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20/07/2015

         

 

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.085

 

 O preço do leite no Uruguai caiu ao menor nível desde a crise financeira internacional: apenas US$ 0,29/litro. Dados de junho de 2015  
No mês julho de 2015 o preço médio de referência recebido pelos produtores de leite do Uruguai foi de US$ 0,29/litro, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Leite do Uruguai (Inale). Trata-se do menor valor desde janeiro de 2010 (última fase do período da "crise financeira internacional").
No Uruguai - diferentemente do que ocorre na Argentina - existe uma forte correlação entre o preço que recebem os produtores e o valor FOB do principal produto de exportação (Leite em pó integral).
 
Entre outubro de 2013 e julho de 2014, quando o preço médio de exportação do leite em pó integral uruguaio estava em torno de US$ 5.000/tonelada, os produtores recebiam de US$ 0,44 a US$ 0,46/litro. Mas no segundo semestre do ano passado os valores começaram a cair, junto com a queda do preço do leite em pó integral.
 
 
Os preços recebidos pelos produtores uruguaios deveriam ser inferiores aos vigentes. Mas, não eram, porque o principal comprador, processador e exportador de leite do Uruguai, a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), conta com o "fundo de estabilização" destinado a resguardar a rentabilidade dos produtores em épocas de preços internacionais baixos.
Nos primeiros seis meses de 2015 a oferta de leite no Uruguai foi de 902,6 milhões de litros, 2,8% mais que nos mesmo período de 2014, segundo o Inale. Em todo o ano de 2014 a captação de leite pelas indústrias alcançou 2 bilhões de litros, 0,7% menos que a captação de 2013, mas 57% mais que a de 2004.
As autoridades uruguaias estabeleceram um fundo de aproximadamente US$ 100 milhões para atender os produtores afetados com os baixos preços do leite e as dificuldades enfrentadas com a seca. A medida será estabelecida através de Fundos com garantia do setor lácteo (idêntico aos que foram aplicados nas crises de 2002 e 2008).
O sistema é muito simples: títulos de dívida são emitidos com uma determinada taxa de juros, adquiridos por investidores privados, e os recursos arrecadados transferidos para os produtores em dificuldades financeiras. São descontados dos produtores de leite, por cada litro entregue à indústria, pequenos valores que passam a integrar o fundo de garantia para pagamento dos títulos da dívida. Os investidores recebem assim, todos os meses, uma quantia variável, segundo o volume de leite comercializado, até a liquidação total da dívida.
O primeiro Fundo de Financiamento da Atividade Leiteira (FFAL) foi criado em 2002, e liquidado totalmente em dezembro de 2007. O segundo "Fundo Leiteiro" (FTdsal) começou em março de 2008, e foi quitado integralmente até agosto de 2014. (Terra Viva)
 
Como o embargo russo à UE está prejudicando as exportações de lácteos dos EUA
 
No mês passado, a Rússia estendeu oficialmente seu embargo à maioria dos produtos lácteos da União Europeia (UE), Estados Unidos, Austrália e Noruega até julho de 2016. Essa notícia já era esperada, dado o clima político, mas ainda assim foi decepcionante considerando o impacto do embargo até agora.

O embargo russo, originalmente imposto em agosto de 2014, teve pouco impacto direto nas exportações de lácteos dos Estados Unidos - o país não exportava quantidades significativas de lácteos à Rússia desde 2010 devido à falta de acordos o com relação à certificação. Porém, seu impacto direto nos setores de lácteos dos Estados Unidos e do mundo foi substancial
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A renovação do embargo deverá prolongar o desequilíbrio do mercado global e adiar a recuperação dos preços das commodities internacionais. Isso também deverá, na melhor das hipóteses, continuar intensificando a competição externa dos Estados Unidos ou, na pior das hipóteses, facilitar a erosão dos volumes de exportação de lácteos dos Estados Unidos e participação de mercado.

Algumas das consequências desse embargo são evidenciadas nos dados de produção e comércio, desde sua implementação. Antes do embargo, a Rússia era o maior mercado de exportação da UE, comprando cerca de um terço de suas exportações de queijos e um quarto de suas exportações de gordura. No total, as importações da Rússia de produtos da UE eram equivalentes a cerca de 2% da produção de leite do bloco europeu.

Nos primeiros sete meses de 2014, antes do começo do embargo, os fornecedores de lácteos da UE exportavam em média 18.604 toneladas de queijos e 2.510 toneladas de gordura por mês para a Rússia. Desde o embargo, a UE precisou encontrar um novo mercado para todo esse produto.

Com a perda de seu maior cliente de queijos, os fornecedores da UE canalizaram sua maior produção de leite em leite em pó e manteiga. Eles agressivamente (e de forma bem sucedida) buscaram compradores globais de leite em pó desnatado, invadindo o recente sucesso do leite em pó dos Estados Unidos, bem como expandindo sua base existente de clientes. A UE, por exemplo, dobrou seu volume de exportações de leite em pó desnatado ao Oriente Médio/África do Norte, seu maior mercado de leite em pó, para mais de 278.000 toneladas em 2014, e adicionou mais 8% de crescimento durante os primeiros quatro meses de 2015.

As vendas de leite em pó desnatado da UE ao sudeste da Ásia (Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã), maior mercado de leite em pó dos Estados Unidos em 2013, cresceram em 27%, para 143.337 toneladas em 2014 e aumentaram mais 27% durante os primeiros quatro meses desse ano.

As exportações de gordura da UE ao Oriente Médio/África do Norte - de longe, o maior comprador de manteiga dos Estados Unidos - aumentaram em 70%, para mais de 45.000 toneladas em 2014 e aumentaram em mais de 85% durante os primeiros quatro meses de 2015. As vendas dos Estados Unidos, em contraste, encolheram.

O bloco também fez um bom trabalho de descobrir novos mercados para seu queijo. As vendas de queijos da UE aos três principais mercados dos Estados Unidos - México, Coreia do Sul e Japão - aumentaram em 228%, 151% e 61%, respectivamente, durante os primeiros quatro meses de 2015, após aumentos consideráveis em 2014.

Havia expectativa de que a Rússia substituiria as perdas das importações que vinham da UE, de queijos e gordura, de outras regiões e nações, como América do Sul, Índia, Suíça e outros. Isso, por sua vez, criaria demanda em outros locais do mundo.

Algumas dessas relações nunca se materializaram. Outros fornecedores, como Argentina e Uruguai, viram um aumento nos envios de lácteos à Rússia, mas os ganhos de volume foram baixos em comparação às perdas das vendas vindas da UE.

A Rússia está simplesmente se dando bem com menos produtos na maioria das categorias. Sem contar com o que está comprando de seu parceiro Bielorrússia, as importações de lácteos para os primeiros quatro meses de 2015 caíram mais de 80% com relação a janeiro a abril de 2014.

Com pelo menos outro ano de embargo russo devendo ocorrer, a competição causada pelos produtos europeus desviados a outros mercados deverá permanecer intensa. (MilkPoint)

 
PR: cooperativas se unem para aumentar a produção de leite

Três cooperativas da região dos Campos Gerais do Paraná se uniram para aumentar a produção de leite - e, em consequência, os lucros com a venda do produto.

Há três anos, deixaram de competir entre si e formaram uma "intercooperativa", com alianças estratégicas. A junção entre Arapoti, Batavo e Castrolanda formou a chamada "cooperativa ABC".

"Eu vejo que é o caminho. Se nós, como associados, queremos nos unir a outros produtores para termos uma cooperativa forte, por que as cooperativas não se unem para se fortalecer também?", argumenta Johannes Van der Meer, diretor de uma das associações.

Juntas, as empresas chegaram a um faturamento de R$ 4,3 bilhões em 2014. Elas somam 3,5 mil associados, além de 2,6 mil pessoas empregadas.

Por mês, são processados 60 milhões de litros de leite, contando a produção nas três cooperativas interligadas. A quantidade põe a ABC entre as cinco maiores produtoras de laticínio no Brasil.
 

Os cooperados dizem se sentir confiantes para produzir mais, mesmo em período de crise econômico. "Há garantia de fornecimento de recebimento, que acho que isso é o mais importante. Sou produtor da cooperativa há 30 e poucos anos e não deixei de receber um mês de leite", diz o produtor Marius Bronkhrost.(Milkpoint)
 

Jarbas Barbosa da Silva Júnior é nomeado diretor da ANVISA
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, Jarbas Barbosa da Silva Júnior é especialista em Saúde Pública e em Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, mestre em Ciências Médicas e doutor em Saúde Coletiva pela Unicamp. Entre 1997 e 2003, foi diretor do CENEPI (Centro Nacional de Epidemiologia) da Funasa, órgão que antecedeu a Secretaria de Vigilância em Saúde. Com a criação da SVS, em 2003, Jarbas Barbosa tornou-se secretário da área. Em 2006, ainda no Ministério da Saúde, assumiu a Secretaria Executiva. Jarbas Barbosa já gerenciou a área de Vigilância em Saúde, Prevenção e Controle de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde(OPAS/OMS), em Washington, entre 2007 e 2010. Nos anos 90, em Pernambuco, foi Secretário Estadual de Saúde e Secretário de Saúde da Prefeitura Municipal de Olinda.

 

 

    

 

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