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Porto Alegre, 20 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.089

 

   Conseleite/SC

A Diretoria do Conseleite - Santa Catarina, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de julho de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de agosto de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite - Santa Catarina. (Fonte: FAESC)

 
 
Conseleite/MS 

Os preços finais do leite ao produtor apurados no Mato Grosso do Sul em julho de 2015, ficaram abaixo dos valores projetados pelo Conseleite-MS, mas, acima dos preços pagos em maio de 2015. Foi superior à média dos últimos três anos, embora, na comparação mensal, em junho de 2014 os produtores tenham recebido mais do que em junho de 2015.  (Conseleite/MS)




Rabobank prevê elevação no preço de lácteos em 2016

Os preços dos lácteos, em queda no mercado internacional, devem começar a reagir em meados do próximo ano, prevê o Rabobank. Em um relatório sobre o mercado, os analistas Tim Hunt, Tom Bailey e Michael Harvey dizem que os preços mais baixos desses produtos no mercado chinês limitarão o crescimento da produção no País.

Como a demanda interna está crescendo, os estoques devem diminuir e a China precisará importar mais, dizem os analistas. Na Nova Zelândia, as companhias, notadamente a Fonterra, devem liderar o ajuste de oferta entre exportadores, reduzindo preços pagos aos produtores e, por consequência, o leite disponível na temporada 2015/2016.

A desvalorização dos lácteos nos Estados Unidos e na União Europeia também contribuirá para redução da oferta internacional. Por fim, os estoques formados a valores baixos farão processadores reduzirem preço também ao consumidor, o que deve reativar a demanda. Até agora, o mercado global segue bastante pressionado.

A Global Dairy Trade (GDT), plataforma online de vendas desenvolvida pela Fonterra, registrou uma série de dez leilões entre março e agosto deste ano com preços em queda. Neste período, o valor médio dos lácteos comercializados cedeu 46% e atingiu US$ 1.815 por tonelada em 4 de agosto. O primeiro sinal de recuperação veio no pregão de terça-feira (18/8), quando os valores médios subiram 14,8%, a US$ 1.974 por tonelada.

O leite em pó também avançou, mas segue 48% abaixo do valor verificado no início de março, a US$ 1.521 por tonelada. "A extensão do colapso (de preços), para a maior parte da indústria, superou expectativas. O leite em pó negociado entre US$ 1.400 e US$ 1.500 por tonelada há anos é encarado como uma coisa do passado", afirmam os analistas do Rabobank.

Segundo eles, participantes do mercado previam que uma combinação de demanda crescente por lácteos nos países emergentes e alta dos custos para a captação do leite impediriam preços tão baixos. A situação na China foi determinante para o atual quadro.

No ano passado, o país começou a cortar suas importações em resposta à menor demanda nacional e passou a abastecer o mercado com a produção doméstica, que cresceu. A China também acumulou grandes estoques da commodity. Além disso, em agosto de 2014 a Rússia baniu importações da União Europeia e de outros fornecedores, o que reduziu o mercado para alguns exportadores.

Por fim, em meio à queda de preços, a União Europeia extinguiu suas cotas de produção de leite e fazendeiros têm buscado aumentar a oferta pensando no longo prazo. (As informações são do Estadão Conteúdo)
Aliança quer tributos iguais

A Aliança Láctea Sul Brasileira vai se mobilizar para pedir que os três estados do Sul harmonizem os tributos do leite e derivados e trabalhem pelo fim da guerra fiscal com os demais estados do país. A decisão foi tomada ontem, em assembleia, em Florianópolis. Conforme o coordenador-geral da Aliança, Ronei Volpi, os três secretários de Agricultura vão conversar sobre o assunto com os secretários da Fazenda e governadores de seus estados. Segundo Volpi, a intenção é que já na reunião do Codesul, dia 3 de setembro, na Expointer, haja uma decisão conjunta de formar um grupo de trabalho para buscar essas metas porque trata-se de questão muito importante para a cadeia produtiva. 

No encontro também foi discutida a elaboração de pedido de cadeira para a Aliança Láctea Sul Brasileira ou para cada um dos três estados do Sul na Câmara Setorial Nacional do Leite. "Os três secretários de Agricultura devem encaminhar ofício fazendo essa solicitação à Câmara Setorial", informou o coordenador. (Correio do Povo)
 
 
Afocefe critica imposto maior

O Rio Grande do Sul tem capacidade de sair da crise financeira sem recorrer ao aumento de impostos, principalmente de ICMS, como deseja o governo de José Ivo Sartori. A avaliação é do presidente da Afocefe/Sindicato, Carlos De Martini Duarte, que ontem apresentou um estudo sobre a arrecadação de impostos e propostas para enfrentar a crise no Estado. 

Segundo Duarte, as fontes tradicionais de receita não estão esgotadas, o que não justifica a elevação de impostos. "Os aumentos de alíquota do ICMS irão penalizar toda a sociedade em um momento em que existem recursos robustos que podem ser aproveitados", explicou. 

Como exemplo citou o contrabando, que anualmente causa prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres do Estado: "Se o governo decidisse enfrentar o problema de forma mais firme, teríamos uma importante fonte de receita". Conforme Duarte, no setor de fumo o contrabando responde por quase 50% dos cigarros vendidos no RS, uma evasão de R$ 115 milhões em 2014. O estudo da Afocefe mostra que o Estado está hoje em 20 ˚ lugar na tabela de arrecadação de ICMS por estado e abaixo da média nacional. Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), a sonegação corresponde a 27,6% do ICMS, ou R$ 7,33 bilhões por ano. 

Para Duarte, o motivo é o desmonte da fiscalização ostensiva, com o fechamento de 10 postos fiscais e 60 turmas volantes. Ele propôs medidas para melhorar a arrecadação, entre elas a mudança de comportamento na gestão da Receita Estadual, permitindo que técnicos tributários atuem com efetividade, a instituição de equipes de fiscalização com auditores fiscais e técnicos tributários desenvolvendo ações regulares e a criação de agências móveis de fiscalização para enfrentar a sonegação, o contrabando e a evasão fiscal. (Correio do Povo)
 
Carta na manga
O governo ainda não iniciou o mapeamento de posicionamentos em relação ao aumento de alíquotas do ICMS, internamente, mas já trabalha com a possibilidade de retorno de secretários que estão licenciados da Assembleia para garantir mais votos favoráveis à proposta, caso os suplentes sejam contrários. (Correio do Povo)

    

         

 


 

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.088

 

   PL 214/2015 pode gerar prejuízo de R$228 milhões ao setor produtivo

Diversos setores da indústria gaúcha uniram-se para pedir ao governo pela suspensão do regime de urgência na tramitação do PL 214, que trata da redução de 30% na concessão de créditos presumidos. Reunidos na manhã de hoje (19/8) na Assembleia Legislativa, dirigentes de diversos setores produtivos, entre eles o Sindilat, comprometeram-se a encaminhar seus apontamentos à Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo e da Indústria Gaúcha e Brasileira, que ficou de remeter um pedido formal de interrupção do regime de urgência ao Poder Executivo. "Essa medida só prejudica o setor produtivo do Rio Grande do Sul e representará um prejuízo à cadeia produtiva de R$ 228 milhões ao ano", indicou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O levantamento leva em conta apenas a produção de leite UHT, em pó e queijos.

O interlocutor do tema pela Frente Parlamentar junto ao governo Sartori será o deputado Tiago Simon (PMDB). Uma das alegações do setor industrial é de que a concessão de créditos é regida pela lei 8.820, que prevê que o benefício deve estar em consonância com os dos demais estados da federação não podendo, portanto, ser uma decisão isolada do governo gaúcho sob pena de atingir a competitividade da produção do RS. O tema está previsto no Artigo 58 que indica: "Sempre que outro Estado ou o Distrito Federal conceder benefício fiscal ou financeiro que resulte em redução ou eliminação, direta ou indiretamente, de ônus tributário relativo ao ICMS, com inobservância de disposições da legislação federal que regula a celebração de acordos exigidos para tal fim, o Poder Executivo poderá adotar as medidas necessárias à proteção da economia do Estado, podendo, inclusive, conceder benefício semelhante."
 


Representando o setor lácteo, Guerra ainda apresentou números que comprovam que a implantação de restrições aos benefícios fiscais, mesmo que parcial, é inviável neste momento. De posse de estudo produzido pelo Sindilat, Guerra pontuou que todos os produtos lácteos gaúchos (Leite UHT, leite condensado, leite em pó, queijo mussarela e prato) estão em situação de desfavorecimento tributário em relação aos estados concorrentes. Além disso, lembrou que o custo do frete no Rio Grande do Sul é maior em função de entraves logísticos. "Os deputados entenderam nossa reivindicação e decidiram entrar com um pedido de retirar o regime de urgência. Isso permitirá que possamos explicar para o governo os prejuízos dessa PL e a necessidade de manter em 100% o crédito presumido", salientou Guerra. Também participaram do encontro os deputados Any Ortiz, Juliano Roso, Luiz Fernando Mainardi,Adilson Troca e João Fischer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Aliança Láctea discute melhorias para o setor

Integrantes da Aliança Láctea, formada por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, promoveu reunião nesta quarta-feira (19/08) em Florianópolis (SC), para discutir o panorama da produção na região Sul. No encontro, que contou com a presença de secretários de agricultura dos três estados e equipes técnicas, foi discutido o programa de pagamento da matéria prima do leite por qualidade.

Representando do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Renato Kreimeier, apresentou o modelo adotado na Cooperativa Languiru, onde é vice-presidente. A política de pagamento por qualidade tem como embasamento uma série de critérios. Por exemplo, há diferenciação no valor pago pelo leite que apresentar maior nível de proteína e gordura. O case foi considerado interessante pelos presentes. 

Os representantes estaduais também aproveitaram o encontro para descrever a realidade da cadeira leiteira em cada Estado. Ao longo do evento, também foram realizados workshops, onde foram apresentadas as demais atividades desenvolvidas por cada um dos Estados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Fonterra oferta menos e preço internacional do leite tem alta

Depois de registrarem os menores níveis históricos no começo deste mês, as cotações dos leites em pó integral e desnatado tiveram forte alta no leilão de ontem da plataforma Global Dairy Trade (GDT), que é referência para o mercado internacional de lácteos. O preço médio do leite em pó desnatado integral subiu 19,1%, para US$ 1.856 por tonelada, conforme resultado divulgado pela plataforma. Já o leite em pó desnatado teve preço médio de US$ 1.521 por tonelada, aumento de 8,5%. A alta foi reflexo da decisão da cooperativa neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo e principal player do leilão, de reduzir a oferta de lácteos nos pregões online quinzenais pelos próximos 12 meses em 56.045 toneladas. Conforme informou a Fonterra no dia 13 passado, uma queda de 62.930 toneladas ocorrerá nos próximos três meses (safra na Nova Zelândia), e no fim do ano 6.885 toneladas voltarão a ser ofertadas.

 

De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, ao reduzir a oferta nos pregões, a Fonterra sinaliza que busca vender a preços mais altos fora dos leilões. Ele observou que outro player importante no mercado de lácteos, a holandesa Friesland Campina, deixou de ofertar lácteos na plataforma online no começo do ano, embora ainda esteja habilitada a vender. A tendência, disse, é que a partir da agora, os preços negociados no leilão fiquem mais próximos de uma outra referência para o mercado: as cotações do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), para a região da Oceania. O último dado disponível do USDA indica preço médio de US$ 1.512 por tonelada para o leite em pó desnatado e US$ 1.725 para o integral. Para Galan, diante da menor oferta por parte da Fonterra, os preços "não devem ter quedas significativas" e tendem até mesmo "a ficar estáveis" nos próximos leilões da plataforma GDT. Laércio Barbosa, do Laticínios Jussara, avalia que é preciso esperar o resultado do próximo leilão para saber se a recuperação é consistente. 

Ontem, o CEO da Fonterra, Theo Spierings afirmou, antes do leilão GDT, que a desvalorização do yuan pela China pode impulsionar a demanda do país pelos lácteos da Nova Zelândia e, eventualmente, elevar as cotações do leite no mercado, segundo agências de notícias. O raciocínio é que o enfraquecimento do yuan pode tornar as exportações da China mais competitivas. Isso fortaleceria a economia chinesa e poderia ajudar na recuperação das importações de lácteos pelo país. Valter Galan observou que os fundamentos que fizeram as cotações do leite em pó registrar baixas históricas recentemente persistem ¬ altos estoques na China e produção ainda crescendo em regiões exportadoras de lácteos, como os Estados Unidos. Mas ele também avalia que a desvalorização do yuan na China pode ser favorável ao mercado internacional de lácteos, até porque o produto importado é mais competitivo do que o local. "O grande ponto é quanto tem de estoques [de lácteos] lá dentro", observou o analista, em referência ao mercado chinês. O comportamento da demanda chinesa é crucial para Nova Zelândia, que produz 20 bilhões de litros de leite por ano e exporta 90% do que produz. A Fonterra compra 87% da produção nacional de leite e exporta boa parte desse volume ao mercado chinês, que no entanto, tem reduzido as compras recentemente. Segundo estimativa do USDA, compilada pela Scot Consultoria, as importações de leite em pó integral pela China devem cair 40,4% este ano ¬ haviam somado 671 mil toneladas em 2014. (Valor Econômico)

A maior parte das indústrias de laticínios da Argentina reduziram os preços do leite ao produtor

A maior parte das indústrias de laticínios seguiu os passos de Mastellone Hnos (La Serenísima) e começou a reduzir o preço do leite ao produtor. Em maio a Mastellone Hnos reduziu 3 centavos por litro de leite, em relação ao preço de abril. Em junho e julho menos 10 centavos sobre o valor do mês anterior. O valor de 3,20 pesos/litro em abril perdeu 7,1%.

O preço de referência adotado pela Nestlé na zona oeste de Buenos Aires, e uma produção de 8.000 litros diários foi paga a 3,05 pesos/litro, contra 3,18 e 3,28 pesos/litro nos meses de junho e maio, respectivamente (o que representa variação de 7%), segundo dados informados pela Câmara de Produtores de Leite da Bacia Oeste (Caprolecoba).

As pequenas indústrias (Pymes) queijeiras da zona oeste de Buenos Aires, que até maio pagavam em média 3,35 pesos/litro, reajustaram para 3,25 pesos/litro, seguido por um outro que baixo para 3,15 pesos/litro em julho (a baixa acumulada é de quase 6%).

A Sulpachense, que até junho passado manteve o valor de 3,28 pesos/litro, finalmente reduziu para 3,20 pesos/litro em julho (-2,4%). A única empresa que opera na Bacia Oeste que ainda não reduziu os preços é a SanCor (que desde abril passado mantém o valor de referência para os produtores de alta produção em 3,30 pesos/litro).

"O nosso problema só será resolvido com a exportação, retirando produtos do mercado interno. Tudo depende de concentrar no incentivo até onde for possível", diz um comunicado da Caprolecoba. "Não sabemos quanto pode durar isto. Mas, sairemos. O problema é saber quanto e como", acrescenta.

Os representantes do setor lácteo da Confederação Rural Argentina (CRA) se retiraram da mesa redonda oficial, coordenada pela Secretaria de Comércio ao destacar que "neste âmbito não se trabalhar para resolver os problemas urgentes do setor lácteo argentino".

"O principal problema a resolver é evitar que o excedente de leite não exportável na primavera entre para o mercado interno e reduza ainda mais o preço do leite aos produtores. Qualquer outra providência apenas adia e mascara, mas não resolve o problema". (Fonte: valorsoja/Tradução Livre: Terra Viva)
 

Uruguai - O preço do leite ao produtor caiu 13%
A queda dos preços de junho, em pesos, quando comparados com dezembro de 2014 [foi 13%]; mas em dólares houve perda de 25%. O preço do leite pago ao produtor em junho passado, pelas indústrias de laticínios, caiu, em pesos 13%. Em dólares a perda registrada foi de 22%, segundo o Instituto Nacional do Leite (Inale). O preço médio pago pela indústria, aos produtores de leite foi de 7,90/litro, o que representa queda, em pesos, de 25% em relação a junho de 2014, e esta mesma comparação em dólar mostra perda de 36%. Comparando o preço de venda da indústria de junho passado de US$ 0,47/litro de leite, comercializado em produtos industriais e leite fluido, com dezembro de 2014 constata-se queda, em dólar, de 9% e de 22% em relação a junho de 2014. Por outro lado, entre dezembro de 2014 e junho de 2015, os preços recebidos pelas indústrias com os produtos exportados - avaliados por litro equivalente leite - caíram 9%, enquanto os vendidos no mercado interno ficaram com desvalorização de 10%. (Fonte: El Observador/Tradução Livre: Terra Viva)
 


 

Porto Alegre, 18 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.087

 

   Conseleite projeta redução do preço do leite

 

Projeção divulgada nesta terça-feira (18/8) pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do RS (Conseleite) indica que o preço do litro do leite padrão pago ao produtor em agosto deve ficar em 0,8291, valor 2,75% menor do que o consolidado de julho (R$ 0,8526), quando o resultado já apresentou queda de -0,89% em relação à projeção de 0,8602.Contudo, alerta o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, a tendência é de estabilidade uma vez que a produção durante a safra não deve atingir o crescimento histórico esperado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Vacinação contra febre aftosa no RS é discutida na Assembleia
 
 
Audiência Pública da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo
(Créditos: Marcos Eifler | Agência ALRS)

A necessidade da vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul foi discutida em audiência pública nesta segunda-feira (17/08) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O encontro contou com a participação de entidades e órgão públicos ligados à área. A questão é importante porque o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação permitiria o acesso da carne do RS a mercados hoje restritos. O status é entendido pela maioria dos participantes como uma meta a ser atingida. Atualmente, o Rio Grande do Sul é livre da doença com vacinação. Vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Sérgio Turra (PP), coordenou a audiência. 

Segundo o chefe do serviço de saúde animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado, Bernardo Todeschini, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que reconhece o status sanitário, exige um enfoque técnico-científico nesta decisão. "O primeiro passo será verificar quais as condições necessárias para o avanço de status. Cada item levantado será checado de maneira quantitativa e, a partir disso, monta-se um futuro plano de ação" explicou. 

No Rio Grande do Sul, o último foco da doença foi registrado em 2001 e, desde o ano seguinte, não há circulação do vírus no território gaúcho. No Brasil, somente Santa Catarina tem a condição de livre de febre aftosa sem vacinação.

Para se enquadrar às normas exigidas pela OIE é preciso cumprir requisitos técnicos que vão da análise do sistema de vigilância sanitária, passando pelo controle eficiente até o volume de recursos necessários para cobrir esses gastos. "No momento em que se para de vacinar, por exemplo, a responsabilidade será toda do governo. Sem um grande consenso, não teremos condições de avançar. O estado, a União e os produtores rurais estão fazendo a sua parte, mas questões como imunização e eficiência vacinal fazem parte de um processo necessário e longo", advertiu o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado (Seapa), Ernani Polo, que participou do encontro.

Para o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, é preciso cautela para garantir segurança com a suspensão da vacinação. O presidente da o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Jorge Camardelli, disse que a decisão deve ser fruto de um consenso, mas que para atingir alguns mercados internacionais, o RS deverá avançar no status sanitário. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Fonte: Com informações da Assembleia Legislativa do RS)

Preço de Referência Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em agosto de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

(**) O "Valor de referência Leite PADRÃO" refere-se a um leite que tem 3,5% de gordura; 3,1% de proteina; 400 mil uc/ml de células somáticas e 300 mil uc/mil contagem bacteriana.
Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de agosto é de R$ 1,7681/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)
 
GDT: Após 10 quedas seguidas, preços internacionais reagem
O resultado do leilão GDT desta terça-feira (18/08) apresentou alta de 14,8% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$1.974/tonelada. É a primeira alta nos índices depois de dez quedas seguidas que ocorreram nos preços médios dos lácteos no leilão GDT.

O leite em pó integral apresentou forte alta de 19,1%, sendo comercializado a US$ 1.856/tonelada, voltando aos valores da segunda quinzena de julho.

O leite em pó desnatado também apresentou uma melhora em seus preços (8,5%), atingindo o preço de US$ 1.521/tonelada. 

O preço do queijo cheddar também subiu, com de 4,40% sobre o último leilão, fechando a um preço médio de US$ 2.778/tonelada.

Gráfico 1 - Histórico de preços do leilão gDT.

Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

Na comparação dos preços do Leilão GDT com os levantamentos realizados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o leite em pó integral (WMP) apresenta valores bem semelhantes para os valores praticados na Oceania. Já o produto originário da Europa apresenta um sobrepreço de 27% sobre os preços praticados na Oceania.

Gráfico 2 - Comparação preços de leite em pó integral GDT x USDA (Oceania e Europa)

Fontes: Global Dairy Trade e USDA; Elaboração: MilkPoint Inteligência.

Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também apresentaram significativa melhora, com o contrato de fevereiro de 2016 apontando para um valor próximo dos US$ 2000/ton. No final do ano, os contratos indicam persistência de um cenário de preços abaixo de US$2.000/ton, mas com valores um pouco melhores dos anteriormente projetados, que não chegavam a US$1.600/ton. (A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

Tabela 1- Preços de leite em pó integral para entregas futuras

Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

 
Aliança Láctea Sul Brasileira se reúne nesta quarta-feira em Florianópolis
Lideranças do agronegócio de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul estarão reunidos nesta quarta-feira, 19, em Florianópolis, para tratar das ações de melhoria na qualidade do leite produzido nos três estados. O encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira acontecerá às 10h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). A reunião irá envolver os secretários da Agricultura, os serviços de assistência técnica e de defesa sanitária, além de representantes das agroindústrias dos três estados. Na pauta, estão as ações que irão resultar em melhorias na qualidade do leite, desde a propriedade rural até o processamento industrial. (Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de SC)
 
 

 

    

 


 

Porto Alegre, 17 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.086

 

   Primeiro robô de ordenha começa a funcionar no Estado

Um robô com capacidade de identificar e ordenhar vacas começou a funcionar nesta sexta-feira (14/08) numa propriedade leiteira no município de Paraí, no Interior do Rio Grande do Sul. Esse é o primeiro equipamento a entrar em operação no Estado. Sozinho, ele tem capacidade de identificar o animal, por meio da leitura de um sensor, destinar a quantidade de ração ideal, fazer a higienização e, posteriormente, a ordenha. E mais do que isso. Durante o processo de retirada do leite, o robô consegue identificar a qualidade do leite, separando aquele que não seja adequado.
 


A aquisição foi feita pelo proprietário Pedro Nólio, associado da cooperativa Santa Clara. Além da automatização, outra vantagem é que o equipamento funciona 24 horas. O valor total do investimento foi de R$ 1 milhão, que envolve o equipamento (importado da Holanda) e as adequações na propriedade. A capacidade é de retirada de 2 mil litros de leite por dia, similar à produção atual.

Segundo o presidente do Sindilat e da Santa Clara, Alexandre Guerra, o equipamento é um passo a mais na busca pela excelência do leite produzido no Estado. Isso porque há maiores garantias da qualidade e um cuidado mais detalhado do animal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Comércio Global de Lácteos começou a diminuir em 2014

As aquisições por parte dos grandes compradores começaram a cair, após cinco anos de crescimento sustentável.

Enquanto os mercados globais de lácteos caem ao mínimo em muitos anos neste verão, o abrandamento do crescimento da demanda global podia ser rastreado desde o ano passado.

As importações de leite em pó, queijo, manteiga e soro de leite de oito dos principais compradores de lácteos - que representam um pouco mais da metade do total mundial do comércio - totalizou 4,62 milhões de toneladas no ano passado, uma fração do anterior. A performance veio quando o grupo formado por - China, Sudeste asiático, Argélia, México, Japão, Rússia, Estados Unidos e Venezuela - cresceram 8% ao ano, nos últimos cinco anos, conforme dados do Global Trade Atlas.

As importações da China - perto de 1,5 milhões de toneladas no último ano - foram 6% superiores às de 2013, com enorme crescimento no primeiro semestre do ano, seguidas de forte declínio no segundo. Com uma cesta de produtos, a China foi responsável por 17% de todo comércio mundial, incluindo mais de um quarto do comércio de leite em pó integral e do soro de leite.


 
O Sudeste Asiático (Indonésia, Filipinas, Malásia, Tailândia e Cingapura) importaram 1,2 milhões de toneladas, 3% mais que no ano anterior. Malásia e Tailândia tiveram crescimento de dois dígitos, enquanto a Indonésia e Filipinas reduziam as compras. Estes cinco países importaram cerca de um quarto do leite em pó desnatado comercializado.

A Argélia importou 422.000 toneladas, 38% mais que em 2013. A maior parte das importações foram de leite em pó, ficando a Argélia com a compra de 16% de todo o leite em pó comercializado no mercado mundial.

O México importou 400.000 toneladas - queda de 2% - foi responsável por aproximadamente 10% do leite em pó desnatado negociado no mercado mundial, e foi o quarto maior importador mundial de queijo e o terceiro maior importador de produtos de soro de leite.

O Japão importou 343.000 toneladas, 4% mais que no ano anterior. O Japão é o maior importador mundial de queijos, responsável por mais de 10% do comércio mundial.

Excluindo as compras efetuadas dentro da parceria com a Bielorrússia, as importações feitas pela Rússia perderam 37% e ficaram em 311.000 toneladas. As importações caíram nos últimos cinco meses do ano, depois do embargo aos produtos lácteos procedentes da Europa. A Rússia fora o maior importador mundial de manteiga e o segundo maior importador de queijo no ano anterior, respondendo por 8 e 10% do comércio mundial de cada um dos produtos.

Os Estados Unidos importaram 238.000 toneladas, quase a mesma quantidade que no ano anterior. Desta cesta de produtos, as importações dos Estados Unidos são predominantemente de queijo, sendo o terceiro maior importador mundial.

A Venezuela importou pouco menos de 189.000 toneladas, queda de 15% em relação ao ano anterior. A Venezuela compra principalmente, leite em pó integral. (Usdec/Tradução Livre: Terra Viva)

 
Fenômeno El Niño de 2015 deve ser um dos mais fortes da história 
 
Especialistas alertam que o fenômeno climático El Niño atualmente em curso pode ser um dos mais fortes da história. Segundo climatologistas, este já é o segundo mais potente registrado para esta época do ano. 
 
Caracterizado por um aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na região tropical, o El Niño pode afetar o clima regional e global. Os principais efeitos são mudanças dos padrões de vento, com reflexos sobretudo sobre os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. Devido à sua provável potência, o El Niño atual foi informalmente batizado de Bruce Lee, célebre ator de filmes de artes marciais, pelo blog da Noaa (agência de atmosférica e de oceanos do governo dos EUA). Segundo a agência, as temperaturas médias da superfície do mar em uma zona chave do Pacífico equatorial "poderiam alcançar ou superar os 2 graus Celsius acima do normal, o que só foi registrado três vezes nos últimos 65 anos". 
 
Extremos
 
Um El Niño mais intenso significa boas notícias para algumas áreas do planeta, mas perspectivas de catástrofes climáticas para várias outras regiões. O fenômeno costuma tornar a temporada de furacões do Atlântico menos intensa. Já os ciclones registrados no Pacífico costumam ficar bem mais fortes do que o habitualmente registrado. Cinco anos atrás, no último El Niño, houve uma série de eventos extremos, com destaque para secas anormais na Austrália, Filipinas e Equador, ondas de calor no Brasil e várias inundações no México. O fenômeno tem influência direta sobre a circulação atmosférica e, no caso do Brasil, pode provocar mais chuvas no Sul e secas ainda mais extremas no Nordeste. No Sudeste, a tendência é que haja uma elevação nas temperaturas. Até agora, o El Niño mais forte já registrado ocorreu em 1997 e 1998. Mas, ao contrário do deste ano, ele começou fraco e terminou intenso. (Folha de SP)
 
Aliança pede vaga na Câmara
A Languiru, de Westfália, e o Pool de Leite da intercooperação ABC apresentarão seus sistemas de pagamento por qualidade durante reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, quarta-feira, em Florianópolis. A importância do cumprimento das exigências previstas na Instrução Normativa (IN) 62 também será abordada. "Nem todos os produtores cumprem e nem todas as indústrias exigem", reconhece o coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira, Ronei Volpi, que também é criador de gado de leite e presidente do Conseleite Paraná. O coordenador da Câmara Setorial do Leite no Rio Grande do Sul, Danilo Cavalcanti, destaca que o Estado, segundo maior produtor de leite do país, com 11,5 milhões de litros por dia, não tem representação na Câmara Setorial Nacional do Leite. Por isso, durante o encontro em Florianópolis, será elaborada solicitação de cadeira para a Aliança Láctea Sul Brasileira. (Correio do Povo)
 
 
 

 

    

 

 

Porto Alegre, 14 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.085

 

   Governo pede urgência, e Sindilat reage contra o PL 214 

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) iniciou nesta semana uma forte mobilização junto aos deputados estaduais contra o Projeto de Lei 214, que teve pedido de urgência encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa. A proposta ingressou na Comissão de Constituição e Justiça na quarta-feira (12/8) e passará a trancar a pauta. Pelo regramento, os deputados têm até o dia 8 de setembro para votarem a matéria em plenário.

O PL 214 reduz em 30% os créditos presumidos concedidos pelo governo gaúcho às indústrias, prejudicando a isonomia das empresas gaúchas perante aos outros estados da federação. Na prática, para o Sindilat, isso significará perda de competitividade e desestímulo à economia gaúcha, uma vez que a ação motivará a desistência de muitos produtores da atividade leiteira e a desaceleração da indústria em investimentos no Estado do RS.

Preocupado, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, esteve reunido com parlamentares para articular reação à medida, que julga danosa a todo o agronegócio e, inclusive, à economia dos municípios gaúchos. Comitiva do Sindilat esteve com os deputados Elton Weber (PSB), Jorge Pozzobom (PSDB) e Gabriel Souza (PMDB). "Essa mudança pega o setor lácteo em um momento delicadíssimo, quando o aumento das importações e a diminuição das exportações vêm esmagando a rentabilidade da atividade. Se aprovado, o PL 214 afetará mais de 100 mil famílias, que estão distribuídas em 95% dos municípios gaúchos, ligadas à produção do leite", pontua, lembrando que a perda de competitividade, sem dúvida, acarretará em redução de mais de três centavos do valor pago pelo litro do leite.

Para o deputado Elton Weber (PSB) é preciso uma avaliação criteriosa do impacto do PL 214 sobre a renda do agricultor. Weber justifica que um eventual repasse da elevação de tributo ao preço seria muito prejudicial num ano em que já houve forte aumento de custos no campo, ao redor de 15%. "Nós já tivemos elevação dos custos produtivos e o aumento de impostos consequentemente deverá ser repassado ao preço pago ao produtor, afetando novamente a sua renda."

Para agravar ainda mais a situação, o governo estadual ainda publicou o decreto 52.392, em junho deste ano, que determina que, a partir de 1º de janeiro de 2016, passará a tributar os insumos, medicamentos e equipamentos utilizados no agronegócio, o que irá aumentar ainda mais o custo do produtor. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, se entrar em vigor, essa medida fará com que todos os insumos e equipamentos utilizados na produção láctea fiquem mais caros. "As propostas poderão fazer com que o produtor desista e busque outros estados. Isso mostra que o governo do Estado não está aberto ao diálogo com o setor produtivo.", comentou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

    

Expofeira promove negócios em Santo Augusto
 
Segue até o domingo (16/08) a 18ª edição da Expofeira, no município de Santo Augusto, na região do Celeiro, no interior gaúcho. Realizada no Parque de Exposição do Sindicato Rural, a Expofeira é uma grande oportunidade de negócios e aperfeiçoamento. Isso porque os visitantes poderão participar de exposição de gado leiteiro e de palestras, além de conhecer as novidades ligadas ao maquinário. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) é um dos parceiros da Expofeira. 

Segundo o coordenador da Feira, Jorge Rodrigues, neste ano, deverão circular mais de 20 mil pessoas pelo parque de exposição ao longo dos quatro dias de programação, que teve início na quinta-feira (13/8). "No final de semana, acreditamos que será o auge da Expofeira porque atrairá muitas pessoas de outros municípios", explicou Rodrigues, que também é diretor financeiro da Farsul. Paralelamente à 18ª Expofeira, ocorre o 8º Canto Nativo, que terá entre as atrações, shows e apresentações artísticas.

Apesar de a situação econômica do país ser delicada, Rodrigues ressalta que esse é o momento ideal para o setor leiteiro mostrar criatividade e ousadia. "É na crise que temos a oportunidade de sobressair, além de podermos mostrar toda a pujança da produção regional", ressaltou. Uma demonstração é o concurso de pista, previsto para este sábado (15/8), quando haverá a apresentação dos animais. Nesta sexta-feira (14/8), o destaque da programação foi o concurso leiteiro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Ampliação do Programa Segurança Alimentar é abordada em reunião

A ampliação do Programa Segurança Alimentar com a participação de municípios gaúchos e de outros estados brasileiros foi o principal tema de uma reunião com Promotores e representantes de entidades de classe ligadas à produção de leite, avicultura, suinocultura e bovinocultura. 

Na oportunidade, foram discutidos entre os participantes a expansão do Programa Segurança Alimentar para municípios e outros estados, tendo em vista a renovação do termo de cooperação, com o aditamento e inclusão de novos órgãos participantes (Ministério Público Federal e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). 

A Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor, Caroline Vaz, presidiu os trabalhos e apresentou a campanha de comunicação vinculada aos objetivos do Programa Segurança Alimentar RS. "O objetivo é buscar a conscientização para que o consumidor se certifique a respeito de itens como a composição dos produtos, validade e origem", explicou. 

Também participaram do encontro o Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Luciano Vaccaro; e os Promotores da Promotoria de Defesa do Consumidor da Capital Rossano Biazus e Gustavo Munhoz. Foi abordado na ocasião a diferença de critérios para a análise técnica de produtos; bem como a falta de fiscalização com pequenos produtores. 

Ainda integraram a reunião representantes Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa); Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen); Sindicato Indústria Laticínios e Produtos Derivados no Estado do RS (Sindilat); Sindicato das Indústrias de Carnes e Produtos Suínos; entre outras entidades. (Ministério Público RS)

Perspectivas do mercado lácteo - Oceania

O grande volume nos estoques fez os preços caírem. Agricultores da Austrália observam para cortarem os custos uma vez que as projeções indicam manutenção do cenário atual até o segundo quadrimestre de 2016. A produção está ligeiramente acima da do ano passado. O tempo frio no Nova Zelândia diminuiu a produção, mas, ela começa a subir lentamente. Algumas indústrias procuram aumentar as exportações e surgem alguns compradores para os estoques. A colheita de culturas na Austrália deve ser estável. De acordo com relatórios da Dairy Australia a produção de leite de julho/14-junho/15 foi 2,6% acima da temporada anterior. (Usda - United States Departament of Agriculture/Tradução Livre: Terra Viva)



Perspectivas do mercado lácteo - Europa

O calor é o fator para o declínio da produção de leite em regiões centrais da Europa. Em outras partes da Europa Ocidental, a seca afeta a agricultura. Mesmo com a falta de condições climáticas, e o declínio mensal da produção, o volume continua acima de um ano atrás. De acordo com a Eurostat, a captação de leite na UE-28, de janeiro a maio ficou 0,7% acima dos volumes captados no mesmo período de 2014. Alguns países membros selecionados tiveram o seguinte desempenho: Alemanha (-0,1%); França (-1,5%); Reino Unido (+0,8%); Bélgica (-1,3%); Itália (-0,7%); e Irlanda (+5,6%).

