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08/05/2017

Porto Alegre, 08 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.494

 

 Fenasul terá PUB do Queijo

A Fenasul 2017 oferecerá uma nova atração gastronômica ao público que for ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. É o PUB do Queijo, uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) que conta com apoio da Apil, Farsul e Ocergs. A novidade foi lançada oficialmente na manhã desta segunda-feira (08/05), no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, com a presença do governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori e dos secretários Ernani Polo (Agricultura), Fábio Branco (Casa Civil) e Tarcísio Minetto (Desenvolvimento Rural). O lançamento da Fenasul ainda contou com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, do secretário-executivo do sindicato, Darlan Palharini, e dirigentes das principais indústrias gaúchas e entidades do agronegócio.

O PUB do Queijo será montado na varanda da Farsul e ofertará os mais diferentes tipos de queijos produzidos pelas indústrias gaúchas. Para completar o menu, os visitantes poderão saborear pratos à base de lácteos elaborados com a grife do chef Joaquim Aita. O objetivo do projeto, explica Guerra, é apresentar ao público toda a diversidade da produção. "Temos produtos de sabor diferenciado e com potencialidades nutricionais e funcionais que muitas pessoas sequer imaginam que existe", ressaltou. Os queijos ofertados serão harmonizados com diferentes bebidas de forma a potencializar seu sabor. O ticket para ingresso no PUB do Queijo dá direito à degustação livre de queijos, embutidos e pratos quentes. O evento ficará aberto de quinta a domingo (25 a 28 /5) das 11h às 22h.

Durante o lançamento da Fenasul nesta manhã, Polo destacou a nova configuração da feira, que chama diversas entidades para a organização de forma efetiva. "Procuramos o envolvimento delas para, além de conhecer ainda mais os benefícios do leite, também valorizar os seus derivados", afirmou, lembrando que o PUB do Queijo é uma inovação e uma tentativa de consolidar a promoção da qualidade dos derivados lácteos produzidos no Estado. O governador Sartori fez referência ao papel do leite na formação da renda dos produtores rurais como uma espécie de "salário mensal". E ainda destacou o empenho do setor em desenvolver o Estado e a qualidade da produção. "O leite de maior qualidade que está sendo produzido no Brasil é do Rio Grande do Sul", ressaltou. Segundo ele, apesar da dificuldade por que passa o RS, a Fenasul é símbolo da união do poder público e da iniciativa privada para levar a exposição a um novo patamar. "É um evento que mostra o Rio Grande que dá certo", concluiu. Ao final do lançamento, os representantes fizeram o tradicional brinde do leite no jardim do Palácio Piratini, no Centro Histórico de Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Carolina Jardine 
 

 
Produção leiteira no RS registra números positivos no 1º trimestre 

O primeiro trimestre de 2017 foi positivo para a atividade leiteira no Rio Grande do Sul. Pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que a margem bruta unitária (receita subtraída do Custo Operacional Efetivo - COE, que considera todos os desembolsos) do produtor gaúcho quase dobrou - alta de 91% - quando comparado o primeiro trimestre deste ano ao mesmo período de 2016.

Segundo cálculos do Cepea/CNA, a margem bruta unitária das propriedades típicas do Rio Grande do Sul passou de R$ 0, 26 por litro de leite na média de janeiro a março/2016 para R$ 0,50 de litro de leite no primeiro trimestre de 2017. Essa pesquisa leva em consideração as propriedades típicas - que compreendem o modelo de produção que mais se repete dentro de uma determinada região - das bacias leiteiras sul-rio-grandenses de Cruz Alta, Palmeira das Missões, Pelotas e Três de Maio.

Esse resultado positivo ao produtor está atrelado à alta no preço do leite bem mais intensa que a verificada para os custos de produção. Para o leite, os valores têm se sustentado em elevados patamares desde o ano passado, devido ao avanço do período de entressafra no sudeste e centro-oeste do Brasil. No primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período de 2016, o preço do leite pago ao produtor subiu 25,7%. Quanto aos custos, o COE da atividade leiteira subiu apenas 2,3%. No geral, a alta dos custos foi contida pela desvalorização da ração (que tem como base especialmente o farelo de soja e o milho), insumo que mais onera a atividade.

E até quando esse cenário continuará favorável ao produtor? De acordo com perspectivas de agentes do setor, as cotações do leite cru estão em patamares elevados, o que dificulta o repasse desses reajustes da indústria para o consumidor, uma vez que a demanda por lácteos está enfraquecida, em um cenário de menor poder de compra do brasileiro. Desse modo, a valorização do leite cru pode atingir o teto em abril e apresentar estabilidade nos próximos meses.

Por outro lado, os custos de produção podem cair, já que a expectativa é de safra recorde de grãos. Assim, mesmo com estabilidade da receita, as margens podem continuar positivas. Vale ressaltar que as cotações mais atrativas dos concentrados podem, por sua vez, incentivar a maior alimentação do rebanho e reduzir os efeitos da entressafra. Para o produtor gaúcho, que investe em pastagens de inverno neste período, acompanhar a movimentação do mercado de grãos e dimensionar estrategicamente sua produção são fatores importantes para aproveitar o momento positivo e assegurar margens. (por Sergio De Zen, Professor Dr. da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), e pesquisador responsável pela área de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea e Natália Salaro Grigol, Mestre pelo Cena-Esalq/USP e pesquisadora da Equipe Leite do Cepea/Zero Hora)

Custos de produção da pecuária leiteira têm nova queda em abril
 
Os custos de produção da pecuária leiteira caíram em abril. Foi o terceiro mês consecutivo de queda. As quedas nas cotações dos alimentos concentrados energéticos, com destaque para o milho, dos suplementos minerais, dos combustíveis/lubrificantes e dos concentrados proteicos puxaram a redução do custo.

Na comparação com abril do ano passado, os custos de produção da atividade caíram 6,1%. A queda nos custos de produção somada as altas no preço do leite ao produtor melhoraram a margem da atividade desde o começo deste ano (figura 1). (Fonte: Scot Consultoria)

Figura 1. Preço do leite ao produtor versus custos de produção da pecuária leiteira, base 100= janeiro de 2013.

 

 
 

 
Fonterra 
A Fonterra, exportadora de lácteos, confirma sua estratégia a longo prazo no mercado brasileiro e concentra sua atuação em três áreas prioritárias: o desenvolvimento de novos produtos e conceitos; na criação de estratégias de arbitragem de matéria-prima e a otimização de formulações para redução de custos; e na estabilidade do fornecimento, via disponibilidade de estoque local, e na redução da volatilidade de preços por meio de ferramentas de gestão de riscos. Segundo a companhia, esses atributos fazem com que a Fonterra tenha perspectivas otimistas em relação ao Brasil. A unidade brasileira é responsável pelos mercados da Argentina, Uruguai e Paraguai. "O Brasil está entre os quatro países mais promissores do mundo para a companhia. Por esse motivo, reestruturamos a nossa equipe e posicionamento estratégico para expandir nossa atividade aqui, no longo prazo, especialmente com a venda mais especializada e o atendimento ao cliente no setor de inovações", explica Guilherme Nascimento, gerente geral da Fonterra Brasil. (Giro News)
 

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