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28/06/2017

 

Porto Alegre, 28 de junho de 2017                                              Ano 11- N° 2.529

 

Conferência da IFCN na Alemanha avalia ciclo do preço do leite

A 18ª Conferência de Lácteos da International Farm Comparison Network (IFCN) foi realizada de 10 a 14 de junho em Kiel, na Alemanha, com participantes que avaliaram a análise mais recente dos desenvolvimentos em 2016 e 2017. Na última conferência da IFCN, durante a crise dos preços do leite, foi previsto que os mesmos se recuperariam no final de 2016.

Torsten Hemme, diretor-gerente da IFCN, comentou que é importante ver um cenário mais amplo dos ciclos no setor leiteiro, observando que o que começou em 2013 chegou ao fim.

Declínio na produção de leite
Os preços baixos persistentes nos últimos dois anos desencadearam uma resposta da oferta, com 2016 mostrando o menor crescimento da produção de leite desde 1998. Liderando o crescimento da produção de leite no ano passado estiveram Índia, EUA e Países Baixos, que compensaram o menor crescimento da produção com China, Brasil, Argentina e Oceania. A IFCN disse que o crescimento da demanda ainda não se recuperou com relação a 2006 ou níveis médios, ainda que não tenha sido devastador. Além disso, a demanda de importação de leite aumentou na China, Brasil, Filipinas e México.

Estabilizar ao invés de crescer
A IFCN disse que, em um futuro próximo, no entanto, vários elementos sugerem que os preços do leite provavelmente não aumentarão significativamente, mas sim, estabilizarão. Em termos de produção, desde outubro de 2016, o crescimento da produção de leite foi retomado em todo o mundo e vem aumentando. A questão dos estoques continua sendo uma grande incerteza e os níveis estimados ainda são substanciais. Além disso, os preços do petróleo e dos alimentos animais, importantes direcionadores do preço do leite, devem permanecer estáveis.

A IFCN disse que, após um crescimento constante nos números de fazendas no passado, houve uma redução global gradual desde 2014 em torno de 1,5% ao ano. No entanto, a produção de leite continua aumentando. Anders Fagerberg, presidente do conselho da IFCN, concluiu no final da conferência que a chave é lidar com a mudança e ter confiança e acesso aos dados. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 Uruguai - Preço do leite ao produtor continua em recuperação

O preço do leite pago ao produtor subiu pelo quarto mês consecutivo e ficou na média de UYU$10,14 por litro, [R$ 1,19/litro], conforme dados publicados pelo Instituto Nacional de la Leche (Inale). 

É o maior valor médio desde julho de 2014. O avanço foi de 1% em relação a abril e de 16% em relação a maio do ano passado, quando o preço médio foi de UYU$9,72 o litro. Em dólares o valor médio foi de US$ 0,36/litro, 30% a mais que os US$ 0,28/litro de um ano atrás. (Blasina y Asociados- Tradução livre: Terra Viva)

Cientistas criaram um leite de vaca com mais cálcio e menos lactose

Leite enriquecido - Pesquisadores do Conicet-Rosario apresentaram um leite de vaca rico em cálcio e com lactose reduzida, um alimento ideal para a maior parte da população. O fizeram através de um método que se baseia em casca de ovo e do kéfir, um conjunto de microorganismos similar ao iogurte originário do Cáucaso, que é milenar e se consome majoritariamente na Ásia. 

"Um adulto precisa ingerir, diariamente, o equivalente em cálcio ao conteúdo de um litro de leite. Mas, nem todos consomem esta quantidade, porque na idade adulta se perde o hábito de consumir lácteos, principal fonte de cálcio, somado a que algumas pessoas são intolerantes à lactose e tendem a evitá-los", explicou à Agência Télam, Alfredo Rigalli, diretor do Laboratório de Biologia Óssea da Faculdade de Ciências Médicas da Universidad Nacional de Rosario (UNR). Por isso, o pesquisador recorreu a "uma técnica doméstica" para provar em pessoas. "Foram feitas testes em voluntários, entre 15 e 20 pessoas sãs que trabalhavam no nosso próprio laboratório. Foram comparadas a urina dos voluntários que beberam leite sem tratar por um dia, com outros que durante o mesmo período, tomaram a bebida preparada com kéfir e casca de ovo". Dessa maneira, comprovou que "o corpo incorpora uma maior quantidade de cálcio com a segunda opção". "O resultado animou o laboratório: Desenvolver coisas que sejam aplicáveis, de baixo custo e bom resultado", destacou Rigalli, contando ainda que junto com a sua equipe de pesquisa já vinha experimentando a casca de ovo como fonte de cálcio para a alimentação. "Mas, para enriquecer o leite não era útil, porque é muito difícil de dissolver. Então, o kéfir foi a solução", acrescentou.

"Estes microorganismos consomem a lactose do leite produzindo o ácido láctico que por sua vez tem a capacidade de dissolver a casca do ovo, fazendo com que o cálcio passe para a bebida. Com este tratamento se conseguiu reduzir a lactose em 50%, e elevar o cálcio em outros 50%. Obtivemos assim um leite enriquecido com cálcio mediante um método natural e econômico, porque para isso utilizamos a casca de ovo", finalizou. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)

As importações chinesas de lácteos, em maio, se mantiveram firmes

Importações/China - Nos primeiros cinco meses do ano as importações chinesas de produtos lácteos cresceram 23% em dólares em relação ao mesmo período de 2016.  Em volume o crescimento foi de 1,4%. As importações de leite em pó integral (LPE) caíram 5% em volume, mas, aumentaram 21% em faturamento, segundo estatísticas publicados pelo site italiano CLAL.it. Apesar da baixa, continua sendo o principal produto importado com 253.781 toneladas. As compras de creme registraram o maior crescimento interanual medido em volume com uma alta de 35% nos cinco primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2016. Em valor, o soro de leite em pó foi o produto estrela, com elevação interanual de 52%. 

A participação do mercado dos Estados Unidos e da União Europeia cresceu em comparação com um ano atrás. Recentemente os Estados Unidos assinou um Memorando de Entendimento com Beijing para facilitar as exportações de mais de 200 empresas norte-americanas a esse mercado. Já a Comissão Europeia chegou a um acordo com a China sobre 100 produtos com certificação de origem protegida. As importações procedentes da Nova Zelândia caíram. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

PL 214/2015
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) informa que foi retirado o regime de urgência do Projeto de Lei 214/2015, que trata da redução de 30% nos créditos presumidos do setor lácteo. A decisão atende a requerimento protocolado no final da tarde de terça-feira. Com a retirada da urgência, a matéria retorna à tramitação na Comissão de Constituição e Justiça, na qual está sob a relatoria do deputado Elton Weber (PSB).  O sindicato segue acompanhando o assunto, principalmente levando-se em conta a necessidade de o governo apresentar contrapartidas que viabilizem a renegociação da dívida do Rio Grande do Sul com a União. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

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