No Leste Europeu a onda de calor que atingiu parte da Europa está se dissipando e a produção de leite começa a voltar aos níveis sazonais normais. De acordo com a Eurostat a captação de leite na Polônia, de janeiro a maio teve aumento de 1,4%, quando comparada com o mesmo período do ano passado. As commodities lácteas, em maio de 2015, na Polônia apresentaram as seguintes variações de preço, quando comparadas com o mesmo mês de 2014: manteiga 9+2,7%); leite em pó desnatado (-9,3%); e leite em pó integral (-9,6%), conforme dados da Eurostat. (Usda - United States Departament of Agriculture/Tradução Livre: Terra Viva)



O preço do leite subiu 9,1% desde fevereiro, mas ainda assim está 2,5% abaixo do registrado em igual período do ano passado

A cotação de leite subiu 1,6% no pagamento referente a julho em relação à produção entregue em junho. Segundo informações da Scot Consultoria o produtor recebeu, em média, R$0,965 por litro. O preço do leite subiu 9,1% desde fevereiro, mas ainda assim está 2,5% abaixo do registrado em igual período do ano passado. O tom do mercado em curto prazo é de estabilidade nos preços aos produtores, mas não estão descartados ligeiros aumentos em agosto. Para o pagamento de agosto (produção de julho), 27,0% dos laticínios pesquisados acreditam em alta de preços, 59,0% em manutenção e os 14,0% restantes falam em queda nas cotações. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a maior parte dos laticínios estima estabilidade dos preços ao produtor em agosto. No mercado spot (mercado físico) os preços do leite caíram na segunda quinzena de julho e começo de agosto, assim como as cotações do leite longa vida no atacado. (Scot Consultoria/Canal Rural)
 
Robô
A Cooperativa Santa Clara e a família do associado Pedro Nólio inaugurarão o primeiro robô em propriedade leiteira do Rio Grande do Sul, sexta-feira, às 13h30min, em Capela Nossa Senhora da Salete - Paraí. (Jornal do Comércio)
 
 

 

    

         

 

Porto Alegre, 13 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.084

 

   Indicadores de preços do leite e custos de produção do IFCN
 
Dados do IFCN - International Farm Comparison Network

O Índice IFCN do preço do leite no mês de julho ficou em US$ 23,2/100 kg, nível só verificando em 2009, e menos da metade do valor obtido em fevereiro de 2014, US$ 56,00/100kg, quando as commodities lácteas obtiveram cotações recordes.

O preço dos insumos para ração, por outro lado, fechou com aumento, US$ 24,40/100 kg. Embora tenha variado dentro da faixa de valor verificada nos últimos doze meses, mostra tendência de alta.

E por apresentaram movimentos opostos, a relação entre os Índices IFCN do preço do leite/custo da ração, no mês de julho, ficou abaixo de 1, indicando, que a produção do leite entrou no vermelho. Isso ocorreu entre janeiro de julho de 2009, e retornou por três meses entre julho e setembro de 2012.

Levando em consideração que as projeções para recuperação das cotações das commodities lácteas só deverá ocorrer no início do ano que vem, e que os preços do farelo de soja e do milho encontram-se em níveis, historicamente baixos, e que devem oscilar nessa faixa de preço até o final de 2015, é de se esperar, que os produtores de leite estarão trabalhando no vermelho nesse segundo semestre.

A consequência a médio prazo, dessa volatilidade extrema, onde a atividade deixa de ser remunerada, será a queda na produção. Não deverá ocorrer em todas as regiões, simultaneamente, mas ela já está desestabilizando o setor lácteo da Nova Zelândia, e outros países que produzem para exportação, como Uruguai e Argentina.


 
O Índice IFCN dos preços do leite, é uma combinação dos preços médios de uma cesta de commodities lácteas negociadas no mercado mundial.

O indicador de preços do IFCN sinaliza o nível de preços do mercado mundial do leite. Representa o quanto uma indústria poderia, teoricamente, remunerar seus produtores, se seus produtos forem vendidos no mercado nas cotações vigentes no período. Existe uma ampla faixa entre o indicador IFCN e indicadores de preços mundiais elaborados por analistas do setor lácteo, demonstrando o stress econômico da atividade, quando o principal produto é negociado no limite inferior do intervalo.

O indicador IFCN é elaborado da seguinte forma: 1 - Leite em pó desnatado & Manteiga (35%); 2 - Queijos e Soros de leite (45%); e 3 - Leite em pó integral (20%).

O Índice IFCN dos custos da alimentação representa o nível dos preços no mercado mundial de insumos para ração, farelo de soja e milho.

A relação entre o preço do leite e a cotação da ração, indica a lucratividade. De uma forma simplificada, mostra quantos quilos de ração o produtor pode comprar com a venda de um quilo de leite. Uma relação leite/ração maior que 1,5 é considerada favorável. Se o aumento da produção se dá via utilização de concentrados, e a razão continua subindo, o sistema é recomendável.

Por outro lado, se a razão for caindo em direção a 1, ou menos, o concentrado pode significar aumento do prejuízo. (Terraviva)
 
Indústria pede grupo para debater balança comercial do setor lácteo
 

(Foto: Carlos Silva/MAPA)

Reunidos com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, por mais de uma hora na tarde desta quarta-feira (12/8), representantes do setor lácteo cobraram políticas públicas que ajudem o setor a estabilizar o déficit da balança comercial. Durante o encontro, agendado pelo deputado federal Alceu Moreira, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) sugeriu a criação de um grupo de trabalho para debater as distorções de mercado que vêm reduzindo as exportações e elevando as importações de produtos lácteos. Durante o encontro, Kátia Abreu ainda anunciou a habilitação da planta da Dália Alimentos, de Arroio do Meio, para exportação para a Rússia.

"A ministra foi bastante receptiva aos pleitos e mostrou disposição em auxiliar o setor", pontuou o 1º vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ao sair do encontro, que contou com representantes nacional da cadeia produtiva. A intenção é que o governo federal possa adotar alguma ferramenta que equipare o preço dos produtos que ingressam no Brasil ao valor padrão auditados pelo Conseleite/RS. Um exemplo preocupante é o leite em pó. Enquanto o quilo do produto nacional apurado pelo Conselho é de R$ 11,10 o quilo, o similar importado chega ao mercado brasileiro por R$ 6,09, uma diferença de R$ 5,01 por quilo.

No entanto, a maior preocupação dos laticínios é fomentar as exportações. Para isso é preciso apoio do governo para que as empresas brasileiras tornem-se competitivas no mercado externo. Apenas no Rio Grande do Sul há mais de 105 mil famílias de produtores de leite (1,05 milhão no país).

Dados recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que o Brasil importou 51,65 milhões de quilos de leite em pó (integral e desnatado) nos primeiros sete meses de 2015, contra 27,47 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 88,02%, representando 24,18 milhões de quilos).

Já as exportações de leite em pó do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros sete meses de 2015, o país exportou 17,37 milhões de quilos, contra 23,33 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (queda de 25,55%, equivalendo a 5,96 milhões de quilos). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Produtores do Alto Jacuí discutem desafios do setor lácteo

Mais de 200 produtores, técnicos e autoridades da região do Alto Jacuí, no interior gaúcho, discutiram nesta quinta-feira (13/08) os desafios do setor lácteo no Rio Grande do Sul. No evento, que foi promovido pela Cooperativa Tritícola de Espumoso (Cotriel) e ocorreu no município de Campos Borges, o público acompanhou a apresentação do presidente do Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, sobre as perspectivas do segmento neste segundo semestre do ano no Estado.  

Guerra também demonstrou preocupação com o projeto de Lei do governo do Estado (PL 214), que irá impactar diretamente as indústrias e produtores gaúchos. Isso porque, se aprovado, representará redução de 30% nos créditos presumidos de ICMS. Na prática, avalia Guerra, a medida compromete a competitividade das empresas gaúchas, além de ser um desestímulo à produção. Em função do regime de urgência, a proposta deverá ser votada até o dia 8 de setembro na Assembleia Legislativa.

Durante sua palestra, Guerra ressaltou a importância do papel do produtor diante do atual contexto do setor, em especial, no que se refere à qualidade do leite e à prática de medidas e procedimentos que garantam competitividade no panorama internacional.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Desvalorização da moeda chinesa pode causar mais problemas ao mercado lácteo internacional

Nessa semana, o Banco Central chinês surpreendeu os mercados do mundo todo ao desvalorizar a moeda chinesa, o Yuan, em 3,5% frente ao dólar em apenas dois dias. A China pratica um regime de câmbio relativamente estável e tal movimento reflete uma perspectiva de mudança nos níveis de equilíbrio de preços de diversos produtos na economia mundial.

Enfraquecimento da Economia chinesa

O governo da China divulgou recentemente que as exportações de julho foram 8,3% menores que as do mesmo período em 2014. Além disso, vem tendo uma desaceleração nas suas taxas de crescimento do PIB: segundo dados do Banco Mundial, até 2014, a média anual de crescimento chinês foi de 9,8% ao ano, para 2015, as projeções giram em torno de 7%. Ainda é muito quando comparado ao resto da economia global, mas é uma retração expressiva nas taxas de crescimento. 

A atuação do BC chinês visa trazer maior competitividade à indústria local para aumentar as exportações. Com um Yuan desvalorizado, o custo dos produtos chineses fica mais barato. Por outro lado, os produtos importados ficam relativamente mais caros, o que deve afetar a demanda da China por diversas commodities. Apesar dessa mudança de 3,5% não ser tão expressiva, é preciso ver até onde vai tal movimento de desvalorização do Yuan e, também, como irão reagir os Bancos Centrais de diversos países.

Mercado lácteo também deve ser afetado

A partir da metade dos anos 2000, a China apresentou protagonismo no mercado de lácteos, tornando-se o maior importador de leite em pó do mundo. O gráfico abaixo apresenta o crescimento da importância chinesa no mercado internacional de leite em pó, com o país saltando de pouco mais de 15% das importações de leite em pó integral em 2007 para mais de 60% em 2014.

No entanto, a partir da metade de 2014, a demanda chinesa por lácteos vem desacelerando expressivamente, o que já gerou enormes quedas no mercado, com o leite em pó integral comercializado no leilão Global Dairy Trade caindo de mais de US$5.000/ton para US$1.580/ton no último leilão, realizado no início de agosto.

Gráfico 1 - Preços de leite em pó integral no Leilão GDT (US$/ton)

 

Com o movimento do BC Chinês, as importações podem continuar a retroceder, fazendo com que o movimento de queda nos preços internacionais de lácteos persista. (Equipe MilkPoint)

 
Leite: Menor demanda e aumento da oferta derruba os preços no mercado internacional
O mercado mundial de leite, vem enfrentando algumas questões que influenciam significativamente seus preços. Os destaques foram a diminuição das compras chinesas no fim do ano, devido aos altos estoques desse país, e a proibição da Rússia da entrada de produtos lácteos de países da União Europeia, EUA e Austrália.
Somado a isso teve-se um aumento da produção em tradicionais países produtores de leite, o que levaram a um excedente de produtos no mercado internacional e a um elevado volume disponível para exportação. Assim, segundo a FAO, os preços internacionais dos produtos lácteos devem permanecer em patamares historicamente baixos. Esse cenário também afeta o setor lácteo brasileiro e mato-grossense, com mais um agravante, que é a queda na demanda interna. Assim, um olhar mais atento para a produção dentro da porteira é essencial para os produtores conseguirem passar por este momento crítico da atividade. (Fonte: Imea)
 

 


 

Porto Alegre, 12 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.083

 

  Sindilat marca presença no 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite
 
Foi realizado nesta quarta-feira (12/8) o 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite, no município de Sertão, no Alto Uruguai. O evento serviu para divulgar as boas práticas de produção, as novidades em pesquisa, gestão e mercado, dando ênfase a estratégias criativas e sustentáveis. Ao lado de mais de 400 produtores rurais, que lotaram o auditório do Centro Cultural 5 de Novembro, o Sindilat também marcou presença no evento.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi um dos palestrantes e abordou a situação dos cenários nacional e internacional do comércio de leite, em especial do leite em pó. No encontro, ele também aproveitou para ressaltar a importância da profissionalização dos produtores, para que a indústria possa ter um produto de alta qualidade. "Para isso é preciso trabalharmos com a sanidade, os equipamentos (refrigeradores de expansão direta) e os sólidos (proteína e gordura). Associado a isso, ainda temos as boas práticas de produção", afirmou o presidente.

Como ampliar a produtividade, para tornar a produção mais competitiva e auxiliar na conquista de novos mercados, foi outro tópico discutido por Guerra. Nesta questão, ele manifestou preocupação diante das medidas capitaneadas pelo governo do Estado do RS (um projeto de lei e um decreto), que afetam seriamente a competitividade do setor. 

Na programação do evento, o público formado basicamente de produtores, técnicos e estudantes acompanhou, além das palestras técnicas, uma mostra de trabalhos científicos e ouviu experiências de sucesso no setor. Foram abordados temas como o manejo de silagem, a importância econômica da atividade leiteira e a influência do melhoramento genético, além da nutrição, conforto animal e reprodução na produção de leite.

O 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite é promovido pela Prefeitura de Sertão, Sindicato Rural, Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Acisas, entre outras entidades. Além disso, conta com o patrocínio da Cooperativa Santa Clara, Tortuga, Queijaria Schneider, Metalúrgica Guiana, Resolpec, Sicredi Estação e Produtécnica. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

 
Nova Zelândia quer intensificar parceria com o Brasil no agronegócio 

A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, e o enviado especial do governo da Nova Zelândia para Assuntos de Comércio em Agricultura, Mike Petersen, tiveram uma reunião para discutir potenciais parcerias na área agrícola entre o Brasil e aquele país. Entre os setores de interesses das duas economias, estão os lácteos, a carne, o vinho, a horticultura e a lã.

A autoridade neozelandesa convidou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu para visitar o país até o final deste ano, a fim de avançar na cooperação entre os dois países. 

Também presente na reunião, realizada nessa segunda-¬feira (10), a embaixadora da Nova Zelândia, Caroline Bilkey, fez um convite ao Ministério da Agricultura para acompanhá¬la em uma visita às fazendas brasileiras que aplicam técnicas neozelandesas na produção de lácteos. (MAPA)


Foto: Antônio Araújo/Mapa

Desafios da inspeção de produtos de origem animal é tema de oficina em Brasília

Os desafios da inspeção de produtos de origem animal. Este é um dos principais temas da oficina do grupo de trabalho que debate a reestruturação do Serviço de Inspeção Brasileiro de Produtos de Origem Animal (Sisbi/POA). 

O encontro, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), reúne representantes dos municípios, estados e da União. A oficina começou nesta terça (11) e vai até quinta--feira (13), na sede do IICA, em Brasília. Os participantes da oficina apontaram como principais desafios do setor a necessidade de adequar a frequência da fiscalização em estabelecimentos sob regime de inspeção periódica, de redistribuir os servidores e de atualizar as técnicas de inspeção. Eles defendem ainda a fiscalização com base em processos, com estimativa de risco; o apoio laboratorial; o controle de resíduos químicos; e mecanismos de autofinanciamento para a geração de recursos decorrentes de fiscalização dos produtos. 

O papel da empresa e o papel da fiscalização também foi debatido. O coordenador ¬geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa), Rafael Olivieri Filipputti, fez palestra sobre a história e o contexto atual do Serviço de Inspeção Federal (SIF). "A grande capacidade de retirar os produtos de origem animal que são impróprios ao consumo humano da cadeia produtiva é um dos principais pontos positivos do nosso sistema", destacou. Exemplo disso, acrescentou, ocorreu em 2014, quando mais de 47 mil carcaças bovinas com tuberculose caseosa ou cisticercose viva foram apreendidas pelo SIF. A garantia da saúde pública, tanto dos produtos consumidos no Brasil quanto dos exportados, também foi um dos temas abordados por Filipputti. 

"O foco é não criar duas classes de consumidor. Somos uma referência de fonte de informação para adequar as ações de implementação de políticas públicas de defesa sanitária animal e de rastreabilidade", ressaltou. O representante do IICA no Brasil, Manuel Otero, também participou da oficina. "Queremos ser cada vez mais parceiros de vocês", disse. A oficina prossegue nesta quarta (12) e quinta (13). 

Observatório do mercado de lácteos da UE: situação do mercado de lácteos

A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou em 2,7% em maio de 2015, comparado com o mesmo mês do ano anterior. As entregas totais de leite nos primeiros cinco meses de 2015 foram 0,2% maiores do que no mesmo período de 2014. No mesmo período de 5 meses, houve 2,5% mais leite em pó desnatado, +1,7% leite concentrado, +0,5% manteiga e creme e +0,2% queijos. Por outro lado, a produção contraiu para leite em pó integral (-13,4%), leite fluido (-2,7%) e leite fermentado (-2,6%).

A média ponderada do preço do leite ao produtor na UE caiu em maio em 2,5%, para 30,5 centavos de euro (33,17 centavos de dólar) por quilo, que é 19% a menos do que em maio de 2014 e 7% a menos do que a média dos últimos cinco anos. De acordo com estimativas dos Estados Membros, o preço médio do leite em junho de 2015 caiu em 0,4%, para 30,4 centavos de euro (33,06 centavos de dólar) por quilo.

Os preços do leite no mercado spot se recuperaram um pouco nas últimas semanas. Na Itália, o preço do leite no mercado spot aumentou entre as semanas 25 e 31 em 10% - de 33,5 centavos de euro (36,43 centavos de dólar) por quilo para 36,8 centavos de euro (40,02 centavos de dólar) por quilo - e está agora 7% menor do que no ano passado. Na Holanda, o preço do leite no mercado spot flutuou entre as semanas 24 e 30, resultando em um aumento de 2,3% - de - de 22 centavos de euro (23,92 centavos de dólar) por quilo para 22,5 centavos de euro (24,47 centavos de dólar) por quilo - significando uma redução de 43% comparado com o nível do ano anterior.

Os preços médios dos produtos lácteos na UE declinaram de maneira geral em junho, com a única exceção sendo o queijo emmental, que permaneceu estável. O soro de leite em pó registrou a maior queda (-14%), seguido por manteiga e leite em pó integral (-5%), leite em pó desnatado (-4%), queijo edam (-3%), cheddar e gouda (-2%).

No mercado mundial, os preços expressos em dólar dos Estados Unidos geralmente caíram nos últimos 15 dias de julho, exceto os preços de manteiga e cheddar, que ainda se beneficiam de uma forte demanda doméstica. As quedas nos preços foram particularmente fortes para o leite em pó. As quedas de preços na UE variaram de -2% para cheddar a -6% para leite em pó integral. Na Oceania, a queda mais forte ocorreu para o leite em pó integral (-12%) e leite em pó desnatado (-11%). A Oceania é a região mais competitiva para manteiga, leite em pó integral e cheddar e os Estados Unidos para leite em pó desnatado (apesar de essas três regiões serem muito próximas umas das outras para esse produto).

As exportações da UE nos primeiros cinco meses de 2015 melhoraram para leite em pó desnatado, manteiga/óleo de manteiga, leite condensado e soro de leite em pó. Dados negativos foram observados para leite em pó integral e queijo.

A UE aumentou as exportações de queijos para todos os destinos menos a Rússia. Até maio de 2015, os Estados Unidos foram de longe o maior mercado de exportações de queijos da UE, com 22% de aumento comparado com o ano anterior, seguidos por Japão (+58%). Suíça, Coreia do Sul e Arábia Saudita acompanharam esses dois países no ranking dos principais destinos para as exportações de queijos da UE. Arábia Saudita, Egito e Estados Unidos ainda foram os principais destinos para manteiga da UE no período de janeiro a maio, mostrando um aumento notável nos três casos comparado com o ano anterior. Argélia liderou o ranking das exportações de leite em pó desnatado da UE, apesar de, comparado com 2014, os volumes terem caído em 29%. O Egito foi o segundo maior mercado para leite em pó desnatado da UE nos primeiros cinco meses do ano (com um aumento de 69% com relação ao ano anterior). Com relação ao leite em pó integral da UE, os destinos de exportação continuaram muito similares aos do ano anterior, com Omã na primeira posição (+29% em maio), seguido por Argélia e Nigéria.

A Nova Zelândia aumentou suas exportações nos primeiros cinco meses de 2015 em 28% para leite em pó desnatado e 22% para queijos, enquanto os volumes de manteiga e leite em pó integral caíram em 11% e 7%, respectivamente. A alta demanda doméstica e os preços mantiveram baixas as exportações dos Estados Unidos de lácteos em 2015. Queijos e leite em pó desnatado - principais commodities exportadas nos Estados Unidos - caíram em 10% e 1%, respectivamente. Manteiga e leite em pó integral caíram em uma maior porcentagem (-73% e -25%), mas os volumes foram muito menores.

No lado da demanda, a China ainda é o principal importador mundial de lácteos (em equivalente em leite), apesar da redução observada para a maioria dos produtos nesse ano (janeiro-maio), que variou entre -54% para leite em pó integral até -4% para soro de leite. Estados Unidos, México e Egito mostraram fortes aumentos nas importações de manteiga (+228%, +99% e +60%, respectivamente). Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e México lideraram o ranking de importadores de queijos em 2015, com maiores volumes comparado com o ano anterior, enquanto a Rússia reduziu suas importações em 62%.

A produção de leite da Nova Zelândia aumentou em 11% em maio de 2015, comparado com o mesmo mês de 2014. Na estação completa de 2014-15 (junho de 2014 a maio de 2015), a produção de leite foi 2,8% maior do que os níveis de 2013-14. Os preços do leite caíram em maio de 2015 em 5,9%, significando uma redução de 42% em um ano.

A produção de leite na Austrália em maio de 2015 aumentou em 1,2% comparado com maio de 2014. Nos primeiros 11 meses de 2014-15 (julho de 2014 a junho de 2015), a produção de leite aumentou em 2,8%.

A produção de leite nos Estados Unidos aumentou em 0,7% em junho de 2015, significando um aumento acumulado de 1,6% no ano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou levemente sua projeção de oferta de leite em 2015, mas continua próximo de +1,35%. (Os dados são do Milk Market Observatory, traduzidos pela Equipe MilkPoint)

Diretor da Fonterra sugere mudanças drásticas no gDT

O Diretor Executivo da Fonterra, Theo Spierings, sugere que mudanças drásticas podem ser necessárias no globalDairyTrade (gDT) para dar suporte aos preços, que caíram abaixo de níveis sustentáveis.

Spierings comentou logo depois de outro colapso nos preços do gDT na última semana, quando bateram novos recordes de baixa na plataforma, convocando produtores e os políticos opositores para que o comércio no gDT seja suspenso temporariamente, ou então que a Fonterra retire a oferta de seus produtos.

Theo Spierings disse em entrevista a Lisa Owen que os preços baixos no globalDairyTrade ficaram "abaixo de um equilíbrio" e "decididamente não são sustentáveis".

Ele chegou a sugerir que a Fonterra deva considerar mudanças significativas no globalDairyTrade, lembrando que os valores eram inferiores aos preços de intervenção estabelecidos na Europa.

"Precisamos enxergar o momento dramático do globalDairyTrade, porque na Europa os governos estabeleceram um mínimo, que nós não temos isso. Assim precisamos encontrar solução quando a situação chega a esse ponto", disse.

Alguns agricultores, incluindo o Presidente da Federação dos Agricultores de Wiakato, Chris Lewis, pediram a Fonterra para suspender temporariamente do gDT, ou pelo menos suspender a participação da Fonterra, nele.

"É uma loucura, desprovido de qualquer sentido, manter o gDT operando nesse momento". Lewis lembrou que já existe um precedente, pois suspendemos o mercado da China, recentemente.

"Quem deveria ou poderia vender para sempre a matéria-prima de seus fornecedores ao preço menor que o custo de produção? A Fonterra em sua plataforma gDT está dizendo ao mundo que vende o leite de seus associados pela metade do custo de produção", disse.

O principal líder da Nova Zelândia, Winston Peters, também pediu a suspensão do globalDairyTrade e que o Governo abra linha de crédito para os agricultores. (interest.co.nz/Tradução Livre: Terra Viva)

 

Caravana busca alternativas
Comitiva gaúcha do setor leiteiro reúne-se hoje com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em Brasília. No encontro, serão discutidas alternativas para proteger o setor leiteiro nacional, que enfrenta dificuldades de inserção no mercado externo e forte concorrência devido ao aumento da importação. Segundo dados da Secex, as exportações de leite em pó caíram 25,5% nos 7 primeiros meses de 2015 na comparação com 2014 e as importações do produto aumentaram 87,5%. "Precisamos de um esforço maior do governo federal para contribuir no reequilíbrio do setor lácteo", diz Alexandre Guerra, presidente do Sindilat. A entidade integra a comitiva. (Correio do Povo)
 
 

 

    


 

Porto Alegre, 11 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.082

 

  FEPALE pede apoio aos governos da América Latina diante da situação de mercado

 
"Dada a situação crítica do setor lácteo na América Latina e no mundo, o Conselho Executivo da Federação Panamericana do Leite, reunidos em Montevidéu, Uruguai, na última sexta-feira (07/08), representando a FEPALE, se sente na obrigação de alertar os governos americanos sobre o enorme prejuízo e os danos irreparáveis que esta situação, sem precedentes na história do setor lácteo, está causando.
A queda, nunca antes vista, dos preços do leite internacionais, a contração da demanda por produtos lácteos nos mercados internacionais estratégicos e os baixos preços que os agricultores recebem hoje, prevê-se uma crise iminente no setor.
O setor de lácteos na América Latina não é apenas um fator-chave na geração de valor econômico para todos os países, mas também, e mais importante, é um pilar essencial das nossas sociedades, onde o produtor, a sua família e os trabalhadores, situados no campo, continuam a ser o núcleo, a própria essência da segurança alimentar, a nossa cultura e os nossos valores.
Tudo isto está em risco.
A cadeia de lácteos como um todo precisa de um apoio excepcional e urgente durante este ciclo negativo - para enfrentar tal cenário imprevisível.
Pedimos a nossos governos que implementem, urgentemente, medidas que reduzam a carga dos custos de produção em toda a cadeia, complementados com ações que também contribuam para melhorar o faturamento do setor.
É necessário o apoio do Estado para garantir a sustentabilidade e manter em vigor uma atividade distinta e fundamental na vida da América. 
Ainda há tempo." (O texto é da FEPALE, traduzido pela Equipe MilkPoint)
 

 
SP se antecipa e estabelece logística reversa obrigatória 
Empresas instaladas no Estado de São Paulo que produzem artigos com impacto ambiental e à saúde pública serão obrigadas a implementar e operacionalizar sistemas de logística reversa. Ainda sem regulamentação, a determinação entrou em vigor no fim de junho e tem o objetivo de estabelecer a responsabilidade pós¬ consumo das companhias na medida em que exige coleta, destinação final ou tratamento adequado para resíduos e embalagens que representam riscos ambientais. 
A medida atinge 13 setores que representam 10 mil empresas aproximadamente, segundo estimativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Encarregada de fiscalizar o cumprimento das metas de logística reversa, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) publicará diretrizes e prazos para adaptação neste segundo semestre. O atendimento das regras permitirá a renovação de licenças de operação, inclusive, de empresas que pretendem participar de licitações do governo para compra de produtos que constam da resolução, como lâmpadas e equipamentos eletroeletrônicos.
A lista de produtos ainda inclui óleo lubrificante usado, óleo comestível, filtro de óleo lubrificante automotivo, pilhas e baterias, incluindo as automotivas, pneus inservíveis e medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além de embalagens de agrotóxicos, alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, artigos de limpeza e outros que compõem a fração seca dos resíduos sólidos urbanos. "O fabricante pensava antes em fazer o produto e entregar ao consumidor e pronto. Agora, terá que pensar na destinação ambientalmente adequada", afirmou a secretária estadual de Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. A iniciativa do governo estadual procura se adequar ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionado em agosto de 2010, mas que ainda não foi regulamentado. Com o objetivo de reduzir os resíduos, a lei determina a extinção dos lixões e a implementação de reciclagem, reuso, compostagem, tratamento e coleta seletiva nos municípios. Também prevê a implantação de aterros sanitários que receberão apenas dejetos que, em última instância, não serão reaproveitados. 
O plano deveria ter entrado em vigor em agosto do ano passado. Tem esbarrado, contudo, na falta de regulamentação federal e nas dificuldades de adaptação dos municípios, segundo a secretária. Diante deste cenário, o Senado aprovou no início de julho projeto que prorroga, de forma escalonada, o prazo para cumprir as metas do PNRS. Capitais e municípios de regiões metropolitanas terão até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões, enquanto cidades de fronteira e com mais de 100 mil habitantes terão até 31 de julho de 2019. Já municípios com 50 mil a 100 habitantes devem cumprir as regras até 31 de julho de 2020 e os com menos de 50 mil pessoas terão até 31 de julho 2021. 
São Paulo, de acordo com Patrícia, é o primeiro Estado a cumprir a meta, uma vez que já eliminou os lixões, embora ainda existam aterros sanitários mal operados, classificados como "inadequados". A secretaria disse que a resolução, embora acarrete aumento de custos em um primeiro momento, pode representar uma oportunidade às empresas interessadas em gerar um novo negócio dentro da cadeia produtiva, mesmo em um cenário de crise econômica e retração dos investimentos. "O fabricante pode unir esse esforço na produção para criar um novo negócio que leve em conta o reaproveitamento do resíduo sólido. Ajuda a agregar valor", explica Patrícia. 
A secretária acredita que alguns setores não terão dificuldade de adaptação já que firmaram em 2011 um termo de compromisso para implantar os sistemas de logística reversa. É o caso de embalagens de agrotóxicos, pneus e óleos lubrificantes, que já adotavam a prática. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considera a resolução positiva, mesmo com algumas inseguranças jurídicas que devem afetar alguns setores menos desenvolvidos na operação de sistemas de logística reversa, como eletroeletrônicos. A entidade defende um maior envolvimento dos governos na promoção de políticas públicas. Gerente de meio ambiente da entidade, Anícia Pio, observa que o custo para reprocessar resíduos a fim de torná¬-los matéria¬-prima costuma ser, em alguns casos, maior do que quando se utiliza a matéria¬-prima virgem. Cobrados em cascata, os impostos (IPI e ICMS) aplicados a esses materiais também oneram o produto reciclado. A falta de incentivos, acrescentou Anícia, desestimula o desenvolvimento da cadeia. "O ônus não pode ficar apenas para o setor produtivo. O sistema só vai funcionar quando todos os elos na cadeia estiverem cientes e cumprindo devidamente seu papel. E isso inclui governos e usuários", afirmou. (Valor Econômico)
Produção de leite dos EUA aumentou em 0,7% em junho

A produção de leite nos Estados Unidos em junho aumentou em 0,7%, para 7,2 milhões de litros, com relação ao ano anterior, embora tenha havido queda com relação à produção de maio, mostraram dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A produção de leite em junho caiu em 351 milhões de litros com relação a maio de 2015, e essa queda é a segunda maior queda na produção em 2015. A produção em maio foi de 7,5 milhões de litros e aumentou em 1,5% com relação ao mesmo mês de 2014.
O leite produzido por vaca nos 23 estados de maior produção ficou em média em 832 litros em junho, ou seja, sem mudanças com relação ao recorde de junho de 2014. O número de vacas leiteiras nas fazendas desses 23 estados foi de 8,63 milhões de cabeças, 56.000 cabeças a mais que em junho de 2014. Esse número foi 2.000 cabeças a menos que em maio de 2015.
A produção de leite nos Estados Unidos no período de abril a junho de 2015 totalizou 24,7 milhões de litros, que o USDA disse que foi 1,4% maior que no mesmo período de 2014.
O número médio de vacas leiteiras nos Estados Unidos durante o trimestre foi de 9,32 milhões de cabeças, 14.000 cabeças a mais que de janeiro a março e 66.000 cabeças a mais do que no mesmo período do ano anterior.
O USDA em maio previu que o crescimento na produção de leite nos Estados Unidos deverá ser menor do que o esperado nesse ano, mas deverá retornar a um forte crescimento em 2016. O departamento disse que a produção de leite para 2016 deverá ser 2,4% maior à medida que a melhor disponibilidade de forragem e os custos moderados dos alimentos animais deverão apoiar ganhos no leite por vaca.
O USDA também previu que os números de vacas leiteiras também serão levemente maiores em 2016. Esse crescimento levará a produção anual para 94,1 bilhões de litros. (A reportagem é do Agriland, traduzida pela Equipe MilkPoint)

 
 
SEBRAE: Centros de recria - Melhoria e aumento da produção de leite
Com o intuito de aumentar a produção de leite de forma mais rápida, sem comprometer o tamanho das áreas das unidades de produção, muitos empreendedores têm investido na terceirização da recria, ou mais especificadamente, nos conhecidos centros de recria. Neles, os animais recebem um acompanhamento desde a fase de bezerro até o estágio de vaca lactante, com técnicas aprimoradas de manejo, alimentação, saúde animal e melhoramento genético, com objetivo de promover o aumento da produtividade.
O Sistema de Inteligência Setorial do SEBRAE elaborou um Boletim de Tendências apresentando as principais características desses centros de recria, os serviços oferecidos e quais as vantagens para o empresário que está inserido na atividade.
Logo no início o boletim diferencia cria, recria e lactação:
Cria: fase logo após o nascimento até a época da desmama do bezerro.
Lactação: período depois do parto, quando a vaca produz leite. Normalmente, a duração desse período varia entre 12 e 13 meses.
Recria: fase que vai do desmame até o primeiro parto, quando a vaca entra em processo de lactação. É neste período que as vacas são levadas para centros de recria e recebem o tratamento adequado para aumentarem seu rendimento produtivo.
O processo dos sistemas de recria é bastante conhecido nos Estados Unidos. A prática que utiliza sistema de recrias vem ganhando adeptos no Brasil, no entanto, ainda está em fase de implantação e avaliação em propriedades de leite.
Geralmente o processo funciona da seguinte forma: começa com o produtor; são estabelecidas parcerias para dar início a atividade; ou são comercializados os animais, estando desmamados ou não, para recriadores especializados. Os animais serão recriados, conforme as normas técnicas, com o intuito de possibilitar máxima resposta produtiva. No fim do tempo de recria, os animais são vendidos, ou retornam para as propriedades de origem. É possível observar que o sistema produtivo se torna mais técnico quando acompanhado por um especialista, e os animais produzem mais em uma vida produtiva maior, segundo o SIS.
Vantagens dos centros de recria
Os centros de recria são responsáveis pelo desenvolvimento (no pasto) das futuras produtoras de leite. Mas, antes de escolher se vai ou não adotar esta nova prática, o empreendedor precisa conhecer as vantagens e características do sistema.
•    Otimiza espaço para as vacas leiteiras que estão em lactação na propriedade, uma vez que as improdutivas são levadas para os centros de recria;
•    Descentraliza a mão de obra, ou seja, permite que o trabalho, antes focado em todo rebanho, seja minimizado e concentrado apenas nos animais em fase de lactação;
•    Os animais voltam mais produtivos por terem recebido tratamento e acompanhamento adequados;
•    Os animais são aprimorados zootecnicamente, podendo ser melhorados geneticamente;
•    O investimento não é superior, se compararmos à terceirização da recria, com a criação do rebanho na propriedade;
•    Movimenta a cadeia produtiva do setor, uma vez que os produtores podem investir na criação desses centros.
Avaliação do rebanho
O rebanho passa por uma avaliação antes de ser enviado aos centros de recria. Nela, são conferidos alguns critérios. Entre eles, as vacinas aplicadas, os atestados de brucelose e tuberculose, além do peso e da raça dos animais.
É possível conferir o relatório completo no site do SIS, no qual ainda há a exemplificação e orientações sobre o Centro de Recria de Terneiras Leiteras, de Bagé, no Rio Grande do Sul. (Milkpoint)
 
Diretoria do Sindilat prestigia homenagem da Asgav
 A diretoria do Sindilat prestigiou no início da tarde desta terça-feira a homenagem aos 50 anos da fundação da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). A celebração foi tema do Grande Expediente na Assembleia Legislativa do Estado. Durante a homenagem, os deputados estaduais se intercalaram em elogios ao trabalho realizado pela Associação no fortalecimento da indústria e do setor na economia gaúcha. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
 

 

    

 


 

Porto Alegre, 10 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.081

 

  Delegação do Sindilat terá reunião com ministra Kátia Abreu na próxima semana

Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que as exportações de leite brasileiras tiveram uma queda de 25,37% na comparação entre o período de janeiro a julho de 2015 (US$ 150 milhões) e janeiro a julho de 2014 (US$ 201 milhões). A redução deve-se à baixa dos preços do leite no mercado internacional e à menor competitividade das empresas brasileiras, que enfrentam alta carga tributária e custos expressivos para produção. No mesmo período, as importações se mantiveram praticamente estáveis, com redução de apenas 1,98%, passando de US$ 252 milhões para US$ 247 milhões.  "Esse cenário demonstra uma preocupação grande porque significa que não estamos conseguindo tirar produto do mercado interno, o que cria uma forte pressão sobre o preço. Sem solução, não haverá outra forma senão repassar essa perda ao produtor", indica o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. 
O dirigente acrescenta o alto impacto da importação de leite em pó no mercado nacional em 2015, fato que vem encolhendo o lucro das indústrias locais. Desta forma, destaca Guerra, "não há espaço para o governo do estado do Rio Grande do Sul realizar qualquer tipo de ampliação na carga tributária do setor, sob pena de reduzir ainda mais a margem de lucro da indústria a níveis insustentáveis e abalar a rentabilidade ao produtor". 
Para debater alternativas para o setor, o 1º vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, estará no dia 12 de agosto (quarta-feira) em Brasília para reunião com a ministra Kátia Abreu. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Índice de preços de alimentos da FAO volta a recuar

O índice de preços globais de alimentos da FAO caiu em julho ao menor patamar em quase seis anos. Segundo informações divulgadas ontem pelo braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, a queda em relação a junho foi de 1,1%, para 164,6 pontos. O indicador não sobe desde o primeiro semestre do ano passado. A queda do mês passado foi puxada por lácteos e óleos vegetais. Os demais grupos de produtos pesquisados (carnes, cereais e açúcar) registraram altas. (Valor Econômico)

 
Governo negocia compras públicas e apressa seis acordos comerciais

Pressionado pela queda nas exportações, o governo inicia a partir de sexta¬ feira (7) uma rodada de consultas públicas sobre acordos comerciais com Líbano, Tunísia, Canadá, Cuba, México e o EFTA -- bloco europeu formado por Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein. 
A intenção é acelerar as tratativas com outros países enquanto as conversas sobre a criação de uma área de livre comércio com a União Europeia não avançam. 
Juntos, os seis mercados compraram US$ 10,5 bilhões em produtos brasileiros no ano passado. 
No caso de Cuba e México, já há acordos tarifários, mas a ideia é ampliá-los. 

É a partir das consultas que o governo definirá sua linha de negociação. Os empresários terão 45 dias para informar quais tarifas gostariam de ver reduzidas em cada país e quais alíquotas preferem que sejam mantidas no Brasil para que as vendas internas não sejam prejudicadas. 
"Trata¬-se de um movimento complexo e organizado. É uma decisão de governo tirar as medidas do papel", diz Daniel Godinho, secretário do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). 
A crise econômica vem forçando o governo Dilma Rousseff a tentar transformar sua política comercial, que vinha a passos lentos nos últimos anos. As exportações estão em queda pelo quarto ano consecutivo. 
Mesmo com a desvalorização do real, que tende a tornar os produtos brasileiros mais competitivos, os embarques da indústria caíram quase 10% até julho ante o mesmo período do ano passado. 
"Nos rendemos à realidade de que o crescimento não virá do mercado interno no curto e médio prazo", disse à Folha um técnico do governo envolvido nas negociações. Segundo ele, há ainda uma mudança grande no cenário internacional, com acordos bilaterais se aprofundado e sinalizações de que a rodada Doha da OMC [Organização Mundial do Comércio] terá resultados "muito mais modestos do que se imaginava". 
O último acordo de livre comércio que entrou em vigor no Brasil foi com Israel, em 2010. Há três negociados que não tiveram aprovação final do Congresso.
Caso nenhum comece a valer até o próximo mês, será o maior período sem que o país tenha um novo acordo desde que entrou para o Mercosul, em 1992. 
 
PORTAS ABERTAS 
- Por que o Brasil quer abrir seu mercado? 
É uma maneira de ampliar as exportações, que caem há quatro anos. No ano passado, o país perdeu espaço em 4 de seus principais mercados (UE, China, Argentina e Japão). Este ano, há queda nos preços das commodities, mas as vendas de manufaturados caíram quase 10%. 
- A alta do dólar não ajuda a exportação? 
A desvalorização do real tende a beneficiar as exportações de bens industrializados, que ficam, assim, mais baratos em dólares. O efeito, contudo, não é imediato.
- A indústria não irá reclamar? 
Os acordos costumam prever um cronograma de redução das tarifas de importação para que a indústria local possa se adaptar aos novos competidores. 
 
ABERTURA
Ao mesmo tempo que busca avançar nos acertos tarifários, o Mdic movimenta-¬se para fechar pela primeira vez acordos de compras governamentais com outros países. Estão em curso atualmente negociações com Peru, Colômbia e México. 
Esses acordos sempre foram tabu para o governo brasileiro, que os vê como uma restrição à capacidade do Estado de fazer política industrial e conceder preferências para empresas brasileiras em licitações de obras e compras públicas. 
Segundo Godinho, o principal objetivo do governo neste momento é se aproximar das economias mais dinâmicas da região e, por isso, estão sendo negociados acordo amplos, com temas que antes não entravam na pauta. 
É o caso também dos acordos de investimento. Este ano foram acertados com Moçambique, Angola, México e Malaui e o governo negocia com outros nove países. 
Esse tipo de acordo tem como objetivo dar maior segurança aos empresários, pois estabelecem regras de proteção aos projetos.
A vantagem dos acordos de compras governamentais, serviços e investimentos é que eles podem ser bilaterais, assinados diretamente entre Brasil e os outros países.
Os acordos de tarifa precisam da aprovação de todos os países do Mercosul, o que vem se mostrando uma tarefa árdua, como se viu na negociação entre o bloco e a União Europeia.
Um acordo de compras governamentais chegou a ser negociado no Mercosul, mas por objeção de alguns países não entrou em vigor. 
"O fato de o governo estar disposto a negociar esses temas (serviços, compras governamentais, investimentos) com outros países é um divisor de águas. Nunca houve essa disposição", diz Diego Bonomo, gerente¬ executivo de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
ENTENDA TIPOS DE ACORDO COMERCIAL 
Preferências tarifárias 
> Preveem redução na tarifa de importação no Brasil e no país com qual se firmou o acordo 
> Brasil tem de negociar acordos desse tipo por meio do Mercosul 
> Há acordos desse tipo em vigência com dez países
Investimento 
> Define regras de proteção ao investimento de empresas brasileiras em território estrangeiro e vice¬versa
> Desde a década de 90, foram assinados 14 acordos, mas nenhum aprovado pelo Congresso
> O governo tenta agora um novo modelo, que já foi negociado esse ano com Moçambique, Angola, México e Malaui 
Compras governamentais 
> Permitem que empresas do país signatário participem de licitações públicas no Brasil e empresas brasileiras disputem esse tipo de concorrência no exterior 
> Atualmente o Brasil não tem nenhum acordo neste modelo (Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/Folha de São Paulo)

SFA quer fortalecer a fiscalização no Rio Grande do Sul
 
Roberto Schroeder
Créditos: Marco Quintana/JC

Foi em um momento conturbado que o médico veterinário e fiscal federal agropecuário Roberto Schroeder assumiu o cargo de interventor na Superintendência Federal da Agricultura do Rio Grande do Sul (SFA-RS), em maio deste ano, após o afastamento do superintendente que estava no cargo até então, Francisco Signor, suspeito de comandar um esquema de corrupção dentro do órgão. Nomeado superintendente na semana passada, Schroeder revelou nesta entrevista concedida ao Jornal do Comércio que inicialmente vivenciou o clima apreensivo, já superado.
O principal problema atualmente enfrentado é a falta de pessoal. Nesta semana, uma comissão criada pelo novo superintendente irá começar a fazer um levantamento criterioso para identificar qual é a lotação mínima ideal para o atendimento pleno de todas das atividades previstas para a inspeção federal. Atualmente, a superintendência possui 209 fiscais. "Hoje, a gente vive essa situação de cobertor curto, driblando a falta de pessoal", argumenta.
Schroeder é mestre em Ciências Veterinárias (Ufrgs) e em Desenvolvimento Rural Internacional pela The Royal Agricultural College. Em mais de uma década atuando no Ministério da Agricultura, já trabalhou em diversos departamentos, entre eles no Serviço de Fiscalização de Insumos Agropecuários e na Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário. Assumir o comando da pasta no Estado é representativo para os colegas de profissão, que pleiteiam a presença de um servidor de carreira no cargo.
Jornal do Comércio - Como foi o período de intervenção, de maio até aqui?
Roberto Schroeder - O clima era muito ruim nos primeiros momentos, por tudo que havia acontecido e pela forma como aconteceu a saída do superintendente anterior. Teve um colega, servidor, afastado também. Fomos solicitados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal a respeito de informações que foram prontamente enviadas. Inicialmente, houve o espanto e a perplexidade com a situação. Passado um pouco aquele susto, o que nos preocupou foi manter a superintendência funcionando. Em termos financeiros temos tido, agora, pontualmente algumas restrições - estamos esperando a liberação de recursos para que se possa seguir executando normalmente as atividades de fiscalização e controle que a gente vem executando e executamos nesse período sem maiores problemas. Temos pessoal semanalmente envolvido na tarefa de pensar estratégias para que não fique nenhum ponto descoberto. 
JC - Mas essa deficiência de pessoal já vem de mais tempo...
Schroeder - Nós temos um agravante agora: a superintendência tem muitos acordos de cooperação técnica com os municípios. Os municípios fornecem um veterinário, um agente de inspeção, para trabalhar em um estabelecimento de inspeção federal, que executa às vezes de um funcionário da Agricultura. Temos uma série de acordos de cooperação, mas existe uma ação do Ministério Público Federal questionando a ministra sobre a continuidade desses acordos. Nós fizemos uma consulta à Consultoria Jurídica da União (CJU) no Estado, especificamente sobre um frigorífico novo que abriu no Estado, se poderíamos assinar um novo acordo de cooperação nesses moldes e a CJU disse que eu não poderia assinar sem ter uma manifestação de Brasília, que eu deveria consultar oficialmente o Ministério Público em Brasília sobre a possibilidade de fazer novos termos de cooperação. A CJU disse que dará o parecer favorável à continuidade para não de parar de funcionar o que já está funcionando, mas por um prazo curto. Então, surgiu esse agravante nesse período. Mas nós estamos driblando isso da melhor maneira possível. E estamos na dependência de se chamar novos servidores. Existe uma possibilidade de que o Ministério da Agricultura chame até o final do ano ou início do ano que vem.  
JC - A carência principal é de fiscais?
Schroeder - Em princípio, a carência principal é de fiscais, mas também há necessidade de agentes de fiscalização, que juntos compõem as equipes. E nós temos, sim, uma carência muito grande de pessoal administrativo, tem alguns contratos de pessoas terceirizadas de mão de obra. Este, sim, faz muitos anos que não existe concurso aqui para o Rio Grande do Sul. Eu estou no ministério há cerca de 12, 13 anos, e nunca vi acontecer um. Então, esse pessoal que está aqui, é um pessoal antigo, tem bastante gente que está prestes a se aposentar. E seria muito bem-vindo se viesse, também, o pessoal administrativo.
JC - O momento é que não parece muito propício...
Schroeder - Estamos vivendo uma crise econômica, com cortes orçamentários, então, chamar pessoal não parece ser uma alternativa muito fácil de ser conseguida, mas nós estamos externando, tornando Brasília ciente para tentar resolver. Nesse período, até agora, a preocupação foi manter tudo funcionando. E está funcionando: as fronteiras estão atendidas, os frigoríficos também, mesmo com as dificuldades. Nós não temos causado prejuízo para ninguém por falta de pessoal.
JC - Há uma preocupação dos servidores com uma possível terceirização da fiscalização. Qual é a sua posição sobre isso?
Schroeder - A fiscalização deve estar presente se não permanentemente, periodicamente dentro dos estabelecimentos, e ela deve ser autônoma, independente. Eu acredito que talvez no mundo perfeito, seria possível ter uma fiscalização terceirizada, para nós ainda não é o momento. E eu não conheço um modelo de país que tenha, mesmo nos mais evoluídos o modelo de fiscalização do governo é muito atuante.
JC - No final do ano passado, o JC publicou uma matéria sobre a fiscalização em laticínios em que a Controladoria-Geral da União, a partir de suas auditorias, constatou que havia empresas mais fiscalizadas do que outras, apontando para uma necessidade de reformulação, ou padronização, dos processos operacionais. Como está evoluindo essa questão?
Schroeder - A CGU tem acompanhado de perto o trabalho da Superintendência. Baseados nas recomendações, cada setor adotou as medidas solicitadas. O chefe de Inspeção Animal, Leonardo Isolan, atendendo à recomendação da CGU criou toda uma descrição de procedimentos, o que é muito importante. Porque um estabelecimento é mais fiscalizado do que o outro, qual é o critério? Ele estabeleceu esses critérios. Também tem a parceria com o Ministério Público Federal na questão do leite, que tem nos demandado muito. Houve essa evolução para que se estabelecessem critérios. Neste momento, ainda não são todos os setores da Superintendência que têm essa descrição de procedimentos como é o caso da Inspeção Animal, mas eu acho interessante que seja implantando e oportunamente discutido para que haja uma padronização em todos os setores. (Jornal do Comércio)
 
