oral, além de fornecer proteína”, explicou.
Por exemplo, Kreindl — que participa da National Wound Institute Foundation — comentou que a pesquisa citada no livro analisou o efeito da ingestão de iogurte e produtos lácteos fermentados, que mostraram diminuição na expressão de genes associados a citocinas inflamatórias. “O efeito é anti-inflamatório e com isso é possível contribuir para a regeneração e proliferação celular, o que já foi visto em várias pesquisas tanto in vivo quanto in vitro”.
“O leite e seus derivados geram efeitos anti-inflamatórios, junto com a formação de novas células (processo denominado angiogênese), além de apresentarem efeitos bactericidas, que contribuem para a cicatrização mais rápida das feridas”, disse Christine Kreindl.
Eles contribuem para a regulação dos genes e para uma melhor regeneração e cura. “Os produtos lácteos e derivados são produtos facilmente acessíveis à população e que têm um aporte de proteínas e, ao mesmo tempo, podemos recomendá-los em pacientes com feridas crônicas ou em pacientes nos quais queremos promover a regeneração. Também passamos a contar com esses efeitos anti-inflamatórios que promovem a angiogênese. Além disso, com propriedades bactericidas os lácteos auxiliam na cicatrização mais rápida, principalmente nesses pacientes com longa permanência com feridas abertas que geram efeitos negativos em sua qualidade de vida. Estes pacientes podem se beneficiar com este tipo de produtos que, aparentemente, surtem um efeito positivo”, concluiu a especialista.
Finalmente, para o editor do livro “Lácteos: Nutrición y Salud”, Dr. Rodrigo Valenzuela, este capítulo apresentado no webinar fornece informações e evidências recentes sobre a contribuição dos produtos lácteos.
“Destaca que, ao contrário do que se afirma erroneamente nas redes sociais, os lácteos têm efeito anti-inflamatório, principalmente os lácteos fermentados. Isso pode ser muito útil no tratamento de lesões cutâneas e contribuir, como afirma o autor do capítulo, para uma melhor regeneração e cicatrização.” (As informações são do Mundo Agropecuário, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Jogo Rápido
Salário será integral e em dia até dezembro
O governador Eduardo Leite informou que o Executivo fará o pagamento integral dos salários dos servidores ao menos até o final de dezembro. Em um vídeo exibido no início da noite de ontem, atribuiu às reformas feitas por seu governo os compromissos em dia. Leite também afirmou serem falsas as notícias sobre utilização de recursos da União para pagar a folha. “A crise está ficando para trás”, celebrou o governador, que ainda projetou investimentos no Estado por meio do programa Avançar. “Com as contas mais ajustadas, além de cumprir a nossa obrigação com os servidores, podemos e vamos ampliar investimentos e qualificar o serviço público”, assinalou na publicação feita em sua página no Twitter. O Piratini ficou quase cinco anos parcelando salários no período entre 2015 e 2020. Os vencimentos voltaram a ser depositados integralmente em novembro do ano passado. (Correio do Povo)
Porto Alegre, 14 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.456
Conseleite/MG
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 14 de Julho de 2021, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2021 a ser pago em Junho/2021.
b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2021 a ser pago em Julho/2021.
c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2021 a ser pago em Julho/2021 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2021 a ser pago em Agosto/2021.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite/MG)
Vaca produz 190 mil kg de leite e se torna a maior produtora vitalícia da América Latina
Produtora vitalícia - Rhoelandt 372. Esse é o nome da vaca da raça holandesa que produziu mais de 190 mil quilos de leite na sua vida produtiva durante 17 anos e que conquistou, mesmo após a sua morte em abril deste ano, o prêmio de maior produção histórica vitalícia do Brasil e América Latina.
Os dados foram reconhecidos pelo Programa de Análise de Rebanhos Leiteiros do Paraná, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Ronald Rabbers, proprietário do animal e da fazenda Rhoelandt, localizada em Castro (PR), se orgulha do patamar atingido pelo animal. “Foi uma vaca fantástica e que já veio de uma família produtiva tão incrível quanto e carregou isso em sua genética. Sua mãe, a vaca Rhoelandt 089 LEDA Victor Doc, produziu em cinco lactações 131 mil kg de leite. Em vida, ela representou tudo o que buscamos em nossas vacas: altas produções, excelente conformação e vida produtiva”, diz ele.
Com o privilégio de uma linhagem de alta produtividade, Rabbers conta que o manejo com a vaca não precisava ser o mais caro, tão pouco o mais especial em relação aos outros animais. “A alimentação era como as das demais vacas, sem ração especial ou algo do tipo. Mas apostamos em conforto, então sempre buscamos deixá-la em uma baía separada e mais confortável, com isso conseguimos manter a produtividade em alta.”
Nos anos anteriores, Rhoelandt 372 também conquistou títulos como Troféu Maior Produção Vitalícia de Leite e Segunda maior Produção de Sólidos em 2019, assim como em 2020.
Além de ser fantástica em Produção e Sólidos, o animal obteve na Avaliação Linear de Conformação, 90 pontos, entrando para a classe das vacas Excelentes (EX 90), demonstrando excelente sistema mamário, pernas e pés, força leiteira e garupa.
Premiação: Na quinta-feira, 8 de julho, aconteceu na propriedade do criador uma cerimônia de homenagem para marcar um importante momento da raça.
O diretor-presidente da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), Hans Jan Groenwold, que abriu oficialmente a cerimônia, declarou a importância da homenagem. “Hoje é um dia especial, queremos nesta data fazer a justa homenagem para os criadores Ronald Rabbers e Henrieta Rabbers e sua família”. (Canal Rural)
Emater elabora projetos para acesso aos recursos do Plano Safra 2020/2021
A Emater/RS-Ascar informa que elabora projetos para acesso aos recursos do Plano Safra 2021/2022, que entrou em vigor em 1º de julho e prevê o investimento de R$ 251,2 bilhões em áreas como custeio, comercialização, industrialização e investimento.
