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07/08/2015

 


 

Porto Alegre, 07 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.080

 

  Balança comercial: Venezuela aumenta volume de compras de leite em pó brasileiro
A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 1.400 toneladas em julho, redução de 82% no déficit em relação a junho. No entanto, em valor houve um superávit de cerca de 9 milhões de dólares em julho, uma reversão do déficit apresentado em junho, que havia sido de 17 milhões de dólares.
As importações sofreram uma queda de 9,2%, em valor (de US$ 39,4 milhões para US$ 35,7 milhões), enquanto as exportações tiveram aumento expressivo (104,8%, totalizando US$44,9 milhões), impulsionadas por uma maior demanda da Venezuela por leite em pó brasileiro.

Tabela 1 - Balança comercial de lácteos - julho de 2015.

 
Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência.

A evolução nas exportações em relação ao mês passado foi puxada pelo aumento do volume exportado de leite em pó integral, que subiu de cerca de 3.000 toneladas em junho (US$17,1 milhões) para cerca de 6.500 toneladas em junho (US$38,1 milhões, a um preço médio de US$5.828/ton), com praticamente todo o volume destinado ao mercado venezuelano.
Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$14,6 milhões, baixa de 25,7% sobre junho, a um preço médio de US$2.933/ton), queijos (US$ 8,9 milhões, -2,1%) e leite em pó desnatado (US$ 4,7 milhões, -25,2%, a um preço médio de US$2.685/ton).
As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (59,0%), seguido por Argentina (41,0%). Neste mês, as importações provenientes da Argentina voltaram a crescer, após um mês de expressiva queda, enquanto as do Uruguai apresentaram queda.

Gráfico - Origem das importações de leite em pó brasileiras

 
Fonte: MDIC; Elaboração MilkPoint Inteligência.
 

 
Ordenha comandada por robô
Começou a funcionar em Paraí, na Serra, o primeiro robô de ordenha do Estado. O sistema foi instalado na propriedade de Pedro Nólio, associado da Cooperativa Santa Clara. Importada da Holanda, a máquina faz todo o processo e atende em torno de 70 vacas em lactação.
Cada animal usa uma coleira com sensor (detalhe), responsável por identificá-las. A máquina lê o sensor e libera o acesso da vaca à alimentação, além de fazer a ordenha de acordo com uma pré-programação. Por meio de uma câmera, a máquina ainda localiza posição do úbere, para garantir o posicionamento correto para higienizar e retirar o leite.
Após a ordenha, o sistema avalia a qualidade e, se houver alteração, o próprio equipamento libera o animal para um local separado dos demais, para receber tratamento. Nestes casos, o leite não é enviado para o resfriador, mas destinado a um recipiente separado.
Além de praticidade, a promessa da ordenha robotizada é garantir mais eficiência. Segundo a Santa Clara, o investimento no aparelho e na adaptação da propriedade foi de aproximadamente R$ 1 milhão. (Zero Hora)
 
Sartori anuncia 10 medidas para vencer crise


(Jornal do Comércio)

Preços de leite na Europa continuam com tendência de queda
Os preços médios do leite na União Europeia (UE) caíram mais 2% em maio, de acordo com as últimas estatísticas. O preço médio do leite ponderado ficou em €30,48 (US$ 33,47) por 100 quilos, que é €0,82 (US$ 0,90) por 100 quilos (2,6%) a menos que no mês anterior. Esses dados foram divulgados pelo Observatório do Mercado de Lácteos da Comissão Europeia.
Quando se compara os preços do leite em maio desse ano com o mesmo mês de 2014, a Romênia mostrou a maior queda, de 28%, passando de €29,87 (US$ 32,80) por 100 quilos para €24,53 (US$ 26,94) por 100 quilos. Holanda, Látvia e Hungria, respectivamente, mostraram as próximas maiores quedas, de 27%, 26% e 25%, indicando a piora na situação na Europa.
Na Irlanda, o preço médio em maio caiu 22%, de €37,10 (US$ 40,74) por 100 quilos para €28,75 (US$ 31,57) por 100 quilos. O preço no Reino Unido caiu de €38,40 (US$ 42,17) por 100 quilos para €32,36 (US$ 35,54) por 100 quilos. Além disso, comparado com o ano anterior, o preço médio ponderado na UE para maio caiu €7,05 (US$ 7,74) por 100 quilos (18,8%).
Observando as estruturas de preços, percebe-se que há uma enorme diferença entre o menor preço, de €21,50 (US$) 23,61) por 100 quilos na Lituânia, e o maior preço, de €43,93 (US$ 48,24) por 100 quilos, em Malta.
Entretanto, de acordo com as últimas previsões para o setor leiteiro da Comissão Europeia e apesar dos menores preços do leite, a produção na UE em 2015 deverá ser quase 1% maior do que os níveis de 2014. Desde que assumiu o posto de Comissário da Agricultura da UE, Phil Hogan se recusou a reconhecer que há qualquer crise no setor leiteiro do Reino Unido. Entretanto, durante a última semana, ele admitiu que existem problemas com a estrutura no Reino Unido e em como o leite é vendido lá. Ele também disse que será disponibilizado mas dinheiro para ajudar a promover o leite no Reino Unido. (A reportagem é do Dairy Global, traduzida pela Equipe MilkPoint)

