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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.054


Salário mínimo será de R$ 1.412 em 2024; entenda o que muda e como o valor foi calculado

Nova legislação prevê que mínimo suba de acordo com a inflação e a alta do PIB. Reajuste de quase 7% já vale para salário e benefícios de janeiro, que serão pagos no início de fevereiro.

O salário mínimo nacional será de R$ 1.412 a partir de 1º de janeiro de 2024 – R$ 92 a mais que os R$ 1.320 em vigor atualmente.

O cálculo tinha sido antecipado pelo g1 e inserido como previsão no Orçamento de 2024. Segundo o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o decreto assinado antes de viajar para o recesso de fim de ano.

Não há data marcada para a publicação do documento, que pode acontecer até o próximo domingo (31).

O novo valor do salário mínimo entra em vigor em 1º de janeiro. Ou seja: quem recebe o salário mínimo (ou múltiplos dele) ou benefícios vinculados a esse valor, como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), já recebe o total reajustado no início de fevereiro.

Como funciona o salário mínimo?
Como o nome já indica, o salário mínimo é a menor remuneração que um trabalhador formal pode receber no país.

A Constituição diz que trabalhadores urbanos e rurais têm direito a um "salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim".

Ou seja: pela Constituição, o salário mínimo tem que ser reajustado ao menos pela inflação, para garantir a manutenção do chamado "poder de compra". Se a inflação é de 10%, o salário tem de subir pelo menos 10% para garantir que seja possível comprar, na média, os mesmos produtos.

De acordo com informações divulgadas em maio pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 54 milhões de pessoas no Brasil – um em cada quatro brasileiros.

O Dieese calcula ainda que 22,7 milhões de pessoas são diretamente atingidas no bolso pelo patamar do salário mínimo.

Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor.

O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador.

As informações são do G1.


Bovinocultura de leite registra VBP de R$ 62,2 bilhões em 2023

O cenário positivo da bovinocultura de leite não reflete apenas a eficiência operacional e o comprometimento dos produtores, mas também sinaliza um futuro promissor para um setor essencial que desempenha um papel crucial na economia brasileira.

A bovinocultura de leite desponta como uma força expressiva no cenário agropecuário brasileiro, evidenciando um notável aumento no Valor Bruto da Produção (VBP), que alcançou R$ 62,2 bilhões em 2023. A expectativa com os números foi divulgada em novembro pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esse avanço marcante representa uma ascensão significativa em comparação aos R$ 56,1 bilhões registrados em 2022, consolidando-se como um setor fundamental que contribui com 5,4% do VBP total do país.

Na composição do VBP total, o leite assume uma posição de destaque como o sexto item mais relevante, ficando atrás apenas de soja, milho, bovinos de corte, cana-de-açúcar e frango. Esse feito não apenas reforça a importância da produção de leite, mas também destaca sua contribuição substancial para a diversidade e estabilidade do agronegócio brasileiro.

Maiores produtores
Minas Gerais, mais uma vez, reafirma sua liderança absoluta na produção de leite, registrando um VBP de R$ 16,2 bilhões em 2023, avançando acima dos R$ 16,1 bilhões do ano anterior. O Paraná dispara em segundo lugar, evidenciando um crescimento notável, passando de R$ 8,3 bilhões em 2022 para R$ 9 bilhões em 2023.

Santa Catarina assumiu a terceira posição, ultrapassando o Rio Grande do Sul. O VBP do leite catarinense atingiu R$ 7,8 bilhões em 2023, um avanço significativo em relação aos R$ 6,8 bilhões do ano anterior. Por sua vez, os gaúchos também registraram um aumento, passando de R$ 7,3 bilhões em 2022 para R$ 7,7 bilhões em 2023.

Outros estados também desempenham um papel crucial na produção de leite, com São Paulo alcançando um VBP de R$ 6,5 bilhões e Goiás contribuindo com R$ 5,6 bilhões. Bahia, Rondônia e Rio de Janeiro também brilham na pecuária leiteira, todos ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão em faturamento em 2023.

O cenário positivo da bovinocultura de leite não reflete apenas a eficiência operacional e o comprometimento dos produtores, mas também sinaliza um futuro promissor para um setor essencial que desempenha um papel crucial na economia brasileira.

Para conferir o desempenho das principais atividades agropecuárias de 2023 e as expectativas para 2024 acesse a versão on-line do Anuário do Agronegócio Brasileiro clicando aqui. Fonte: O Presente Rural

 

PRODUÇÃO DE LATICÍNIOS | LEVE QUEDA NA PRODUÇÃO DE LATICÍNIOS DA CHINA

Nos últimos 11 meses, as compras da China no setor de laticínios – medidas em litros de leite equivalente – caíram 19,9%, subtraindo cerca de 5 pontos percentuais da demanda mundial, que foi confrontada com o crescimento da produção mundial em cerca de 1%.

Isso representa a principal causa da queda nos preços durante 2023, de acordo com o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla).

A menor demanda da China no mercado internacional responde ao aumento da produção local, aos altos estoques gerados em grandes compras em 2021, às dificuldades logísticas que envolveram o fechamento de algumas cidades por surtos de Covid-19, aos efeitos colaterais da guerra na Ucrânia e ao processo inflacionário que vem ocorrendo em todas as economias mundiais com impacto recessivo na demanda.

A análise da Ocloa lembrou que se esperava que a situação se revertesse no segundo semestre deste ano, mas isso não aconteceu e a maioria dos relatórios atuais de especialistas não indica recuperação no início de 2024.

