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23/05/2018

 
 

Porto Alegre, 23 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.741

 

A Fonterra eleva o preço atual do leite, e prevê preço maior para a próxima temporada
Preços/NZ - Em uma série de anúncios a Fonterra eleva os preços do leite para a temporada atual, corta os dividendos, e inicia a safra 2018/2019 com valores bem acima da previsão dos analistas, NZ$ 7,00. As informações representam uma boa notícia para os preços, mas, revelam um baixo desempenho operacional da Fonterra. 
A cooperativa vive uma situação paradoxal em que o aumento no preço do leite aumenta seus custos de insumos e coloca a performance sob pressão. Mesmo assim, questionamentos deverão ser feitos sobre o seu nível de desempenho financeiro neste ano. Para a atual temporada o preço do leite é estimado em NZ$ 6,75/kgMS, representando aumento em relação à previsão anterior que era de NZ$ 6,55/kgMS. No entanto, os dividendos saíram de NZ$ 0,40 para algo entre NZ$ 0,15 e NZ$ 0,20 - possivelmente, menos da metade do pago no ano passado.

A projeção dos dividendos já havia sido cortada dois meses atrás, depois que a Fonterra precisou dar baixa em NZ$ 405 milhões referente ao desastroso investimento na Beingmate na China. Agora a previsão é de mais corte. O presidente John Wilson disse que o preço mais alto do leite pressiona os ganhos da Fonterra em um ano desafiador devido ao pagamento da Danone e o comprometimento do investimento da Beingmate.

"Como resultado estamos revisando nossa previsão de lucro por ação que havia sido estabelecido entre 25-30 centavos, reduzindo para o intervalo de 15-20 centavos por ação. Para nossos acionistas e cotistas a previsão de lucro é decepcionante. No entanto, o pagamento total previsto aumenta para NZ$ 6,90 a NZ$ 6,95/kgMS, o que representa o terceiro melhor pagamento da década".

 

Wilson disse que os preços elevados do leite refletem a oferta global e o cenário da demanda que continua a ser positiva para os agricultores. "os preços globais dos lácteos estão subindo desde o início da temporada. A cotação do leite em pó integral (WMP) está particularmente firme dado o continuado crescimento da demanda pela China e através da Ásia".

Ele disse que a captação de leite pela Fonterra na Nova Zelândia aumentou para 1.500 milhões de kgMS, ficando acima da previsão de 1.480 milhões de kgMS feita no meio da temporada, em decorrência das melhores condições de produção em março e abril, depois de atravessar uma primavera e um verão desafiadores.

A nova temporada 
Para o novo período, como relatado antes, a previsão do preço do leite é de NZ$ 7,00/kgMS para a temporada 2018/2019. Isso é consideravelmente maior do que o esperado pelos economistas. (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 
Elas voltaram à casa do consumidor

Retomada do consumo - Foram quase três anos abrindo mão de categorias para ajustar o orçamento. Mas, desde meados do ano passado, a crise vem sendo superada e o antigo padrão de consumo, aos poucos, tem sido retomado. Entre os produtos que estão voltando aos lares que haviam deixado de consumi-los, estão manteiga, batata congelada, requeijão, azeite e pão industrializado. 

É o que mostra pesquisa da Kantar Worldpanel, com dados de novembro de 2016 a novembro de 2017. O levantamento também aponta que essa melhora ocorreu tanto na cesta nacional quanto na região que inclui os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O melhor resultado coube à batata congelada: alta de 32,8% em volume na cesta Brasil. Voltaram a adquirir a categoria 1,5 milhão de lares. As batatas também apresentaram alta em volume de 18,1% em Minas Gerais e Espírito Santo e de 34,7% na Grande RJ.
O retorno dessas categorias aos lares é fruto principalmente da queda da inflação e da melhora no índice de emprego. Segundo avaliação da Kantar, esses fatores contribuem para o consumidor comprar mais. Além disso, o brasileiro está mais otimista com a situação econômica do País. A retomada naturalmente começa com os itens mais básicos e com maior presença no dia a dia dos domicílios. Os cinco produtos que se destacaram no estudo compõem as refeições, inclusive o café da manhã, que também passou a ser realizado em casa para reduzir gastos. O motivo é que, em um determinado momento, a situação apertou e esses produtos foram substituídos por versões similares e mais baratas, perdendo penetração.
 

Caso a economia siga em ascensão, aos poucos, o carrinho de compras do brasileiro ficará mais cheio. A expectativa é de que, depois dos itens de mercearia, será a vez de higiene e beleza, perecíveis e bebidas. O avanço, porém deverá ocorrer de maneira mais lenta, uma vez que esses produtos sofreram mais com a alta no preço e alguns não são tão essenciais, como avalia a Kantar. O estudo também aponta que outras categorias apresentaram crescimento no ano passado. Entre elas, estão massa fresca, adoçante, água mineral, escova dental e shampoo. Outro movimento observado é a recuperação de marcas de maior valor agregado, que foram alvo de trade down nos últimos anos.

O desafio daqui para a frente é o varejo se adequar a essa nova rodada de mudanças para ampliar a frequência de compras nas lojas. De acordo com especialistas, enxugar o sortimento é essencial a fim de aumentar o espaço de versões com maior giro. Mas, apesar das mudanças, alguns hábitos poderão ser mantidos pelo shopper, como a preferência pelas embalagens menores e econômicas e a busca por promoções. Um cuidado importante é adotar ações que elevam o tíquete médio, mas não comprometem a margem. Afinal, o setor já sofreu muito com os anos de crise. Agora é hora de focar a rentabilidade. (Supermercado moderno)
 

 
Argentina - A primeira fazenda-fábrica robotizada está sendo construída em Córdoba

Produção/AR - Os irmãos Gastón e Martín Brito estão convencidos de que a produção de leite é um bom negócio. Por isto estão investindo na construção de uma estabelecimento que produzirá leite e queijos. Com a particularidade de que as tarefas de ordenha serão realizadas por dois robôs trazidos da Suécia. Trata-se da primeira fazenda-fábrica robotizada do país. Está localizada na Rodovida Nacional 35, no acesso à Coronel Moldes, no departamento do Río Cuarto. No prédio de cinco hectares, onde funcionava até 1980 a cooperativa láctea La Sara - depois foi instalada uma wiskeria, fechada há vários anos - foram erguidos dois currais para abrigar as vacas, a sala de ordenha de última geração, a queijaria e o ponto de vendas. Somente na compra dos dois robôs, que já estão na fazenda, a empresa familiar investirá US$ 300 mil dólares. "Estimamos que em quatro meses poderemos iniciar a produção", disse a La Voz Gastón Brito. Os irmãos possuem experiência de 10 anos da área de leite. "Partimos do zero em uma fazenda arrendada, que estava a ponto de ser fechada", lembrou. 

A experiência profissional em leite, adquirida por Martín na Califórnia (Estados Unidos), os ajudou na adoção de tecnologias intensivas de produção de leite, como o uso de currais e de bem-estar animal. Ainda que já existam algumas fazendas no país com ordenhas automatizadas através de robot, La Inesidta será o primeiro estabelecimento que integrará os diversos elos da produção primária, com a fabricação de lácteos e a comercialização direta. Uma câmara fria na cidade de Córdoba ajudará na logística de distribuição para os varejistas. "O objetivo do robô é gerar matéria prima de qualidade controlada, que ajudará na rastreabilidade do ambiente para a elaboração de produtos, com a importância de fazê-lo sem frete. O círculo se encerra no próprio canal comercial", explicou Gastón. Os robôs terão como tarefa, ordenhar pelo menos duas vezes ao dia, um total de 130 vacas, algumas das quais produzem até 70 litros de leite diariamente. Enquanto aguardam a construções das novas instalações, e os novos currais, a poucos quilômetros dali o plantel produz leite que é entregue a indústrias locais.
Modelo produtivo

Com uma produção que gira em torno de 5.800 litros diários, a empresa irá elaborar queijos curados e meia cura, que serão comercializados com a marca Sol Argentino. "É em homenagem ao nosso bisavô, que foi o fundador do partido bonaerense de Benito Juárez, e onde foi estabelecida a estância pioneira, com o nome Sol Argentino, que hoje é patrimônio cultural. Para os empreendedores, o modelo que está sendo instalado em Coronel Moldes é uma unidade econômica que pode ser transportada para outras empresas médias dedicadas à produção de leite. Gastón e Martín estão convencidos de que não será necessário ter mil hectares para dar este passo, e que uma área de cinco hectares é suficiente para, de forma intensiva, e com tecnologia, fechar todo o ciclo produtivo, entre a produção primária e a agregação de valor na origem. (La Voz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

PELA METADE
Esperançosa de que o frio conseguisse ampliar o consumo, ajudando a diluir a crise causada pelo recuo nos preços, a indústria de laticínios estima que metade dos 12,6 milhões de litros de leite captados diariamente deixem de ser recolhidos hoje, se a greve dos caminhoneiros persistir.- Se não conseguirmos transportar o produto que está nos postos de resfriamento, não temos como recolher leite na casa dos produtores - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS). Há caminhões parados com leite cru nas estradas, situação que preocupa, porque o transporte tem de ser feito dentro de 48 horas, da propriedade até a indústria. Depois, a qualidade fica comprometida e o produto poderá ter de ser descartado. Também há veículos com produtos processados impedidos de circular. Outra preocupação é com o fornecimento de insumos, que também poderá ser afetado. - Entendemos que o pleito é legítimo, mas infelizmente o setor lácteo vem sofrendo há tempo - lamenta o presidente do Sindilat.  (Zero Hora)

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