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12/02/2016

         

Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.203

 

     Balança comercial de lácteos: desde outubro, exportações de leite em pó caíram quase 80%

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 5.688 toneladas em janeiro, déficit 15,4% menor que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos registrou queda de 5,5% com relação a dezembro, mas continua com saldo negativo de US$ 11,4 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

Fonte: MDIC

As exportações apresentaram redução, tanto em volume quanto em valor. Em janeiro, foram exportados US$9,8 milhões de dólares de produtos lácteos, uma redução de 43,2% frente a dezembro. 

O maior volume das exportações continua a ser de leite em pó integral. No entanto, os embarques diminuíram expressivamente: em outubro, o volume de exportação de leite em pó integral havia sido de 5.800 toneladas, já em janeiro pouco mais de 1.200 toneladas foram exportadas, uma queda de quase 80%.

As importações também tiveram queda, de 28% em volume. Os produtos que tiveram maior retração no volume importado foram o leite em pó integral (-46,4%) e o leite em pó desnatado (-42,9%). Os principais fornecedores de leite em pó (tanto integral quanto desnatado) foram a Argentina (54,5%) e os Estados Unidos (23,25%). (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 
  
Ação e reação na troca da superintendência

Para uma ação inesperada ainda que não improvável, haverá reação de igual proporção. A troca não esclarecida do superintendente do Ministério da Agricultura levará fiscais federais agropecuários a cruzarem os braços hoje no Estado. Pelo menos essa é a orientação da delegacia sindical do Rio Grande do Sul do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) para todas as atividades desempenhadas pela categoria.

O desconforto em torno da troca vem de alguns fatores. O primeiro: depois de anos de indicação política, o Ministério da Agricultura havia atendido à reivindicação para nomear um funcionário de carreira. Roberto Schroeder é médico veterinário e está há 12 anos no quadro. Sua colocação foi importante em um momento delicado - o antigo superintendente, Francisco Signor, foi afastado em maio de 2015, em meio a investigações da Polícia Federal sobre irregularidades.

Outro incômodo é que não há reclamação formal sobre o trabalho de Schroeder. O Ministério da Agricultura informou, por meio da assessoria, que ainda não tem posicionamento sobre o assunto.

Por fim, a volta da indicação política também desapontou. O novo superintendente, Luciano Maronezi, tem o endosso da ala do PTB que apoia o governo Dilma. E ainda que tenha formação na área - é técnico agropecuário, com curso superior em Administração e em Gestão e Planejamento no Desenvolvimento Rural -, seu nome era, até então, desconhecido no setor. De Nova Alvorada, no norte do Estado, ele precisará vencer a desconfiança para desatar o nó criado com a mudança. (Zero Hora)

 

Laticínios ficam mais caros e pressionam inflação pelo IPC-S

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 1,8% na primeira semana de fevereiro, puxado pelo aumento dos preços de laticínios, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (11).

Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa apresentaram variação superior da última semana de janeiro para a primeira de fevereiro. A maior contribuição partiu do grupo alimentação, cuja alta passou de 2,25% para 2,45%. Em transportes, a taxa passou de 2,08% para 2,25%; em saúde e cuidados pessoais, de 0,59% para 0,65%; e vestuário, de 0,19% para 0,40%. Na contramão, desaceleraram os índices referentes a educação, leitura e recreação (de 5,08% para 4,23%); habitação (de 1,21% para 1,11%); despesas diversas, de 1,64% para 1,60%; e comunicação, de 0,72% para 0,69%.
Entre as sete capitais pesquisadas pela FGV, a que apresentou a maior variação foi Salvador, cuja taxa subiu de 2,06% para 2,13%. Na sequência, estão Recife (de 1,76% para 2,08%); Rio de Janeiro (de 2,02% para 1,89%); Brasília (de 1,55% para 1,83%); Belo Horizonte (de 1,84% para 1,82%); Porto Alegre (de 1,66% para 1,67%) e São Paulo (de 1,64% para 1,59%).

Veja a variação de alguns itens:
•    Cursos formais (de 10,31% para 7,76%)
•    Tarifa de eletricidade residencial (de 2,69% para 1,71%)
•    Tarifa postal (de 4,06% para 1,83%)
•    Mensalidade para TV por assinatura (de 2,08% para 1,94%)
•    Laticínios (de 0,16% para 0,36%)
•    Tarifa de táxi (de -2,02% para 0,16%)
•    Artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,16% para 0,08%)
•    Roupas (de 0,11% para 0,30%). (Fonte: G1)

Fonterra introduz novo plano de pagamento por leite orgânico

A cooperativa neozelandesa Fonterra está introduzindo um preço independente para o leite orgânico. A partir de junho de 2016, os pagamentos pelo leite refletirão o desempenho dos negócios de orgânicos. Os produtores atualmente recebem um preço premium fixo por seu leite orgânico (Farmgate Milk Price) junto com o preço convencional pelo leite. Os produtores de leite orgânico podem escolher mudar para o novo sistema de pagamento ou ficar no atual.

Durante a reunião com os produtores orgânicos, Craig Deadman, gerente global de negócios da Fonterra, na área de orgânicos, disse aos produtores que pagar preços relacionados ao mercado pelo leite orgânico mostra um reconhecimento do melhor desempenho do setor, o que reflete uma maior demanda e preços estáveis para os produtos lácteos orgânicos globalmente. "Os produtos lácteos orgânicos fornecem retornos de alto valor para a cooperativa. Queremos aumentar nossa divisão de orgânicos ao longo do tempo. Relacionar o preço do leite orgânico ao retorno no mercado de orgânicos nos ajudará a aumentar o número de produtores".

Ele disse também que, historicamente, os preços de mercado para os produtos lácteos orgânicos têm se mantido menos voláteis do que os preços dos produtos convencionais e o preço do leite orgânico tem potencial para fornecer aos produtores mais certezas em operar seus negócios.

Deadman disse que a Fonterra tomou uma série de medidas recentes para melhorar a atratividade da produção orgânica para os produtores atuais e os que chegarão. "Uma iniciativa recente é o estabelecimento do Grupo Conselheiro de Produtores Orgânicos, um grupo representativo que fornece um canal adicional de feedback entre os produtores rurais e a Fonterra. Eles também têm fornecido um feedback sobre o novo sistema de preços dos orgânicos". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Sem acordo sobre corte de produção, o preço do petróleo brent, referência no mercado, continua derretendo e está próximo de voltar à casa dos US$ 20. Ontem caiu para US$ 30,06. Em uma semana a queda acumulada é de 12%. (Zero Hora)
 

 

    

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