Pular para o conteúdo

14/12/2017

Porto Alegre, 14 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.641

 

  Embaixador do Uruguai no Brasil vai mediar maior integração entre os setores lácteos dos países

A embaixada do Uruguai no Brasil mediará tratativas para maior integração entre os países para comercialização de produtos lácteos a mercados que são de interesse comum. O encaminhamento ocorreu durante reunião entre representantes do setor e o embaixador do Uruguai no Brasil, Gustavo Vanerio, nesta quinta-feira (14/12), em Brasília. 

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, participou do encontro, que foi mediado pelo deputado Covatti Filho e também contou com representantes da CNA, OCB, Fetag, Contag, G100 e Viva Lácteos. Segundo Palharini, o embaixador se comprometeu de encaminhar o pleito para Montevidéu. 

Outra pauta comum é um acordo com a União Europeia, que quer definir com o Mercosul a identificação geográfica de cada produto, medida que implicaria na mudança de nomenclatura de alguns queijos, como o parmesão e gruyère. "Há um consenso entre Brasil e Uruguai de que isto não pode ser acordado porque prejudicaria o setor nos dois países", pontua Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Roberto Soso

Uruguai -A cada dia somos mais caros e menos competitivos

O presidente da Sociedade de Produtores de Leite de Florida, Horacio Rodríguez, disse que o setor continua reclamando a criação de um fundo de garantia para atender à demanda dos produtores de leite endividados, mas também para todo o setor rural. Também comentou que com o aumento de impostos que começará a vigorar em janeiro, a situação irá se agravar. "Cada dia somos mais caros e menos competitivos", disse.

"Nós, os produtores de leite, estamos extremamente preocupados. Faz mais de dois anos que estamos trabalhando para a criação do fundo", disse Rodríguez. Em declarações ao jornal local El Heraldo o produtor e sindicalista acrescentou que a elevação de tarifas nos preocupa" porque cada vez que existe aumento desse tipo "o setor perde competitividade". A situação "é mais grave" para a produção de leite.

"Com a Federação Rural está sendo realizado um trabalho e na quarta-feira (hoje) será realizada uma reunião com a Federação no Parlamento para ver se podemos conseguir algo, não somente para os produtores, mas, para todo o país. Cada dia que passa somos mais caros e menos competitivos", lamentou.

Fundo de Garantia
Rodríguez lembrou que o Ministério da Pecuária "apresentou uma nova lei sobre a criação de um fundo de US$ 30 milhões, um fundo de garantia para trabalhar com o tema endividamento, para que os produtores endividados possam usá-lo, porque irá melhorar as garantias e haverá prolongamento da dívida de dois, para oito anos. Estamos de acordo com o projeto, ainda que precise de algumas mudanças, e foi o que as entidades do setor lácteos fizeram. Na semana passada estivemos na Comissão de Pecuária do Parlamento com uma demanda muito importante, e mencionamos a injustiça desse projeto porque está contemplando todos os produtores endividados, mas, os produtores que por distintas razões, seja porque venderam o capital, ou não quiseram se endividar, não serão contemplados. Nossa proposta é que estes últimos também sejam atendidos nesse fundo de garantia", concluiu. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)

Peru: produção nacional fornecerá 100% do consumo interno de leite

A produção nacional de leite do Peru fornecerá 100% do consumo interno do país. Isso graças ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Pecuária que vem executando suas especificações, por meio da Direção Geral de Pecuária (DGGA). A Comissão Agrária do Legislativo, informou que - se este ano a produção de leite for de 1,9 milhões de toneladas - até 2021, ela aumentará para 2,7 milhões, chegando a 4,4 milhões de toneladas até 2027.

"Com este plano, buscamos converter o Peru em um país com uma produção pecuária próspera, competitiva e inserida no mercado nacional e internacional. Nossa produção de leite será capaz de abastecer adequadamente o mercado interno", enfatizou o ministro. Ele destacou que, para alcançar esse objetivo, vem sendo trabalhado a associatividade e o treinamento de produtores pecuários por meio da Serviagro, bem como, a expansão das forragens e implementação do plano de pastagens cultivadas com alfafa, o que triplicará o número de gado nas áreas altas andinas.