Leite derramado 
A Fonterra, gigante neozelandesa de lácteos, deverá distribuir neste exercício (iniciado em 1º de junho) a acionistas e cooperados os menores dividendos e sobras (lucros) em dez anos, por conta da forte queda dos preços internacionais do leite em pó. Na temporada, os produtores ligados ao grupo deverão receber US$ 2,53 por quilo de leite em pó, 26% menos que o previsto inicialmente. Segundo o presidente da Fonterra John Wilson, o cenário de demanda fraca e oferta ampla "não tem prazo para acabar". (Valor Econômico)
 

 

    

 


 

Porto Alegre, 07 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.080

 

  Balança comercial: Venezuela aumenta volume de compras de leite em pó brasileiro
A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 1.400 toneladas em julho, redução de 82% no déficit em relação a junho. No entanto, em valor houve um superávit de cerca de 9 milhões de dólares em julho, uma reversão do déficit apresentado em junho, que havia sido de 17 milhões de dólares.
As importações sofreram uma queda de 9,2%, em valor (de US$ 39,4 milhões para US$ 35,7 milhões), enquanto as exportações tiveram aumento expressivo (104,8%, totalizando US$44,9 milhões), impulsionadas por uma maior demanda da Venezuela por leite em pó brasileiro.

Tabela 1 - Balança comercial de lácteos - julho de 2015.

 
Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência.

A evolução nas exportações em relação ao mês passado foi puxada pelo aumento do volume exportado de leite em pó integral, que subiu de cerca de 3.000 toneladas em junho (US$17,1 milhões) para cerca de 6.500 toneladas em junho (US$38,1 milhões, a um preço médio de US$5.828/ton), com praticamente todo o volume destinado ao mercado venezuelano.
Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$14,6 milhões, baixa de 25,7% sobre junho, a um preço médio de US$2.933/ton), queijos (US$ 8,9 milhões, -2,1%) e leite em pó desnatado (US$ 4,7 milhões, -25,2%, a um preço médio de US$2.685/ton).
As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (59,0%), seguido por Argentina (41,0%). Neste mês, as importações provenientes da Argentina voltaram a crescer, após um mês de expressiva queda, enquanto as do Uruguai apresentaram queda.

Gráfico - Origem das importações de leite em pó brasileiras

 
Fonte: MDIC; Elaboração MilkPoint Inteligência.
 

 
Ordenha comandada por robô
Começou a funcionar em Paraí, na Serra, o primeiro robô de ordenha do Estado. O sistema foi instalado na propriedade de Pedro Nólio, associado da Cooperativa Santa Clara. Importada da Holanda, a máquina faz todo o processo e atende em torno de 70 vacas em lactação.
Cada animal usa uma coleira com sensor (detalhe), responsável por identificá-las. A máquina lê o sensor e libera o acesso da vaca à alimentação, além de fazer a ordenha de acordo com uma pré-programação. Por meio de uma câmera, a máquina ainda localiza posição do úbere, para garantir o posicionamento correto para higienizar e retirar o leite.
Após a ordenha, o sistema avalia a qualidade e, se houver alteração, o próprio equipamento libera o animal para um local separado dos demais, para receber tratamento. Nestes casos, o leite não é enviado para o resfriador, mas destinado a um recipiente separado.
Além de praticidade, a promessa da ordenha robotizada é garantir mais eficiência. Segundo a Santa Clara, o investimento no aparelho e na adaptação da propriedade foi de aproximadamente R$ 1 milhão. (Zero Hora)
 
Sartori anuncia 10 medidas para vencer crise


(Jornal do Comércio)

Preços de leite na Europa continuam com tendência de queda
Os preços médios do leite na União Europeia (UE) caíram mais 2% em maio, de acordo com as últimas estatísticas. O preço médio do leite ponderado ficou em €30,48 (US$ 33,47) por 100 quilos, que é €0,82 (US$ 0,90) por 100 quilos (2,6%) a menos que no mês anterior. Esses dados foram divulgados pelo Observatório do Mercado de Lácteos da Comissão Europeia.
Quando se compara os preços do leite em maio desse ano com o mesmo mês de 2014, a Romênia mostrou a maior queda, de 28%, passando de €29,87 (US$ 32,80) por 100 quilos para €24,53 (US$ 26,94) por 100 quilos. Holanda, Látvia e Hungria, respectivamente, mostraram as próximas maiores quedas, de 27%, 26% e 25%, indicando a piora na situação na Europa.
Na Irlanda, o preço médio em maio caiu 22%, de €37,10 (US$ 40,74) por 100 quilos para €28,75 (US$ 31,57) por 100 quilos. O preço no Reino Unido caiu de €38,40 (US$ 42,17) por 100 quilos para €32,36 (US$ 35,54) por 100 quilos. Além disso, comparado com o ano anterior, o preço médio ponderado na UE para maio caiu €7,05 (US$ 7,74) por 100 quilos (18,8%).
Observando as estruturas de preços, percebe-se que há uma enorme diferença entre o menor preço, de €21,50 (US$) 23,61) por 100 quilos na Lituânia, e o maior preço, de €43,93 (US$ 48,24) por 100 quilos, em Malta.
Entretanto, de acordo com as últimas previsões para o setor leiteiro da Comissão Europeia e apesar dos menores preços do leite, a produção na UE em 2015 deverá ser quase 1% maior do que os níveis de 2014. Desde que assumiu o posto de Comissário da Agricultura da UE, Phil Hogan se recusou a reconhecer que há qualquer crise no setor leiteiro do Reino Unido. Entretanto, durante a última semana, ele admitiu que existem problemas com a estrutura no Reino Unido e em como o leite é vendido lá. Ele também disse que será disponibilizado mas dinheiro para ajudar a promover o leite no Reino Unido. (A reportagem é do Dairy Global, traduzida pela Equipe MilkPoint)

Reino Unido: produtores de leite fazem protesto por preços nos supermercados
Os produtores de leite do Reino Unido estão protestando nos supermercados por causa do preço que esses pagam pelo seu leite. Os produtores limparam as prateleiras dos supermercados comprando leite em grandes volumes e distribuindo de graça nos últimos dias. Eles alegam que estão recebendo menos que seus custos para produzir o leite e alguns deixaram a atividade por causa da redução dos preços. Os supermercados disseram que não há ligação entre o preço do leite nas prateleiras e o que os produtores recebem.
O produtor de leite de West Midlands, Michael Oakes, da União Nacional de Produtores Rurais (NFU), Michael Oakes, disse: "Chegamos a um ponto onde temos um preço insustentável pelo nosso leite. Estou recebendo 24 centavos de libra (37,39 centavos de dólar) por litro e está custando a mim 28 centavos de libra (43,62 centavos de dólar) para produzir. Então, nós pensamos em ir junto aos varejistas, comprar o leite e distribuir aos consumidores, explicando porque".
O presidente do comitê de leite da NFU da Escócia, Graeme Kilpatrick, disse: "Eu recebo muitos telefonemas de produtores de leite afetados. Minha família está na produção rural por várias gerações e a atual crise teve um importante impacto em nosso fluxo de caixa".
Os protestos foram realizados em vários supermercados, como Sainsbury's, Tesco e Asda, entre outros, em diversas regiões do Reino Unido.
O produtor de leite, Bryce Cunningham, que ajudou a organizar protestos na Escócia, disse que a atual situação é "extremamente difícil". "No momento, estamos recebendo 15 centavos de libra (23,37 centavos de dólar) por litro de leite que produzimos. Está custando 24 centavos de libra (37,39 centavos de dólar) por litro produzir esse leite".
Um porta-voz da rede Sainsbury disse que o preço varejista não está relacionado ao preço que o supermercado paga aos produtores. "Nossos preços são competitivos para nossos clientes, enquanto também pagamos aos nossos dedicados produtores de leite um preço justo que os protege contra os mercados voláteis".
O diretor comercial do Morrisons Group, Darren Blackhurst, disse: "Tentamos repassar os menores preços aos nossos clientes onde é possível. Reconhecemos, entretanto que, devido à menor demanda global, isso tem criado um excesso de oferta de leite britânico, criando condições difíceis para muitos produtores de leite no momento".
A Asda disse que o preço que os produtores recebem é determinado independentemente e que não há ligação entre os preços no varejo e os preços ao produtor.
O diretor de alimentos e sustentabilidade do Consórcio Varejista Britanico, Andrew Opie, disse que as lojas não são as culpadas. "O mercado global no momento está com um excesso de oferta, não estamos vendo um aumento na demanda que poderíamos esperar de locais como China e Índia, que estão crescendo rapidamente. Então, até que haja esse aumento, haverá problemas. Porém, é absolutamente errado olhar para os varejistas. Os varejistas estão na verdade fazendo a coisa certa - eles estão pagando os melhores preços -, mas essas são condições globais fora de seu controle".
A organização britânica de lácteos, AHDB Dairy, disse que o preço médio ao produtor no Reino Unido está em 24,06 centavos de libra (37,48 centavos de dólar) por litro em maio, uma redução de um quarto durante os últimos 12 meses. (A reportagem é da BBC, traduzida pela Equipe MilkPoint)
 
 
Proteína Animal: Pedida avaliação da informalidade
O setor de proteína animal propôs ontem a ampliação das ações do Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria e Ministério da Agricultura, Ministério Público Estadual e Federal e Procon. O documento prevê a publicação do nome de empresas que apresentem produtos com não conformidades. O pedido é que as avaliações sejam feitas em todos os alimentos de origem animal, inclusive os produzidos na informalidade. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, considera que a medida penaliza apenas empresas formais e sugere "mais isonomia". (Correio do Povo)