Os recursos podem ser acessados por pequenos e médios produtores, agricultores empresariais, cooperativas, empresas agrícolas e agroindústrias. Para acessar o Plano Safra o agricultor deve procurar a sua agência financeira para ver a disponibilidade de recurso e atualizar os seus dados cadastrais.
Em seguida, o produtor deve procurar um técnico para a elaboração do projeto. “Nesse sentido, os escritórios da Emater, presentes em todos os municípios gaúchos, e as equipes técnicas estão à disposição para fazer os projetos e orientar os agricultores quanto aos procedimentos para garantir uma boa safra e também nas orientações para o agricultor não perder o seguro agrícola ou o Proagro”, destaca o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Olívio Pedro Faccin.
Entre as principais linhas de crédito disponíveis constam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com recursos disponíveis no valor de R$ 39,3 bilhões para projetos de custeio e investimento, com juros que variam de 3% a 4,5% ao ano de acordo com as atividades financiadas; o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) com juros nos projetos de custeio de 5,5% ao ano e em projetos de investimento de 6,5% ao ano. Para os demais produtores os juros no custeio de 7,5% ao ano e para investimentos taxas de 7,5% a 8% ao ano. “Os limites do Pronaf continuam os mesmos para o custeio. Não houve alterações”, observa Faccin. (Correio do Povo)
Jogo Rápido
Senar oferece curso técnico As inscrições para o processo seletivo do curso Técnico em Agronegócio, oferecido pelo Senar-RS, vão até 16 de julho. O cadastro deve ser feito no site clicando aqui. O edital está disponível clicando aqui. A formação, que capacita em procedimentos de gestão e de comercialização do agronegócio, está prevista para este semestre, na modalidade semipresencial. Há 60 vagas, divididas entre os polos de Cruz Alta e São Sepé. Podem participar jovens e adultos que já tenham concluído o ensino médio, com prioridade para produtores rurais e familiares ou trabalhadores do campo. A lista preliminar dos selecionados será divulgada em 20 de julho e a classificação final três dias depois, após o prazo de recursos. (Correio do Povo)
Porto Alegre, 13 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.455
Projeto do Executivo substitui fiscalização agropecuária por programas de autocontrole
O Projeto de Lei 1293/21, do Poder Executivo, substitui a legislação atual de defesa sanitária por um novo modelo de fiscalização agropecuária baseado em programas de autocontrole executados pelos próprios agentes regulados (produtores agropecuários e indústria). O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta trata ainda dos procedimentos aplicados pela defesa agropecuária e institui o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, para estimular o aperfeiçoamento dos sistemas de garantia de qualidade dos agentes regulados.
O governo afirma que o aperfeiçoamento da fiscalização agropecuária é uma exigência do mercado. Alega ainda que o texto dá maior autonomia e responsabilização aos fabricantes de insumos e produtos agropecuários, permitindo que o Estado direcione as ações de controle para as atividades de maior risco.
Programas
Pelo projeto, os produtores e a indústria deverão implantar programas de autocontrole com o objetivo de garantir a segurança dos seus produtos.
Os programas conterão registros sistematizados e auditáveis de todo o processo produtivo, desde a recepção da matéria-prima até o produto final. Deverão conter também medidas para recolhimento de lotes em desconformidade com o padrão legal e os procedimentos de autocorreção.
Caberá ao Ministério da Agricultura estabelecer os requisitos básicos necessários ao desenvolvimento dos programas de autocontrole e elaborar manuais de orientação para o setor produtivo, estes em parceria com as empresas.
Em relação ao Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, o projeto determina que a adesão será facultativa, mas garante alguns benefícios aos participantes, como a não autuação em caso de irregularidade sanitária, desde que adote as medidas corretivas indicadas na notificação. Isso evita a multa. Outros incentivos serão definidos em regulamento.
Em troca, as empresas e produtores participantes deverão compartilhar com a fiscalização agropecuária, em tempo real, dados operacionais e de qualidade.
Registro
O projeto também prevê medidas voltadas ao registro e rotulagem de produtos. A proposta do governo é que eles sejam realizados com menos burocracia. O texto, por exemplo, determina ao Ministério da Agricultura a disponibilização de sistema eletrônico para receber as solicitações de registro, cadastro ou credenciamento de estabelecimentos. A concessão de registro de produtos que possuam parâmetros ou padrões normatizados será automática.
Os estabelecimentos que sejam objeto de diferentes normas de defesa agropecuária poderão ter registro único no ministério.
Multas
A proposta do governo também atualiza o valor das multas aplicadas nas infrações constatadas durante a fiscalização agropecuária.
O valor será de até 150% do valor atribuído ao lote do produto, quando identificada a natureza comercial da atividade e o valor estiver especificado na nota fiscal ou fatura. Quando não houver essa identificação ou nota fiscal, a multa vai variar entre R$ 100 e R$ 300 mil, conforme a classificação do agente infrator e a natureza da infração (leve, moderada, grave). Um anexo ao projeto detalha as multas. A multa aplicada será reduzida em 25% se for paga em até 20 dias.
O texto traz ainda regras sobre as medidas cautelares que poderão ser aplicadas pelos auditores fiscais federais agropecuários e o processo administrativo de fiscalização agropecuária. CLIQUE AQUI e saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei. (Fonte: Agência Câmara de Notícias)
É cringe consumir lácteos?
Há alguns dias, foi matéria nas diversas mídias, uma discussão entre preferências das gerações Y e Z. Com isso, o tema das diferentes gerações tornou-se mais conhecido no país.
Esse conceito de gerações vem sendo mais empregado nos últimos anos para avaliar comportamentos de consumo e traçar estratégias de marketing. Atualmente, tem-se 6 gerações convivendo juntas no país.
A geração silenciosa é composta por aqueles indivíduos nascidos antes de 1946 ou 1950 (esses limites variam de acordo com o autor considerado). Essa parcela da população nasceu em um período conturbado de guerras. Hoje em dia são aposentados e possuem preferência por estabilidade.
Os baby boomers compreendem indivíduos nascidos entre 1946-1951 e 1964-1965. Esse nome está relacionado à explosão de natalidade que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. Geralmente, são focados no trabalho, pouco influenciados por marcas, buscam sempre a qualidade dos produtos e recebem uma forte influência da TV.
A geração X é constituída por aqueles que nasceram entre 1965 e 1976-1980. É a parcela da população que começou a ter contato com o meio acadêmico e com experiências internacionais. São influenciados por marcas, famosos e são tradicionais em suas escolhas.
A geração Y ou milênios compreende os nascidos entre 1976-1980 até 1990-1995. É a geração da tecnologia. São pessoas individualistas, capazes de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, não são influenciadas por marcas, sendo extremamente questionadores. Além disso, possuem grande preocupação com o impacto ambiental. É a geração que, atualmente, dita as regras, gerando mais impacto sobre o consumo de alimentos no mundo.
A geração Z engloba os nascidos a partir de 1995 até 2009-2015 e são indivíduos ansiosos, ainda mais individualistas que a geração anterior e não são influenciados por marcas. Já a geração alpha envolve os nascidos a partir de 2009 e 2015. Por ainda se encontrarem na fase infantil, ainda não se tem muitos estudos sobre estes indivíduos.
De acordo com os dados do IBGE, hoje a maior parte da população brasileira é composta das gerações Y e Z (Figura 1). A geração Z representa quase 34% da população do país e a geração Y representa pouco mais de 31%. Juntas, as duas gerações mais materialistas, individualistas e multitarefas, respondem por quase 70% da nação.
Devido a essa grande representatividade e também por seu poder de influenciar nas redes sociais, essas duas gerações têm sido o foco das empresas no lançamento de produtos. No entanto, há alguns dias, o termo cringe tornou-se popular para descrever a vergonha alheia que a geração Z sente da geração Y e outras que vieram antes dela.
Assim, neste conflito de gerações, como ficou explícito na internet nas últimas semanas, para a geração Z é cringe tomar café da manhã, tomar cerveja de litrão etc. Mas, será que é cringe consumir lácteos?
Para responder a essa pergunta, foram empregados dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017/18 do IBGE. Utilizou-se os dados de consumo de 5 grupos de lácteos: leite fluido, queijo, iogurte, outros laticínios e total (soma de todas as outras categorias).
Em outros laticínios considerou-se o total de lácteos menos leite fluido, queijo e iogurte. Assim, em outros laticínios encontram-se manteiga, leite fermentado, leite condensado, creme de leite etc. Os valores de consumo médio e seus respectivos desvios padrões foram determinados por uma regressão linear não paramétrica que utilizou como variável categórica preditora a geração do informante.
Para a análise das gerações foram consideradas as seguintes datas de corte: geração silenciosa (nascimento anterior a 1951), baby boomers (entre 1951 e 1965), geração X (entre 1966 e 1975), geração Y (entre 1976 e 1995) e geração Z (entre 1996 e 2008). A Figura 2 apresenta os resultados.
Figura 2. Consumo anual estimadoem gramas por geração
Pela Figura 2, é possível perceber que a geração Z não é muito fã de queijos e iogurtes. Dentre todas as gerações analisadas, a Z foi a que apresentou menor consumo destes produtos.
Para leite fluido, os maiores níveis de consumo per capita foram verificados para os dois extremos da população analisada: a geração silenciosa e a geração Z. Porém, a taxa de consumo da geração silenciosa supera em 1,7 vezes o consumo dos indivíduos da geração Z.
No entanto, quando se considera os demais lácteos (excluindo leite fluido, queijos e iogurte), é que a geração Z se destaca. O consumo dessa geração é bem superior aos demais, chegando a cerca de 7 vezes mais consumo do que as gerações silenciosa e X. Assim, no total de lácteos consumidos no país, a geração Z é a maior consumidora. Portanto, pode-se concluir que não é cringe consumir lácteos no Brasil. (Kennya Siqueira para Milkpoint)
Conseleite/RO - Projeção de alta de 15,72% no preço do leite entregue em junho e pago em julho
A diretoria do Conseleite – Rondônia atendendo os dispositivos do seu Estatuto aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite entregue em junho/2021 a ser paga em julho/2021.
Observação: O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como: 1. Fidelidade do produtor ao laticínio; 2. Distância da propriedade até o laticínio; 3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural; 4. Temperatura do leite na entrega; 5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade; 6. Tipos de ordenha; 7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região; 8. Sazonalidade da produção; 9. Condições sanitárias do rebanho; 10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias. (Conseleite/RO)
Jogo Rápido
Relator deve tosquiar juba do Leão
Até o dólar cedeu, ontem, na expectativa das mudanças prometidas pelo deputado federal Celso Sabino (foto, PSDB-PA), relator da fatia 2 da reforma tributária. Como antecipou a empresários, o parlamentar pretende alterar "praticamente todo" o texto. Uma das mudanças deve eliminar a bitributação, ou seja, a incidência de Imposto de Renda de 20% sobre dividendos não só sobre pessoas físicas, mas a empresas. A situação criaria créditos tributários considerados irrecuperáveis por especialistas. Ainda há expectativa de redução mais rápida na alíquota do Imposto de Renda das empresas, que cairia de 25% para 20% em dois anos. A mudança da alíquota que incidirá sobre os dividendos também deve ser menor, entre 10% e 15%. Como vai ficar chato se a Câmara ceder à pressão de empresários mas deixar intacto o aperto sobre a classe média representado pela limitação ao uso do desconto simplificado de 20% apenas a salários mensais de até R$ 3 mil, deve haver algum relaxamento nessa restrição, sem voltar à regra anterior, que valia para todos. A Receita apresentou ontem projeções de arrecadação com dividendos muito inferiores às originais, embora em tese não incluam a mudança esperada. Só no primeiro ano, recuou de R$ 18,5 bilhões para R$ 10,63 bilhões. (Zero Hora)
Porto Alegre, 12 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.454
Conheça o programa que promete trazer competitividade ao setor de leite no Brasil
Da porteira para dentro, muita dedicação e esforço na produção de leite. Mas, sem uma estrutura organizada do lado de fora, o trabalho pode ser perdido. Ciente da necessidade de desenvolvimento da cadeia leiteira, nos últimos meses o Ministério da Agricultura (Mapa) tem elaborado um plano para aumentar a competitividade do leite brasileiro.