A China é o principal importador de leite em pó integral e seu principal fornecedor é a Nova Zelândia, que tem uma participação de 88% desse produto no gigante asiático até o momento em 2023, a mesma participação de 2022.

No mês passado, houve uma grande dispersão entre aumentos e reduções nas importações, onde o mais relevante foi que todos os produtos de maior volume (leites em pó e fluido) caíram, o soro de leite praticamente se manteve e os de menor importância relativa apresentaram crescimento (queijos em geral, sorvetes, outros produtos fermentados e cremes).

Em termos cumulativos, as compras de leite em pó (normalmente um terço do valor total importado) caíram 22,4% em volume e 30,4% em valor, destacou Ocla.

O Rabobank, por sua vez, estimou um crescimento do consumo de lácteos de 2,8% em relação ao ano anterior para 2023 e acredita que a produção de leite na China desacelerará (pelo menos 2%), favorecendo as importações. (El País via Edairy News)


Jogo Rápido

Assista a entrevista do Secretário Executivo do SINDILAT/RS para a primeira edição desta quinta-feira (28) do Jornal Terraviva, no YouTube do Canal Terraviva. Clique aqui. (Terra Viva via Youtube)


 

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Porto Alegre, 27 de dezembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.053


Conseleite indica valor de referência projetado para dezembro de R$ 2,0619

O valor de referência projetado para o litro do leite no mês de dezembro é de R$ 2,0619, 0,95% abaixo do consolidado de novembro (R$ 2,0817). Os dados foram apresentados pela Universidade de Passo Fundo (UPF), entidade licitada para tabular as informações do setor, durante a última reunião do Conseleite de 2023, realizada nesta quarta-feira (27/12) de forma virtual. A previsão apresentada leva em conta os primeiros 20 dias do mês. 

Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, o recuo apontado é reflexo do cenário de fim de ano. “Estamos em um período de festas e férias, o que fez com que o valor projetado para o mês de dezembro fosse inferior ao consolidado de novembro. No entanto, as perspectivas são positivas para o próximo ano”, sinaliza. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Argentina: Ministério da Economia informa que lácteos terão tarifa zero para exportação

O Ministério da Economia informou nessa semana que fará alterações no projeto de lei enviado ao Congresso: está previsto que a exportação de todos os produtos lácteos terá tarifa zero, como proposto para quase vinte atividades ligadas às economias regionais.

Essa questão foi levantada hoje por Juan Pazos, Secretário de Coordenação do Ministério da Economia da Nação, juntamente com Fernando Vilella, da Secretaria de Bioeconomia, para líderes da Mesa de Enlace Agropecuário e várias câmaras de negócios do setor agroindustrial.

Como Vilella explicou por meio de suas redes sociais: "depois de um intenso trabalho com o Ministério da Economia - disse Vilella por meio de suas contas em redes sociais -, a partir da Secretaria (de Bioeconomia) estamos buscando um caminho alternativo para a decisão comunicada na semana passada" de aumentar todas as retenções para 15%.

O funcionário acrescentou que agora "vamos comunicar uma diferença no projeto que será levado ao Congresso, onde a taxa de subprodutos da soja (farinha e óleo) é elevada de 31 para 33% e que compensa parcialmente o custo que teria que reduzir a zero setores como: oliva, arroz, couros bovinos, laticínios, frutas, exceto limão, horticultura, feijão, batata, alho, grão de bico, ervilha, lentilha, mel, açúcar, erva-mate, chá, equinos e lã."

A alíquota de imposto para o setor vinícola também será reduzida para 8%, e a situação dos complexos de produção como suínos, pesca, milho e milho pisingallo será revisada.

A queda nessas receitas, conforme explicou Vilella, será compensada pelo aumento da alíquota de imposto de 31 para 33% para os subprodutos da soja, como farinha e óleo. Enquanto isso, o restante do complexo de cereais e girassol pagará 15% de taxas de exportação.

As informações são do Infortambo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Leite/Europa
Como previsto, a entrega de leite semanal na Europa começou o aumento sazonal. No entanto, a avaliação sobre a produção de leite em 2023 é de que ela ficou abaixo das expectativas. 

O verão quente e seco prejudicou a produção na França e na Itália. Os números divulgados sobre a produção mensal na Alemanha e Holanda mostraram queda em relação aos níveis dos anos anteriores. Também, a produção mensal de leite na União Europeia (UE) ficou abaixo da de 2022. De acordo com o site CLAL, a produção de leite de vaca na UE, em outubro de 2023, foi estimada em 11.505 mil toneladas, queda de 1,6% em relação a um ano antes. No acumulado do ano, janeiro a outubro, o bloco registrou 122.332 mil toneladas de leite, representando aumento de 0,3% em relação ao período jan-out/2022. Entre os principais países produtores do bloco a produção de leite acumulada no ano e a variação percentual em relação ao mesmo período de 2022, foram: Alemanha, 27.269 mil toneladas (+2%); França, 19.647 mil toneladas (-2,7%); e Holanda, 11.679 mil toneladas (+1,7%).

Informações preliminares sobre a produção de leite de vaca no Reino Unido no mês de outubro foi de 1.221,600 toneladas, -2,6% em relação a outubro de 2022. No acumulado do ano, janeiro a outubro de 2023, o volume é de 11.862.000, 0,3% a mais em relação ao mesmo período de 2022.

Com o aumento sazonal da produção, a pressão sobre o mercado spot diminui. Embora ainda existam regiões onde o preço esteja em 50€/100 kg, em outras o valor caiu e já está sendo negociado a 40 €/100 kg, se aproximando do preço do leite ao produtor.

As indústrias de laticínios da UE estão vendo muitos riscos de mercado. A produção restrita de leite nas fazendas fez com que os processadores mantivessem o preço do leite ao produtor elevado, para não desestimular a produção. No entanto, a quebra generalizada na demanda por ingredientes lácteos colocou em dificuldades econômicas algumas empresas. Uma grande cooperativa europeia anunciou, recentemente, seus planos de cortar 1.800 postos de trabalho em suas operações em todo mundo para reduzir custos e melhorar a lucratividade.

Partes do Leste Europeu continua registrando crescimento constante da produção. Fontes da indústria sugerem que, além da Ucrânia, que provavelmente teve uma produção de leite mais baixa em decorrência do conflito com a Rússia, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) aumentou consistentemente a produção de leite no decorrer de 2023. Na Bielorrússia, de janeiro a outubro de 2023 a produção de leite foi estimada em 6.812 mil toneladas, um aumento de 6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com o site CLAL, entre os maiores produtores de leite do Leste Europeu, a captação de leite acumulada de janeiro a outubro de 2023 e a variação percentual em relação ao mesmo período de 2022 foram: Polônia 10.895 mil toneladas (+1,5%); República Checa, 2.700 mil toneladas (+1,6%) e Hungria, 1.373 mil toneladas (-4,1%).  Fonte USDA


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Jogo Rápido

EUA: relatório mostra 44.000 vacas a menos em relação ao ano anterior
A produção de leite nos 24 principais estados em novembro totalizou 7,84 bilhões de quilos, representando uma queda de 0,5% em relação a novembro de 2022. A produção revisada de outubro, de 8,12 bilhões de quilos, caiu 0,6% em relação a outubro de 2022. A revisão de outubro representou uma redução de 16,8 milhões de quilos, ou 0,2%, em relação à estimativa preliminar de produção do mês passado. A produção por vaca nos 24 principais estados teve uma média de 883,6 quilos em novembro, 1,36 quilos abaixo de novembro de 2022. O número de vacas leiteiras nas fazendas dos 24 principais estados foi de 8,90 milhões de cabeças, 26.000 cabeças a menos que em novembro de 2022 e 9.000 cabeças a menos que em outubro de 2023. O número de vacas leiteiras em fazendas nos EUA foi de 9,36 milhões de cabeças, 44.000 cabeças a menos em relação ao ano anterior e 10.000 cabeças a menos do que em outubro de 2023. De acordo com Phil Plourd, presidente da Ever.Ag Insights, considerando que o abate de vacas leiteiras tem estado abaixo da média desde o final do verão, o declínio contínuo no número de vacas reflete a oferta mais restrita de novilhas e vacas. "Com o número de vacas caindo 44.000 cabeças em relação ao ano anterior, é difícil ver a produção de leite ficar muito mais forte no curto e no médio prazo", disse ele. Dois estados foram responsáveis pela maior parte da queda na produção. O Novo México teve queda de 25,4 milhões de quilos em relação ao ano passado, com 27.000 vacas a menos. A Califórnia diminuiu 24,94 milhões de quilos, com 11.000 vacas a menos. O Texas teve uma queda de 13,6 milhões de quilos e 18.000 vacas. A produção da Pensilvânia por vaca caiu 9,07 quilos, levando a uma queda de 4,98 milhões de quilos de leite, embora o número de vacas tenha diminuído em apenas 1.000 cabeças. No lado positivo do registro, Dakota do Sul aumentou 10,88 milhões de quilos e 13.000 vacas. Michigan aumentou em 8,16 milhões de quilos com 8.000 vacas a mais. O Arizona acrescentou 6.000 vacas e 6,35 milhões de quilos de leite, enquanto Ohio registrou um ganho de produção de 4,98 milhões de quilos com 5.000 vacas a mais. As informações são do Dairy Herd Management, traduzido e adaptas pela equipe MilkPoint. 


 

O valor de referência projetado para o litro do leite no mês de dezembro é de R$ 2,0619, 0,95% abaixo do consolidado de novembro (R$ 2,0817). Os dados foram apresentados pela Universidade de Passo Fundo (UPF), entidade licitada para tabular as informações do setor, durante a última reunião do Conseleite de 2023, realizada nesta quarta-feira (27/12) de forma virtual. A previsão apresentada leva em conta os primeiros 20 dias do mês.

Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, o recuo apontado é reflexo do cenário de fim de ano. “Estamos em um período de festas e férias, o que fez com que o valor projetado para o mês de dezembro fosse inferior ao consolidado de novembro. No entanto, as perspectivas são positivas para o próximo ano”, sinaliza.

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Porto Alegre, 26 de dezembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.052


Integração com a floresta para amenizar emissões

 Pecuarista de Augusto Pestana começou a adotar sistema silvipastoril há quatro anos,quando introduziu eucalipto em área de 18 hectares destinada à produção de leite, beneficiando os animais e mitigando os gases de efeito estufa
 
Uma das modalidades da chamada integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), os sistemas silvipastoris partem do princípio de que combinar árvores com áreas de pastagem se traduz em mais renda para as propriedades leiteiras. Os animais têm sombra no verão, ficam protegidos do vento no inverno e produzem mais. O meio ambiente também sai ganhando, pois as florestas fixam o dióxido de carbono, um dos vilões do efeito estufa, compensando ou neutralizando as emissões de metano liberadas pelo gado. O pecuarista Ederson Gehrcke, de Augusto Pestana, começou a implantar a técnica há quatro anos, com a introdução do eucalipto na área de 18 hectares destinada à produção de leite na fazenda. Foi a estratégia encontrada pela família para fazer frente aos custos crescentes da atividade.
 
“Ou a gente investia em um galpão de gado confinado ou abandonaria a profissão, porque não estava mais tendo lucro na propriedade”, relata Gehrcke. A fazenda, que abriga um rebanho de 85 bovinos da raça Jersey, entre os quais 42 vacas em lactação, produz 860 litros de leite por dia. No modelo agroflorestal, os animais, antes criados à base de silagem, hoje são alimentados com capim tifton e consomem menos concentrados. “Tínhamos uma produção média de 21 litros por dia por animal e as vacas estão produzindo a mesma coisa com o pasto, porém com um custo muito mais baixo. A gente vem notando uma diferença enorme na qualidade de saúde dos animais”, diz o produtor.
 
Para o futuro, Gehrcke planeja diversificar a renda do empreendimento rural com a instalação de uma queijaria na propriedade, além da produção de madeira e toras a partir da floresta plantada, hoje com mais de 1,8 mil árvores. Os bons resultados trazidos pelo sistema silvipastoril, afirma, tambémsão um incentivo para que as filhas Jaine Isabel Gehrcke, de 18 anos, e Nubia Kananda, 15 anos, permaneçam no campo. “Nossa mão de obra é muito menor, a gente consegue uma vida melhor para a nossa família”, afirma o pecuarista.
 
Nos últimos seis anos, o Rio Grande do Sul ampliou em 57% a área coberta por técnicas de ILPF, atingindo 2,2 milhões de hectares, de acordo com dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi-RS).Onúmero posiciona o Estado como o terceiro do país em áreas manejadas sob esses sistemas. “Mas somos o primeiro em proporção da área, porque o RS tem 31% das áreas com agricultura em sistemas integrados”, observa o zootecnista e professor Paulo César de Faccio Carvalho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Esse protagonismo, segundo Carvalho, está fortemente ligado à variedade de cultivos de verão e inverno desenvolvidos na região, o que possibilita uma ampla gama de combinações de integração, e às ações de pesquisa e difusão de conhecimento sobre o tema.
 
Entre essas iniciativas decisivas, Carvalho destaca o programa Juntos para Competir, conduzido pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS) com o apoio da UFRGS. A parceria aplica no Rio Grande do Sul o Programa de Produção Integrada em Sistemas Agropecuários (PISA), voltado à pecuária leiteira, e o Integração Lavoura-Pecuária (ILP), focado na bovinocultura de corte.
 
Desde 2014, foram avaliadas 1,4 mil propriedades rurais participantes do projeto, após receberem consultoria técnica do programa de extensão da universidade ao longo de quatro anos. “E 95% delas, depois desse processo, estão entre os níveis bom e ótimo de sustentabilidade em todas as dimensões”, afirma Carvalho.
 
Para o professor, o programa ajuda a derrubar uma das grandes barreiras à implantação dos sistemas de integração, que é a falta de suporte adequado aos produtores. “A trajetória agrícola, não só no Brasil, como também no mundo todo, é de especialização. O técnico entende de arroz – ou soja – ou gado, mas não entende dos dois. (O sistema de integração) é mais complexo para montar, demanda muito conhecimento, e técnicos que transitem bem nas duas partes, que têm essa visão sistêmica, são raros”, observa. (Correio do Povo)
 



Boas práticas que favorecem a produção

Tecnologias aplicadas pelas fazendas, como o tratamento de resíduos, trazem economia a produtores e ampliam a capacidade do agronegócio de reduzir emissões de gases de efeito estufa e tornar-se cada vez mais sustentável

Se, para muitos pecuaristas, o esterco produzido pelos bovinos representa um dilema, para algumas propriedades leiteiras do Estado é sinônimo de eficiência ambiental e renda extra. Nessas fazendas, um processo chamado biodigestão transforma os dejetos em energia elétrica e térmica e ainda garante biofertilizante para a lavoura. Em atividade há duas décadas no município de Farroupilha, a Fazenda Trevisan é referência em reaproveitamento de resíduos da criação animal. Focada na raça Holandesa, a propriedade de 150 hectares reúne cerca de 750 animais, entre os quais 320 vacas em lactação, e produz 13 mil litros de leite por dia. A maior parte é processada na agroindústria de iogurtes e creme de leite que leva seu nome, e o excedente – em torno de 8 mil litros semanais – é destinado a outro laticínio da região.

O produtor Jean Carlos Trevisan, que administra o empreendimento rural com a família, conta que os primeiros biodigestores foram construídos há cerca de 13 anos. Hoje, três equipamentos do tipo geram 25% da energia elétrica consumida na fazenda e na sua indústria de lácteos, além de produzir fertilizante para as plantações de trigo, milho e aveia que fornecem a matéria-prima usada na alimentação do rebanho. “No início, a gente tinha criação a pasto. Com a chegada do inverno, muito rigoroso, os animais ficavam no meio do barro, a gente optou por construir um galpão e confinar. Depois, fez uma sala de ordenha nova, ampliou o número de animais e também o sistema de biodigestores, para comportar o crescimento”, detalha Jean.

Com a meta de duplicar a produção de leite e de derivados nos próximos três anos, a propriedade já planeja a aquisição de um quarto biodigestor, segundo o pecuarista. A quem deseja investir em um projeto semelhante, ele recomenda a opção por equipamentos que operem de forma autônoma e não exijam mão de obra especializada. “Não é algo tão complexo gerar biogás. Mas, para gerar energia elétrica, acaba tendo (a necessidade de) mais compressores, secadores de gás, gerador, vários equipamentos”, justifica. O investimento, garante Jean, é compensador no longo prazo. “O que é bonito de a gente olhar são os números, a parte que dá retorno de forma direta. A parte ambiental é difícil de monetizar, mas acaba sendo algo bem significativo”, avalia.

O manejo de resíduos da produção animal que dá visibilidade à propriedade de Farroupilha está entre as oito tecnologias propostas no Plano ABC+, programa do governo federal lançado em 2021 que visa estimular a chamada agropecuária de baixo carbono. Para reduzir as emissões de gases do efeito estufa do setor em 1,1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2eq) até 2030, a iniciativa prevê a adoção de abordagens sustentáveis em 72,68 milhões de hectares no Brasil – no Rio Grande do Sul, serão mitigadas 75 milhões de toneladas de CO2eq em 4,6 milhões de hectares no período.

Embora não sejam novidades, essas técnicas ganham relevância ainda maior ao final de um ano marcado por impactos das mudanças climáticas que, nas últimas décadas, foram antecipados em tom de profecia alarmante pelos cientistas. De norte a sul do país, as enchentes dramáticas no Rio Grande do Sul, a estiagem recorde na Amazônia e a onda de calor que em novembro fez a sensação térmica na cidade do Rio de Janeiro subir a 59,3 graus °C geraram o temor de que os fenômenos extremos se tornem o “novo normal”, evidenciando a urgência urgentíssima de uma reconfiguração das atividades humanas. A agropecuária é peça fundamental nesse contexto, pois carrega parte do peso das emissões com processos como a liberação de metano e resíduos pelos animais e o uso da terra.

Coordenador do Comitê Gestor Estadual d o Plano ABC+RS, o engenheiro florestal Jackson Brilhante, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), diz que o setor agropecuário tem um vasto potencial para a captura de gases causadores do aquecimento global e mitigação das emissões. Ele lembra que o Rio Grande do Sul foi pioneiro em ações de conservação do solo, como o sistema de plantio direto, outro dos pilares do programa federal. “Tivemos problemas com estiagem na safra de verão e, no inverno, o excesso de chuva na cultura do trigo, com várias doenças atacando (as plantas). 

Então, é de interesse da agricultura auxiliar nessa redução de emissões, porque o setor é também altamente vulnerável às mudanças climáticas”, destaca Brilhante. O coordenador da Comissão do Meio Ambiente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Domingos Velho Lopes, observa que o tema esteve no centro dos debates da COP 28, a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas realizada no mês passado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e concorda que as técnicas precisam avançar mais. Para Lopes, o momento atual sinaliza uma “grande oportunidade” ao agronegócio. “De todas as atividades econômicas, só o setor primário pode sequestrar carbono”, afirma.

As boas práticas, segundo Lopes, já estão no dia a dia do produtor rural, independentemente da cadeia produtiva a que está vinculado ou do seu porte. “Só que agora nós temos metodologia para quantificar isso. Temos de mostrar, principalmente para a população urbana, que nós somos a grande fonte mitigadora”, enfatiza. (Correio do Povo)

Leite/América do Sul
Tempestades extremas no Uruguai e na Argentina interromperam a atividade portuária em algumas regiões no último final e início de semana. Alguns estados brasileiros continuam a enfrentar condições extremas de seca. Os agricultores do Cone Sul se deparam com eventos climáticos desafiadores a nível regional. Se de um lado o Brasil tenta expandir sua produção interna de leite e fabricação de lácteos, de outro, as projeções sobre o rendimento das colheitas continuam caindo, fazendo com que o custo da alimentação animal vá para o sentido oposto, à medida que o verão se aproxima.

O comércio de produtos lácteos na região está mais fraco, como projetado para as últimas semanas do ano. Os compradores já estão abastecidos, mas a atividade comercial deverá retornar nas primeiras semanas de 2024.

Relatórios recentes sugerem que o interesse do Brasil por commodities lácteas da região, especialmente da Argentina, continuaram aumentando ao longo de 2023. Os mercados globais mostram variações, dependendo da commodity, mas, regionalmente, a limitação da produção de leite decorrente das situações de inclemências climáticas continua a influenciar as tendências do mercado regional. Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


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Jogo Rápido

Câmara aprova projeto que regulamenta o mercado de carbono no Brasil
Carbono no Brasil - A Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que regulamenta o mercado de carbono no Brasil (PL 2148/15). O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece limites para emissões e um mercado de venda de títulos. O relator, deputado Aliel Machado (PV-PR), propôs um texto que une projetos discutidos na Câmara a uma proposta já aprovada pelo Senado (PL 412/22). O projeto retorna ao Senado para análise das mudanças feitas pelos deputados. O texto faz parte da pauta verde aprovada neste ano, que inclui a exploração de energia eólica no mar (PL 11247/18) e a produção de hidrogênio verde (PL 2308/23). (Agência Câmara)


 

Confiante de que é possível avançar com ganhos de produtividade em todos os elos da cadeia leiteira, Guilherme Portella foi reconduzido nesta quinta-feira (14/12) à presidência do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). “A solução para nossos problemas não virá no curto prazo. É preciso transformar a realidade no campo para melhorar a produtividade média, aumentar a escala das indústrias e preencher a capacidade ociosa de muitas de nossas unidades fabris. Em 2024, precisamos continuar enxugando despesas, avançar na seleção de rebanhos mais produtivos, sempre atentos à sanidade e bem-estar animal, e também temos que trabalhar pela mensuração de nosso impacto ambiental”, destacou. 

Em especial sobre o cenário gaúcho e diante da presença do governador, Eduardo Leite, Portella destacou que o setor lácteo compreende a situação por que passa o RS e confia no governo para a melhor resolução. “Qualquer elevação de alíquota modal é um remédio amargo, mas mais amargo seria perder as iniciativas de equiparação de que dispomos. Cerca de 60% da nossa produção é comercializada para fora do Rio Grande do Sul e perder qualquer das medidas vigentes representaria um declínio irrecuperável”, assinalou o dirigente.

Na noite de celebração do leite gaúcho com a casa lotada de associados, parlamentares e representantes de diversos veículos de comunicação, Eduardo Leite reforçou que as medidas que busca implementar para ajustes na alíquota de ICMS são uma forma de garantir a sanidade financeira dos cofres estaduais frente às alterações provocadas por mudanças federais através da Lei Complementar 194, de 2022, e da Reforma Tributária, que estabelece a repartição do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). “Como governador também me cabe tratar os temas sensíveis. Se a Reforma Tributária permanecer e a nossa receita não reagir no curto prazo, a gente pode selar o destino da nossa arrecadação por 50 anos num patamar baixo do que poderia ser. E aí, estaremos todos, daqui a 30 anos, pensando que se poderia ter mais receita, mas na hora em que a gente poderia ter tomado uma decisão, não quis um sacrifício menor no curto prazo e acabamos lançando um sacrifício muito maior por mais tempo”, assinalou. 

O chefe do Executivo gaúcho esteve entre as personalidades agraciadas como Destaques Sindilat 2023 que, através de suas atuações, se destacam na defesa do desenvolvimento do agronegócio, juntamente com Nadine Tagliari Farias Anflor, deputada estadual, e Ernani Polo, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. 

A nova diretoria que tomou posse juntamente com Guilherme Portella e que ficará à frente do sindicato no triênio 2024/2026 tem ainda Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, como 1º vice-presidente; Alexandre dos Santos (Laticínios Deale), como 2º vice-presidente; Caio Vianna (CCGL), como diretor secretário; e Angelo Sartor (RAR Alimentos), como diretor tesoureiro. Todo o quadro diretivo pode ser conferido abaixo. 

Jornal do Comércio,  TV Cultura e Revista Negócio Rural vencem 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Na atividade que aconteceu em Porto Alegre (RS) também foram conhecidos os vencedores do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Na categoria Impresso, o primeiro lugar ficou com Ana Esteves, do Jornal do Comércio; na Online, venceu Julio Huber da Revista Negócio Rural; e na Eletrônico, o ganhador foi Bruno Faustino, da TV Cultura. 

Neste ano, a premiação contou com número recorde de trabalhos inscritos, contabilizando 53 produções. Confira abaixo todos os trabalhos premiados. Os primeiros lugares receberam um troféu e um celular iPhone e os segundos e terceiros, troféus.   

 

Confira os vencedores do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo: 

Impresso: 

1º lugar:

Jornalista: Ana Esteves

Trabalho: Setor lácteo gaúcho luta para reverter prejuízos

Veículo: Jornal do Comércio

 

2º lugar:

Jornalista: Susana Leite

Trabalho: Pecuária de precisão eleva rendimento no setor leiteiro

Veículo: NH

 

3º lugar:

Jornalista: Itamar Pelizzaro

Trabalho: Fundos agropecuários públicos em xeque

Veículo: Correio do Povo

 

Eletrônico:

1º lugar:   

Jornalista: Bruno Faustino

Trabalho: A busca por um "LEITE VERDE"

Veículo: TV Cultura

 

2º lugar:

Jornalista: Eliza Maliszewski

Trabalho: Dez anos após "Operação Leite Compensado" proteína gaúcha é uma das mais seguras

Veículo: Canal Rural

 

3º lugar:

Jornalista: Cid Martins

Trabalho: 10 anos da primeira operação contra a fraude no leite: o crime não compensa

Veículo: Rádio Gaúcha 

 

Online:

1º lugar:  

Jornalista: Julio Huber

Trabalho: Produzir leite sem emitir carbono é a meta de pecuaristas brasileiros

Veículo: Revista Negócio Rural

 

2º lugar:

Jornalista: Tamires Ribeiro

Trabalho: RS desponta na produção de leite com carbono neutro

Veículo:  Folha de S.Paulo

 

3º lugar:

Jornalista: Marcelo Gonzatto

Trabalho: Preço baixo e dificuldade de produção ampliam debandada do setor leiteiro

Veículo: Zero Hora/GZH

 

Diretoria do Sindilat/RS para o triênio 2024/2026: 

 

Presidente: Guilherme Portella Dos Santos - Lactalis

1º Vice-Presidente: Alexandre Guerra - Santa Clara

2º Vice-Presidente: Alexandre Dos Santos - Deale

Diretor-Secretário: Caio Cézar Fernandez Vianna - Ccgl

Diretor-Tesoureiro: Angelo Paulo Sartor - Rar

Suplente Da Diretoria: Cláudio Hausen De Souza - Sooro

Suplente Da Diretoria: Manuel Gonçalves - Coopar

Suplente Da Diretoria: Rodrigo Puhl - Domilac

Conselheiro Fiscal Titular: Antônio Cláudio Saldanha - Italac

Conselheiro Fiscal Titular: Ronis Carlos Frizzo - Frizzo

Conselheiro Fiscal Titular: Jaime Rückert - Stefanello

Conselheiro Fiscal Suplente: Renan Frölich - Heja

Conselheiro Fiscal Suplente: Humberto Doering Brustolin - Kiformaggio

Conselheiro Fiscal Suplente: Ideno Paulo Pietrobelli - Unibom

Confira aqui as fotos do evento.

Créditos: Dudu Leal

 

Em evento festivo na noite desta quinta-feira, dia 14/12, tomará posse a diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) para o triênio 2024/2026. Atual presidente da entidade, o diretor da Lactalis do Brasil Guilherme Portella será reconduzido à presidência, juntamente com Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, como 1º vice-presidente; Alexandre dos Santos (Laticínios Deale), como 2º vice-presidente; Caio Vianna (CCGL), como diretor secretário; e Angelo Sartor (RAR Alimentos), como diretor tesoureiro.

Na atividade que acontecerá em Porto Alegre (RS) também serão conhecidos os vencedores do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Na categoria Impresso, os finalistas são Ana Esteves, do Jornal do Comércio; Itamar Pelizzaro, do Correio do Povo; e Susana Leite, do NH. Na categoria Online, Julio Huber, da Revista Negócio Rural; Marcelo Gonzatto, da Zero Hora/GZH; e Tamires Ribeiro, da Folha de S.Paulo. Em Eletrônico, Bruno Faustino, da TV Cultura; Cid Martins, da Rádio Gaúcha; e Eliza Maliszewski, do Canal Rural. Ao todo, 53 trabalhos foram inscritos, um recorde entre todas as edições. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus.

O sindicato ainda irá entregar o prêmio Destaques Sindilat 2023 para oito personalidades que, através de suas atuações, se destacam na defesa do desenvolvimento do agronegócio gaúcho e brasileiro.

Legenda: Votação que reconduziu Guilherme Portella à presidência aconteceu no dia 28/11

Crédito: Carolina Jardine

Realizar uma imersão nos Sistemas Típicos de Produção de Leite (STPL) do Rio Grande do Sul é o objetivo do workshop que será promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS),  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Leite) e Emater/RS Ascar.

No decorrer do evento, pesquisadores, técnicos, consultores, extensionistas, especialistas do setor, representantes de cooperativas, associações e órgãos de assistência técnica irão receber informações sobre como identificar modelos, estimar e avaliar indicadores de eficiência técnica e econômica na produção de leite.

No dia 07, a partir das 8h30min, o encontro será realizado na Sala de  Reuniões 02 da Embrapa, na Rodovia BR-258, no km 294, em Passo Fundo (RS). Através de processos guiados por técnicos e especialistas, serão realizadas as dinâmicas práticas para identificação e caracterização dos sistemas e seus coeficientes técnicos nos tipos A, B, C e D. Ao final, o trabalho irá se consolidar com a validação e análise dos resultados.  

A coordenação técnica do evento é feita pela Embrapa Gado de Leite, por Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, José Luiz Bellini Leite, e pelo Sindilat/RS, por Darlan Palharini. O evento conta ainda com apoio da Embrapa Trigo e da Emater/RS.

Dia 07/12/2023 - Embrapa Trigo em Passo Fundo (RS)

08:30 – 09:00 - ABERTURA - Darlan Palharini, Sindilat/RS. Jorge Lemainski, Chefe–Geral da Embrapa Trigo. Dartanha Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS.

09:00 – 10:00 - Identificação e caracterização dos sistemas típicos. Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite

10:00 – 10:30 - Intervalo

10:30 – 11:30 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico A.  Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite

11:30 – 12:30 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico B. Lorildo Aldo Stock,  Embrapa Gado de Leite

12:30 – 14:00 - Intervalo

14:00 – 15:00 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico C. José Luiz Bellini Leite, Embrapa Gado de Leite

15:00 – 16:00 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico D.  Luiz Antonio A. de Oliveira, Embrapa Gado de Leite

16:00 – 17:30 - Validação e análise dos resultados. Lorildo Aldo Stock,  Embrapa Gado de Leite

17:30 – 18:00 - Encerramento 
Darlan Palharini – Sindilat/RS. Jorge Lemainski, Chefe–Geral da Embrapa Trigo. Dartanha Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS.

 

As associadas do Sindilat/RS, Cooperativa Santa Clara e Lactalis estão entre os grandes vencedores do tradicional troféu Carrinho AGAS de 2023. A Santa Clara foi reconhecida nas categorias de melhor fornecedor de queijos e de leite, enquanto a Lactalis venceu na de iogurtes nesta 40ª edição da premiação.

Promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), a cerimônia de premiação foi realizada no dia 27/11, em Porto Alegre (RS). Ao todo, foram 36 premiados, eleitos por representantes das 250 maiores companhias supermercadistas do Rio Grande do Sul. Na avaliação, foram considerados critérios como share de mercado, cumprimento de prazos de entrega, relacionamento com o varejo, capacidade de inovação e baixos índices de ruptura.

Crédito: Larry Silva
*Com informações de agas.com.br

Em votação na tarde desta terça-feira (28/11), o diretor da Lactalis do Brasil Guilherme Portella foi reconduzido à presidência do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) para o triênio 2024/2026. Atual presidente da entidade, ele foi aclamado em chapa única, que tem Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, como 1º vice-presidente. A nova diretoria ainda conta com Alexandre dos Santos (Deale) como 2º vice-presidente, com Caio Vianna (CCGL) como diretor secretário, e Angelo Sartor (RAR) como diretor tesoureiro. A eleição ocorreu durante a reunião mensal de associados transmitida em formato híbrido da sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS).

Segundo Portella, uma das principais frentes de ação será a busca por maior competitividade para o setor lácteo gaúcho. “Nosso objetivo é manter uma defesa firme das indústrias e cooperativas de leite do Rio Grande do Sul em busca de melhores condições para o desenvolvimento da atividade. Precisamos trabalhar a cadeia de produção junto com as entidades de produtores rurais e Governo em ações que fomentem a produtividade, reduzam custos e aumentem o consumo interno. Dessa forma, em médio prazo, conseguiremos produzir um leite competitivo em escala mundial, aumentando nosso volume de vendas interestaduais e exportações, o que deverá ajudar no desenvolvimento de todo o Estado”, frisou, lembrando que a cadeia leiteira gera renda em 493 dos 497 municípios gaúchos.

Para o executivo, que acompanhou a eleição diretamente de Laval, na França, é essencial que se garanta condições de o setor produtivo manter-se produzindo em igualdade competitiva entre os estados da federação, mas que também ganhe força no mercado internacional, turbinando as exportações hoje ainda incipientes. “Só superaremos o impacto das importações se formos competitivos o suficiente para enfrentar os produtos que vem de fora”, indicou. E disse mais. Portella acredita que o setor lácteo brasileiro tem muito a amadurecer. “Precisamos unir esforços e ganhar competitividade, mas, para isso, precisamos de ações concretas que transformem o esforço produtivo da cadeia em rentabilidade para as indústrias e para o campo”.

Entre as ações práticas a serem implementadas na nova gestão está o aprofundamento de estudos científicos que comprovem que o leite é uma atividade de baixo impacto ambiental e capaz de fixar carbono no solo. “O leite gaúcho tem uma qualidade diferenciada e merece ser reconhecido tanto dentro do Rio Grande do Sul quanto no resto do Brasil e no mundo”, reforçou.

Foto: Carolina Jardine 

 

Reunida na tarde desta quinta-feira (23/11), a Comissão Julgadora do 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo anunciou os finalistas das categorias Impresso, Online e Eletrônico. O grupo foi composto pelos jornalistas Antônio Goulart (Associação Riograndense de Imprensa - ARI), Viviane Finkielsztejn (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS - SindJoRS), Gerson Raugust (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - Farsul), Eduardo Oliveira (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - Fetag-RS) e pelas representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. 

“Os trabalhos estão apresentando para o público o quanto é difícil produzir, o quanto é importante a cadeia leiteira para o Estado e o quanto os produtores estão precisando de um olhar governamental para manter a atividade leiteira. São necessárias políticas públicas para manter os produtores na atividade”, assinalou Eduardo Oliveira, coordenador da Comissão Julgadora.

Os vencedores serão conhecidos durante a tradicional cerimônia de premiação que será realizada em Porto Alegre (RS), no dia 14/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus.  

O prêmio instituído pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat/RS) reconhece as reportagens que evidenciam o setor lácteo. No total, foram 53 trabalhos inscritos, distribuídos nas três categorias.  

O volume de inscrições é o maior já registrado na premiação que chegará em 2024 a sua 10ª edição. “Além da grande quantidade de produções na área e no setor do leite, observamos uma altíssima qualidade, com abordagens contundentes e diversificadas que fazem jus a esta cadeia tão presente os gaúchos, e ao leite, este produto tão nobre na alimentação”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat. 

Categoria Impresso 

Jornalista: Ana Esteves
Trabalho: Setor lácteo gaúcho luta para reverter prejuízos
Veículo: Jornal do Comércio

Jornalista: Itamar Pelizzaro
Trabalho: Fundos agropecuários públicos em xeque
Veículo: Correio do Povo

Jornalista: Susana Leite
Trabalho: Pecuária de precisão eleva rendimento no setor leiteiro
Veículo: NH

Categoria Online

Jornalista: Julio Huber
Trabalho: Produzir leite sem emitir carbono é a meta de pecuaristas brasileiros
Veículo: Revista Negócio Rural

Jornalista: Marcelo Gonzatto
Trabalho: Preço baixo e dificuldade de produção ampliam debandada do setor leiteiro
Veículo: Zero Hora/GZH

Jornalista: Tamires Ribeiro
Trabalho: RS desponta na produção de leite com carbono neutro
Veículo:  Folha de S.Paulo

Categoria Eletrônico

Jornalista: Bruno Faustino
Trabalho: A busca por um "LEITE VERDE"
Veículo: TV Cultura

Jornalista: Cid Martins
Trabalho: 10 anos da primeira operação contra a fraude no leite: o crime não compensa
Veículo: Rádio Gaúcha 

Jornalista: Eliza Maliszewski
Trabalho: Dez anos após "Operação Leite Compensado" proteína gaúcha é uma das mais seguras
Veículo: Canal Rural

Foto: Carolina Jardine