Pular para o conteúdo

26/06/2015

 

         

 
Caso não esteja visualizando corretamente esta mensagem, acesse este link.


 

Porto Alegre, 26 de junho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.069

 

  Importação de lácteos sobe 37% e já preocupa indústria

As importações brasileiras de lácteos cresceram 37% em volume nos primeiros cinco meses do ano na comparação com 2014 e esse cenário já afeta o dia a dia das empresas que atuam no segmento de leite em pó no Brasil. Isso porque o produto é o item mais representativo nas importações nacionais.

Conforme dados da Secex, compilados pela consultoria MilkPoint, de janeiro a maio, o Brasil importou 53.307 toneladas de lácteos, 37,1% acima das 38.873 toneladas de igual período em 2014. Uma fatia de 67,9% desse total se refere às importações de leite em pó, especialmente do produto utilizado como matéria-prima pela indústria de alimentos. As importações de lácteos custaram US$ 177,208 milhões, 4,7% mais do que no mesmo intervalo de 2014.
 
Quando os volumes são transformados em equivalente leite, o avanço das importações entre janeiro e maio deste ano é mais expressivo: de 73,4% na mesma comparação, para 425,378 milhões de litros, segundo os cálculos da MilkPoint.

Apesar da alta do dólar, que normalmente desestimularia as importações, as compras de lácteos no exterior avançam em decorrência da queda dos preços no mercado internacional. No último leilão quinzenal de lácteos realizado em 16 de junho pela plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência no mercado internacional, o leite em pó integral ficou em US$ 2.327 por tonelada. O valor é o menor desde janeiro deste ano e bem inferior ao recorde de US$ 5.245 por tonelada alcançado em abril de 2013, quando a demanda chinesa puxava os preços.

O resultado agora é que, mesmo com o dólar mais caro, o leite em pó importado chega ao Brasil com preços mais baixos do que o produto local. Enquanto o leite em pó destinado à indústria é negociado entre R$ 9,80 e R$ 9,90 o quilo no mercado doméstico, o importado chega pelo equivalente a R$ 9,20 (preços de maio), conforme levantamento da MilkPoint. "Está pressionando o mercado local", afirma Galan.

Outro efeito do aumento das importações é que algumas empresas que atuam no segmento de leite em pó estão tendo de buscar alternativas para driblar a concorrência com o produto importado. "As empresas começam a direcionar leite para fabricar outros produtos", acrescenta.
Um exemplo é a catarinense Coopercentral Aurora, que vende leite em pó fracionado para o varejo e também para o mercado institucional, isto é, indústrias de alimentos que utilizam o produto como matéria-prima.

De acordo com Leomar Somensi, diretor comercial da Aurora, o momento é mais favorável para o leite longa vida e para o queijo muçarela em termos de preços. Com isso, a empresa está reduzindo a secagem de leite para fabricar o produto em pó. Conforme levantamento da MilkPoint, o leite longa vida terminou a semana de 15 a 19 de junho em R$ 2,21 o litro, em média, no atacado, ante R$ 2,19 na semana anterior. A muçarela subiu para R$ 14,20 ante R$ 13,90 o quilo no período anterior.
Somensi afirma que esse desequilíbrio no mercado por conta da oferta de leite em pó importado acaba "segurando" os preços da matéria-prima. Normalmente, as cotações pagas ao produtor de leite estariam em alta, mas o mercado tem ficado estável, entre R$ 1,00 e R$ 1,10 o litro em Santa Catarina.
A mineira Itambé, joint venture entre a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) e a Vigor, também está produzindo mais leite longa vida neste momento de maior concorrência para o leite em pó. "Fizemos algum direcionamento do leite em pó para o longa vida, aproveitando o preço favorável [do UHT]", afirma Ricardo Cotta, diretor de relações institucionais da Itambé.

Ele observa, contudo, que a Itambé não tem sofrido tanto com a concorrência do leite em pó importado porque atua com força no segmento de produto destinado ao varejo, com marca, "o que garante estabilidade de preços". Além disso, o peso do leite em pó para o mercado institucional (indústria de alimentos) na receita da Itambé é pequeno, segundo Cota. "Em nossa estratégia de agregação de valor, temos um posicionamento forte de marca do leite em pó no mercado do Nordeste", acrescenta. A região é um dos principais mercados para a categoria no Brasil. (Valor Econômico)

 
 
 
Diretoria da Anvisa aprova regulamento sobre rotulagem de alergênicos
 
A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta quarta-feira (24/6), a Resolução que trata dos requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. A norma deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
 
