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Os derivados do leite serão destaque na 40º Expoleite e na 13ª Fenasul, eventos que serão realizados entre os dias 24 e 28 de maio, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A escolha pelos produtos, como manteiga, queijo, iogurte e creme de leite, entre outros, foi definida em reunião realizada na terça-feira (14/3) no local. Na ocasião, foi criada uma comissão executiva, liderada pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que ficará encarregada da organização da feira. No dia 28 de março, será realizada uma nova reunião para definir os detalhes da programação.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, ressalta que a ideia é trazer palestrantes da área da saúde. "Além de esclarecer dúvidas, estes profissionais vão falar sobre as indicações e os benefícios de consumir produtos lácteos", comenta.

O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, destacou que a ampliação da temática da feira irá deixá-la mais atrativa ao público. "A nossa expectativa é grande para o evento. Estamos nos organizando entre as entidades para realizar várias atividades", adiantou o coordenador da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues.

A Expoleite/Fenasul será realizada com o apoio do Sindilat, Farsul, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocergs), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e Federação Gaúcha de Laço.

Foto: Felipe Wizzoto

 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) vem a público manifestar-se sobre a 12º fase da Operação Leite Compensado deflagrada nesta terça-feira (14/3) nas cidades de Nova Araçá, Casca, Marau, Estrela e Travesseiro.

O Sindilat repudia qualquer tipo de adulteração no leite e defende, assim como seus associados, uma postura ética e respeitosa perante os consumidores. Desta forma, o sindicato apoia integralmente a operação deflagrada pelo Ministério Público do RS, Ministério da Agricultura, Receita Estadual e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) no intuito de assegurar a qualidade dos produtos lácteos produzidos em todos os municípios do Estado do Rio Grande do Sul.

O Sindilat recomenda aos consumidores que continuem buscando marcas de sua confiança. A ação de supostos malfeitores no setor, além de por em risco a saúde dos consumidores, impõe uma concorrência desleal ao mercado e às centenas de laticínios que atuam com alto rigor e controle de qualidade, comprometidos com a sanidade e integridade dos alimentos que fabricam.

Os laticínios também entendem que, com a implementação completa da Lei do Leite, fraudes deverão ser ainda mais coibidas. O Sindilat vem trabalhando com afinco na legislação e operacionalização dos regramentos propostos e defende medidas que evitem que cargas rejeitadas por uma empresa possam chegar a outras.

O Rio Grande do Sul é o estado da federação onde a produção láctea é a mais fiscalizada no país. É importante ressaltar que o leite e seus derivados são alimentos de alto valor nutricional e utilizados na alimentação de milhares de pessoas. Qualquer ação de adulteração deve ser vista como um ato de agressão à saúde humana e punida com o rigor da lei.

Sem mais no momento,

Alexandre Guerra
Presidente do Sindilat/RS

Porto Alegre, 14 de março de 2017

Para aperfeiçoar a qualidade do leite e aumentar a produção, é necessário que técnicos e responsáveis por garantir a sanidade em laticínios e em postos de resfriamento de leite atendam a legislação nacional e estadual. Pensando nisso, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) promove, nos dias 3 e 4 de abril, curso de capacitação em Boas Práticas de Fabricação. Será das 9h às 17h, na sede da entidade. A consultora de qualidade e médica veterinária, Letícia Cappiello, será a ministrante do curso.

Na primeira etapa de capacitação, serão apresentadas a Instrução Normativa 62, de 2011, do Ministério da Agricultura, e a Lei 14.835/2016, da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, a chamada “Lei do Leite”. Em seguida, Letícia irá descrever os programas de autocontrole e orientará os participantes sobre os procedimentos operacionais obrigatórios nas empresas. Por último, explicará como funciona o programa de coleta à granel e a implantação de controles no transporte de matéria-prima aplicados no Estado.

No total, são 14 horas/aula. Durante o treinamento, serão utilizados exemplos das situações vivenciadas diariamente nos laticínios e experiências apresentadas pelos participantes. Maiores informações diretamente na FAMURS.

 

Foto: Carolina Jardine

 

Os benefícios do consumo do leite para a saúde humana em todas as faixas etárias foram apresentados pelo médico imunologista Gil Bardini Alves durante o Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (8/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Convidado especial do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) para o evento, ele tem realizado tratamentos de dessensibilização exitosos em Santa Catarina. Com o auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal lotado, o especialista formado pela USP garantiu que o leite é rico em cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A, B2, B3, B12 e D. “O leite tem anticorpos que ajudam na imunidade e são muito eficazes para a saúde não só das crianças, mas também de adultos e idosos”, afirmou. Segundo ele, os lipídios (gorduras) presentes no alimento auxiliam o sistema imunológico, ajudam a baixar os níveis de colesterol e a prevenir o câncer. Alves destacou ainda que as proteínas do leite de vaca (caseínas, lactoglobulina e lactoalbumina) atuam no crescimento das crianças, formação e manutenção dos órgãos e até na cicatrização. O evento foi acompanhado por produtores e representantes da indústria laticinista, entre eles o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo Darlan Palharini.

Segundo o médico, o alimento é uma importante fonte de cálcio para a nutrição humana, que faz parte da formação dos ossos e dos dentes. “A osteoporose pode ser prevenida com o consumo regular de cálcio, cuja fonte mais barata é o leite”, ressalta. Já a proteína do soro de leite, acrescenta, está associada ao controle do diabetes, pois tem efeito que aumenta a produção de insulina pelo pâncreas. O imunologista aproveitou a oportunidade para esclarecer ao público sobre as diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca. “São doenças cuja única similaridade é que as duas são relacionadas à ingestão do leite”, disse.

A intolerância à lactose, mais comum em adultos, trata-se da dificuldade de digestão do alimento devido à diminuição ou ausência da lactase, enzima presente no organismo que auxilia na degradação da lactose. O tratamento é a restrição parcial ou total da lactose, mas não de leite. Já a alergia, “uma doença bem mais grave”, é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. Mais comum em bebês a partir dos seis meses de vida, o tratamento é a exclusão total de leite e derivados.

Melhorias na propriedade leiteira  

Também palestrou no Fórum do Leite 2017 o agrônomo Alexandre Doneda, coordenador técnico de difusão da Cotrijal. Em apresentação sobre a importância do solo na produção leiteira, ele abordou a relevância de medir a fertilidade por amostragem para que seja possível fazer a correção. Além da palhada obtida por meio do plantio direto, Doneda chamou a atenção para a necessidade da adubação orgânica. Segundo ele, o manejo dos dejetos gerados na propriedade pode ajudar a melhorar a fertilidade do solo. “Sempre é importante fazer a análise dos dejetos antes de utilizar na lavoura”, ressaltou. Para evitar a erosão e contribuir com a conservação do solo, o técnico recomenda evitar o uso de grade para implantação das forrageiras de inverno. 

 A produtora rural Tatiane Zimpel, de Santo Ângelo, relatou o histórico da produção de leite na propriedade familiar e os resultados obtidos por meio da assistência técnica. Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo, falou sobre tecnologia, conhecimento, manejo, gestão e eficiência na produção de leite.

O 13º Fórum Estadual do Leite foi realizado na Expodireto Cotrijal e teve promoção da Cotrijal e CCGL, com o apoio do Sindilat e Senar.  A Expodireto Cotrijal é um evento internacional que reúne os principais segmentos que formam o agronegócio mundial, constituindo espaço de acesso à tecnologia, informações, negócios

O médico alergologista e imunologista Gil Bardini Alves explica os benefícios do leite, as diferenças entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite e desmitifica alguns conceitos atribuídos ao alimento. Foto: Choks

e divulgação de produtos e serviços direcionados ao setor primário. Este ano, a feira será realizada de 6 a 10 de março. 

 

Leite ajuda no crescimento infantil e no combate a doenças crônicas

 

Os benefícios do consumo do leite para a saúde humana em todas as faixas etárias foram apresentados pelo médico imunologista Gil Bardini Alves durante o Fórum Estadual do Leite, realizado nestaquarta-feira (8/3) na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Convidado especial do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) para o evento, ele tem realizado tratamentos de dessensibilização exitosos em Santa Catarina. Com o auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal lotado, o especialista formado pela USP garantiu que o leite é rico em cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A, B2, B3, B12 e D. “O leite tem anticorpos que ajudam na imunidade e são muito eficazes para a saúde não só das crianças, mas também de adultos e idosos”, afirmou. Segundo ele, os lipídios (gorduras) presentes no alimento auxiliam o sistema imunológico, ajudam a baixar os níveis de colesterol e a prevenir o câncer. Alves destacou ainda que as proteínas do leite de vaca (caseínas, lactoglobulina e lactoalbumina) atuam no crescimento das crianças, formação e manutenção dos órgãos e até na cicatrização. 

Segundo o médico, o alimento é uma importante fonte de cálcio para a nutrição humana, que faz parte da formação dos ossos e dos dentes. “A osteoporose pode ser prevenida com o consumo regular de cálcio, cuja fonte mais barata é o leite”, ressalta. Já a proteína do soro de leite, acrescenta, está associada ao controle do diabetes, pois tem efeito que aumenta a produção de insulina pelo pâncreas. O imunologista aproveitou a oportunidade para esclarecer ao público sobre as diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca. “São doenças cuja única similaridade é que as duas são relacionadas à ingestão do leite”, disse.

A intolerância à lactose, mais comum em adultos, trata-se da dificuldade de digestão do alimento devido à diminuição ou ausência da lactase, enzima presente no organismo que auxilia na degradação da lactose. O tratamento é a restrição parcial ou total da lactose, mas não de leite. Já a alergia, “uma doença bem mais grave”, é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. Mais comum em bebês a partir dos seis meses de vida, o tratamento é a exclusão total de leite e derivados.

Melhorias na propriedade leiteira  

Também palestrou no Fórum do Leite 2017 o agrônomo Alexandre Doneda, coordenador técnico de difusão da Cotrijal. Em apresentação sobre a importância do solo na produção leiteira, ele abordou a relevância de medir a fertilidade por amostragem para que seja possível fazer a correção. Além da palhada obtida por meio do plantio direto, Doneda chamou a atenção para a necessidade da adubação orgânica. Segundo ele, o manejo dos dejetos gerados na propriedade pode ajudar a melhorar a fertilidade do solo. “Sempre é importante fazer a análise dos dejetos antes de utilizar na lavoura”, ressaltou. Para evitar a erosão e contribuir com a conservação do solo, o técnico recomenda evitar o uso de grade para implantação das forrageiras de inverno. 

A produtora rural Tatiane Zimpel, de Santo Ângelo, relatou o histórico da produção de leite na propriedade familiar e os resultados obtidos por meio da assistência técnica. Wagner Beskow, sócio-diretor da Transpondo, falou sobre tecnologia, conhecimento, manejo, gestão e eficiência na produção de leite.

Os mitos e as verdades vinculados ao leite serão tema de debate no painel "Leite de vaca e lactose: mitos e verdades", na Expodireto, no dia 8/03, às 10h, no auditório central feira, em Não-Me-Toque (RS). O médico alergologista e imunologista Gil Bardini Alves explicará os benefícios do leite, as diferenças entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite e desmitificará alguns conceitos atribuídos ao alimento. “O leite é muito importante para a nossa absorção de cálcio e vitamina D”, adianta Bardini. A atividade faz parte do 13º Fórum Estadual do Leite, que é promovido pela Cotrijal e CCGL, com o apoio do Sindilat e Senar. “Nada melhor do que aproveitar um evento de credibilidade para transmitir informações sobre a importância do leite para a saúde das pessoas, quebrar paradigmas e mostrar isso ao próprio produtor”, complementa o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O Fórum começará às 9h com a palestra “Impacto da conservação do solo na produtividade se forragens”, ministrada pelo engenheiro agrônomo e coordenador técnico de difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda. O produtor de leite Mauro Zimpel irá apresentar o painel "Foco e assistência técnica: a combinação para a busca de resultados" e o sócio diretor da Transpondo, Wagner Beskow, irá falar sobre "Tecnologias de resultado em um mercado globalizado".

A Expodireto Cotrijal é um evento internacional que reúne os principais segmentos que formam o agronegócio mundial, constituindo espaço de acesso à tecnologia, informações, negócios e divulgação de produtos e serviços direcionados ao setor primário. Este ano, a feira será realizada de 6 a 10 de março.

Incentivo à competitividade, ajustes na legislação trabalhista, isonomia fiscal e melhorias na assistência técnica e no acesso à informação foram os assuntos que pautaram as apresentações dos grupos de trabalho (GTs) dos setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes, na manhã dessa quinta-feira (02/03), na sede do BRDE, em Porto Alegre (RS). A fim de exibir os seus diagnósticos e identificar gargalos da produção, os grupos apresentaram os pontos que precisam ser avaliados e discutidos com os órgãos públicos para alavancar a produção de proteína gaúcha. Estavam presentes o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, além do presidente do BRDE, Odacir Klein.

Representando o setor lácteo, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apresentou os gargalos da cadeia leiteira, elencando tópicos principais como produção, indústria, mercado e políticas públicas. Guerra citou como um dos entraves do setor as leis trabalhistas que precisam ser atualizadas para a realidade da vida no campo, uma vez que a rotina é diferente da cidade. “Quem produz leite trabalha de segunda à segunda e só encerra seu dia tarde da noite. Precisamos de uma legislação que seja condizente com essa realidade”, afirmou. Posteriormente, outros setores usaram o exemplo de Guerra para argumentar favoravelmente sobre as mudanças nas leis.

Os laticínios, de acordo com Guerra, tem seu maior problema concentrado na questão tributária. “Para enfrentar o desafio da guerra fiscal, precisamos da força do governo”, disse ele, citando outros aspectos, como a necessidade de capacitação de profissionais, a baixa adesão ao Sisbi e os novos hábitos de consumo, entre outros.

Sobre as políticas públicas, Guerra citou a necessidade de simplificação tributária, rejeição do PL 214 e a aplicação racional da IN 62, com atendimento nas propriedades e o uso dos dados para fomentar a melhoria da qualidade do produto. “Precisamos trabalhar em conjunto e criar um programa de incentivo para o aumento da produção de leite, devido à ociosidade da indústria no Rio Grande do Sul”, concluiu.

O secretário Fábio Branco citou que as demandas dos setores têm curto, médio e longo prazo, e todas devem ser elencadas como responsabilidade do Estado, assim como a conscientização por parte pública, para mostrar o que prejudica o RS. A opinião também foi partilhada pelo secretário Tarcisio Minetto, que pontuou a necessidade das conversas e alinhamentos internos no Executivo.

Em seu pronunciamento, Ernani Polo focou na necessidade de rever a burocracia dos processos. “Há um descompasso da legislação com a realidade”, disse, afirmando que as leis devem, sim, ser adaptadas. Para ele, alguns setores estão perdendo a sua “musculatura” devido a essas dificuldades.

Após algumas dúvidas levantadas sobre a vacinação da febre aftosa, as entidades presentes marcaram reunião no próximo dia 15 para discutir apenas esse assunto. No dia 30 de março, os GTs e os representantes dos órgãos públicos se reunirão novamente para encaminhar os assuntos tratados na reunião de hoje e avaliar a possibilidade de operacionalização das demandas.

Foto: Vitorya Paulo

 

A Comissão Executiva da Feira Nacional de Agronegócios do Sul (Fenasul) irá se reunir para dar início à organização do evento no dia 14 de março. O encontro, agendado pela Secretaria da Agricultura (Seapi), deve mobilizar promotores e entidades parceiras da exposição. A agenda de organização foi definida em reunião preliminar entre entidades e o secretário da Agricultura, Ernani Polo, na tarde desta quarta-feira (01/03), que contou com a presença da gerente administrativa do Sindilat, Julia Bastiani.

Além do Sindilat, representantes da Gadolando, do Parque de Exposições Assis Brasil, Farsul, Simers, Ocergs, Fetag e Senar deverão ser indicados para participar da Comissão Executiva, que também será responsável pela divulgação da feira. A Fenasul 2017 será realizada de 24 a 28 maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A exposição é uma das grandes vitrines da pecuária leiteira gaúcha. Além de concurso morfológico, o evento reúne debates técnicos e lideranças voltadas à produção laticinista.

Foto: Bethânia Helder

 

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, esteve reunido, na tarde desta terça-feira (21/1), com laticínios gaúchos para angariar apoio para a realização da Expoleite/Fenasul, em Esteio. A ideia é promover um evento gastronômico com apoio do setor laticinista para estimular o consumo e mostrar as potencialidades do produto de forma a movimentar a agenda da Fenasul.

As empresas associadas ao Sindilat mostraram-se interessadas em colaborar com projeto. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, deve apresentar, nos próximos dias, um estudo sobre a viabilidade de adesão do sindicato e de um modelo atrativo para empresas e consumidores.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) criou grupo técnico para debater detalhes das resoluções RDC 135/2017 e RDC 136/2017, que alteram a rotulagem de produtos em relação à lactose. A decisão foi tomada em reunião na tarde desta terça-feira (21/2) na sede do Sindilat durante encontro mensal de indústrias associadas. As empresas têm 24 meses para atender às normas. A primeira reunião do grupo deve ocorrer no dia 14 de março, em Porto Alegre. Cada empresa deve indicar um participante para os debates tributários e de qualidade.

Durante o encontro, as empresas também avaliaram a tramitação do PL 214, que revisa incentivos fiscais para as empresas, na Assembleia Legislativa. “Estamos acompanhando o assunto. Não há margem para revisão”, reforçou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. A diretoria também comunicou aos associados que haverá reunião da Câmara Técnica do Conseleite no dia 21 de março, em Passso Fundo. No encontro, a ideia é avaliar a formação dos preços do leite e custos de produção. Guerra convidou os presentes a integrarem-se ao debate.

Lei do Leite – Palharini ainda informou que o Sindilat já encaminhou à Secretaria da Agricultura (Seapi) ajustes a serem realizados na Instrução Normativa (IN) 13, que normatiza a Lei do Leite. Os apontamentos surgiram após reunião com a técnica da Seapi Karla Oliz e associados neste mês de fevereiro. “A lei foi exaustivamente trabalhada pelo setor com apoio do Sindilat. Agora estamos na fase de ajustes finais”, completou a consultora Letícia Cappiello.

Reunido com as empresas, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, disse estar aberto aos ajustes necessários no texto para que a Lei do Leite contribua para o avanço do setor como um todo. Ele ainda informou que o Estado estuda um modelo delegado de inspeção, que autorize profissionais homologados a exercerem atividades hoje exclusivas de servidores. “O poder publico ficaria focado na defesa e fiscalização”, pontuou Polo.

O preço de referência do leite deve ter recuperação no mês de fevereiro no Rio Grande do Sul. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (21/2), na sede da Farsul, indicam alta de 6,27%, levando em conta um valor projetado de R$ 1,0034 frente ao preço de R$ 0,9442 consolidado em janeiro de 2017. O resultado vem depois de seis meses de queda no valor padrão apurado. Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, o preço de referência do leite volta à casa de R$ 1,00 puxado para alta do leite UHT (6,15%) e do leite em pó (9%). “O preço de referência é um sinalizador, mostra o comportamento do leite regido pelo mercado”, justifica.

O presidente do Conseleite e Sindilat, Alexandre Guerra, explicou que o preço de referência não é um valor acabado. “As empresas geralmente pagam bonificações por qualidade e por quantidade, valores que não estão retratados nos números do Conseleite, que devem ser vistos apenas como balizadores”, ponderou, lembrando das dificuldades de remuneração vividas tanto pelos produtos quanto pelas indústrias. Segundo ele, as indústrias estão pagando mais do que podem pelo produto no campo na tentativa de manter abastecimento.

O tesoureiro do Conseleite e diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, diz que o resultado deste mês dá otimismo aos produtores, uma vez que já traz sinais de recuperação de consumo, tradicionalmente esperada para o mês de março com volta às aulas e fim da temporada de veraneio. Contudo, a evolução da receita da atividade no campo foi salientada pelos produtores que reclamam dos altos custos. Rodrigues argumentou que a produção leiteira tem perdido espaço para a soja, que oferece maior rentabilidade. Além disso, a falta de mão de obra para operacionalizar a atividade leiteira também é um dos agravantes desse cenário.

IMPACTO DO CALOR – Durante reunião do Conseleite, o assessor da Fetag Márcio Langer levantou o problema vivido nos últimos dias nos tambos com as altas temperaturas e o impacto na qualidade do leite. O calor de mais de 36°C tem afetado direto a produção, uma vez que eleva a acidez das cargas, o que, muitas vezes, obriga rejeição por parte da indústria. Segundo o setor, é preciso ajuste nos padrões do Riispoa para garantir o aproveitamento em casos esporádicos. Foi definido que um ofício do Conseleite será enviado ao Ministério da Agricultura pedindo revisão da questão. A pauta também será apresentada na próxima reunião da Aliança Láctea, que reúne os três estados do Sul, no dia 17 de março.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Janeiro de 2017.

Matéria-prima Valores Projetados Janeiro / 16

Valores Finais

Janeiro / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,0772 1,0859 0,0087
II – Valor de referência 0,9367 0,9442 0,0075
III – Menor valor de referência 0,8430 0,8498 0,0068

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Fevereiro de 2017.

Matéria-prima Fevereiro /17 *
I – Maior valor de referência 1,1539
II – Valor de referência 1,0034
III – Menor valor de referência 0,9031

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

 

Foto: Carolina Jardine