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Com o avanço da entressafra no Rio Grande do Sul, o valor de referência do leite teve recuperação, aproximando-se da casa de R$ 1,00. Segundo dados do Conseleite divulgados na manhã desta terça-feira (20/03), o projetado para março é de R$ 0,9901, 2,56% acima do R$ 0,9654 consolidado de fevereiro.  Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, registrou-se recuperação do leite UHT (6,73%) no mês. “Mesmo assim, o valor do produto ainda está abaixo de 2016 e 2017”, frisou, reforçando o momento de baixa remuneração mesmo com custos de produção praticamente estáveis nos últimos quatro meses.

O professor pontuou que o leite em pó vem ganhando força no mix de produtos fabricados no Rio Grande do Sul, saltando de 39,55% do mercado, em 2017, para 43,46% nos primeiros três meses de 2018. Por outro lado, o UHT passou de 41,94% para 35,52%. Juntos, concentram 78% da produção do RS.

O presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, reforçou que o leite UHT tem puxado mais forte os preços neste momento de entressafra. "Estamos entrando no período  de menor produção, o que indica que continuará subindo até pela necessidade de a indústria recuperar margens". A expectativa, diz o executivo, é que o inverno de 2018 seja de baixas temperaturas, o que deve motivar o aumento do consumo. Além disso, a retomada da economia brasileira e a volta às aulas ajudará a incentivar a demanda. “A indústria, neste ano, não fez gordura nos primeiros meses do ano, mas, agora, devemos ter uma retomada”.

Foto: Carolina Jardine 

O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, sugeriu a realização de uma agenda das áreas econômicas das diferentes entidades que compõem o Conseleite para debater alternativas para escoamento de excedentes do mercado que permitam equalizar os preços. O assessor da Fetag Márcio Langer argumentou que é essencial pressionar o governo por apoio ao setor e alertou sobre redução do preço do leite em pó no varejo.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a tendência é que os efeitos da entressafra no mercado sejam suavizados uma vez que os produtores têm investido mais em alimentação e nutrição dos bovinos leiteiros, o que garante captação mais constante ao longo do ano.

CAMPANHA- Durante a reunião, as entidades que integram o Conseleite ainda debateram a importância de adoção de uma campanha para divulgar a qualidade e os atributos dos produtos lácteos gaúchos. O projeto segue em debate no colegiado.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Fevereiro de 2018.

(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 62 está incluso Funrural de 2,3% a ser descontado do produtor rural

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 62, em R$ – março de 2018.

 

A importância de integração entre o setor laticinista e a universidade no desenvolvimento de novos produtos e formas de consumo foi a tônica da palestra de abertura de aula no curso de Gastronomia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) realizada na noite desta segunda-feira (19/3). O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou o avanço do interesse popular em relação à culinária, um novo mercado potencial tanto para o setor industrial quanto para os profissionais da área. Palharini realizou apresentação de dados sobre o setor e pontuou as projeções de aumento de consumo de lácteos no Brasil e no mundo. “Há um grande desafio de aproximar os elos da cadeia para fomentar novos tipos de consumo no Brasil”, disse.

A aula, ministrada pela professora Raquel Chesini, ainda teve explanação técnica sobre a produção no campo e na indústria e degustação de queijos a uma plateia atenta. O objetivo, explica ela, é mostrar aos alunos as diferenças de sabor entre os itens produzidos no Rio Grande do Sul. “Fizemos uma demonstração de queijos, dos mais suaves aos mais picantes”, ressaltou Raquel. Os rótulos foram ofertados pelo Sindilat, incluindo queijos e iogurtes de seus associados. A professora reforçou a preocupação da gastronomia no uso de itens locais, uma valorização aos alimentos fabricados no mercado gaúcho.

Darlan Palharini e a professora Raquel Chesini em aula no Campus da Unisinos em São Leopoldo. Foto: Carolina Jardine

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reuniu-se na quinta-feira (15/3) com as professoras da graduação da Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos) Raquel Chesini e Flávia Silva para tratar de parceria com a instituição de ensino para divulgar os processos de produção do setor laticinista. Segundo ele, é essencial mostrar aos estudantes de Gastronomia como são produzidos os produtos lácteos gaúchos. Para dar início à parceria, o Sindilat participou, nesta segunda-feira (19/03), de aula sobre cadeia produtiva de lácteos ministrada pela professora Raquel Chesini, no Campus de São Leopoldo.

Em 2017, o Sindilat e o curso de Gastronomia da Unisinos deram início a um projeto de aproximação. Em sala de aula, o chef Alexandre Reolon, da Rasip, promoveu degustação e apresentação sobre as qualidades gastronômicas de alguns queijos e derivados lácteos. Outra ação a ser fomentada com a Unisinos é a participação dos alunos durante a agenda do Pub do Queijo, projeto gastronômico que busca difundir o consumo do produto.