“A cadeia do leite é transversal, ela é uma cadeia produtiva que tem diferentes tipos de produtores: desde os pequenos até os grandes, está representada em quase 100% dos municípios brasileiros com a atividade econômica. Existem determinados extratos de produtores de subsistência que tem apetite por um melhor tipo de política pública e outros maiores com outro tipo de acesso à política pública e a preocupação do ministério sempre foi de jogar luz nestas características e tentar adaptar as nossas políticas para que elas possam ter adesão destes produtores da melhor forma possível”, diz o secretário executivo do Mapa Luís Rangel.
O plano do Mapa, elaborado em conjunto com a Câmara Setorial de Leite e Derivados, se baseia em cinco eixos de desenvolvimento: gestão da propriedade, infraestrutura, previsibilidade de preços e contratos, genética e sanidade e políticas públicas.
“O plano foi concebido pelo próprio Ministério da Agricultura em negociação com algumas indústrias, para a recomposição do Pis/Cofins. E foi definido, na época, pelo Mapa que pelo menos 5% dessa restituição dos impostos, que era direito das indústrias, fossem aplicados em assistência técnica. Para o pequeno e médio produtor isso é fundamental, pois com assistência ele aumenta a chance de investir em tecnologia e crescer na sua escala de produção, que é fundamental”, avalia Ronei Volpi, presidente da Câmara Setorial de Leite do Mapa.
A cooperativa Castrolanda, no interior do Paraná, faz parte do programa desde 2019. Com os recursos, foram adquiridos pasteurizadores que tornam o colostro mais saudável para as bezerras.
“Colostrando bem o bezerro você vai ter um bezerro mais saudável, com menos problemas com relação a pneumonias, diarreias, acaba usando menos antibiótico, um animal mais saudável. Dentro da nossa propriedade, a gente espera que todos os animais entrem em produção aos dois anos de idade. Então a gente vai conseguir atingir essa meta e de uma forma louvável. São animais mais produtivos”, relata o cooperado e produtor de leite, Armando Carvalho.
A restituição do Pis/Cofins dentro do plano ainda possibilitou a construção de salas de análise de laboratório nas fazendas para detecção de mastite. Segundo a cooperativa, o uso mensal de antibióticos caiu 45% desde o final do ano passado, o que gerou uma economia direta de aproximadamente R$ 10 mil para cada produtor envolvido.
“Se a vaca tem algum problema, eu faço uma análise no laboratório. Esse exame já vai me dizer se eu preciso ou não tratar essa vaca. Se eu preciso usar antibiótico, a análise já vai me dizer qual antibiótico eu vou usar. Com isso eu evito muita perda”, diz a produtora de leite e cooperada Margareth Wacherski.
Para o gerente de negócios da Castrolanda, Eduardo Ribas, mesmo com o fim do programa, algumas lições serão permanentes na cadeia produtiva.
“Quando acabar o programa daqui a três anos, vai deixar um legado para o produtor. Mesmo que acabe, o programa de gestão fica. Então durante a vida produtiva, todo o futuro dessa propriedade, ele vai estar ter seus dados econômicos, seus dados zootécnicos. Isso é um legado que o programa deixou”.
Dentro do plano de competitividade, há a sugestão de se criar um programa nacional de controle de mastite. Na sanidade, também há a previsão de programas de erradicação de tuberculose e brucelose, com linhas de crédito para repor animais sacrificados. Na genética, financiamentos para inseminações e aquisição de matrizes de alto rendimento. Focos de trabalho altamente ligados com o incentivo à exportação.
“Outra frente de trabalho é buscar uma maior proteção para as oscilações de preço, talvez com a possibilidade de implantar um mercado futuro para os produtos lácteos, como outras commodities agrícolas. É um projeto que está em andamento ainda e que pretendemos num curto prazo, médio prazo avançar um pouco nisso”, diz o presidente da Câmara Setorial do Leite Ronei Volpi.
Reforma tributária preocupa setor: O Ministério da Agricultura não está de olho apenas nas iniciativas do Poder Executivo. Tanto o Mapa quanto o setor produtivo se preocupam com um debate que está acontecendo no Congresso, sobre a reforma tributária. Isso porque uma possível oneração da cesta básica ou mudanças no tratamento do crédito presumido podem dificultar a vida dos produtores de leite, principalmente dos que estão fora de algum sistema cooperativista.
“Primeiro é manter o produtor rural como não contribuinte. Hoje ele não é contribuinte e se eu passar a taxar todo mundo, imagine só que um produtor pequeno tiver que pagar um contador é muitas vezes, muito mais do que ele fatura em um mês. Outro ponto é o crédito presumido com uma alíquota que garanta a não cumulatividade na cadeia. A gente tem uma pequena cumulatividade hoje, em torno de 13 a 14%, mas se for nos moldes que eles estão preconizando vai ser mais de 60%. É muito preocupante”, alerta o diretor-executivo da Viva Lácteos.
Mais recursos para o leite: Brasília é o grande centro do debate político e econômico no país. Mas, não é o único. Governos regionais também podem ajudar a estruturar a cadeia. No Rio Grande do Sul, o Fundoleite foi reativado. A expectativa é de que os produtores passem a ter R$ 4 milhões por ano investidos no setor leiteiro.
A secretária de Agricultura do Rio Grande do Sul, Silvana Covatti, explica como é feita a distribuição dos recursos para a cadeia produtiva.
“70% desse recurso vai ser destinado a assistência técnica ao nosso produtor, enquanto 20% vão para projetos relativos ao desenvolvimento da cadeia produtiva do leite. Projetos em que vamos proporcionar, cada vez mais, que o produtor dentro da sua propriedade desenvolva técnicas diferentes. Os 10% vão para custeio do setor administrativo”, explica.
Para o deputado federal e presidente da subcomissão de leite da Câmara, Alceu Moreira (MDB-RS), é preciso acabar com o conceito de ‘coitadismo’ que recai sobre o produtor.