Segundo o regulamento - que abrange alimentos e bebidas - os rótulos deverão informar a existência de 17 (dezessete) alimentos: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas) ; Crustáceos; Ovos; Peixes; Amendoim; Soja; Leite de todos os mamíferos; Amêndoa; Avelã; Castanha de caju; Castanha do Pará; Macadâmia; Nozes; Pecã; Pistaches; Pinoli; Castanhas, além de látex natural.
Com isso, os derivados desses produtos devem trazer a informação: "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) ", "Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) " ou "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados".
Já nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada dos alimentos (que é a presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, como no caso de produção ou manipulação), o rótulo deve constara declaração "Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) ".
Essas advertências, segundo a norma, devem estar agrupadas imediatamente após ou logo abaixo da lista de ingredientes e com caracteres legíveis, em caixa alta, negrito e cor contrastante com o fundo do rótulo.
Os fabricantes terão 12 (doze) meses para adequar as embalagens. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim de seu prazo de validade. (Anvisa)
 
 
 
EUA: produção de leite alcançou nova marca em maio
Maio desse ano foi provavelmente o mês mais produtivo para o rebanho leiteiro dos Estados Unidos na história. A produção de maio de 2015 foi estimada em 8,32 bilhões de quilos, 1,4% a mais que em maio de 2014, de acordo com o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 18 de junho. A produção mensal de leite dos Estados Unidos tinha anteriormente alcançado o volume máximo de 8,16 bilhões de quilos em março de 2015 e maio de 2014.

O número de vacas leiteiras nos Estados Unidos foi estimado em 9,31 milhões de cabeças em maio de 2015, 58.000 cabeças a mais que em maio de 2014, e 3.000 cabeças a mais do que em abril de 2015. A produção mensal de leite por vaca ficou em média em 894,03 quilos em maio, 6,80 quilos a mais que em maio de 2014.

A produção de leite nos 23 estados de maior produção em maio foi estimada em 7,79 bilhões de quilos, 1,4% a mais que no ano anterior. A produção revisada de abril, de 7,54 bilhões de quilos, aumentou em 1,8% com relação a abril de 2014, e representou um aumento de 1,36 milhão de libras com relação à estimativa de produção do mês passado.
A produção de leite em maio com relação ao ano anterior declinou em Arizona, Califórnia, Novo México, Oregon e Texas, mas isso foi mais que compensado por ganhos em outros locais. Em uma base de porcentagem, os maiores ganhos foram em Dakota do Sul, Illinois, Iowa, Kansas e Wisconsin.
O número de vacas leiteiras nos 23 estados de maior produção foi estimado em 8,630 milhões de cabeças, 72.000 cabeças a mais que em maio de 2014 e 4.000 cabeças a mais do que em abril de 2015.
Reação do mercado
O analista de mercado do Rice Dairy, Jerry Dryer, disse que a produção total foi menor do que sua expectativa. O provável responsável por isso, disse ele, foi o menor aumento na produção de leite por vaca, em parte devido à menor qualidade da forragem e às menores receitas sobre os custos dos alimentos animais, que pode estar forçando os produtores a gastar menos em suplementos de ração.
Dryer disse que os números de vacas continuam aumentando e agora estão os maiores desde janeiro de 2009. À medida que os números de vaca e a produção por vaca continuam sendo construídas, há mais leite a caminho, disse ele.
Dave Kurzawski, da FCStone, e Eric Meyer, da HighGround Dairy, disseram que o relatório foi neutro com relação às suas expectativas. Segundo Kurzawski, a menor produção de leite por vaca do que o esperado compensou a maior produção de leite por vaca esperada, de forma que, embora a produção total de leite tenha sido menor do que suas estimativas, o relatório como um todo parece equilibrado.
Kurzawski disse que as estimativas não colocam peso adicional sobre os mercados, apesar da recente atividade de preços não parecer ter sido direcionada pela produção de leite de qualquer maneira.
Um aspecto interessante do relatório, disse ele, é que as variações regionais na produção de leite continuam sendo causadas por fatores ambientais, mais do que econômicos. A produção de leite por vaca está sob pressão à medida que a qualidade dos alimentos animais e o clima em certas regiões (chuvas no Texas e condições de seca na Califórnia e no Noroeste do Pacífico) criam algumas situações desafiadoras de produção. Isso não deverá mudar nos próximos meses. Em contraste, o clima em maio foi muito bom no leste do Rio Mississippi. No momento, o clima é fator decisivo para a produção de leite. (MilkPoint) 
 
 
 
Agricultura 
A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul completa 80 anos nesta sexta-feira. Responsável pelas políticas públicas de auxílio institucional e técnico a produtores, o órgão tem a missão de certificar e fiscalizar atividades agropecuárias e promover eventos. (Jornal do Comércio) 
 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *