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06/01/2015

         

Porto Alegre, 06 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.179

 

  Leite/UE

A produção de leite na União Europeia, de um modo geral, está maior do que o esperado para os três últimos meses do ano. Alguns países, especialmente, Irlanda, Holanda, Reino Unido, Alemanha e França, estão com forte produção. A expectativa é de que nesses três primeiros meses de 2016 o volume supere o verificado em 2015.

A captação maior que a esperada no final de ano, é indicativo do potencial de crescimento da produção no primeiro trimestre de 2016. Normalmente a produção aumenta de janeiro a maio na União Europeia. Isso requer cuidado, pois uma elevação atípica de produção, pode ultrapassar a capacidade instalada das indústrias, o que tem se tornado uma preocupação, com os possíveis gargalos. O salto de produção também é visto como uma pressão a mais sobre os preços do leite em pó desnatado, continuando as compras de intervenção, e do leite em pó integral. 

Esta visão para 2016 mostra mais um desafio para a recuperação do mercado. A produção extra de 2015 foi destinada a queijos que tiveram fortes vendas antes do Natal. Houve alguma retirada dos estoques e as indústrias estão confortáveis. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 
 
Consumidor entra em nova fase de corte de despesas 

A recessão na economia brasileira levou consumidores a um novo comportamento em 2016. Se em 2015 o controle de despesas consistiu em reduzir compras e buscar promoções, neste ano, a substituição de marcas e produtos ganha força. Esse movimento, no entanto, não chega a categorias de produtos de alto valor agregado. Isso porque consumidores ainda tentam preservar 'pequenos luxos', na visão de analistas de mercado. Adriano Araújo, diretor da Dunnhumby, diz que há um movimento de racionalização do consumo que atinge todas as classes sociais, mas a compra de alguns itens de alto valor agregado se mantém nas classes A, B e C. "De modo geral, os consumidores cortam gastos com produtos básicos para manter pequenos luxos. 

O brasileiro compra o detergente mais barato, troca a marca do biscoito, mas não abre mão da cerveja premium, do iogurte grego, do carro importado". A Dunnhumby monitora o comportamento de 22 milhões de consumidores que frequentam redes do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Raia Drogasil e Marisa, entre outras. De acordo com a pesquisa mais recente da consultoria, 38% dos consumidores já substituem produtos de limpeza por marcas mais baratas; 30% fazem o mesmo com itens de higiene e perfumaria. Nas categorias de molhos e condimentos e massas, 29% dos brasileiros trocam as marcas preferidas por produtos mais baratos. Em farinhas e grãos, o índice é de 28%. Já em categorias de produtos de alto valor agregado, como sucos e alimentos integrais, linguiças e cervejas, as vendas ainda crescem dois dígitos e a substituição de marcas é muito pequena. No caso de cervejas, segundo a Dunnhumby, o índice de substituição é de 19%. "Os produtos premium e as embalagens maiores se mantêm como tendências de consumo para 2016", diz Araújo. 

David Fiss, diretor da Kantar Worldpanel, considera que os brasileiros fazem atualmente uma "racionalização premium", economizando em itens considerados commodities para ainda manter o consumo de produtos nos quais vê benefício. "Com a recessão, o brasileiro não está comprando necessariamente o que é barato", diz o analista. Ele cita como exemplo a substituição da carne bovina por embutidos. "Linguiça não é uma categoria de produto barato, mas o consumidor vê mais vantagem em consumi¬la em relação à carne bovina que encareceu muito", diz. Fiss acrescenta que esse comportamento já é observado entre consumidores da classe C e das faixas de alta renda. Maximiliano Bovaresco, sócio¬diretor da consultoria Sonne, diz que as classes de alta renda reduziram principalmente o consumo de serviços, como viagens internacionais e jantares em restaurantes. 

Ao contrário dos fabricantes de linha branca, que a pedido do varejo, tem ampliado a oferta de produto básicos algumas empresas fazem o movimento inverso. Um exemplo é a Le Lis Blanc, rede varejista pertencente à Restoque. A empresa anunciou no fim de dezembro que vai centrar foco nas lojas de alto consumo e em clientes que chegam a gastar R$ 100 mil em roupas da marca por ano. (Valor Econômico)

Margens/EUA 

De acordo com relatório do observatório de margens (CIH) as margens nas duas últimas semanas de dezembro se mostraram mistas. As margens dos lácteos continuam com projeção negativa para a primeira metade do ano, diante da forte produção e elevação dos estoques de produtos lácteos.

Enquanto isso, as expectativas de equilíbrio apenas no final de 2016 faz com que atrase a recuperação do preço do leite e também as margens. O relatório do USDA de novembro mostrou crescimento de 0,6% na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, com a grande produção do Meio Oeste superando as quedas no Oeste. Ganhos em Wisconsin e Michigan compensaram os declínios da Califórnia. 

Em relação aos queijos, o relatório do USDA, mostrou que em novembro, os estoques estavam 21,8% maiores quando comparados com um ano antes, pressionado para baixo o preço do leite Classe III. O estoque de manteiga caiu em novembro, mas, no final, continuou 26% acima do volume verificado em novembro de 2014, e é a maior quantidade existente desde 2009. O custo da alimentação animal tende a cair, com preços mínimos dos contratos de farelo de milho e soja fechados em novembro. Embora pouco noticiado, a agressiva investida da Argentina com o corte de impostos para exportação, combinada com a desvalorização do peso, pressionou mais ainda ambos os mercados. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)

Em dezembro/15, o preço do leite ao produtor teve ligeira alta considerando a média nacional

Considerando a média nacional, o preço do leite ao produtor teve ligeira alta (0,1%) no pagamento de dezembro, referente ao leite entregue em novembro.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,960 por litro. Houve queda dos preços do leite na região Sudeste e Brasil Central, mas os recuos foram amenizados pelas falta de chuvas em algumas áreas, que tem interferido nas pastagens e na produção de leite.

Na região Sul, por sua vez, os preços subiram no Rio Grande do Sul e Paraná e ficou praticamente estável (queda de 0,05%) em Santa Catarina. Além da entressafra no Sul, as chuvas intensas e a dificuldade de coleta e produção em algumas áreas dão sustentação aos preços do leite ao produtor. Cabe destacar que o custo de produção em alta e as margens mais apertadas neste segundo semestre também têm diminuído os investimentos e gastos na atividade leiteira por parte do produtor.

Para o pagamento de janeiro de 2016 (produção de dezembro de 2015), 76% dos laticínios pesquisados acreditam em manutenção dos preços do leite ao produtor, 17% falam em quedas e os 7% restante estimam alta para o produtor. (Scot Consultoria)
 

Itaipu Rural show neste mês
A 18ª edição do Itaipu Rural Show está marcada para o período de 27 a 30 de janeiro em Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina. A programação técnica terá palestras sobre suinocultura, avicultura, bovinocultura de leite, técnicas de ordenha, pastagens e silagens, entre outras. Segundo o presidente da Cooperativa Regional Itaipu, Arno Pandolfo, mais de 90% dos espaços já foram comercializados. (Correio do Povo)
 

 

    

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