Reino Unido: produtores de leite fazem protesto por preços nos supermercados
Os produtores de leite do Reino Unido estão protestando nos supermercados por causa do preço que esses pagam pelo seu leite. Os produtores limparam as prateleiras dos supermercados comprando leite em grandes volumes e distribuindo de graça nos últimos dias. Eles alegam que estão recebendo menos que seus custos para produzir o leite e alguns deixaram a atividade por causa da redução dos preços. Os supermercados disseram que não há ligação entre o preço do leite nas prateleiras e o que os produtores recebem.
O produtor de leite de West Midlands, Michael Oakes, da União Nacional de Produtores Rurais (NFU), Michael Oakes, disse: "Chegamos a um ponto onde temos um preço insustentável pelo nosso leite. Estou recebendo 24 centavos de libra (37,39 centavos de dólar) por litro e está custando a mim 28 centavos de libra (43,62 centavos de dólar) para produzir. Então, nós pensamos em ir junto aos varejistas, comprar o leite e distribuir aos consumidores, explicando porque".
O presidente do comitê de leite da NFU da Escócia, Graeme Kilpatrick, disse: "Eu recebo muitos telefonemas de produtores de leite afetados. Minha família está na produção rural por várias gerações e a atual crise teve um importante impacto em nosso fluxo de caixa".
Os protestos foram realizados em vários supermercados, como Sainsbury's, Tesco e Asda, entre outros, em diversas regiões do Reino Unido.
O produtor de leite, Bryce Cunningham, que ajudou a organizar protestos na Escócia, disse que a atual situação é "extremamente difícil". "No momento, estamos recebendo 15 centavos de libra (23,37 centavos de dólar) por litro de leite que produzimos. Está custando 24 centavos de libra (37,39 centavos de dólar) por litro produzir esse leite".
Um porta-voz da rede Sainsbury disse que o preço varejista não está relacionado ao preço que o supermercado paga aos produtores. "Nossos preços são competitivos para nossos clientes, enquanto também pagamos aos nossos dedicados produtores de leite um preço justo que os protege contra os mercados voláteis".
O diretor comercial do Morrisons Group, Darren Blackhurst, disse: "Tentamos repassar os menores preços aos nossos clientes onde é possível. Reconhecemos, entretanto que, devido à menor demanda global, isso tem criado um excesso de oferta de leite britânico, criando condições difíceis para muitos produtores de leite no momento".
A Asda disse que o preço que os produtores recebem é determinado independentemente e que não há ligação entre os preços no varejo e os preços ao produtor.
O diretor de alimentos e sustentabilidade do Consórcio Varejista Britanico, Andrew Opie, disse que as lojas não são as culpadas. "O mercado global no momento está com um excesso de oferta, não estamos vendo um aumento na demanda que poderíamos esperar de locais como China e Índia, que estão crescendo rapidamente. Então, até que haja esse aumento, haverá problemas. Porém, é absolutamente errado olhar para os varejistas. Os varejistas estão na verdade fazendo a coisa certa - eles estão pagando os melhores preços -, mas essas são condições globais fora de seu controle".
A organização britânica de lácteos, AHDB Dairy, disse que o preço médio ao produtor no Reino Unido está em 24,06 centavos de libra (37,48 centavos de dólar) por litro em maio, uma redução de um quarto durante os últimos 12 meses. (A reportagem é da BBC, traduzida pela Equipe MilkPoint)
 
 
Proteína Animal: Pedida avaliação da informalidade
O setor de proteína animal propôs ontem a ampliação das ações do Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria e Ministério da Agricultura, Ministério Público Estadual e Federal e Procon. O documento prevê a publicação do nome de empresas que apresentem produtos com não conformidades. O pedido é que as avaliações sejam feitas em todos os alimentos de origem animal, inclusive os produzidos na informalidade. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, considera que a medida penaliza apenas empresas formais e sugere "mais isonomia". (Correio do Povo)
 
 
 

 

    

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