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16/02/2016

         

Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.205

 

     Leilão GDT: volume de produtos lácteos vendidos registra forte queda

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (16/02) registrou nova queda, com preços médios de lácteos em US$ 2.235/tonelada, valor 1,8% inferior ao do leilão anterior. O leite em pó integral foi comercializado a US$ 1.890/tonelada, apresentando queda de 3,2%. Com uma redução equivalente a -1,7%, o leite em pó desnatado chegou a US$ 1.762/tonelada. O queijo cheddar foi quem registrou a maior baixa (-9,7% sobre o último leilão), chegando a US$ 2.535/tonelada.

Foram vendidas 22.021 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 33,6% inferior ao mesmo período do ano passado. Com projeção de preço para julho de US$ 1.911/tonelada, os contratos futuros de leite em pó integral demonstram que o mercado não espera reações expressivas nos preços de lácteos, pelo menos até agosto de 2016 (último contrato disponível, que fechou pouco acima de US$ 2.000/ton). Com o volume de compras da China sem apresentar reação, o embargo russo aos lácteos de diversos países e os baixos preços de petróleo, não há no curto/médio prazo nenhum driver de demanda apontando para uma recuperação de preços de lácteos. (Fonte: Global Dairy Trade/Milkpoint) 
 
 
  
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 12 de fevereiro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de janeiro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de fevereiro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 

Embalagem econômica cresce durante a crise

A crise mudou a preferência do brasileiro na hora de comprar produtos do dia a dia, como alimentos industrializados e itens de higiene e limpeza. Embalagens menores e maiores, conhecidas como econô- micas, caíram no gosto do consumidor, enquanto as intermediárias perderam participação nas vendas. Uma pesquisa feita pela consultoria Nielsen mostra que, nas 20 categorias mais importantes em faturamento nos supermercados, como cerveja, refrigerante, industrializados de carne, leite, achocolatado, entre outras, aumentou em 60% a importância da embalagem econômica nas vendas. A embalagem econômica é aquela que é maior, na qual o consumidor desembolsa mais em um primeiro momento, mas o produto sai por um valor unitário menor. 

Na outra ponta, para essas mesmas categorias de produtos, também cresceu em 40% a importância da embalagem menor nas vendas. Nessa versão, o consumidor gasta menos, levando para casa uma quantidade reduzida de produtos. Por meio de um painel eletrônico ligado a 4,5 mil supermercados no País, a consultoria acompanha as vendas de 240 itens. O iogurte em embalagens de até 360 gramas, por exemplo, que representava 3% das vendas em volume em 2014, ampliou sua participação para 5,4% no ano passado. No mesmo período, a fatia das embalagens maiores, com mais de um quilo, passou de 4,3% para 5,8%. Já os potes intermediários, com 361 gramas a um quilo, perderam quase dois pontos e meio de participação nas vendas, de 66,3% para 63,9%, apesar de representarem ainda a maior fatia. O crescimento de participação de vendas de embalagens pequenas e grandes e a perda da fatia das intermediárias se repetiu no ano passado em relação ao anterior para sucos prontos para beber, água mineral, amaciante de roupas, biscoitos, entre outros itens, aponta a pesquisa. "A crise acelerou o efeito 'ampulheta' no consumo", observa o analista de mercado da consultoria, Jonathas Rosa. Pela primeira vez, foi identificado esse movimento nas vendas no início do ano passado e, de lá para cá, a tendência ganhou força. 

A polarização das vendas de uma mesma categoria de produto foi batizada pelos especialistas de efeito "ampulheta" porque o crescimento ocorre nos extremos e os tamanhos intermediários perdem participação. "Observamos o mesmo comportamento das embalagens se repetindo nas marcas", diz o consultor. A participação nas vendas das marcas de preço menor e maior é crescente dentro de uma mesma categoria de produto. Segundo ele, esse movimento pode estar ligado à crise. "As classes sociais que sofrem menor impacto continuam comprando os produtos mais caros, enquanto a grande maioria dos brasileiros busca marcas mais baratas." (Jornal do Comércio)

Leite/AR

A Confederação das Associações Rurais de Buenos Aires (CARBAP) declarou sua preocupação com a crise que atravessa o produtor de leite. Tem uns 60 dias, que a Confederação, em virtude da grave crise que atravessa o setor lácteo, pediu um plano de emergência - que atuasse como ponte até a reativação setorial - com medidas contempladas no anúncio feito pelo Presidente da Nação, Mauricio Macri, em Venado Tuerto.

"Mas a cadeia comercial não está entendendo a inusitada e grave crise do setor", sustentou o presidente da CARBAP, Horacio Salaverri. "Não estamos falando de parafusos, estamos falando de leite, produto essencial para a nutrição humana e insubstituível na primeira infância", salientou Salaverri. "Se não alterar o atual sistema de pagamentos, a crise será muito mais profunda, e haverá encerramento diário da atividade. Historicamente o produtor recebia um terço do preço do leite ao consumidor, e hoje não chega a ser 20%" calculou Salaverri, acrescentando que "a cadeia de valor que chega a 14,00 pesos, dentro da porteira o valor é 4,15 como estudo feito pelo INTA". "O Governo realizou um grande esforço compensando com 0,40 centavos, mas, falta liberar linhas de créditos com taxas acessíveis" lembrou Salaverri. Nós da CABAP entendemos que todos os elos da cadeia devem se reunir para encontrar uma solução rápida e eficaz para que a atividade leiteira do nosso país seja mantida e encerre a angustiante situação em que se encontra os produtores de leite. (ON24 - Tradução livre: Terra Viva)

Rússia x Uruguai 

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Tabaré Aguerre, informou a El Observador que durante sua visita a Moscou, de onde retornou ontem a Montevidéu, manteve contatos para "incrementar o comércio de lácteos" com a Rússia.

O ministro Aguerre revelou que "existe um espaço para os queijos duros e semiduros" nesse mercado, acrescentando que "existe interesse de um importador para realizar negócios com o apoio de um banco de São Petersburgo". "É preciso tentar", disse Aguerre. "Agora compete ao Instituto Nacional do Leite (Inale), e à Conaprole e outras indústrias, capitalizar esse interesse" em um momento em que "o mundo dos lácteos está muito difícil". Em 2015 a Rússia foi o principal destino da manteiga uruguaia - 55% da produção - seguida pelos queijos. Desta forma, o Uruguai se converteu no segundo fornecedores de manteiga para a Rússia, atrás da Bielorrússia. A Rússia ficou com aproximadamente 7% das exportações de lácteos do Uruguai em 2015. Com as dificuldades que padecem a Venezuela - o principal destino - e o Brasil em suas economias, a intenção do ministro Aguerre em sua visita desta semana à Rússia foi abrir novas oportunidades nos mercados para os lácteos, como já fez com Cuba e México para ampliar o comércio. A possibilidade de incrementar o comércio de lácteos com a Rússia foi incluído no memorando firmado entre Aguerre com o vice-ministro de Agricultura russo, Serguéi Levin. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 

Renda per capita
O Brasil tem empobrecido em comparação à média de seus pares. Segundo estimativa do FMI, a renda per capita do brasileiro (medida em paridade do poder de compra) recuou de US$ 16,2 mil, em 2014, para US$ 15,7 mil, em 2015, o equivalente a 90% do rendimento médio dos 24 países considerados emergentes pela instituição. Esse é o menor patamar registrado desde o início da série histórica do Fundo, em 1980. A paridade do poder de compra é uma medida usada em comparações internacionais, por refletir melhor o custo de vida dos países. Mensurado dessa forma, o poder de compra do brasileiro esteve por muitos anos acima da média dos emergentes. Desde meados da década passada --com o forte avanço da renda em nações como China e Índia-- a situação do Brasil em relação ao grupo passou a ser de equiparação. Mas, com a forte desaceleração da economia brasileira nos últimos anos, o país tem sido deixado para trás. O FMI espera que, em 2020, a renda per capita do Brasil (em PPC) atinja US$ 18 mil, o que representará pouco mais de 80% da média dos emergentes (US$ 21,6 mil), se a projeção se confirmar. (Folha de São Paulo)

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