Foto: Carolina Jardine

Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai reúnem-se em Assunção, no Paraguai, para encontro de  chanceleres  que começa nesta sexta-feira (16/03) para alinhar uma posição oficial do Mercosul sobre a disputa internacional criada com a União Europeia (UE) a respeito do uso de nomes tradicionais de queijos. A UE reivindica que países do Mercosul deixem de usar os termos Parmesão, Gruyère, Roquefort, Fontina, Gorgonzola e Grana em seus produtos uma vez que se referem a denominações de origem de queijos típicos dos países europeus. O assunto foi debatido pelos laticínios brasileiros  na manhã desta quinta-feira (15/3) em reunião no Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) em São Paulo (SP).

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que participou do encontro representando os laticínios gaúchos, o setor não aceita as restrições que querem ser impostas. “O setor de lácteos é sempre usado como moeda de troca nas negociações internacionais. Não iremos mais aceitar isso”, frisou.  De acordo com o executivo gaúcho, o uso dos nomes de queijos já é uma tradição no mercado brasileiro.

O Sindilat é filiado ao Conil, colegiado que reúne os diferentes sindicatos do país. O grupo também vem fortalecendo sua atuação junto à  Federación Panamericana de Lechería (Fepale) para pleitear causas conjuntas e defender interesses do Mercosul.

Ainda em SP, Guerra participou de reuniões na Viva Lácteos e ABLV e na Abiq. “O setor aqui trabalha muito harmonizado por causas coletivas”. Durante a agenda, Guerra também reforçou a importância de apoio nacional para o pedido encabeçado pelo Sindilat de PEP para o Leite. Além do leite em pó, abordou-se a necessidade de adoção da ferramenta para a comercialização de UHT.

Foto: Magone/ Istock

Em um almoço no Palácio Piratini, o Governo do Rio Grande do Sul apresentou Observatório Gaúcho da Carne (OGC), projeto anunciado na Expointer de 2017 que possibilita a ampliação de informações da produção de carne bovina do Estado. Ao longo de seis meses, as informações disponíveis desde 2010 foram cruzadas e compiladas, gerando um volume de 800 mil dados, divididos em 11 painéis compostos por gráficos que estarão disponíveis para acesso público no website.

Até então secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, que se despediu da função para concorrer a deputado, frisou a importância da unificação dos dados e mencionou a possibilidade de ampliar o método utilizado para outras cadeias produtivas do Estado, como por exemplo, a cadeia produtiva do leite. O secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, esteve presente no evento e destacou a necessidade de observar o que o OGC representará na prática. "É um bom projeto. Agora, precisamos observar como irá refletir no mercado bovino, para depois expandir para os outros setores", afirmou.

Para o governador José Ivo Sartori é inegável que o setor da pecuária é o mais importante para a economia do Rio Grande do Sul. Justamente por isso, segundo ele, é indispensável investir em tecnologias que ampliem o acesso à informações relacionadas ao setor. O Observatório é a primeira etapa para a criação da Agência Gaúcha da Carne.

Na ocasião, Sartori anunciou que Odacir Klei irá substituir Polo na Secretária de Agricultura.

Foto: Camila Silva

A 14ª Fenasul já tem data definida para acontecer: de 14 a 20 de maio. A decisão de antecipar a mostra, que tradicionalmente ocorre na última semana de maio, foi tomada na manhã desta quarta-feira (14/3), no gabinete da Secretaria da Agricultura, na presença de líderes de entidades do agronegócio gaúcho. Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o secretário-executivo Darlan Palharini esteve presente na reunião, mediada pelo secretário da Agricultura, Ernani Polo.

A data foi antecipada para que a Fenasul ocorra simultaneamente à Exposição da Federação Internacional de Criadores de Cavalo Crioulo (FICCC), a "Copa do Mundo" no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Segundo Polo, a unificação é o melhor caminho para trazer maior público a todos os eventos uma vez que há tamanha proximidade de data. "Mesclar os dois grandes eventos é bom para todo o setor", afirma o secretário-executivo do Sindilat, destacando que, dessa forma, poderá haver um maior engajamento e presença do público, visto que o parque sediará mais atrações.

Em conjunto na programação, também estão previstos para acontecer a Feira da Agroindústria Familiar, a Exposição Nacional da raça Devon, a Ranqueada Nacional do Texel e o Campeonato Domados do Pampa do Cavalo Árabe, entre outros ainda a serem definidos.

Também estiveram presentes na reunião desta manhã representantes da Fetag, Farsul, Gadolando, Febrac e Associação dos Criadores de Gado Jersey. Ficou agendado um novo encontro no dia 20/03 às 16h30min na sede da Farsul para tratar sobre a programação do evento.

Foto: Vitorya Paulo

Representantes do setor produtivo de proteína animal do Estado debateram, nesta terça-feira (13/03), no gabinete da Secretaria da Agricultura do RS (Seapi), possíveis modificações na lei nº 13.825, que regulamenta o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-RS). O esboço do decreto diz respeito à auditoria da adesão ao sistema pelos estabelecimentos regulamentados pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que atualmente é responsabilidade do Estado. Com a proposta, os municípios teriam autonomia nesse processo, fiscalizando as agroindústrias familiares do seu território.

Coordenador da reunião, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, iniciou a discussão afirmando que, atualmente, o sistema não tem agilidade em razão dos recursos limitados . “A falta de estrutura acaba afetando todos os níveis de fiscalização que o Estado não consegue atender”, declarou. A proposta de alteração, segundo Polo, é uma forma de buscar alternativas para aqueles que “produzem bem” e trabalham com qualidade, fazendo com que o Estado dê atenção maior à ponta final de produção, que é o que chega à mesa do consumidor.

Entre todos os pontos levantados pelas entidades, o que mais preocupa o setor lácteo neste momento é o cumprimento da Lei do Leite. É o que afirma o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, que levantou a questão durante a reunião. “Viemos fazendo um trabalho visando a sanidade e transparência ao longo desse tempo. O básico, que eu entendo, é que temos que cumprir a lei”, afirmou, destacando que possíveis mudanças não devem se sobrepor à lei estadual.

Os representantes irão avaliar posteriormente a proposta e voltarão a debatê-la em reunião com data a ser definida.

Foto: Bethânia Helder/ Divulgação assessoria de imprensa - Secretaria da Agricultura do Estado

Representantes do setor lácteo estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira (09/3) com membros da embaixada da Argentina, em Brasília, para estreitar relação com o país, visando exportação de lácteos e importação de insumos mais baratos. Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, que esteve presente no encontro, o objetivo é trabalhar operacionalmente o Mercosul para que o Brasil, e especificamente os estados do Sul do Brasil, ganhe competitividade, promovendo melhorias no modo de produção e avanços para enxugar os custos na produção leiteira.

"Queremos trabalhar juntamente aos países vizinhos para que, além de incentivar a competitividade, possamos ter melhores preços na exportação do leite em pó e na importação de insumos da Argentina", disse Palharini, ressaltando que a ideia é estreitar o diálogo com a embaixada do país e aproveitar a expertise Argentina, que tem um consumo per capito de lácteos superior ao Brasil.

Ficou acordado que, até abril, as entidades voltarão a se reunir para alinhar ações práticas de integração Brasil-Argentina que terá a participação do embaixador da Argentina, o deputado federal Vilson Covatti Filho e de representantes de outras entidades nacionais e regionais. Recentemente, lembra Palharini, ação similar foi realizada com a embaixada do Uruguai. Segundo o representante da Argentina, Javier Dufourquet, agregado agrícola da Embaixada, seu país também tem muito a ganhar com essa integração.

Também estiveram presentes na reunião o assistente técnico da embaixada, Cristian Santiago Rondán, e representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da assessoria do deputado Wilson Covatti Filho.

Foto: Ivan Bonetti/gabinete deputado Covatti Filho

Para enfrentar a crise que vem reduzindo o preço do leite no mercado interno, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) pediu ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a adoção de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para o leite em pó. A reivindicação foi entregue nesta quinta-feira (8/3) pelo vice-presidente do Sindilat, Caio Vianna, em mãos a Maggi, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Segundo Vianna, a ferramenta permite ao governo retirar do mercado lotes expressivos de leite com investimento bem inferior a outras modalidades. Isso porque no PEP o governo subsidia apenas o frete da carga, o que a torna competitiva sem a necessidade de realizar a aquisição integral do produto.

O ofício do Sindilat solicita PEP para 50 mil toneladas com o prêmio de R$ 2 mil por tonelada. O objetivo é garantir que as empresas e cooperativas do Brasil consigam comercializar seus produtos em igualdade de condições e competitividade em relação a cargas vindas de outros países do Mercosul onde o custo de produção é menor. Com isso, espera-se assegurar preço e renda e atingir o valor de R$ 13,94 o quilo do leite em pó estabelecido pela resolução nº 80 de 13/11/2017 da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Foto: Alexandre Farina

Ocorreu na tarde desta quarta-feira (7/3), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-me-toque, mais uma reunião do Grupo de Trabalho da Proteína Animal – Leite, na casa da Ocergs na feira. Participaram do encontro diversos representantes do setor, entre eles o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário executivo da entidade, Darlan Palharini. Na ocasião, os presentes definiram que será feita uma força-tarefa para elaborar campanha que valorize a produção gaúcha de lácteos.

Durante a conversa, Guerra sugeriu a criação de um projeto estadual que siga os mesmos moldes do programa Leite Saudável, do governo federal, que presta assistência técnica aos produtores para melhorar qualidade e produtividade. Por meio desta iniciativa local, será possível estimular a competitividade da produção e ampliar as exportações. “Precisamos de um projeto neste sentido para estimular o produtor e tirar a pressão do mercado”, disse Guerra. Auditor-fiscal da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), Roberto Schroeder gostou da ideia. “Somos parceiros na superintendência para fazer este contato lá em Brasília”, afirmou.

Como medida para fomentar o setor, Palharini sugeriu a instituição de um prêmio para empresas exportadoras. “As compras governamentais não podem parar. Mas precisamos conduzir, via deputados e senadores, a criação de um prêmio exportação entre os cinco ou seis estados brasileiros que são os principais produtores e têm condições de participar”, disse.

Na reunião, também estavam presentes representantes da Fetag, Emater, Ocergs, Famurs, Embrapa e IGL, além de BRDE.

Foto: Bruna Karpinski