"Para isso, trabalhamos em coordenação com os governos locais e assinamos 239 acordos. Estamos empenhados em alcançar o desenvolvimento de uma pecuária sustentável", disse Hernandez.

Ele acrescentou que - até o fim de 2017 - o objetivo é instalar 25.500 hectares de pastagens cultivadas, enquanto em 2021 esse número aumentará para 150 mil hectares, beneficiando 187.500 famílias produtoras de gado em 21 departamentos do país. "Desta forma, ele enfatizou, será possível conseguir até 2027 uma vaca que produza 9,8 litros de leite por dia. A média atual é de 6 litros".

Ele também anunciou que o Plano Nacional de Desenvolvimento da Pecuária 2017-2027 planeja instalar cinco novas usinas de processamento nas regiões de Lima, La Libertad, Arequipa, Puno e Cajamarca, para as quais serão destinados 10 milhões de soles (US$ 3,08 milhões). A isso se adiciona o investimento de 5 milhões de soles (US$ 1,54 milhão), para a melhoria das 25 fábricas de produtos lácteos que operam em nove regiões do país, mas não em todas as suas capacidades.

Essas ações, segundo ele, resultarão em maiores rendimentos para famílias rurais. Durante seu discurso no Parlamento, ele finalmente esclareceu que o objetivo do governo é promover a produção de leite e produtos lácteos, atender a demanda doméstica e depois disso, também olhar para o mercado internacional. 

Em 11/12/17 - 1 Novo Sol Peruano = US$ 0,30862
3,23088 Novo Sol Peruano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) 
(As informações são do DiarioaHora.pe, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Fonterra reduz previsão do preço do leite

A volatilidade do mercado de lácteos levou a Fonterra a reduzir sua previsão de pagamento para a estação de 2017-18 em 35 centavos (24,26 centavos de dólar), para NZ$ 6,40 (US$ 4,43) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,53 (US$ 0,36) por quilo de leite. Supondo que o preço do leite revisado se mantenha, essa redução equivale a uma perda de renda de NZ$ 647,8 milhões (US$ 449,13 milhões), de acordo com dados de produção da DairyNZ, de 1,85 bilhão de quilos coletados para estação de 2016-17. 

Para o produtor médio ordenhando 414 vacas e produzindo 381 quilos por cabeça, a nova previsão significa que eles podem perder em NZ$ 55.206 (US$ 38.275) de renda não recebida. O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a previsão reduzida refletiu uma abordagem prudente da volatilidade, com o preço na GlobalDairyTrade do leite em pó integral caindo em quase 10% desde 1 de agosto. "Embora o resultado da arbitragem com a Danone tenha afetado nossa orientação de ganhos para a estação, isso não influenciou na nossa previsão de preço do leite ao produtor", disse Wilson.

"O que está impulsionando esta previsão é que, apesar de a demanda por produtos lácteos permanecer forte, particularmente na China, outras partes da Ásia e da América Latina, estamos vendo uma produção sólida da Europa e contínuos altos níveis de estoque de intervenção de leite em pó desnatado da UE". Wilson disse que a pressão de baixa foi compensada em parte pela menor taxa de câmbio do dólar da Nova Zelândia com relação ao dólar dos Estados Unidos. A forte posição financeira da cooperativa, os bons pedidos dos clientes e a demanda dinâmica permitiram que a empresa aumentasse os pagamentos aos produtores em janeiro em 10 centavos (6,93 centavos de dólar)/kg. O plano é manter a taxa de adiantamento até maio.

Os produtores receberão pagamentos iguais ou superiores por seu leite durante esse período do que os previstos no preço anterior do leite de NZ$ 6,75 (US$ 4,67) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite]. Este corte virá através dos pagamentos retrospectivos pagos aos produtores de junho a outubro na estação de 2018-19 em vez de nos próximos meses, devido à sua taxa de adiantamento. Como resultado de "condições climáticas desafiadoras", a cooperativa reduziu sua captação de leite em 1%, para 1,525 bilhão de quilogramas. Este é o mesmo volume da estação passada. Chris Lewis, presidente de lácteos da Federated Farmers, disse que a revisão foi decepcionante, mas não foi surpresa para os produtores.