“Não há lugar pra coitadismo nisso. O leite é uma atividade econômica de grande relevância. O produtor tem que ser bem remunerado, tem que ter renda, mas ele precisa, mais do que nunca, ter um nível de assessoria técnica que domine profundamente o que ele está fazendo. Se ele tiver isso, ele vai ser competitivo e vai produzir leite em condição de vender para o mercado nacional e internacional”, afirma. Assista a reportagem clicando aqui. (Canal Rural)
Piracanjuba é reconhecida como marca de alto renome
Conforme o Instituto Datafolha, quase 143 milhões de brasileiros conhecem a Piracanjuba. De acordo com o relatório KG Cesário Pareceres e Pesquisas, a imagem da marca é considerada superior. Esses dados contribuíram para a conquista do título de marca de alto renome, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Recentemente, a Piracanjuba passou a integrar essa seleta lista, ao lado de outros grandes players de mercado, que reúnem características como boa imagem, reputação e credibilidade. Com essa qualificação, fica garantida a proteção jurídica especial. Dessa forma, nenhuma outra empresa, de qualquer segmento de atividade, poderá utilizar o nome Piracanjuba para produtos ou serviços. “Em 1955, quando chegamos ao mercado, a Piracanjuba recebeu o nome da cidade do interior goiano que sediava a pequena fábrica, onde era produzido o primeiro produto do portfólio - a manteiga.
Hoje, com mais de 65 anos no mercado e um amplo portfólio, é reconhecida pela qualidade, variedade, inovação e, agora, pelo alto renome. Todas as fases são fruto de muito trabalho, visando sempre levar o melhor produto para o consumidor. Por isso, esse título tem um valor especial para nós”, celebra a Gerente de Marketing, Lisiane Guimarães. Para que uma marca alcance esse status, o INPI leva em conta alguns critérios, como o reconhecimento por ampla parcela da população e a reputação associada à qualidade. Esses dados foram constatados por meio de entrevistas, como as apresentadas pela KG Cesário Pareceres e Pesquisas, que confirmaram alta lembrança pelos consumidores, acima de 95%, em todos os estratos sociodemográficos da população brasileira.
Além disso, 94,9% dos entrevistados responderam afirmativamente que, além de conhecer, também consomem a variedade dos produtos. Nas pesquisas feitas pela Datafolha, a Piracanjuba foi reconhecida por cerca de 90% da população brasileira, com 16 anos ou mais. Entre os brasileiros entrevistados, 98% mencionaram conhecer algum dos produtos estimulados, destaque para o Leite Condensado (92%) e para o Creme de Leite (87%).
“Esses resultados das pesquisas endossam a credibilidade da marca. A Piracanjuba apresentou desempenho superior em todos os atributos apresentados, destacando no quesito qualidade dos produtos (93%), conforme o estudo da Datafolha. Isso nos estimula a continuar produzindo com seriedade e, sem deixar de lado, nosso gosto pela inovação e por surpreender os consumidores. Afinal, aqui gostamos de fazer bem o que faz bem a todos”, destaca Lisiane. (Pirancajuba)
Sucessão high-tech: informações a distância
A adoção de tecnologias de ponta no setor agropecuário vai muito além da produção de grãos. No setor leiteiro, que tem sofrido com a saída de produtores da atividade, as novas ferramentas também ajudam a garantir a sucessão rural. Isso é confirmado, entre outros casos, por José Victor Isola, 25 anos, que participa do dia a dia das atividades da Fazenda Ponderosa, em Sant’Ana do Livramento, administrada pelo pai, José Pedro. A propriedade conta com 70 vacas em lactação, todas da raça Holandês.
Graduado em Zootecnia, o jovem foi o responsável por levar à fazenda algumas das tecnologias que foram incorporadas às atividades. A mais recente delas é o monitoramento da condição das vacas por meio de um colar colocado no pescoço delas. O sistema está em fase de implantação na propriedade. O colar coleta informações do animal, como as da ruminação e do estresse térmico. Esses dados são enviados para uma antena, em tempo real, e podem ser acessados por meio de um aplicativo de smartphone. “Pelo celular eu consigo saber o que essa vaca está fazendo, quanto ela está ruminando e se ela está caminhando”, conta José Victor.
Com base nessas informações, os algoritmos conseguem prever, por exemplo, se a vaca está no período do cio, o que indica que chegou a época de ser inseminada. Além disso, o sistema pode indicar, com base na ruminação, se algum animal foi acometido de enfermidade. “Quem vai ao supermercado comprar leite não tem a mínima noção do que a gente gera de informação e das decisões que precisamos tomar no sistema de produção de leite”, comenta o produtor. Boa parte dessas informações, que incluem a data em que a vaca foi inseminada ou quando ela deve tomar as vacinas, são controladas por meio de aplicativos. Antigamente, o sistema utilizado era uma planilha de Excel.
Outro benefício trazido pela evolução tecnológica é a biotecnologia, que tem permitido, por exemplo, fazer uso do sêmen sexado, o que permite produzir um percentual maior de fêmeas. A ordenha, que no passado se destacava pela penosidade, é um exemplo da evolução tecnológica da atividade leiteira. Na Ponderosa, o sistema utilizado é o espinha de peixe, no qual oito vacas são colocadas de cada lado do fosso.
O leite é canalizado diretamente para o resfriador. Segundo José Victor, o conjunto de tecnologias disponíveis hoje em dia pesou na sua decisão de permanecer no campo depois de concluir a faculdade, bem como sua paixão pela atividade. Na avaliação dele, a produção leiteira continua sendo uma atividade árdua, porém mais facilitada pelas novas ferramentas. “Quanto menos tu sofres, mais vontade tu tens de permanecer na atividade”, resume.
O presidente da Comissão Jovem da Raça Holandês no Rio Grande do Sul, José Almeida, entende que as novas tecnologias na pecuária leiteira têm levado tanto ao aumento da produtividade quanto despertado a vontade dos jovens de permanecer no campo. Outro exemplo de tecnologia de ponta adotada no leite é a ordenha robotizada, já presente em alguns municípios da Serra Gaúcha. O próprio sistema coloca as teteiras nas vacas de forma automática e faz a coleta. “Imagina tirar o leite a mão de 100 vacas por dia, de manhã, de tarde e de noite; com a ordenha robotizada, o processo todo é feito em duas horas”, compara Almeida.
No entanto, ele lamenta que o custo ainda seja um obstáculo à popularização da tecnologia e acredita que nos próximos anos, com a possível concorrência de novas empresas, o equipamento possa ficar mais acessível. Conforme o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado pela Emater/RS-Ascar em 2019, mais de 98% da ordenha no Rio Grande do Sul é feita pelos sistemas de balde ao pé/de tarro, com transferidor de leite ou canalizado. A ordenha manual representava, na época, apenas 1,61% da atividade. Já a ordenha robotizada é registrada em somente 0,06% dos casos. (Correio do Povo)
Jogo Rápido
Marca de alimentos criada por Raul Randon terá sua primeira loja em Porto Alegre Rede de franquias da empresa fundada por Raul Anselmo Randon, a Spaccio Rar assinou o contrato para a abertura da quarta unidade. Ela ficará no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Além da loja, o local terá um bistrô, no mesmo modelo que já é operado em Curitiba (PR). O franqueado da capital gaúcha, Haroldo Almeida Soldatelli, planeja inaugurar a operação em outubro. Segundo o diretor-superintendente da RAR, Sergio Martins Barbosa, a loja terá 400 metros quadrados, venderá 450 produtos e terá um pequeno espaço para eventos. As outras unidades da Spaccio Rar ficam em Curitiba (PR), Vacaria (RS) e Passo Fundo (RS). A expectativa é atingir 18 unidades até 2025. Está em negociação uma loja em Florianópolis (SC). A RAR foi idealizada por Raul Anselmo Randon na década de 1970, com origem na fruticultura, especialmente o cultivo e a exportação de maçã. Atualmente, é a terceira maior produtora e comercializadora da fruta no Brasil. Já em 1990 a empresa montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália, a marca Gran Formaggio. A empresa tem sede em Vacaria (RS). (Zero Hora)
Porto Alegre, 09 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.453
Emater/RS: pastagens de inverno proporcionam melhora na qualidade da dieta
O desenvolvimento das pastagens de alta qualidade predominantes no período de frio — como aveias, azevéns e trigo — propicia uma melhoria na qualidade nutricional da dieta das vacas, com consequente aumento do escore corporal e da produtividade de leite.
Em relação ao aspecto sanitário, além do promover o conforto térmicos dos rebanhos — em sua maioria de raças de origem europeia —, os dias frios seguem resultando em redução dos ectoparasitas, sendo o manejo direcionado a vacinações preventivas contra brucelose e raiva, por exemplo, esta última principalmente nas regiões onde houve ocorrência de casos positivos.
Os produtores seguem com cuidados intensivos na higiene da ordenha, devido à alta umidade que aumenta a chance de contaminação do leite e de casos de mastites nos animais. Dessa forma, vêm conseguindo manter os padrões de qualidade exigidos pela indústria.
Em relação ao período reprodutivo, o momento é de parição dos rebanhos. Apesar do aumento da produtividade e, em geral, dos bons preços pagos pelo litro do leite, os produtores seguem preocupados com o preço em alta dos insumos, como suplementos alimentares e medicamentos.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, aumentou em aproximadamente 10% a quantidade de leite recebida pelos postos e indústrias de laticínios da região.
Na regional de Bagé, as baixas temperaturas registradas na Campanha contribuíram para o aparecimento de lesões como rachaduras nos tetos das matrizes; tal situação, além de implicar em desconforto para o animal, também aumenta significativamente o risco de mastites. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)
Aplicativo reúne e fornece informações sobre captação de leite na propriedade rural
Solução está implementada nas mais de 1,1 mil propriedades que fornecem leite à Languiru. Cerca de 60 transportadores também já fazem uso da tecnologia
A indústria de alimentos segue apostando no desenvolvimento de tecnologias que possam agregar valor à marca. Ferramentas que permitem controlar todas as etapas da cadeia produtiva e atender às exigências do mercado consumidor. Muito além disso, se trata de uma questão de transparência e lisura com o próximo. Um contexto que não é novidade na jornada da Cooperativa Languiru.
No segundo semestre de 2019, em parceria com a SIG Combibloc, a Cooperativa movimentou o mercado com o lançamento do Leite Languiru Origem. Por meio da leitura de QR Code impresso na embalagem do produto, é possível visualizar todo o percurso da matéria-prima, da propriedade rural até a gôndola do supermercado.
Início e atualidade: O compartilhamento destas informações ocorre por intermédio da solução PAC.TRUST. Num primeiro momento, a tecnologia foi inserida em propriedades rurais que fornecem o Leite Origem. Ainda em 2019, o projeto foi expandido para outras propriedades que entregam a produção leiteira à Cooperativa.
A proposta veio do Setor de Captação da Indústria de Laticínios, com o intuito de monitorar a origem e o transporte, de todo o volume direcionado à Cooperativa. Hoje, a solução já está implementada nas mais de 1,1 mil propriedades que fornecem leite à Languiru. Em torno de 60 transportadores fazem uso da tecnologia, que foi desenvolvida de forma pioneira pela área de soluções digitais da SIG Combibloc.
Operação da solução: O PAC.TRUST permite acesso a diferentes dados, como horários e dias da coleta, quantos litros de leite foram carregados e até identifica a rota executada pelo transportador.
O transportador se dirige até a propriedade rural e acessa a sala do resfriador. Na sequência, ele mira o leitor fornecido pela Cooperativa para o código afixado em lugar visível na sala do resfriador. Depois da leitura, uma planilha da propriedade é aberta na tela do leitor, a qual é completada com informações da coleta. Em seguida, o transportador salva os dados, que são enviados à Laticínios. Para finalizar, ocorre o carregamento da produção de leite.
O aplicativo também serve para orientar o transportador, uma vez que aponta o volume carregado em cada compartimento do tanque do caminhão. É importante observar que, a cada nova coleta, ocorre uma nova leitura.
Confiável e prática de usar: A transportadora Adriana Rabaioli (40) coleta leite em propriedades de associados nos municípios de Boa Vista do Sul, Colinas, Imigrante, Roca Sales e Westfália. Registra a produção de dezenas de propriedades rurais por meio da solução PAC.TRUST.
Teve os primeiros contatos com a tecnologia no primeiro semestre de 2020, e se acostumou logo com a novidade. Destaca que a solução permite acumular e rastrear diversas informações vinculadas ao recolhimento e transporte do leite. “Finalizamos a rota e em questão de poucos minutos os dados já estão com o laboratório. O sistema é confiável, além de ser prático de usar”, afirma.
Conexão com o Portal do Associado: A gestão e monitoramento do processo são feitos diretamente na Laticínios. A equipe de captação consegue acompanhar do início até o término do roteiro de coleta. “Se trata de uma ferramenta confiável de análise de indicadores para a nossa área”, observa o assistente administrativo do Setor de Captação, Tiago Weimer.
As informações contidas no PAC.TRUST também são disponibilizadas no Portal do Associado (associado.languiru.com.br). Dessa forma, o produtor de leite da Cooperativa também pode acompanhar o desempenho da sua produção. A atualização das informações ocorre em 24 horas.
“O uso dessas tecnologias atende um novo perfil de consumidor que valoriza as empresas que comunicam a sua história, que mostram a forma como seus produtos são produzidos. A Languiru gerencia programas que fiscalizam o manejo na propriedade rural, as condutas na indústria e a expedição do seu mix de produtos, num processo constante de profissionalização da cadeia produtiva, tendo como pilares questões de saúde, combate a fraudes e controle de qualidade”, valoriza o presidente Dirceu Bayer.
Informações na palma da mão: O produtor de leite Carlos Augusto Ströher (27) mantém propriedade rural com os seus pais na localidade de Linha Chá da Índia, município de Estrela. Diariamente, entregam mais de mil litros de leite para a Indústria de Laticínios.
Ströher enaltece que a família utiliza o Portal do Associado desde agosto de 2020. Costumam acessar via smartphone para verificar parâmetros de qualidade e acompanhar as compras feitas na Conta do Leite. “Foi uma grande ideia, visto que a gente só tinha acesso a determinadas informações quando saia a nota da Conta do Leite”, aponta.
A associada Carla Deifelt Ströher (49), mãe de Carlos, observa que o portal estimula a inclusão tecnológica no campo. “Agora posso conferir os volumes produzidos em nossa propriedade na palma da mão. Antes, tinha que esperar em torno de 30 dias, até que fosse lançada a Conta do Leite”, recorda. (Languiru)
Vendas dos supermercados crescem 5%
Preço da cesta Abrasmercado fechou o mês de maio em R$ 653,42, alta de 22,3% sobre um ano antes
Os supermercados tiveram alta real de 5,32% nas vendas nos cinco primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2020, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apenas no mês de maio, houve crescimento de 2,88% sobre um ano antes. Em relação a abril, o crescimento foi de 1,98%. Os números são deflacionados pelo IPCA.
“O crescimento vem em todos os canais de distribuição, com as vendas no ecommerce subindo muito por causa da pandemia e isolamento social”, disse Márcio Milan, vice presidente institucional e administrativo da associação. O cenário para os preços, entretanto, também está em alta - e num ritmo bem mais acelerado. A cesta Abrasmercado fechou o mês de maio em R$ 653,42, crescimento de 22,3% na comparação com maio de 2020 (R$ 534,48). A cesta considera 35 produtos de largo consumo nos supermercados pelos brasileiros.
Na comparação com o mês anterior, abril, a cesta apresentou crescimento de 1,52%, acima do IPCA Alimentos (0,44%) e do IPCA (0,83%) - vale destacar que são cestas que consideram produtos diferentes. No acumulado dos 12 meses até maio, o óleo de soja aparece como o item da cesta da Abras que mais subiu (91%), seguido pelo arroz, com alta de 56,4% e carne dianteiro, com 44,1%.
Há ainda uma janela para preços ainda maiores diante da crise hídrica, que levou a uma alta significativa no preço da energia. Entretanto, esse impacto deve demorar um pouco para começar a chegar nas prateleiras, disse Milan. Ele ponderou que o consumo de energia nos supermercados é baixo e responde por algo entre 1,8% e 2% da despesa das redes. (Valor Econômico)
Jogo Rápido
Tempo seco permanece no Rio Grande do Sul nos próximos dias Os próximos sete dias permanecerão secos na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 27/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater/RS e o Irga. Na sexta-feira (9), a presença do ar seco manterá a amplitude térmica, com temperaturas baixas e formação de nevoeiros ao amanhecer e valores próximos de 25°C durante o dia. No sábado (10), o tempo permanecerá seco na maioria das regiões, porém a passagem de uma frente fria no oceano favorecerá o aumento da nebulosidade, com possibilidade de chuvas fracas e isoladas entre a Campanha e a Zona Sul. No domingo (11), o tempo seguirá firme, com nevoeiros e temperaturas amenas, somente na fronteira com o Uruguai as mínimas estarão próximas de 5°C. Entre a segunda (12) e quarta-feira (14), a condição de formação de nevoeiros ao amanhecer permanecerá predominando, com elevação das temperaturas ao longo do dia e valores acima de 25°C na maioria das regiões. O boletim também apresenta as condições atuais das culturas de trigo e ovinos. O documento completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)
Porto Alegre, 08 de julho de 2021 Ano 15 - N° 3.452
RS terá laboratório com biossegurança ampliada
Após reforma, LFDA analisará parte do material que hoje é enviado a MG
O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), órgão oficial do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul tem projeto para ampliar a análise de doenças vesiculares após reforma que tem previsão de contratação ainda em 2021. A reforma, que será ampla e com grau de complexidade elevado, já tem recursos de investimento do MAPA para a realização. Entretanto, o projeto vai precisar de um novo aporte específico para dimensionamento do sistema de tratamento de ar, para garantir o nível de biossegurança necessário.
O projeto não estava previsto na reforma inicial e será custeado pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, depois de solicitação da direção do LFDA. O Conselho do Fundesa aprovou a liberação de R$ 35,7 mil para a contratação de projeto junto à empresa especializada para o dimensionamento do sistema, que é composto por filtros e controle de pressão para assegurar que um agente biológico não escape ao ambiente. Para o presidente do fundo gaúcho, Rogério Kerber, “trata-se de sediar um laboratório de nível diferenciado no Rio Grande do Sul. A agilidade na análise de suspeitas é fator fundamental na manutenção do novo status sanitário”.
O coordenador do LFDA, Fabiano Barreto, explica que essa contribuição do Fundesa-RS é fundamental. “Com a agilidade na liberação dos recursos pelo Fundo, será possível fazer os dois projetos (de reforma e biossegurança) em paralelo”. Atualmente, todas as amostras de suspeita de doenças vesiculares precisam ser enviadas para análise no LFDA de Minas Gerais.(Fundesa)
Preço do milho retoma a tendência de alta no Brasil
Influenciada pela ocorrência de geada em regiões que cultivam a segunda safra, valorização da saca do cereal foi superior a 10% em apenas 13 dias
O milho voltou a ser valorizado na primeira semana de julho, de acordo com a análise semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O preço da saca de 60 quilos, que estava a R$ 49,94 em 7 de julho de 2020, evoluiu para R$ 103,23 – maior patamar da história – em 18 de maio de 2021, recuou para R$86,25 em 24 de junho e fechou em R$ 95,17 ontem, alta de 10,3% em 13 dias.
Os pesquisadores do Cepea afirmam que a majoração foi detectada após a ocorrência de geadas em regiões produtoras do milho segunda safra, como em municípios do Paraná, onde as perdas nas lavouras podem ultrapassar os 20%.
Ainda conforme o Cepea, apesar do preço aquecido, houve procura pelo cereal e flexibilidade dos compradores em pagar o que está sendo pedido pelos vendedores. Especialista nas negociações do grão, o proprietário da Corretora Mercado, de Porto Alegre, Giuliano Ferronato, diz que, apesar da procura no Rio Grande do Sul, em face da necessidade da indústria de proteína animal, os negócios locais têm sido feitos em pequenos lotes “As vendas verificadas nas praças gaúchas estão rodando‘da mão para a boca’, em lotes de 2 mil a 3 mil sacos, no máximo”, aponta.
EXPECTATIVA. Segundo Ferronato, só agroindústrias de porte têm conseguido trazer carretas lotadas com milho do centro do país, mesmo assim com preço também acima dos R$90,00. O corretor destaca ainda que o produtor que ainda tem milho para vender tem sido muito criterioso por acreditar que o preço vai subir ainda mais. (Correio Povo)
Sem prazo para projeto que muda ICMS
Apresentado pelo governador Eduardo Leite aos prefeitos em uma videoconferência no dia 1º de março, com o indicativo que começaria a tramitar na Assembleia nas semanas seguintes, o projeto de lei que inclui o desempenho na educação como um dos critérios de repasse do ICMS aos municípios do Rio Grande do Sul ainda não foi encaminhado ao Legislativo. O governo do Estado segue tratando do assunto internamente, mas não fez novos movimentos públicos para debater a iniciativa e não estipula prazo para protocolar o texto.
A proposta trabalhada pelo Piratini prevê que 20% do montante repassado aos municípios a título de ICMS estará sujeito à melhoria no desempenho do ensino, 10 pontos percentuais a mais do que o mínimo previsto na lei do novo Fundeb, aprovada no ano passado. A aplicação do novo modelo começaria a partir de 2023, com período de transição até 2027. Para que o sistema seja colocado em prática, serão criados dois índices de avaliação que incluem os critérios para a alocação dos recursos.
De acordo com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o governo está avaliando as sugestões recebidas dos prefeitos para eventuais alterações no projeto. Ele evita estipular prazo para que a iniciativa chegue à Assembleia:
- A gente continua debatendo internamente e, no momento adequado, a secretária Raquel Teixeira (de Educação) vai solicitar que o projeto seja protocolado.
Lemos rejeita a ideia de que o assunto tenha sido deixado em segundo plano pelo governo.
- Se fosse algo de aplicação imediata, poderíamos pensar dessa forma, mas é um projeto para a aplicabilidade de médio e longo prazo, que depende de transição e adequação - diz.
A prática de incluir a educação entre os critérios de distribuição do ICMS é inspirada em uma política adotada no Ceará desde a década passada, para "premiar" as prefeituras que conseguem melhorar o nível de aprendizado de seus estudantes nas redes municipais. De 2009 a 2019, o Estado nordestino passou da 19ª para a segunda posição no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Fundamental.
A determinação para que os Estados utilizem a evolução nos índices de ensino como critério para o repasse de ICMS consta na lei do novo Fundeb, sancionada em dezembro de 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde então, as unidades federativas têm dois anos para se adaptar. (Zero Hora)
Jogo Rápido
Comissão aprova desconto na conta de luz para produtores de leite A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, ontem (07/07), a proposta do deputado Adriano do Baldy (PP-GO) que concede desconto de 30% sobre o consumo de energia elétrica usada na produção, armazenagem e beneficiamento de leite in natura. A medida beneficia produtores rurais e cooperativas. O Projeto de Lei 6388/19 foi relatado pelo deputado Celso Maldaner (MDB-SC), que apresentou parecer favorável. “O desconto tem muito a contribuir para a redução de custos inerentes à atividade leiteira, que historicamente enfrenta margens apertadas”, pontuou. O texto acrescenta a medida à Lei do Setor Elétrico. De acordo com a proposta, o desconto será compensado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo embutido na conta de luz dos brasileiros que subsidia diversas políticas públicas. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado ainda pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (As informações são da Agência Câmara de Notícias, adaptadas pela Equipe MilkPoint)