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19/05/2016

 

Porto Alegre, 19 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.270

 

   Normativas devem concluir aplicabilidade da Lei do Leite

Aguardando publicação do decreto de regulamentação pelo governo do Estado, a Lei do Leite ainda precisará de instruções normativas adicionais para que possa ser implementada na íntegra.  Uma delas deve reger o formato do cadastramento dos transportadores pelos laticínios, informações que farão parte de um grande banco de dados administrado pela Secretaria da Agricultura (Seapi). O cadastro reunirá dados sobre formação, treinamento profissional e o nome das indústrias para as quais o transportador trabalha. Outra Instrução Normativa deve definir a operacionalização de um selo para identificação dos caminhões que transportam o leite e o modelo de documento de trânsito que acompanhará as cargas.

A complementação da Lei do Leite foi reforçada pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante mesa redonda realizada na tarde desta quinta-feira (19/05) durante simpósio promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Sindicato dos Médicos Veterinários do RS (Simvet/RS) e Secretaria da Agricultura (Seapi) durante a Fenasul, em Esteio (RS). O debate foi mediado pelo editor-chefe do Correio do Povo, Telmo Flor. 

Segundo Guerra, é importante lembrar que já existe uma legislação que regulamenta o setor, mas a Lei do Lei traz detalhamento que torna o controle sobre o setor mais eficiente. "O maior patrimônio que temos é a nossa marca. Quando acontece problema com alguém, o reflexo vem para todos. Todo o setor perde, indústria e produtores. Nosso sindicato sempre apoiou a legislação", frisou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, completou que o leite gaúcho é um dos mais testados do país. Segundo ele, das 51 milhões de amostras testadas no país, 44% vêm do Rio Grande do Sul.  "Essa legislação vem como um avanço e nos auxilia a mostrar para o mundo que a melhor qualidade do leite está aqui", completou Palharini.

O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que a Lei do Leite não trará grandes mudanças para quem opera na regularidade. Mesma posição foi defendida pela médica veterinária Andrea Troller Pinto, do Simvet. "Dá mais segurança para quem está trabalhando certo e ao Estado força para a atividade fiscalizadora sobre quem não está trabalhando corretamente", disse. 

O representante da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, reforçou os avanços do projeto. "Estamos trabalhando para dar uma resposta para a sociedade na elaboração de uma legislação que contemplasse a lacuna", pontuou, referindo-se à ação de transportadores autônomos que tornou-se rotina no RS no passado.  A veterinária de Seapi, Karla Pivato, destacou como um dos principais avanços a responsabilização das indústrias em relação ao papel dos transportadores uma vez que a Lei prevê que os laticínios responsabilizem-se pela ação de seus terceirizados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
Crédito: Carolina Jardine
 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Maio de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Abril de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Maio de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)
 

 

EUA: Rabobank analisa excesso de queijos; o maior estoque desde 1984

No final de março, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que os Estados Unidos têm um estoque de queijos de 1,2 bilhão de libras (equivalente a 544,3 milhões de quilos), o maior desde 1984. De acordo com o diretor executivo e analista sênior do Rabobank, Tom Bailey, o excesso de queijos dos Estados Unidos é resultado da maior demanda de consumo por queijos junto com uma combinação de fatores econômicos.

"Tudo se volta para o preço do leite. Isso começou há cerca de dois anos, quando registramos preços recordes do leite com a remoção das cotas da União Europeia (UE), o que impulsionou muitos investimentos nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália, na Nova Zelândia e em partes da América Latina. Vimos muitos investimentos no crescimento da oferta". Os maiores investimentos no lado da oferta do mercado de lácteos resultou em um adicional de 2,6 bilhões de quilos de leite entre março de 2015 e março de 2016, um grande aumento no crescimento do volume para o mundo absorver, disse Bailey.

O excedente global no mercado de lácteos - combinado com os preços internacionais - alcançou um valor baixo quase recorde, tornando as exportações aos Estados Unidos uma opção atraente para a UE, de acordo com ele.

Em termos de crescimento com relação ao ano anterior, as importações dos Estados Unidos aumentaram 39,24 milhões de quilos - 17% de aumento com relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações declinaram 56,43 milhões de quilos e a produção de queijos dos Estados Unidos aumentou 139,52 milhões de quilos, criando um estoque total de 544,3 milhões de quilos de queijos nos Estados Unidos.

Os americanos, em média, consumiram 907,18 gramas de quilos a mais em 2015, aumentando para 15,65 quilos por pessoa anualmente. Isso deverá alcançar 17,15 quilos em 2024, de acordo com dados do USDA. A demanda por queijos vem crescendo consideravelmente à medida que os americanos se tornam mais conscientes com relação à saúde. Os queijos processados também estão sendo substituídos por queijos integrais. "Costumávamos evitar queijos e manteiga, mas tem havido um renascimento da gordura dos lácteos e não estamos mais tão assustados. As companhias estão se reformulando para incorporar mais a gordura láctea", comentou Bailey. 

No entanto, há muito queijos, alertou Bailey, citando "uma reação exagerada do lado da oferta" como uma razão parcial para o excesso de queijos nos Estados Unidos. "No final das contas, a produção de queijos deverá cair. Caso contrário, nós definitivamente estaremos com um montante de queijos no qual não seremos capazes de consumir". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Expoleite 2016 estreia concurso de sólidos

Consagrada pelo destaque dado ao volume de leite produzido, graças ao concurso de gado leiteiro, a 39ª Expoleite e 12ª Fenasul, neste ano, se volta também para a qualidade do produto, avaliado no concurso de sólidos, que verifica o teor de proteína, gordura e minerais da produção. O evento teve início ontem e ocorre até 22 de maio, no parque Assis Brasil, em Esteio. A fria quarta-feira, que marcou o início da programação, começou com as ordenhas do concurso leiteiro: a primeira, realizada às 6h; a segunda, às 14h; e a terceira, às 22h. Serão feitas ainda outras duas coletas: às 6h e às 14h desta quinta-feira. Destas, as três intermediárias terão amostras recolhidas para análise de sólidos, que será feita pela Embrapa de Capão do Leão. O servidor estadual Danilo Cavalcanti Gomes, médico veterinário e coordenador da Câmara Setorial do Leite, explicaque a Secretaria da Agricultura dispõe de local adequado para preservação das amostras, que serão encaminhadas para o laboratório com rigor e a presença de um fiscal, que acompanhará o envio do material. O resultado será divulgado no sábado. "Quando se traz um concurso de sólidos para um evento que tradicionalmente premia o volume, há um diferencial muito grande. Não basta nos preocuparmos só com o volume, mas também com a qualidade", justifica sobre a importância da avaliação. Estimular a produção focada no aspecto qualitativo do leite garante benefícios à indústria, aos produtores e à sociedade. Na fabricação de produtos lácteos, como o queijo, quanto melhor for a qualidade do leite - considerando percentuais superiores de proteína, gordura, lactose e minerais, por exemplo -, maior será a rentabilidade da produção: em vez de usar 10 litros de leite para fabricar um quilo de queijo, pode-se produzir a mesma quantidade com apenas oito litros. 

Para o produtor, que ofereceu as melhores condições ao gado a fim de assegurar os ganhos qualitativos do leite, a remuneração também é maior. "O preço pago pelo litro de leite está variando entre R$ 0,85 e R$ 0,95, mas, para o conteúdo com maior qualidade, a remuneração pode chegar a R$ 1,15", demonstra Gomes. A prática de pagar um valor adicional pela qualidade do leite já faz parte da rotina dos principais laticínios, mesmo de menor porte, reforça. Outro benefício é que o leite com maior propriedade qualitativa, por ser tão valioso para o produtor e para a indústria, é menos vulnerável à fraude. "O leite de baixa qualidade é insumo para dulteração", sublinha Gomes. Ao ar ênfase à questão, a Expoleite ajuda a disseminar as melhores práticas. Dentro da porteira, esse cuidado pressupõe, na atual conjuntura, uma atenção equilibrada entre necessidades e custos. O Criadeiro La Linda, de Carlos Barbosa, participa da feira com 11 animais (quatro vacas, quatro novilhas e três terneiros) e, em meio à crise, tenta amenizar os altos custos de produção para melhorar os ganhos. O funcionário da cabanha Fernando Mocellin diz que "o preço pago pelo litro nunca esteve tão bom", porém as despesas também subiram. Em média, o grupo recebe R$ 1,15 pelo litro entregue, já considerando o bônus pela qualidade. Além do gado leiteiro, estarão em exposição cavalos crioulos, cavalos árabes, aves e terneiros, que totalizam 1.131 animais inscritos. Entre as novidades para a edição 2016 está uma etapa classificatória do Freio de Ouro, tradicional prova promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). O evento é realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação em parceria com a Associação de Criadores de Gado Holandês (Gadolando). (Jornal do Comércio)

 

 

Expoleite/FENASUL
O primeiro dia de funcionamento da 39º Expoleite e 12º Fenasul, que tem abertura oficial hoje às 18h, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio foi de preparação dos animais para os concursos e leiloes que ocorrem até este domingo. Mesmo em um ano marcado pela crise econômica e política, a feira teve adesão acima do esperado. O superintende técnico da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), José Luiz Rigon, diz que os produtores podem ser considerados heróis. "Todos que estão aqui estão sendo leais a tradição e a atividade. Estamos num momento muito delicado no país. Se o produtor fosse raciocinar economicamente, sequer sairia de casa", avalia Rigon lembra que mesmo com a crise, as feiras agropecuárias crescem anualmente na casa dos 7%, o que desperta o interesse dos produtores, pela valorização que as feiras agregam ao nome das granjas e cabanas. Com um gasto calculado em R$8 mil a R$ 10 mil, com transporte de animais e hospedagem, o criador Camilo Cestonaro, de Nova Bassano, afirma que o esforço para participar do evento é recompensado. "Viemos à feria com o intuito de driblar a crise", diz. Nesta quinta feira, às 14h acontece o debate sobre a Lei do Leite, com a presença de representantes do CRMV-RS, Seapi, Simvet, Sindilat, Farsul, Fetag e Ministério Público Estadual. (Correio do Povo)

 

 

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