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O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) defende o aumento da produção e do consumo de leite e derivados para tornar o setor mais competitivo. Foi o que afirmou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, nesta terça-feira (29/8), em Esteio, durante coletiva de imprensa no Pub do Queijo na Expointer. O projeto conta com uma seleção especial de derivados lácteos e se tornou uma das principais atrações gastronômicas do Parque de Exposições Assis Brasil. Na ocasião, também foi lançado o 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que abre suas inscrições a partir de 1º de setembro através do e-mail imprensasindilat@gmail.com. O regulamento na íntegra já está no site do Sindilat.

Guerra destacou que, nos últimos seis meses, o mercado brasileiro tem recebido leite de fora, com preço mais competitivo, vindo principalmente do Uruguai. Esse fator, somado à queda de consumo local devido à crise, tem favorecido para concorrência desleal. “O produto que vem do Uruguai concorre diretamente com o nosso. Não estamos dizendo que o Rio Grande do Sul é contra as importações, mas precisamos estabelecer uma cota”, afirmou, destacando que a ideia é atuar para controlar a importação e aumentar a produtividade por animal e por propriedade para melhorar o cenário.

A ideia também é defendida pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Ele observou que a média brasileira de produção de cada propriedade rural é de 15 mil litros por ano, enquanto a do Uruguai é de 500 mil litros por ano. “Temos um descompasso e apenas cinco estados brasileiros que são superavitários na produção de leite”, disse.

Durante a coletiva, Guerra destacou que 70% do queijo consumido no Rio Grande do Sul é concentrado nos tipos prato e mussarela. Considerando este cenário, o dirigente acrescentou ainda que a ideia do Sindilat é ampliar o consumo do produto, proporcionando experiências para ao conhecimento de outros tipos como grana e queijos frescais. Este é um dos propósitos do Pub do Queijo, que oferece mais de 50 tipos da iguaria para degustação diariamente durante a Expointer das 11h30min às 24h. Além de diversidade, o PUB ainda oferece aos visitantes porções de pratos a base de queijo, como risotos e massas com molhos especiais.

Crédito: Carolina Jardine

Confira o regulamento do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo.

CRONOGRAMA

O 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo é uma realização do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS que busca valorizar o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo gaúcho e que tanto contribuiu para o desenvolvimento do Brasil.
Período de Inscrições: 01/09/2017 a 01/11/2017
Divulgação dos Finalistas: até 27 de novembro
Divulgação dos Vencedores: 7 de dezembro

PARTICIPAÇÃO
1) Serão recebidos trabalhos publicados em língua portuguesa em veículos com sede no Brasil.
2) Tema: Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios.
3) Os trabalhos a serem inscritos no 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo devem ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2016 a 01/11/2017.
4) Podem participar jornalistas devidamente registrados ou grupo de profissionais, sendo ao menos um jornalista.
5) Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato.

CATEGORIAS
O 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo divide-se em quatro categorias:
1) Impresso: reúne trabalhos de veículos impressos a serem enviados em formato PDF;
2) Eletrônico: reúne trabalhos divulgados em veículos eletrônicos (rádio e televisão) a serem enviados mediante link;
3) Online: Trabalhos veiculados no período recomendado desde que apresentem indicação expressa da data de veiculação e fornecimento do link ativo;
4) Fotografia: Imagens alusivas à atividade leiteira veiculadas na imprensa, independente da plataforma. Enviar a imagem original (em JPG) e PDF da publicação;

PREMIAÇÃO
Os vencedores (1º lugar) de cada categoria receberão troféu e um Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão um troféu de colocação.
É reservado ao Sindilat o direito, sem aprovação prévia ou comunicação, de substituir os prêmios em caso de falta de disponibilidade dos mesmos, por outro de sua escolha.
SOBRE A INSCRIÇÃO
1) O candidato deve preencher a ficha de inscrição (uma para cada trabalho inscrito).
2) Os trabalhos devem ser enviados por email para imprensasindilat@gmail.com respeitando as particularidades de cada categoria. Em caso de envio de mais de um trabalho, deve-se produzir um email para cada reportagem inscrita.
3) Documentação a ser anexada no email:
- Reportagem;
- Ficha de Inscrição preenchida e assinada;
- Documento de Identidade;
- Cópia do Registro Profissional;
- Atestado de autoria (Se necessário);
4) O material deve ser enviado por email (imprensasindilat@gmail.com) ou entregue em mãos na sede do Sindilat (Av Mauá, 2011/505 – Porto Alegre das 9:00h até as 18:00h) até 1º de novembro de 2017.
5) A efetivação/finalização da inscrição será confirmada por email;
6) A Comissão Julgadora é responsável pela análise das inscrições e eventuais exclusões de trabalhos que não estejam em conformidade com as disposições deste regulamento.
7) A Comissão Julgadora será composta por profissionais de comunicação social, representantes do Sindilat e de instituições ligadas ao agronegócio.

COMPOSIÇÃO DE JURADOS:
O SINDILAT se reserva o direito de substituir qualquer nome referido, por razões de força maior, comprometendo-se a divulgar todos os participantes inscritos.
O corpo de jurados estará composto por profissionais da área de comunicação social e por executivos representantes das instituições ligadas ao setor lácteo.
Os jurados elegerão entre seus componentes, por consenso ou por votação, o presidente do júri. O mesmo será responsável pelo voto de desempate nos casos em que for necessário.
As decisões dos jurados são soberanas, respeitando as disposições do presente regulamento, sem qualquer espécie de recurso a este tipo de decisão.

DISPOSIÇÕES GERAIS
1) O autor ou autores dos trabalhos autorizam previamente sua reprodução para fins de divulgação do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo;
2) A decisão da Comissão Julgadora pela exclusão de um determinado trabalho será irrevogável;
3) O participante será desclassificado em caso de fraude comprovada;
4) Funcionários do Sindilat/RS, diretores e assessores não estão habilitados a participar desse concurso;
5) As reproduções, cópias ou qualquer outro elemento referente aos trabalhos enviados, não serão devolvidos;
6) A comissão técnica estará integrada por membros designados pelos organizadores, a seu critério exclusivo;
7) O autor dos trabalhos inscritos autoriza previamente que suas obras sejam objeto de reprodução, na totalidade, ou em parte, nas iniciativas de responsabilidade dos organizadores do Prêmio SINDILAT de Jornalismo, tais como livros, revistas, folhetos, páginas na web, catálogos e exposições, em que predomine o caráter informativo/cultural, independente de qualquer licença ou remuneração além do prêmio previsto no presente regulamento;
8) Está previsto no presente regulamento, sendo responsabilidade do júri, a decisão sobre casos omissos, por consenso ou por maioria de votos dos jurados, sendo irrevogável esta decisão;
9) Os participantes inscritos se declaram conscientes de todos os termos e estão automaticamente de acordo com todas as normas previstas no presente regulamento;
10) O Sindilat se reserva o direito, se necessário, em qualquer momento, sem aviso prévio, de modificar algumas das disposições do presente regulamento, em conformidade com seus objetivos;
11) A participação neste concurso é voluntária e gratuita.
12) São consideradas como válidas as participações que cumpram todas as condições e prazos previstos neste regulamento;
13) As questões previstas no presente regulamento serão resolvidas por liberdade do Sindilat e suas decisões serão soberanas e inapeláveis;
14) Os participantes do presente concurso cultural, incluindo o ganhador, assumem a responsabilidade total e exclusiva da propriedade intelectual dos trabalhos inscritos, bem como, de toda e qualquer reclamação por parte de terceiros que se sintam prejudicados por sua participação no concurso e pela transferência de seus direitos. O Sindilat não será responsável por qualquer infração de direitos autorais;
15) O participante se compromete a liberar todos os documentos e permissões necessários para o uso, por parte do Sindilat, dos trabalhos premiados;

O Secretário da Agricultura, Ernani Polo, visitou o Pub do Queijo na manhã desta segunda-feira (28/8) durante e Expointer 2017, em Esteio (RS), e foi recebido pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini. Segundo Polo, o Pub é de grande importância para a divulgação dos lácteos e derivados do Estado durante a feira. "Este local ficou maravilhoso. Não tenho dúvida de que vai se consolidar como um dos grandes locais de visitação de pessoas", afirmou. 

Junto ao sub-secretário do Parque de Exposições Assis Brasil, Sérgio Foscarini, Polo degustou queijo brie gratinado com geleia e polenta com creme de queijo. Também visitaram o Pub do Queijo durante a manhã os deputados Alceu Moreira e Edson Brum. 
Foto: Carolina Jardine

Reunido na manhã deste domingo (27/08) com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi e representantes do setor, o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, reivindicou medidas que ajudem a equilibrar o mercado brasileiro frente aos altos e baixos de oferta. Portella pediu que o governo conceda incentivo, não às indústrias, mas aos produtores que tiverem vínculo formal com os laticínios para os quais entregam seu leite. "O governo poderia dar isenção de Funrural e ITR a esses produtores", sugeriu.
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Durante o encontro, o Sindilat entregou ao ministro documento com dados que indicam possível triangulação de leite pelo Uruguai. Sobre os limites a serem impostos às importações, Portella reforçou que trata-se de um paliativo. "Queremos AGF, EGF, PEP e ferramentas que nos permitam equilibrar a oferta e evitar altos e baixos. Com isso, poderemos barrar os importados pela competitividade do nosso próprio setor produtivo". 
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Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, os dados entregues ao ministro serão analisados pelo governo a fim de adotar uma posição. Sobre tirar o leite do acordo de livre comércio do Mercosul, Maggi pontuou que, para abrir um processo anti-dumping contra o Uruguai é preciso aprovação do setor industrial, onde não há unanimidade.
Foto: Carolina Jardine

O Ministério da Agricultura (Mapa) está fazendo um estudo para ver a possibilidade de retirada do leite do acordo de livre comércio do Mercosul. A medida foi informada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em coletiva de imprensa realizada neste sábado (26/8), na Expointer. O titular da pasta esteve no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para a cerimônia de abertura oficial da feira.

"O Uruguai tem nos incomodado muito, é verdade. Acaba inundando o mercado brasileiro", disse Maggi, referindo-se à importação de leite. O ministro reconheceu que a aquisição de leite uruguaio derruba os preços no Brasil e afirmou que está trabalhando para dar mais previsibilidade ao setor lácteo.

Uma das possibilidades, comentou, é a adoção de cotas a exemplo do que já ocorre com a Argentina. Maggi informou ainda que o Ministério da Agricultura fará missões ao Uruguai para entender como funciona o setor lácteo no pais vizinho e também para verificar se esta ocorrendo triangulação do produto. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, disse que o ministro tem se mostrado preocupado com as importações de lácteos. "A preocupação não é a quantidade, mas a época do ano em que entram estes produtos", comentou.

Segundo dados levantados pelo Sindilat, a produção total do Uruguai em 2016 foi de 1,77 bilhão de litros de leite. No mesmo período, o consumo interno foi de 791,2 milhões de litros e o volume total exportado para o Brasil foi 1,03 bilhão de litros. Logo, o saldo negativo é de 52,78 milhões de litros. "Esse leite, se não for do Uruguai, sofreria uma tributação da TEC de 28%", comenta Palharini, lembrando que o Mercosul prevê livre comércio apenas para produção dos países que integram o bloco.

Foto: Carolina Jardine

Após pressões contra os incentivos dados pelo governo à importação de lácteos vindos do Mercosul, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sinalizou positivamente a retirada do leite da pauta do livre comércio durante entrevista. O assunto foi debatido durante reunião de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), na manhã dessa quarta-feira (23/8), na sede do sindicato, em Porto Alegre. A afirmação de Maggi simboliza uma vitória do setor lácteo, que enfrenta desafios com a instabilidade econômica do país e passa por baixas no preço do litro do leite pago aos produtores rurais. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a medida demonstra que o governo deve olhar com preocupação para os lácteos. “Assim, o setor começa a ter voz ativa”, pontuou Guerra.

