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Sindilat participa da mobilização para aumentar consumo de leite

O secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, participou nesta quinta-feira (12, da reunião promovida pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) na Associação Comercial e Industrial de Ijuí para tratar da crise na bacia leiteira do Estado, atingindo principalmente os pequenos produtores.  Cerca de 10 mil estariam com problemas financeiros causados por falta de pagamento e não recolhimento do produto. Palharini lembrou que o brasileiro consome 178 litros per capita/ano, enquanto na Argentina o consumo é de 203 litros/ano e no Uruguai, 242 litros/ano. “Uma forma de atacar a crise é uma campanha para aumentar o consumo interno.” Entre 2004 e 2014, enquanto no Brasil cresceu a produção de leite em 56,7%, no Rio Grande do Sul o aumento foi de 103,3%. Significa que aumento de consumo não cresceu na mesma velocidade da produção. Segundo ele, o setor de fazer um resgate a credibilidade do leite. A fiscalização sempre aconteceu, faz parte do processo. Precisamos mostrar que a fraude é exceção através da união da cadeia leiteira. A indústria está investindo na rastreabilidade de todo o processo produtivo para garantir cada vez mais qualidade”, disse. O diretor executivo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) Oreno Ardemio Heineck, observa que o setor investiu para aumentar a produção e esqueceu do consumo. “Agora, temos que buscar a compra de leite em pó por parte dos governos, aumentar das exportações e levantar a fotografia da cadeia leiteira.” Além disso, propõe a modificação da lei Nº 156/2013 da deputada Maria Helena Sartori, que usa o termo desconformidade que provoca dúvidas e definir muito bem o que é fraude. O IGL tem uma projeção que dentro de quatro a cinco anos entre 20 mil e 30 mil famílias se verão obrigadas a abandonar a produção se nada for feito. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, revelou que a entidade está ouvindo os sindicatos, cooperativas e produtores para saber o que cada um está fazendo e o que pode ser executado a curto, médio e longo prazos. Na próxima semana, dia 20, é a vez de Guarani das Missões. O estoque total de leite em pó no Estado é estimado em cerca de 12 mil toneladas. O delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marcos Regelin, disse que existe um convênio entre o MDA e o governo do Estado no valor de R$ 40 milhões para a compra de leite em pó para a população carcerária. Já foram depositados R$ 10 milhões e está faltando o governo Sartori realizar a compra e depois serão liberados mais R$ 10 milhões. O MDA também está dialogando com a Famurs para que os prefeitos comprem leite em pó para as escolas municipais e um convênio com a Emater para possibilitar assistência técnica para 5.200 famílias de pequenos produtores de leite.  O diretor de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Dionatan Alvarez, afirmou que o Estado vai manter o programa Leite Gaúcho que busca aumentar a quantidade e melhorar a qualidade do leite produzido nos estabelecimentos rurais do Estado, aumentando a renda dos agricultores de base familiar, contribuindo com os projetos  de combate à pobreza extrema, aliados aos projetos do governos federal e estadual, através da capacitação, assistência técnica, monitoramento da produção e acesso a crédito subsidiado. O prefeito de Ijuí, Fioravante Batista Ballin, salientou a gravidade da situação e lamentou a relação de alguns produtores com empresas não idôneas. “As empresas idôneas temos que preservar. Temos que adotar soluções conjuntas para minimizar este momento difícil.”  O gerente de Suprimento de Leite da CCGL, Jair Melo, afirmou que para a Central para buscar leite de quem produz menos de 100 litros/dia representa um custo em termos de logística 25% acima do mercado.  “A saída destes produtores, conforme ele, não chega a ser um problema em termos de produção, mas a questão é social. “O que eles vão fazer?”, questiona. Também participaram da reunião o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, o vice-presidente da Fecoagro/RS, Rui Polidoro Pinto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Ijuí, Carlos Karlinski, representante da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seapa), lideranças da Regional Ijuí e produtores. (ComEfeito Comunicação Estratégica)

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