Pular para o conteúdo

21/01/2016

         

Porto Alegre, 21 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.190

 

  De acordo com estudo israelense, produção de leite cai cerca de 20% com altas temperaturas


A exposição contínua das vacas a altas temperaturas pode provocar uma perda de até 20% na produção de leite, aponta o estudo israelense "Heat stress management in Israel". Segundo José Carlos Ribeiro, consultor agropecuário da Boi Saúde - Nutrição Animal, os resultados do trabalho israelense podem perfeitamente ser aplicados ao Brasil, especialmente neste período de verão ou até mesmo porque em diversas regiões produtoras do País o calor elevado predomina durante a maior parte do tempo.

"Com a chegada do verão, os animais ficam expostos a temperaturas muito altas, sem contar que num país tropical como o Brasil, há regiões onde o clima seco e quente predomina o ano todo", diz. De acordo com o consultor, climatizar o ambiente é a alternativa para amenizar o calor, proporcionando assim um maior bem estar ao gado, diminuindo os riscos de queda na produção. Em Israel, explica Ribeiro, existem ambientes climatizados apropriados para a produção de leite, só que essa adaptação tem um custo elevado, o que ultrapassa a realidade da maioria dos produtores rurais brasileiros.

Para contornar o desafio financeiro, sem perda de eficiência, o melhor investimento em curto prazo, com custo pequeno e bom resultado, destaca o consultor, é a construção de corredores agroflorestais, ou seja, corredores com plantio de árvores dos dois lados, que possam receber o gado nos períodos mais quentes do dia, que costumam ser entre 10h e 17h.

"Com esse plantio, o produtor manterá a vaca em temperatura entre 18ºC e 22ºC graus, parâmetro adequado e que não proporcionará diminuição do consumo de ração, que tem como consequência a queda na produção. Além disso, as árvores também podem ser frutíferas", ressalta Ribeiro.

Segundo o consultor, outra alternativa, caso o produtor tenha um galpão disponível na propriedade, é climatizá-lo com ventiladores ou umidificadores. "É importante ressaltar que o galpão deve ficar o tempo todo climatizado enquanto o gado estiver lá, não só no período da ordenha, o que evitará o estresse, além de manter ou até mesmo aumentar a qualidade do leite", explica Ribeiro. "Esse procedimento é muito utilizado em granjas, inclusive, com iluminação e climatização adequadas, que podem ser utilizadas tranquilamente na pecuária leiteira". (As informações são do Infomoney)
 

 
Tecnologia, Qualidade e Marcos Regulatórios

Para garantir mercado externo e atender às expectativas de 2016, o investimento em tecnologia para a melhoria da qualidade do leite e, consequentemente, da competitividade, associado à revisão e adequação dos marcos regulatórios do País são fundamentais. Por isso, a Associação manterá a efetiva participação junto ao Programa Mais Leite Saudável do MAPA, desenvolvido para fortalecer 7 pilares (Assistência Técnica e Gerencial, Melhoramento Genético, Política Agrícola, Sanidade Animal, Qualidade do Leite, Marco Regulatório e Ampliação de Mercados). "Como sempre, os compradores buscam regularidade e produtos de alta qualidade. Isso é justamente o que a cadeia tem buscado dar aos lácteos brasileiros, para torna-los competitivos", destaca Marcelo Martins. 

A Viva Lácteos tem demandado a reestruturação do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL) desenvolvido pelo Ministério da Agricultura. Entre outras questões, propõe-se a sistematização, numa plataforma, dos dados sobre qualidade do leite, a ser executado pela Embrapa; a integração do PNQL ao Sistema de Informações Gerenciais (SIGSIF) e o fortalecimento da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite.

Em 2016, outra questão importante se refere à modernização dos marcos regulatórios junto aos órgãos responsáveis como a ANVISA e Ministério da Agricultura e o incentivo ao investimento em pesquisa e desenvolvimento. Ao mesmo tempo, é necessário manter o trabalho de comunicação para esclarecer à população sobre a importância da ingestão de lácteos para a saúde, especialmente entre as crianças e os idosos.

Dados da Balança Comercial de Lácteos Brasileira

 

(As informações são da Assessoria de Imprensa da Viva Lácteos.)

 
 
 
Mapa pede apoio ao governo da Lituânia para acordo sanitário com União Europeia

A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, recebeu nesta quarta-feira (20) o vice-ministro de Relações Exteriores da Lituânia, Mantvydas Bekešius, para pedir apoio ao acordo sanitário e fitossanitário que o Brasil negocia com a União Europeia.

O Mapa negocia desde maio do ano passado um acordo que facilitará os entendimentos entre o Brasil e o bloco europeu em questões sanitárias e fitossanitárias. O objetivo é facilitar o entendimento no tema e, assim, simplificar a certificação e o comércio.  

"Desde maio, só recebemos uma carta por parte da União Europeia dizendo que poderíamos discutir o assunto, mas não obtivemos uma resposta efetiva para a nossa proposta", disse Tatiana Palermo. O Brasil, acrescentou, tem discutido com diversos países-membros individualmente, em busca de suporte tanto para o acordo sanitário e fitossanitário quanto para questões pontuais sobre comércio de produtos agropecuários.

De acordo com a secretária, é interessante para o Brasil que a União Europeia seja considerada como um bloco único em questões de defesa agropecuária, de modo que uma única análise de risco de determinado produto tenha validade para ambos os lados.

Tatiana Palermo explicou ao vice-ministro que o acordo sanitário e fitossanitário proposto à União Europeia diz respeito a entendimentos entre as áreas técnicas e não afeta as regras comerciais vigentes. A intenção do Brasil é tornar menos demorados processos que necessitam de aprovação mútua, a fim de estimular a cooperação e aumentar a confiança institucional no comércio.

Mantvydas Bekešius disse que repassará a preocupação brasileira ao ministro das Relações Exteriores da Lituânia e ao Comissário Europeu para a Saúde e a Segurança de Agricultura, Vytenis Andriokaitis, que também é lituânio. "É interessante ouvir essas demandas por parte do Brasil, que é um mercado considerado muito importante para nós e para a União Europeia", assinalou.

O vice-ministro ainda entregou um convite oficial à ministra Kátia Abreu para visita a uma feira de alimentos em seu país, em março. Tatiana Palermo disse que o Mapa pretende ir a Bruxelas também em março para retomar as negociações sobre o acordo sanitário e que poderá analisar a ida da ministra à Lituânia. (As informações são do Mapa)

 
Protestos/Uruguai
O campo está cansado e saiu para manifestar. Isto ocorreu ontem, especialmente por produtores jovens, surpreendendo os próprios dirigentes rurais que vinham negociando com autoridades do governo durante o ano, pelos mesmo motivos dos protestos, que ocorreram em onze pontos diferentes no interior do país. A iniciativa, que surgiu espontaneamente pelas redes sociais no dia 13 de janeiro, foi iniciada por um produtor de 27 anos da zona de Libertad, San José, Marcos Algorta Antía, um pecuarista que pediu reconsiderar os aumentos das tarifas públicas, redução dos preços dos combustíveis, aumentar o patrulhamento rural noturno, medidas de proteção à horticultura, "que apareça o pagamento da Venezuela" e que o Estado aperte o cinco para folgar o cidadão. O líder da mobilização pertence ao setor lácteo, que, até bem pouco tempo demonstrava sua pujança econômica e exportadora e que agora reclama por melhores condições para desenvolver sua atividade. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)
.

    

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *