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O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite) e as entidades por ele representadas deliberaram, em reunião nesta terça-feira (19/12), na sede da Fetag, por emitir orientação aos produtores de redução de 10% na produção do Rio Grande do Sul. A decisão deve-se ao fato da falta de reação do mercado nacional, que opera a preços muito abaixo do razoável, inviabilizando a atividade de produtores e indústrias. “É consenso que a situação está péssima para o setor, tanto para a indústria quanto para o produtor”, pontuou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Presente no encontro, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, concordou.

A decisão veio na mesma reunião em que o Conseleite anunciou projeção de queda no valor de referência para dezembro. Depois de registrar aumento em novembro como reflexo da suspensão das importações de leite do Uruguai, o projetado para dezembro é de R$ 0,8369, - 3,83% abaixo do consolidado de novembro (R$ 0,8702). Segundo Guerra, que também preside o Sindilat, o resultado reflete o período de festas de fim de ano, quando o consumo de lácteos também enfrenta retração. Contudo, neste ano, a queda agrava-se devido à crise generalizada do setor e à decisão do governo de reabrir o mercado para os produtos uruguaios sem o sistema de cotas para leite em pó e queijos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, a queda do valor de referência foi puxada pelo leite UHT (-6,51%) e em pó (-2,31%), os dois itens mais importante na composição do mix das indústrias gaúchas.

Novo Parâmetro

No encontro, também foram aprovados novos parâmetros de cálculo para o valor de referência do leite. A atualização, que demandou dois anos de pesquisa por parte da Câmara Técnica do Conseleite (Camatec), se fez necessária em função de mudanças tecnológicas e revisão de custos de produção na indústria e nos tambos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, o novo levantamento atualiza parâmetros de 2005 para base 2016 e traz mudança substancial de rendimento na indústria e na participação da matéria prima (leite) em cada derivado produzido no RS. Representantes dos laticínios e dos produtores decidiram que os novos padrões entrarão em vigor em janeiro de 2018, colocando o valor de referência do RS mais alinhado com o dos estados de Santa Catarina e Paraná, que já implementaram os ajustes. A Câmara Técnica do Conseleite é formada por dois representantes da indústria e dois dos produtores, além da equipe técnica da Universidade de Passo Fundo (UPF), contratada para tabulação e análise dos dados divulgados mensalmente.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Novembro de 2017.

Matéria-prima

Valores Projetados Novembro /17

Valores Finais

Novembro /17

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência

0,9951

1,0008

0,0056

II – Valor de referência

0,8653

0,8702

0,0049

III – Menor valor de referência

0,7788

0,7832

0,004

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Dezembro de 2017.

Matéria-prima

Dezembro /17 *

I – Maior valor de referência

0,9625

II – Valor de referência

0,8369

III – Menor valor de referência

0,7532

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Foto: Carolina Jardine

 

Cooperativas gaúchas da agricultura familiar assinaram nesta sexta-feira (15/12), em Porto Alegre (RS), um termo de aquisição de leite em pó, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a distribuição na rede assistencial. A medida, formalizada em cerimônia no Palácio Piratini, foi alinhada através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com um investimento do governo federal de R$ 13,7 milhões para 31 cooperativas do Rio Grande do Sul. O investimento total do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o país foi de R$ 17 milhões.

A compra representa mil toneladas, o que para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, não é o suficiente para tirar a pressão do mercado, mas simboliza um alento para os produtores. “A partir do momento que existe uma compra governamental que traz para as cooperativas um benefício e se consegue fazer a venda para o governo por um valor que seja, de fato, condizente e justo, porque foi a R$ 13,94 ao quilo, isso faz com que também se contribua para regular a questão de preços e fazer com que se possa beneficiar o produtor de forma direta”, afirmou. “Não importa quem está vendendo, o importante é que se tire a pressão do mercado”, frisou.

Guerra ainda apontou que as conquistas, como a compra do leite em pó, reajuste do valor do quilo do leite em pó, abertura de linhas de crédito para comercialização e industrialização com taxas máximas de 12% a.a., é uma mostra da maneira inédita da organização do setor. "Foi uma demanda iniciada pelo Sindilat e articulada com outras entidades do Estado, como Fetag, Farsul, Famurs, IGL, Secretaria da Agricultura, SDR, Casa Civil, teve o envolvimento do próprio governador, além de diversos deputados estaduais e federais, além de entidades dos estados de SC, PR, MG e GO", pontuou.

A partir de agora, o MDS repassará o valor, com um teto de até R$ 500 mil para cada cadastrada, para a Conab efetuar o pagamento às cooperativas mediante comprovação de entrega do produto, de forma imediata. O leite em pó adquirido poderá ser incluído em cestas básicas doadas para Banco de Alimentos e Ceasas, além de entidades assistenciais, como APAEs. “O Rio Grande do Sul foi o estado que mais recebeu o investimento, o que mostra a organização das cooperativas gaúchas”, afirmou o ministro Osmar Terra. Na ocasião, ele reconheceu, no entanto, que as compras não solucionam o problema de mercado e ressaltou a importância do setor para o Estado. O Rio Grande do Sul produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano, concentra 13% da produção nacional e possui 65 mil famílias que entregam o alimento para a indústria.

Foto: Jézica Bruno

A embaixada do Uruguai no Brasil mediará tratativas para maior integração entre os países para comercialização de produtos lácteos a mercados que são de interesse comum. O encaminhamento ocorreu durante reunião entre representantes do setor e o embaixador do Uruguai no Brasil, Gustavo Vanerio, nesta quinta-feira (14/12), em Brasília.

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, participou do encontro, que foi mediado pelo deputado Covatti Filho e também contou com representantes da CNA, OCB, Fetag, Contag, G100 e Viva Lácteos. Segundo Palharini, o embaixador se comprometeu de encaminhar o pleito para Montevidéu.

Outra pauta comum é um acordo com a União Europeia, que quer definir com o Mercosul a identificação geográfica de cada produto, medida que implicaria na mudança de nomenclatura de alguns queijos, como o parmesão e gruyère. “Há um consenso entre Brasil e Uruguai de que isto não pode ser acordado porque prejudicaria o setor nos dois países”, pontua Palharini.

Foto: Roberto Soso

A previsão de expansão de 2,5% no PIB em 2018, que deve aumentar a oferta de emprego e o poder de consumo das famílias brasileiras, embasa projeções otimistas no setor laticinista gaúcho. Em seu discurso de posse na noite desta quinta-feira (7/12), o presidente reeleito do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, reforçou que a expectativa é recuperar o consumo, um fator essencial para tirar a pressão do mercado e reequilibrar a lei da oferta e procura. O dirigente projetou uma gestão lastreada pelo foco nas exportações. Segundo Guerra, há mais de 30 países com mercado aberto aos lácteos brasileiros, um potencial a ser aproveitados nos próximos anos. “Nossa meta para os próximos três anos é dar mais condições para que as indústrias possam exportar. Se tudo der certo, espero terminar esta gestão atingindo a marca de 10% da produção gaúcha de lácteos exportada”, frisou ao dirigente, que comandará o sindicato ao lado dos vice-presidentes Guilherme Portella e Caio Vianna e de uma diretoria com representantes de diversas empresas e cooperativas.

Guerra pontuou que há muito a se avançar em competitividade no setor, mas confia que o Rio Grande do Sul está preparado para desfrutar desse novo momento. “O Estado tem uma média de produção por animal de 3.000 quilos de leite ao ano, o dobro da produtividade nacional. Isso demostra que estamos no caminho correto, apesar de sabermos que ainda há muito a fazer”. Nessa caminho, lembrou da importância de se investir em assistência técnica e frisou que os recursos do Fundoleite devem ser destinados para este fim. “O Sindilat e as indústrias por esta diretoria representadas têm a convicção de que é preciso investir em ações que resultem em produtividade e qualidade”.

O nova diretoria do Sindilat foi empossada pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que recebeu uma salva de palmas da plateia ao assegurar que não abre mão de um copo de leite todas as noites antes de se deitar. Em sua manifestação aos colegas que lotaram o salão do Hotel Plaza São Rafael, destacou a relação de parceria existente entre a federação e o sindicato. "Temos sido parceiros e a coletividade tem que ter orgulho", ressaltou, pontuando a importância e força do setor laticinista na indústria gaúcha.

Presente no encontro ao lado da primeira dama Maria Helena Sartori, o governador José Ivo Sartori destacou o empenho do setor em continuar “fazendo e realizando” pelo desenvolvimento do Estado. "É pelo trabalho incansável de vocês que o Rio Grande do Sul tornou-se o segundo maior produtor de leite do Brasil", disse o governador do Estado.

Sobre o prêmio Destaques 2017, recebido na noite de ontem na categoria Liderança Política, disse que quer dividir o mérito com a sua equipe e com todos os outros nove homenageados da noite. "Mais do que uma confraternização, o momento é de união", completou Sartori, ressaltando que o Estado precisa ter uma visão mais solidária e colaborativa. Também receberam o mérito o Ministério da Agricultura (na categoria Agronegócio Nacional), o deputado Elton Weber (Agronegócio Estadual), o deputado Gabriel Souza (Personalidade), o diretor geral da Secretaria da Agricultura Antônio Aguiar (servidor público), o secretário Nacional de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Rocha (Setor Público); a pesquisadora Roberta Zugue (Inovação), o mestrando da UFRGS Cristian Nied (Pesquisa), o Fundesa (Responsabilidade Social) e a Cooperativa Piá (Indústria).

Diretoria Sindilat - gestão 2018/2020

PRESIDENTE:
Alexandre Guerra

VICE-PRESIDENTES:
Guilherme Portella dos Santos
Caio Cézar Fernandes Vianna

DIRETOR-SECRETÁRIO:
Ângelo Paulo Sartor

DIRETOR-TESOUREIRO:
Jéferson Adonias Smaniotto

SUPLENTES:
Alexandre Santos
Nereu Franscisco Selli
Cláudio Hausen de Souza

CONSELHO FISCAL
TITULARES:
Renato Kreimeier
Nádia P. Penso Bergamaschi
Adalberto Martins de Freitas

SUPLENTES:
José Baldoíno França
Ricardo Augusto Stefanello
Amilton Strelow
DELEGADOS-REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS:
TITULARES: 
Alexandre Guerra
Guilherme Portella dos Santos

SUPLENTES:
Renato Kreimeier
Ângelo Paulo Sartor

Crédito: Dudu Leal

Jornalistas de veículos da Capital e do Interior do Rio Grande do Sul, de São Paulo e de Mato Grosso conquistaram o 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que teve seus vencedores conhecidos na noite desta quinta-feira (7/12), em Porto Alegre. A Band TV, a revista Destaque Rural e os jornais Correio do Povo e O Informativo do Vale foram os primeiros colocados nas categorias Eletrônico, Online, Impresso e Fotografia, respectivamente, e receberam como prêmio um iPhone.

Na categoria Impresso, o 1º lugar foi para a repórter Cintia Marchi, do jornal Correio do Povo, autora da matéria "Confinamento Confortável". Na categoria Eletrônico, o ganhador foi Filipe Peixoto, da Band TV, pela reportagem "Leite: Produção em alta, preços em baixa". Na categoria Online, o 1º lugar ficou com a repórter Juliana Turra Zanatta, da revista Destaque Rural, de Passo Fundo, autora do trabalho "Leite e Grãos integração que dá certo". E na categoria Fotografia, a vencedora foi Lidiane Mallmann, do jornal O Informativo do Vale, de Lajeado, com a imagem "Produtores querem a volta do preço fixo para o leite".

Também foram reconhecidos com troféu e certificado profissionais que conquistaram o 2º e 3º lugar. Entre os laureados, estão jornalistas dos jornais Zero Hora, Pioneiro, de Caxias do Sul, e jornal Alto Taquari, de Arroio do Meio, do SBT, da TV Centro América, de Cuiabá (MT), e do site Farming Brasil, de São Paulo (SP). Confira abaixo quem são os demais ganhadores.

Promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o prêmio tem como objetivo valorizar os trabalhos jornalísticos que ressaltem a relevância do setor lácteo. Os vencedores foram divulgados em cerimônia de confraternização de fim de ano e posse da diretoria para a gestão 2018/2020 que ocorreu no Hotel Plaza São Rafael.

Na ocasião, o Sindilat também entregou o troféu Destaque 2017, que tem como objetivo reconhecer o trabalho de pessoas e entidades que atuam ou contribuem para o setor lácteo, em dez categorias: Agronegócio Nacional - Ministério da Agricultura; Agronegócio Estadual - deputado Elton Weber; Liderança Política - José Ivo Sartori; Personalidade - deputado Gabriel Souza; Servidor Público - Antônio Aguiar, diretor geral da Secretaria da Agricultura; Setor Público - Caio Rocha, secretário Nacional de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário; Inovação - Roberta Zugue, pelo projeto A2A2; Pesquisa - Cristian Nied, mestrando da UFRGS; Responsabilidade Social - Fundesa; e Indústria - Cooperativa Piá por seus 50 anos.

A Comissão Julgadora do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo foi composta pelos jornalistas Itamar Aguiar (Arfoc), Laura Glüer (ARI), Laura Santos Rocha (Sindicato dos Jornalistas do RS) e Gerson Raugust (Assessoria de Comunicação do Sistema Farsul). Pelo setor produtivo, participaram o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo, Darlan Palharini.

Confira os vencedores do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo

IMPRESSO

1º lugar
Cintia Marchi - Correio do Povo (Porto Alegre –RS)
Trabalho: Confinamento Confortável

2º lugar
Fernando Soares – Pioneiro (Caxias do Sul – RS)
Trabalho: Acima da média

3º lugar
Solano Alexandre Linck – Jornal Alto Taquari (Arroio do Meio – RS)
Trabalho: Profissão Leiteiro - O agente de transformação das exigências do mercado

ELETRÔNICO

1º lugar
Filipe Peixoto – Rede Bandeirantes (Porto Alegre – RS)
Trabalho: Leite: Produção em alta, preços em baixa

2º lugar
Luiz Patroni - TV Centro América (Cuiabá – MT)
Trabalho: Cooperativismo e transferência de Conhecimentos transformam bacia leiteira no Oeste de MT

3º lugar
Alessandra Bergmann – SBT (Porto Alegre – RS)
Trabalho: Queijos e suas Diversidades

ONLINE

1º lugar
Juliana Turra Zanatta – Destaque Rural (Passo Fundo – RS)
Trabalho: Leite e Grãos integração que dá certo

2º lugar
Joana Colussi – Zero Hora (Porto Alegre – RS)
Trabalho: Mão de Obra Digital: Como os robôs estão a serviço do agronegócio

3º lugar
Naiara de Araújo Silva – Farming Brasil (São Paulo – SP)
Trabalho: Produção de leite: o uso irresponsável de medicamentos prejudica rebanho

FOTOGRAFIA

1º lugar
Lidiane Mallmann – O Informativo do Vale (Lajeado – RS)
Trabalho: Produtores querem a volta do preço fixo para o leite

2º lugar
Diogo Zanatta – Zero Hora (Porto Alegre – RS)
Trabalho: Uma Lei, muitas dúvidas

3º lugar
Alina Oliveira de Souza – Correio do Povo (Porto Alegre – RS)
Trabalho: Acordos de Importação de Leite

Foto: Dudu Leal

Os entraves para a exportação de lácteos, em especial as relações comerciais, foram debatidos em reunião anual de análises e projeções realizada na tarde desta quinta-feira (7/ 12), em Porto Alegre, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grand do Sul (Sindilat). O auditor fiscal agropecuário Leonardo Isolan, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), participou do encontro e esclareceu dúvidas dos associados sobre mercado externo.

O caminho para exportar, avalia Isolan, é fazer trabalho interno de assessoria em relação a negociações internacionais. “A questão sanitária é apenas um dos requisitos. Mas a questão comercial é um nó a ser desatado”, alerta. O chefe de Inspeção do Mapa/RS também chamou a atenção para a importância de o setor ter um programa de rastreabilidade.

“Todas as empresas que tem o registro junto ao SIF (Sistema de Inspeção Federal), automaticamente têm habilitação para exportação”, esclareceu sobre mudança recente no sistema de habilitações. Segundo Isolan, a maioria dos países aceita o produto sem nenhuma exigência a mais em relação às práticas brasileiras. Contudo, países da Europa, Rússia e China têm requisitos que vão além, portanto necessitam de acordos e habilitações específicas.

Segundo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, “uma das bandeiras do sindicato é dar suporte aos associados para resolver os problemas”. Para 2018, destaca o dirigente, a meta da entidade é ampliar a competitividade do setor para viabilizar que os laticínios gaúchos conquistem o mercado internacional.

Tendências de consumo

O encontro também abordou as tendências de consumo para o mercado em geral e especificamente para o setor lácteo. O diretor da Tetra Pak, Claudio Righi, relatou que, apesar da crise, o consumo em unidades continua crescendo acima da média de 2014. Entretanto, o consumidor compra menos produtos, porém investe na aquisição de mais unidades.

Segundo Righi, em 2017 foi possível perceber a busca por equilíbrio nos gastos e priorização das necessidades. Para 2018, a projeção é manter o crescimento, mesmo que pequeno. Os dados são de pesquisa que a Tetra Pak faz com informações do mundo inteiro.

Outra tendência é que os produtos zero lactose ganham cada vez mais importância no Sul. “Isso mostra que o consumidor está buscando se alimentar melhor e paga um valor a mais por um produto diferenciado”, avalia Righi.

Foto: Carolina Jardine

Os entraves para a exportação de lácteos, em especial as relações comerciais, foram debatidos em reunião anual de análises e projeções realizada na tarde desta quinta-feira (7/ 12), em Porto Alegre, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grand do Sul (Sindilat). O auditor fiscal agropecuário Leonardo Isolan, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), participou do encontro e esclareceu dúvidas dos associados sobre mercado externo.

O caminho para exportar, avalia Isolan, é fazer trabalho interno de assessoria em relação a negociações internacionais. “A questão sanitária é apenas um dos requisitos. Mas a questão comercial é um nó a ser desatado”, alerta. O chefe de Inspeção do Mapa/RS também chamou a atenção para a importância de o setor ter um programa de rastreabilidade.

“Todas as empresas que tem o registro junto ao SIF (Sistema de Inspeção Federal), automaticamente têm habilitação para exportação”, esclareceu sobre mudança recente no sistema de habilitações. Segundo Isolan, a maioria dos países aceita o produto sem nenhuma exigência a mais em relação às práticas brasileiras. Contudo, países da Europa, Rússia e China têm requisitos que vão além, portanto necessitam de acordos e habilitações específicas.

Segundo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, “uma das bandeiras do sindicato é dar suporte aos associados para resolver os problemas”. Para 2018, destaca o dirigente, a meta da entidade é ampliar a competitividade do setor para viabilizar que os laticínios gaúchos conquistem o mercado internacional.

Tendências de consumo

O encontro também abordou as tendências de consumo para o mercado em geral e especificamente para o setor lácteo. O diretor da Tetra Pak, Claudio Righi, relatou que, apesar da crise, o consumo em unidades continua crescendo acima da média de 2014. Entretanto, o consumidor compra menos produtos, porém investe na aquisição de mais unidades.

Segundo Righi, em 2017 foi possível perceber a busca por equilíbrio nos gastos e priorização das necessidades. Para 2018, a projeção é manter o crescimento, mesmo que pequeno. Os dados são de pesquisa que a Tetra Pak faz com informações do mundo inteiro.

Outra tendência é que os produtos zero lactose ganham cada vez mais importância no Sul. “Isso mostra que o consumidor está buscando se alimentar melhor e paga um valor a mais por um produto diferenciado”, avalia Righi.

Foto: Carolina Jardine

Com a presença de representantes de mais de vinte entidades do setor da produção de proteína animal, no Seminário de Elaboração do Plano para Avanço da Condição Sanitária em Febre Aftosa, ocorrido nos dias 4 e 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), foram traçados oito objetivos e definidas ações e os responsáveis para atuar na erradicação da Febre Aftosa no Estado.

As metas estabelecidas tratam do fortalecimento dos cadastros agropecuários no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), da revisão e atualização da legislação e procedimentos operacionais, da avaliação e aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, e do fortalecimento do sistema de vigilância e medidas de prevenção da Febre Aftosa. Além disso, na ocasião, foi proposto o estabelecimento de estratégias de educação em saúde animal e comunicação social, capacitação do Serviço Veterinário Oficial e atores envolvidos, e a instituição e manutenção das relações interinstitucionais regionais, nacionais e internacionais.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pelo suplente de diretoria da entidade, Nereu Francisco Selli. “O seminário foi um momento em que a Secretaria (Agricultura, Pecuária e Irrigação) uniu forças para que se alcance o status de zona livre de Febre Aftosa”, afirmou. “O plano traçado, com as ações e responsáveis, está num bom caminho”, afirmou, destacando o seu otimismo com a proposta. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, também participou do evento.

Durante o seminário, os representantes das entidades foram divididos em quatro grupos de trabalho para debater pontos como Cadastro e Legislações, Aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, entre outros, para, ao final, elaborar o documento com as orientações. As novas atividades traçadas serão colocadas no calendário do estado com prazos para seu cumprimento, segundo Selli. “Todas as ações desenvolvidas dentro do seminário são vistas com bons olhos pelo Sindilat. Estamos dispostos a ajudar em todos os pontos para que os objetivos da secretária sejam cumpridos com êxito”, concluiu. 

Foto: Thais D'Avila

Reeleita para a gestão 2018/2020, a diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) tomará posse nesta quinta-feira (7/12), durante o tradicional jantar de confraternização que ocorre a partir das 20h, no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Alexandre Guerra, atual presidente da entidade e também diretor da Cooperativa Santa Clara, permanecerá à frente da entidade.

“O novo mandato é a consolidação de um trabalho de três anos, feito pela diretoria em parceria com todos os associados. Temos a missão de buscar a competitividade no setor e alcançar o mercado externo para nossa indústria”, declarou Guerra. Sobre a festa de final de ano, o dirigente ressalta que é um momento para comemorar. "Apesar do ano difícil, a expectativa é que, com a retomada da economia e o crescimento do PIB, 2018 seja um ano positivo”, disse.

Como 1º vice-presidente, permanece Guilherme Portella, diretor de Comunicação da Lactalis, enquanto o presidente da CCGL, Caio Vianna, assumirá como 2ª vice-presidente. A diretoria ainda conta com Ângelo Sartor, da Rasip, como secretário, e Jéferson Smaniotto, da Cooperativa Piá, como tesoureiro. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos Renato Kreimeier, Nádia P. Penso Bergamaschi e Adalberto Martins de Freitas.

Além da posse, durante o evento também ocorrerá a entrega do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que reconhecerá os melhores trabalhos veiculados na imprensa, e o troféu Destaques, que premia pessoas e instituições que atuaram em prol do setor lácteo em 2017.

Diretoria Sindilat - gestão 2018/2020

PRESIDENTE:
Alexandre Guerra

VICE-PRESIDENTES:
Guilherme Portella dos Santos
Caio Cézar Fernandes Vianna

DIRETOR-SECRETÁRIO:
Ângelo Paulo Sartor

DIRETOR-TESOUREIRO:
Jéferson Adonias Smaniotto

SUPLENTES:
Alexandre Santos
Nereu Franscisco Selli
Cláudio Hausen de Souza

CONSELHO FISCAL
TITULARES:
Renato Kreimeier
Nádia P. Penso Bergamaschi
Adalberto Martins de Freitas

SUPLENTES:
José Baldoíno França
Ricardo Augusto Stefanello
Amilton Strelow

DELEGADOS-REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS:
TITULARES: 
Alexandre Guerra
Guilherme Portella dos Santos

SUPLENTES:
Renato Kreimeier
Ângelo Paulo Sartor


Foto: Carolina Jardine

Entidades ligadas ao setor lácteo gaúcho entregaram, nesta quarta-feira (29/11), ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), Edegar Pretto, projeto de lei que altera o Fundoleite. A proposta construída entre as entidades, é referente aos recursos do fundo. Com o projeto, 10% seriam destinados ao instituto, 20% iriam para projetos que visam o desenvolvimento do setor, que poderiam ser apresentados por qualquer entidade representativa, e 70% da arrecadação seria aplicada em assistência técnica aos produtores de leite.

"A aplicabilidade de 70% em assistência técnica aos produtores rurais é fundamental, pois são eles que precisam do suporte técnico para se manterem em sua atividade", pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ainda afirmou que se faz necessario aprovar o projeto na íntegra. "Esse consenso demonstra a vontade que temos de avançar na produção do Estado", acrescentou, ressaltando a importância da proposta para o desenvolvimento do setor lácteo.

Na ocasião, o presidente da Assembleia elogiou o trabalho feito em conjunto pelas entidades. "Sei que não é fácil chegar num consenso assim. A casa é política e precisa de construção política", afirmou Pretto, agradecendo pela presença dos representantes. "Esse setor, em especial, está precisando de unidade", afirmou. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, reafirmou que o projeto é resultado de entendimento e união do setor. "A construção política em conjunto é o primeiro passo para fazer enfrentamento às dificuldades da cadeia do leite".

Além do Sindilat, estiveram presentes a Apil, AGL, Fetag, Fetraf Sul, Famurs, Ocergs e Fecoagro.

Reunião do Grupo de Trabalho debate o assunto

Deputados encaminharão ao secretário da Casa Civil, Fábio Branco, o pedido de revogação do decreto 53.059, que trata do regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e internacional. A decisão foi tomada a partir de discussão feita ainda pela manhã, no salão Alberto Pasqualini, na Assembleia Legislativa, durante reunião do Grupo de Trabalho a respeito da importação do leite em pó do Mercosul (GTL). Além disso, foram debatidas questões referentes ao projeto de alteração do Fundoleite e medidas para a importação de leite em pó uruguaio. Os deputados Zé Nunes, Elton Weber, Edson Brum e Sérgio Turra estiveram presentes na ocasião.

O Sindilat esteve representado pela gerente administrativa, Julia Bastiani e pelo coordenador do setor de leite da Languiru, Fernando Staggemeier.

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, em entrevista à TV Assembleia sobre a entrega da alteração na lei do Fundoleite. Foto: Vitorya Paulo