Segundo dados levantados pelo Sindilat, o Uruguai produziu 1,7 bilhão de litros de leite em 2016 e consumiu 700 milhões de litros. Conforme informações divulgadas pelo próprio país, o saldo, se convertido em pó, renderia 120 mil toneladas. Só o Brasil recebeu 100 mil toneladas de leite em pó e 18 mil toneladas em queijos do país vizinho, o que representa praticamente todo o volume restante. “Não poderíamos deixar de cobrar uma posição do governo agora”, afirmou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato, sobre a necessidade de tomar ações para averiguar a possível triangulação de leite no país vizinho.

Na ocasião, esteve presente o presidente da Emater, Clair Kuhn, que conversou com os associados sobre a possível criação de um grupo de trabalho para prestação de serviço extra de assistência técnica aos produtores ligados às indústrias e cooperativas associadas ao sindicato.

Reunião dos associados do Sindilat conta com a presença do presidente da Emater, Clair Kuhn. Foto: Vitorya Paulo

Após o sucesso da Fenasul de 2017, o PUB do Queijo chega à Expointer. A programação começa na sexta-feira (25/8) e segue até o domingo (3/9), oferecendo uma nova atração gastronômica ao público que for ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O PUB do Queijo ficará aberto diariamente das 11h30min às 24h em frente ao Boulevard. O cardápio será assinado pelo chef Joaquim Aita. As degustações serão orientadas pelo chef Alexandre Reolon, que explicará aos visitantes as peculiaridades de cada variedade. Além disso, essa edição também terá espaço para iogurtes e outros derivados lácteos.

A iniciativa é realizada pelo Sindicado da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) com apoio de Fetag, Farsul, Seapi, Apil, Ocergs, AGL e Fundesa e demais entidades do setor lácteo. O PUB é uma alternativa diferente em meio às opções de churrasco que serão oferecidas no parque. O espaço oferece mais de 50 tipos de queijos e pratos quentes, como brusquetas, caldos, risotos variados, massas com molhos de queijos e embutidos. O valor do ticket para o ingresso no PUB do Queijo custa R$ 40,00, e dá direito à degustação. Para completar o menu, o serviço ainda inclui trufas e frutas ao chocolate. Crianças de até 10 anos pagam meia entrada.

Após o sucesso da Fenasul de 2017, o PUB do Queijo estará na Expointer. Foto: Carolina Jardine

Quem provar os queijos e quiser levar um pouco do sabor para casa ainda terá a opção de visitar a Boutique do Queijo, que será montada junto ao PUB. A loja oferecerá cunhas de queijos especiais dos fabricantes do Rio Grande do Sul. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o projeto é uma forma de valorizar os produtos lácteos e demonstrar ao público a diversidade da produção dos laticínios gaúchos. "A iniciativa é muito importante porque valoriza a produção local. A indústria gaúcha tem leite e queijos de alta qualidade que não deixam a desejar em nada aos rótulos mais renomados da Europa", afirmou Guerra. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reitera que é dever da entidade promover os produtos gaúchos. Esse espaço é da Industria gaúcha que a condição básica é de estar presente é ser contribuinte do Fundesa. É a oportunidade de mostrar o controle sanitário que o setor possui.

O PUB oferece mais de 50 tipos de queijos e pratos quentes, como brusquetas, caldos, risotos variados, massas com molhos de queijos e embutidos Foto: Carolina Jardine

Lideranças do setor lácteo gaúcho estão confiantes de que uma solução para pôr fim ao incentivo dado pelo governo do Rio Grande do Sul à importação de leite do Mercosul deva sair ainda esta semana. Reunidos nesta terça-feira (22/08) à tarde com o governador em exercício, José Paulo Cairoli, representantes do Sindilat, Apil, Fetag, Farsul, Ocergs e Famurs receberam a sinalização de que o pedido de revogação dos decretos que concedem diferimento de ICMS para as operações de importação será avaliado ainda esta semana. A expectativa é de um anúncio positivo no sábado (26/08), quando começa a 40ª Expointer e o ministro Blairo Maggi estará no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o setor pediu que o decreto 53184/2016, que expira no final de agosto, não seja prorrogado, e que o de número 53059/2016 seja terminantemente revogado. A ideia é minimizar os impactos provocados pela concorrência desleal oriundas do Mercosul, neste momento delicado do setor lácteo onde produtores e indústrias estão trabalhando com margens negativas.

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, uma solução se faz necessária principalmente no momento em que o setor vai a Brasília pedir um freio às importações por suspeita de triangulação do Uruguai. “Não podemos cobrar uma posição mais rígida do governo federal quando o próprio estado concede isonomia tributária ao leite importado”.

A reunião ainda contou com a presença dos secretários de Estado Ernani Polo, Tarcísio Minetto e Fábio Branco.

Foto: kitthanes/iStock

O valor de referência do leite projetado para o mês de agosto no Rio Grande do Sul é de R$ 0,9006, redução de 4,22% em relação ao consolidado de julho, que fechou em R$ 0,9403. Os dados foram anunciados pelo Conseleite na manhã desta terça-feira (22/08), na sede da Farsul, em Porto Alegre. Nos últimos três meses, o valor de referência do leite caiu 8,92% no Estado. Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, além da baixa de 3,63% no leite UHT, a queda se acentuou devido à redução de 7,7% no valor de referência do leite em pó.

O presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, alerta que a redução dos números do Conseleite reproduz um momento de mercado, com margens mínimas no setor industrial. “Batemos no fundo do poço. Agora é preciso dar início a uma retomada”, completou. Segundo Guerra, que também é presidente do Sindilat, o RS vive seu pico de produção, mas está com estoques baixos tanto na indústria quanto no varejo. As vendas, sugere ele, estão condicionadas às ofertas das gôndolas em função do baixo poder aquisitivo do consumidor em tempos de crise. “Precisamos continuar a produzir e sermos cada vez mais competitivos porque a tendência é melhorar. Esse cenário irá se recuperar na sequência”, frisou, pontuando a importância de pleitear apoio ao governo para dar um freio às importações de cargas do Uruguai e de estímulo às compras governamentais.

Foto: Carolina Jardine

Guerra explica que é preciso que se tenha claro que os dados apresentados pelo colegiado retratam apenas uma referência. “No campo, o produtor recebe mais do que isso porque a produção é remunerada por bonificações de qualidade e quantidade”, salientou. Presente na reunião, o assessor da política agrícola da Fetag, Márcio Langer, pontuou que o resultado é um dos piores já verificados pelo Conseleite e fomenta um cenário de desestímulo à produção. Ele teme que os valores caiam ainda mais. “A situação é das mais emblemáticas de todos os tempos”, frisou.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Julho de 2017.

Matéria-prima

Valores Projetados Julho /17

Valores Finais

Julho /17

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência

1,0943

1,0814

-0,0129

II – Valor de referência

0,9515

0,9403

-0,0112

III – Menor valor de referência

0,8564

0,8463

-0,0101

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Tabela 2:  Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Agosto de 2017.

Matéria-prima

Agosto /17 *

I – Maior valor de referência

1,0357

II – Valor de referência

0,9006

III – Menor valor de referência

0,8106

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

A Heja Indústria de Laticínios é o mais novo associado do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). De acordo com a diretora da Heja, Márcia Fröelich, a principal motivação para proposta, formalizada em 6 de julho, é a integração e o alinhamento com o setor lácteo. “Somos um laticínio pequeno e sentimos a necessidade de contar com o apoio do sindicato”, afirmou.

Há mais de 20 anos, a Heja é a única indústria de laticínios em Panambi, com foco principal na produção de queijos. Além disso, a empresa fornece bebidas lácteas, creme de leite pausterizado e leite pausterizado tipo C. Atenta à competitividade do setor, Marcia afirmou que 2017 está sendo um ano díficil para a produção de lácteos. "Vamos salvar nossas empresas e trabalhar juntos", ressaltou a diretora sobre o momento no segmento.

A primeira reunião de associados do Sindilat que a Heja participou ocorreu em 27 de julho, marcando o início das atividades entre a indústria e o sindicato. "A participação no Sindilat já está nos proporcionando informações sobre o mercado de laticínios", destacou a diretora Márcia Fröelich ao comentar sobre as mudanças ocorridas desde a associação ao Sindilat.