A menor previsão de pagamento foi a segunda semana de más notícias para os produtores da Fonterra após a decisão da cooperativa de cortar 10 centavos (centavos de dólar) de seu dividendo após a decisão da arbitragem com a Danone, disse ele.

Do lado positivo, manter a taxa de adiantamento seria bem-vindo, pois os produtores enfrentam um "duplo golpe" do tempo seco previsto e o corte para a previsão do preço do leite. Lewis previu uma desaceleração na produção de leite, à medida que o clima seco se instala. "Tenho certeza de que compradores estrangeiros descobrirão que menos chuva significa menos pastagem, o que significa menos produção". Isso poderia ver uma recuperação na previsão mais tarde na estação se a demanda ultrapassasse a oferta. Embora isso possa ser compensado pela forte produção da União Europeia (UE), esses países produziram diferentes produtos lácteos para a Nova Zelândia, disse ele.

A Open Country Dairy, a segunda maior empresa de lácteos do país, também revisou sua previsão. Os fornecedores foram informados em uma carta enviada no final de novembro de que seu pagamento seria de cerca de NZ$ 6,40 (US$ 4,43) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,53 (US$ 0,36) por quilo de leite.

O economista rural sênior da ASB, Nathan Penny, disse que a nova previsão dividiu a diferença entre um consenso de mercado informal de NZ$ 6,33 (US$ 4,38) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite] e a previsão do banco de NZ$ 6,50 (US$ 4,50) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite].

Embora a Fonterra tenha errado no lado da conservação em sua previsão revisada, Penny disse que estava mais otimista e manteve sua previsão. "O clima seco da Nova Zelândia tem potencial para aumentar a pressão sobre os preços dos produtos lácteos. Na verdade, a Fonterra também reduziu sua previsão de produção 2017-18 para 2016-17, de 1% de aumento anteriormente. Da mesma forma, a demanda global é firme e a escassez global de manteiga continua. O principal fator de compensação é a produção robusta da UE". 

O economista-chefe da Westpac, Dominick Stephens, disse ter visto algum risco de alta para a previsão do banco de NZ$ 6,20 (US$ 4,29) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite] devido ao último leilão GDT e clima cada vez mais seco.  Stephens destacou que não preveriam o clima de verão ainda, mas se permanecer seco, aumentará sua própria previsão. Ele também estava preocupado com uma potencial desaceleração na economia da China no próximo ano devido às restrições ao crescimento do crédito. "Isso poderia afetar o mercado imobiliário. A última vez que aconteceu em 2015 levou a uma recessão nos preços dos produtos lácteos na Nova Zelândia".

Fonterra anuncia atualização financeira
A Fonterra também anunciou as receitas no primeiro trimestre, de NZ$ 4 bilhões (US$ 2,77 bilhões), 4% acima no mesmo período do ano passado. O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que os resultados foram esperados. A empresa iniciou o ano com um baixo estoque seguido por um segundo ano de baixas captações de leite na primavera por causa do tempo úmido.

"Isso desafiou nosso negócio de ingredientes, o qual tínhamos volumes mais baixos para vender. Como resultado, as vendas caíram em 19, para 3,6 bilhões de LMEs (equivalentes de leite líquido) em relação ao mesmo período do ano passado". O LME é uma medida da quantidade de leite em litros atribuída a cada produto que a Fonterra faz. Baseia-se na quantidade de gordura e proteína no produto em relação à quantidade de gordura e proteína encontrada no leite cru.

Spierings disse que as empresas de serviços aos clientes e de alimentos da Fonterra tiveram fortes volumes de vendas em seus mercados chinês e asiático, com queda de 3%, para 1,3 bilhão de LME no volume total, em comparação com os níveis recordes do mesmo período do ano passado. Ele esperava que o desempenho financeiro da Fonterra fosse ponderado para o segundo semestre do ano e continua confiante nas previsões do ano inteiro após revisões depois do anúncio da Danone. 

Em 13/12/17 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,69332 
1,44198 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do NZFarmer.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Pesquisa Trimestral do Leite 
Já estão disponíveis no SIDRA os dados da pesquisa conjuntural Pesquisa Trimestral do Leite - 3º trimestre 2017. CLIQUE AQUI para acessar. (IBGE).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *