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Porto Alegre, 08 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.406

 

​​  Indústrias cobram ações do governo para garantir isonomia entre os estados

As indústrias de laticínios gaúchas pediram maior atenção do governo a políticas públicas que garantam a isonomia fiscal entre os estados, permitindo, assim, uma concorrência mais leal entre as diversas empresas que disputam o mercado nacional. A posição foi defendida pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira (08/12) no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa. Convocada pelo deputado estadual Elton Weber (PSB), a discussão sobre o futuro do leite no Rio Grande do Sul reuniu indústrias, mais de 350 produtores, entidades e deputados em uma manhã de debate acirrado sobre a remuneração de atividade.  "Precisamos monitorar a importação, incentivar a exportação, ter compras governamentais para tirar o excesso da produção do mercado e criar ações conjuntas para melhorar a competitividade. Além disso, há a questão tributária que precisa ser enfrentada com seriedade", afirmou Alexandre Guerra, presidente do Sindilat. Para seguir esse caminho, Guerra acredita ser essencial achar uma solução para os excedentes que, ano a ano, ocorrer durante o pico  da safra. "Precisamos ter condições reais para competir", destaca.

Guerra argumentou que as importações de leite acontecem de forma generalizada porque a lei vigente permite e ampara esse procedimento, ação que não é exclusividade das indústrias gaúchas. "Há indústrias que não são associadas ao sindicato que fazem importação, e outras que são oriundas do Uruguai e têm base aqui só para importar. Somos favoráveis a uma legislação que abranja e regule todas elas", sugeriu.  Quanto à polêmica sobre a reidratação do leite em pó, disse que a questão está resolvida. "Já foi definido que só o leite em pó nacional pode ser reidratado, e não o importado. Temos de levar o debate para outros âmbitos", concluiu. Sobre os rumos do  Fundoleite, Guerra lembrou que o Sindilat, desde o início, não foi favorável à cobrança de contribuição nos moldes implementados. "Entendemos que o setor já tem entidades representativas suficientes. O Fundoleite se torna mais um custo que onera os produtores rurais", pontua, dizendo que, se é necessário recolher fundos para fazer ações, o melhor é deixar a indústria fazê-lo para trabalhar direto com o produtor. 

Representando os produtores, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que a crise que o setor atravessa "não vem de hoje". Segundo ele, o setor não tem sustentabilidade própria e cobrou ações emergenciais de apoio. Durante a audiência, o deputado Elton Weber leu o documento com um compilado das reivindicações dos produtores, de proteção ao setor leiteiro, e obteve aprovação da plateia. Entre eles, Weber citou no âmbito nacional a questão do controle das importações, a compra governamental e a aplicação de uma política de preço. Entre as demandas estaduais, estão o debate sobre os incentivos fiscais, a taxação do leite, contrato com produtores, o Fundoleite e a prorrogação de empréstimos. 

A audiência contou ainda com as presenças do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o vice-presidente Guilherme Portella, o segundo vice-presidente Raul Amaral, além de representantes de empresas associadas, como o presidente da CCGL, Caio Viana, e o presidente da Languirú, Dirceu Bayer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Crédito: Vinicius Reis | Agência ALRS
 
 
Recuperação no preço dos lácteos "não é suficiente" para reavivar a produção na Nova Zelândia
 
A recuperação nos preços dos lácteos, que aumentaram 50% desde junho, ainda se mostraram insuficientes para aumentar a produção na Nova Zelândia com relação à sua maior queda em pelo menos meio século.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Wellington, em sua primeira estimativa para a produção de leite na Nova Zelândia no próximo ano, previu um volume de 21,17 milhões de toneladas - um declínio de 0,6% com relação à estimativa para 2016. Isso também marcaria um terceiro ano sucessivo de declínio na produção - pela primeira vez registrada desde os anos sessenta.

A previsão vem apesar de uma forte recuperação nos valores dos lácteos nesse ano, em parte em resposta ao declínio na produção de importantes exportadores, como Nova Zelândia e União Europeia (UE). Os preços no leilão da Fonterra, GlobalDairyTrade, recuperaram-se na segunda metade de 2016, alcançando o maior valor em dois anos.

"A indústria de lácteos está esperando que tenha visto o ponto mais baixo desse ciclo de preços dos lácteos durante o trimestre de abril a junho. Também, que o aumento nos mercados de lácteos desde junho é sinal de uma tendência mais sustentada de preços maiores do que os maiores preços em outubro de 2015. Há uma luz no fim do túnel".

Os maiores valores das commodities foram repassados através de maiores preços oferecidos pelos processadores, com a Fonterra aumentando sua estimativa de preço do leite três vezes durante os últimos cinco meses, em um total de NZ$ 1,75 (US$ 1,24) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,14 (US$ 0,09) por quilo de leite -, para NZ$ 6 (US$ 4,27) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,35) por quilo de leite].

"Isso pressionará mais fazendas para lucros pequenos ou para uma situação de equilíbrio [sem ganhos ou perdas]". A rival da Fonterra, Synlait Milk, também aumentou sua previsão de preços pagos pelo leite aos produtores em 2016-17, para NZ$ 6 (US$ 4,27) por quilo de sólidos do leite. No entanto, esses aumentos "provavelmente não serão suficientes para estimular um aumento na oferta" no próximo ano, graças à extensão das dívidas que os produtores contraíram durante o período de queda de preços. 

As fazendas leiteiras da Nova Zelândia perderam em média NZ$ 1,31 (US$ 0,93) por quilo de sólidos do leite no ano até maio, o pior resultado em 13 anos, e um fator que provavelmente dissuadirá os produtores a aumentar a produção novamente agora. "A maioria dos produtores passaram por um a dois anos de perdas financeiras - principalmente financiado pelas maiores dívidas dos bancos. À medida que a rentabilidade retorna, o apagamento de parte dessas dívidas se tornará prioridade com relação a investimentos para aumentar a produção".

Ainda, em longo prazo, a produção de leite se recuperará, aumentando em 1-2% ao ano, de 2018 a 2022, ajudada por aumentos na produtividade. No entanto, "é provável levar dois a três anos antes da produção de leite voltar aos níveis de 2014".

As exportações de lácteos, ao mesmo tempo, deverão cair 1,3% em 2017, incluindo 0,8% de queda nos envios de leite em pó integral, para uma queda de 1,31 milhão de toneladas, a menor em quatro anos. De fato, para o crescimento, estão sendo buscados produtos de maior valor, com um afastamento dos itens que são commodities.

"A cara do setor leiteiro da Nova Zelândia está mudando, de uma indústria baseada em commodities para um produtor de uma ampla gama de produtos ao consumidor, ingredientes de food service e commodities tradicionais".

O leite e o creme UHT, além das fórmulas infantis, que atualmente representam cerca de 11% dos volumes de exportação, "poderão compreender quase 30% do total em cinco anos" se a atual tendência continuar. 

Em 07/12/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,71296 
1,40223 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Governo vai liberar recursos para assistência técnica rural
 
O governo vai anunciar hoje a liberação de R$ 52 milhões para ações de assistência técnica e extensão rural (Ater) previstas em convênios com os 26 Estados da Federação e o Distrito Federal. Os recursos serão destinados à agricultura familiar e poderão financiar a compra de veículos e computadores para equipar técnicos da rede das Emater, empresas públicas de assistência técnica rural espalhadas por todo o país.

"Vamos fazer convênios com todos os Estados no sentido de apoiar a reestruturação da rede pública das Emater", disse ao Valor o secretário de Agricultura Familiar e Reforma Agrária, José Ricardo Roseno. A secretaria é vinculada à Casa Civil e, na prática, substituiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), extinto no governo do presidente Michel Temer.

Segundo Roseno, a secretaria também vai assinar um termo de cooperação com a FAO, braço das Nações Unidas para alimentação e agricultura, para o desenvolvimento de uma plataforma de gestão e intercâmbio entre órgãos de assistência técnica das Américas Latina e Central e do Caribe.

Ao longo deste ano, as liberações de recursos para ações de assistência técnica e extensão rural previstos tanto para as Emater quanto para institutos privados de assistência técnica ficaram paralisadas ou atrasadas em função da instabilidade política em Brasília.

Mas o secretário afirmou que desde que assumiu o cargo, em junho, já foram liberados cerca de R$ 700 milhões em restos a pagar e em recursos que estavam empenhados. "Procuramos deixar tudo em dia, mas também tivemos que suspender alguns serviços por causa de irregularidades, como por exemplo laudos de assistência técnica sem assinatura do produtor rural", disse Roseno. Ele afirmou que a secretaria está descredenciando entidades privadas de Ater que não vinham cumprindo contratos celebrados com o governo federal para a prestação desses serviços.

Para o ano que vem, a expectativa da Secretaria Especial é que a área de ações de assistência técnica e extensão rural conte com cerca de R$ 300 milhões, já previstos na proposta de orçamento para 2017, que tramita no Congresso Nacional. O secretário sabe que esse montante é passível de contingenciamentos, mas acredita que a área voltará a receber recursos de maneira sistemática.

Ele prometeu também o pleno funcionamento da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), criada em 2013 mas que até hoje não celebrou nenhum contrato com as Emater nem com os Estados. No entanto, Roseno explicou que já há R$ 31 milhões garantidos para um primeiro contrato e que, em breve, o órgão deve ter toda sua diretoria nomeada. "Esperamos contar com mais R$ 100 milhões para a Anater em 2017", afirmou.

Outros R$ 480 milhões também já foram encaminhados pelo Congresso para a área de Ater, na forma de emendas individuais de parlamentares na proposta de Lei Orçamentária 2017, que ainda não foi votada pelo Legislativo. Como emendas individuais agora são impositivas por lei - ou seja, precisam ser executadas e não podem ser contingenciadas -, Roseno tem esperança de que o governo possa ter maior margem para apoio a essa área a partir em 2017. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
 
Iogurte salgado faz sucesso nos EUA
 
Os iogurtes salgados vêm fazendo sucesso nos Estados Unidos, ajudados pela enorme onda de popularidade da indústria de iogurte grego, que agora contabiliza US$ 8 bilhões. Em cima disso, muitos processadores de iogurte estão querendo aproveitar essa tendência.

A Chobani, por exemplo, lançou sua linha Flip and Meze e a Fage seguiu o exemplo com o lançamento dos produtos Crossovers, misturando azeite e tomilho com amêndoas fatiadas. Outras empresas, como Prairie Farms, também estão entrando no mercado de molhos de iogurte salgados.
 
Embora esses produtos pareçam se encaixar diretamente na tendência em crescimento de iogurtes salgados, que deverá expandir-se em uma taxa significativa até 2024, alguns produtos de iogurte salgado no mercado são uma "falha" da coisa real, de acordo com o co-fundador e proprietário da Sohha Savory Yogurt, John Fout. "Eu acho confuso essa questão, porque não é realmente salgado e o teor de açúcar ainda é alto", disse ele. "Há muitas falhas no mercado".

O sabor doce tem prevalecido quando se fala de iogurte, o que é parte da razão da emergência dos salgados. A categoria de salgados abriu um arsenal de novas possibilidades para os processadores de iogurte, permitindo mais espaço para inovação, enquanto mantêm seu rótulo limpo de ingredientes.

Sohha foi capaz de capitalizar sobre a tendência de iogurtes salgados bem antes das importantes processadoras, como Chobani e Fage, fazerem isso no começo de 2014, quando a companhia foi fundada.

A inspiração por trás do Sohha Savory Yogurt veio da infância da co-fundadora, Angela Fout, que cresceu no Líbano, onde o iogurte é incorporado em todas as refeições. "Com quase todas as refeições, sempre havia um pote de iogurte com óleo de oliva nas mesas da cozinha. E isso é algo que não foi realmente adotado nos Estados Unidos, mas é algo que queremos trazer às pessoas".

Os produtos da Sohha incorporam especiarias tradicionais do Oriente Médio, como Za'atar, sumac e sal marinho em seus iogurtes, junto com óleo de oliva, para criar uma consistência salgada e cremosa - o que a companhia acredita que é a representação mais autêntica do que um iogurte salgado pode ser.

Grande parte do potencial do iogurte salgado está em sua versatilidade de uso, algo que os consumidores americanos estão apenas começando a perceber, disse Fout. Com relação ao momento em que o iogurte deve ser consumido, os americanos são particularmente presos à ideia de consumi-lo como um alimento de café da manhã com sabor de fruta ou um lanche, mas a Sohha quer mudar essa percepção. "A beleza do iogurte salgado é que tem vários usos diferentes. Não é somente um lanche".

O iogurte da Sohha e os iogurtes salgados em geral podem ser usados em molhos, marinados, wraps, sanduíches e puros. A fabricante de iogurtes artesanais testou os conceitos de seu produto em uma loja no Brooklyn com um bar de iogurte, onde os consumidores puderam aprender e experimentar diferentes sabores e usos. Entretanto, a experiência que a Sohha fornece em suas lojas não necessariamente se traduz bem em lojas de varejo, disse Fout. "Acho que uma das coisas que as lojas lutam é: onde isso fica nos supermercado? No próximo ano, vamos fazer mais para impulsionar o produto e tentar torná-lo mais claro para as pessoas". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
  
 
Brasil participará de reunião da OIE sobre aplicação de recursos do fundo mundial de saúde animal

 
Pela primeira vez, o Brasil terá direito a voz e voto em uma reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre a aplicação dos recursos e as ações do Fundo Mundial de Sanidade Animal e Bem-Estar. O diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e presidente da Comissão da OIE para as Américas, Guilherme Marques, representará o país no encontro, nos dias 15 e 16 deste mês, em Paris.

O fundo é mantido com recursos público e privados e suas ações globais são voltadas à erradicação de doenças animais, como a febre aftosa. A reunião na capital francesa definirá a destinação das verbas e estabelecerá as ações do fundo para o próximo ano nas Américas e em outras partes do mundo.

O Brasil sempre participou das reuniões do fundo na condição de observador, mas passou a ter voz e voto por causa de sua experiência no desenvolvimento de programas de saúde animal e pelo fato de ser um doador relevante. Neste ano, o setor produtivo agropecuário brasileiro destinou um milhão de euros (cerca de R$ 3,56 milhões) ao fundo da OIE.

De acordo com Marques, parte da verba deverá ser aplicada na erradicação da febre aftosa e mormo (doença infecto-contagiosa dos equídeos), na vigilância sanitária nas fronteiras com a Bolívia e Venezuela, no reconhecimento de laboratórios do governo federal e na otimização dos serviços veterinários oficiais. (As informações são do Mapa)

 
Argentina: em enquete, produção leiteira é apontada como a atividade de pior desempenho em 2016
Como forma de realizar um balanço de final de ano, o site argentino Infocampo.com.ar colocou no ar em suas redes sociais uma enquete para conhecer a opinião dos leitores sobre o ano agrícola do país em 2016. A maioria dos leitores considerou que o setor que mais cresceu no país foi o de máquinas agrícolas, seguido pelas exportações, vendas de insumos e pelos próprios produtores agrícolas. No entanto, ao perguntar aos seus leitores qual o setor com maiores perdas durante o ano, 66% dos leitores no Twitter e 61% no Facebook responderam à enquete que a produção de leite havia tido o pior desempenho do ano. Em seguida, os leitores também escolheram "pêras e maçãs", com 21% no Twitter e 30% no Facebook, vinicultura, com 7% no Twitter e 1% no Facebook e suínos, com 6% no Twitter e 8% no Facebook. (As Infocampo.com.ar e do portal Notícias Agrícolas)
 

Porto Alegre, 07 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.405

 

​​  Pico de produção de leite cai na Nova Zelândia e na Austrália

Outubro marca o auge da estação de produção leiteira na Nova Zelândia, mas esse ano, o pico esteve longe de ser alto. A produção de leite em outubro alcançou 3,04 milhões de toneladas, o menor volume para o mês desde a estação de 2012-13. A produção caiu 5,5% com relação a outubro de 2015 e foi 8% menor do que a registrada dois anos antes.

Em uma base de sólidos do leite, a produção caiu 6,1% com relação ao ano anterior. Até agora na estação, a produção foi 2,4% menor nos primeiros cinco meses de 2015-16 em uma base de leite fluido e a produção de sólidos do leite caiu 2,9%.

A produção de leite também está caindo na Austrália, onde a produção totalizou 968 milhões de litros em outubro, 11,4% a menos que no ano anterior. Essa é a primeira vez desde pelo menos a virada do século que a produção de leite em outubro não alcançou 1 bilhão de litros na Austrália. Isso coloca a produção até agora na estação em um déficit de 10,4% com relação ao ano anterior. Comparado com o mesmo mês de 2015, a Austrália teve declínios de duplo dígito nos três ou quatro meses dessa estação, sendo o primeiro declínio desta magnitude desde a estação de 2006-07. 



Victoria, Estado que produz cerca de dois terços da produção de leite da Austrália, foi o mais afetado. A produção nesse Estado caiu 13,4% com relação ao ano anterior em outubro. As chuvas fortes tornaram as pastagens encharcadas, reduziram a qualidade da forragem e reduziram a produção de leite nos primeiros meses da estação de produção leiteira. 

Os baixos preços do leite e as fracas margens nas fazendas não ajudaram, mas o clima tem desde então se tornado mais seco e os preços dos lácteos estão aumentando. A produção de leite na Austrália deverá continuar apresentando déficit nessa estação, mas as quedas não deverão ser tão grandes quanto foram na primavera.

Combinados, Nova Zelândia e Austrália produziram 303,45 milhões de quilos a menos de leite em outubro do que no ano passado. Essa queda é aproximadamente o equivalente a todo o leite produzido em New México em um mês e provavelmente ajudou a fortalecer o mercado global de leite em pó. 

No último dia de negociações abertas para o leite desnatado no mercado spot da CME, o comércio animou-se. O leite em pó desnatado spot alcançou o topo de US$ 2,20/kg pela primeira vez em quase 14 meses. Para não serem deixados para trás, os mercados de outros produtos lácteos aumentaram também. Todos os contratos futuros Classe III até dezembro de 2017 foram comercializados acima de US$ 37,48/100 kg ou maior. (As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
 
Controle Leiteiro

O controle leiteiro para seleção genética tem nova instrução normativa do Ministério da Agricultura. A medida contribui para estimular os produtores a adotarem a técnica, explica Roberto Schroeder, superintendente da pasta no Rio Grande do Sul:

- É uma modernização da forma de controle, com informações precisas de produtividade.

Outra instrução normativa publicada pelo órgão trata de registros genealógicos de bovinos, caprinos, ovinos e bubalinos. A norma organiza forma como as associações devem proceder para enquadrar seus animais. (Zero Hora)

PIB do campo crescerá até 3%, diz CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que, apesar das quebras das safras de grãos, café e laranja, entre outras culturas, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deverá encerrar o ano com um incremento entre 2,5% a 3% na comparação com 2015. Se confirmada a projeção, calculada em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) e apresentada em evento ontem em Brasília, a participação do setor no PIB total do país - que deverá cair mais de 3%, de acordo com estimativas de mercado - deverá aumentar de 21,5%, no ano passado, para 23%. 

"O agronegócio continua sendo resiliente. Num ano em que tivemos uma crise climática descomunal, o setor continuou apresentando resultados positivos e todos os seus índices foram bons", disse o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi. A confederação também lembrou que o PIB do agronegócio já registrou alta acumulada de 3,4% de janeiro a agosto em relação ao mesmo período de 2015, sob influência também do comportamento das áreas de insumos.

Quanto ao comércio internacional, as projeções da confederação indicam que as exportações do agronegócio brasileiro deverão encerrar o ano em US$ 86 bilhões, um recuo de 2,5% em relação a 2015. "As contínuas dificuldades econômicas enfrentadas pelo país, aliadas à queda nos preços das commodities e às condições climáticas que afetaram a safra este ano, foram determinantes para esse cenário", observou a entidade.

Apesar das dificuldades, a CNA projeta que a agropecuária deverá continuar crescendo e vai liderar o início da retomada econômica do país em 2017, no que deve ser um ano positivo para o setor. E avalia que as instabilidades climáticas deverão ter menos influência sobre a produção de grãos neste ciclo 2016/17.

De acordo com a entidade, as boas perspectivas para a temporada agrícola atual e o câmbio poderão motivar um aumento de 2% no PIB do agronegócio em 2017 em relação a este ano. O Valor Bruto da Produção (VBP) também deverá registrar incremento - mesma tendência prevista para o volume das exportações do setor. A CNA traçou cenários positivos particularmente para a produção de soja e de milho e para o segmento sucroalcooleiro, que ainda deverá com preços remuneradores para o açúcar. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Registro de produtos veterinários deve ficar mais rápido com atualização de normas

Para expandir e aperfeiçoar ainda mais o sistema de registro de produtos de uso veterinário, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove workshop, desta terça (6) até quinta-feira (8), em Brasília. O evento faz parte das ações do Agro+, plano de desburocratização do Mapa, e reúne 250 técnicos do Ministério da Agricultura e representantes do setor produtivo, como diretores do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) e da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). De acordo com o Mapa, a atualização de normas deve tornar mais rápido registro de produtos veterinários. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, é preciso transparência na definição das políticas públicas destinadas a esses produtos, associada à desburocratização dos processos e à redução do custo da pesquisa. Isso, acrescenta, garantirá insumos mais acessíveis ao produtor, em um menor prazo. A participação do setor privado, destaca, completa o processo, dando agilidade à produção dos insumos e à adequação dos produtos às necessidades do mercado.

Neste ano, ressalta Rangel, o Mapa tornou mais ágil o registro dos insumos genéricos e as suas alterações. Hoje, assinala, o sistema eletrônico de registro oferece mais previsibilidade e transparência ao setor produtivo. Em 2017, informa, o Mapa vai reorganizar a fila de cerca de 1,8 mil pedidos de registros de medicamentos veterinários. "Os produtos de maior interesse do produtor serão registrados primeiro, obedecendo os prazos limite, com a segurança necessária."

A diretora do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP) do ministério, Janaína Gonçalves Moura, também observa que várias normas estão sendo revisadas e alguns procedimentos passarão a ser dispensados de análise prévia. Janaína adiantou ainda que será publicada instrução normativa para dar prioridade na análise do registro de produtos veterinários que tenham inovação tecnológica; insumos relacionados a programas sanitários como vacinas; e ao primeiro produto de uma empresa recém registrada. (As informações são do Mapa)

Consumo 2017

Liberte-se; Conte com as Marcas; Saia da Caixa, e (Não) Aja Conforme a sua Idade são as quatro tendências identificadas pela Mintel que irão pautar os negócios no próximo ano. A analista de tendências, Graciana Méndez, e o analista de pesquisa, Andre Euphrasio, discutem as principais direções que impactarão o mercado brasileiro no próximo ano, incluindo as implicações para os consumidores e marcas.

Liberte-se
Ao mesmo tempo em que os brasileiros se esforçam para equilibrar suas vidas, eles procuram evitar ingredientes e práticas nocivas e não-sustentáveis. "Os consumidores estão se tornando mais desconfiados e informados sobre os produtos. Eles prestam mais atenção em relação aos seus ingredientes, de onde vêm, como são produzidos e quais impactos causam na sua saúde. Quando consideram suas dietas e hábitos alimentares, inimigos como açúcar e gordura são apenas dois dos muitos ingredientes que pretendem evitar", afirma Graciana. De acordo com a Mintel, cerca de 42% dos consumidores de pão dizem não comer pão, ou produtos de panificação com mais frequência, por serem muito ricos em calorias, açúcar e carboidratos. "Produtos sem glúten e lactose estão, cada vez, mais populares e atingem não somente pessoas que têm requisitos de dietas específicas. De acordo com pesquisa Mintel, 30% dos adultos brasileiros alegam que gostariam de ver disponíveis uma maior gama de produtos saudáveis, não apenas light ou orgânicos, mas também sem glúten, sem lactose, com colágeno, etc", completa a analista.

Conte com as Marcas
"Enquanto o Brasil passa por uma fase política complexa, nós temos visto marcas promovendo discussões políticas e testando a honestidade das pessoas. E a pesquisa da Mintel destaca como os consumidores têm uma opinião positiva de empresas que efetivamente fazem o bem. De fato, ela mostra como é imperativo que as marcas ajudem a aliviar os problemas sociais e ambientais, já que 35% dos brasileiros acreditam que os mercados varejistas deveriam ter uma participação maior em reciclagem", explica Euphrasio. Segundo o analista, de uma forma geral, as empresas que buscam ganhar a confiança dos consumidores devem explorar como elas podem causar um impacto positivo em suas vidas. "Para que as pessoas se tornem leais consumidoras, as marcas devem ir além da oferta de produtos e provar que querem ser parte de um projeto maior. A fim de parecerem genuínas aos olhos do consumidor, as empresas irão se beneficiar ao escolher com cuidado quais causas ou valores irão apoiar e, em contrapartida, irão aumentar a consciência sobre sua própria marca," conclui Euphrasio.

Saia da Caixa
Mais benefícios significam mais valor. As empresas estão tirando maior proveito de suas marcas ao expandirem-se para novos territórios e ao atenderem uma variada necessidade dos consumidores. "Consumidores com pouco dinheiro podem se beneficiar de produtos multiuso. Cada vez mais vemos produtos oferecendo múltiplos benefícios, que podem ser posicionados como pertencentes a diversas categorias simultaneamente. Além de dinheiro, os produtos multifuncionais ajudam as pessoas a economizarem tempo e esforço em nossa sociedade acelerada", diz Euphrasio. A pesquisa da Mintel mostra como os brasileiros tornam-se mais conscientes em relação ao dinheiro e buscam melhores ofertas numa tentativa de obter custo-benefício. Por exemplo, 47% dos brasileiros estão analisando melhor a escolha de seus gastos e 35% diminuíram as compras por impulso. Segundo o analista, para enfrentar esse cenário, as marcas estão criando produtos ou serviços destinados a economizarem o tempo e o dinheiro das pessoas, seja explorando uma nova categoria ou desenvolvendo produtos que possam ser combinados com diferentes benefícios ou usados em diferentes ocasiões. "Os operadores que conseguirem agregar valor aos seus produtos, sem aumento de preços, certamente serão bem-vindos", conclui.

(Não) Aja Conforme sua Idade
Os idosos querem ser ouvidos. Enquanto redefinem o papel que têm na sociedade, eles estão buscando maneiras de levar uma vida ativa, moderna, significativa e independente. Os idosos certamente estão esperando mais apoio para se manterem atualizados. Pesquisa Mintel mostra que cerca de três em dez, 28%, dos consumidores brasileiros de 55 anos ou mais gostam de ter alguém para mostrar-lhes como usar os aparelhos que compraram numa loja, como por exemplo na hora de adquirir um laptop. Eles podem precisar de ajuda com simples tarefas online que se tornaram parte da rotina da maioria das pessoas: a pesquisa da Mintel mostra que 73% dos consumidores de 55 anos, ou mais, dizem que o processo de compra online é muito complicado, enquanto 25% do mesmo grupo demográfico alega que compraria mais produtos tecnológicos se fossem mais fáceis de usar. (Fonte: Supermercado Moderno )
 

No radar
A crise que atinge os produtores de leite deve levar centenas de pessoas, amanhã, à Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. Proposta pelo deputado pelo deputado Elton Weber (PSB), a audiência pública começa às 10h, no Teatro Dante Barone. Após alcançar preço recorde, o produto está em queda desde julho. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 06 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.404

 

​​Leilão GDT continua apresentando alta de preços

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (06/12) seguiu apresentando movimento de alta. O preço médio dos lácteos ficou em US$3.622/tonelada, alta de 3,5%. 

A retomada de preços no leilão GDT, que vem ocorrendo desde outubro, é justificada principalmente pela redução na oferta, ocasionada por menores volumes produzidos. Outubro, que é o mês de pico de produção leiteira na Nova Zelândia, produziu 3,04 milhões de toneladas, o menor volume para o mês desde 2012. A produção para o mês caiu 5,5% com relação a outubro de 2015. Outro fato que contribui para o aumento de preços é a alta incidência de chuvas nas regiões produtivas, que também tem atrapalhado a produção.

O leite em pó integral apresentou alta de 4,9%, fechando a US$3.593/ton. O leite em pó desnatado teve alta de 1,4%, chegando a US$2.570ton. O queijo cheddar teve alta de 2,2%, com preço de US$3.752/ton. 

O volume de vendas de produtos lácteos foi 6% inferior ao leilão anterior e 20% inferior ao mesmo período do ano passado, com um total de 22.472 toneladas comercializadas.

Os contratos futuros de leite em pó integral apresentou alta mais leve para o próximo mês com maiores variações para os meses seguintes, com 1,4% de alta para os contratos de janeiro de 2017 a um preço médio de US$3.613/ton. As projeções até junho indicam manutenção de preços entre US$3.574/ton e US$3.627/ton. (Milkpoint/GDT)

 
 
 
Normas da Fazenda restringem uso de créditos de PIS e Cofins

Para evitar que empresas usem créditos considerados indevidos de PIS e Cofins para recolher valores menores dessas contribuições, normas específicas vêm sendo editadas de forma progressiva pelo Ministério da Fazenda e Receita Federal nos últimos anos. Hoje há pelo menos 16 normas nesse sentido, dentre leis, instruções normativas e outras orientações do Fisco ­ quatro delas editadas este ano. As medidas interpretam as leis e criam mecanismos de controle. O que se vê, segundo especialistas, é uma preocupação do Fisco de que as empresas estejam fazendo mais compensações, ainda que indevidas, motivadas pela crise econômica atual. Em agosto, R$ 7,153 bilhões em tributos foram pagos à Receita por meio desses créditos. No mesmo período do ano passado o valor foi de R$ 3,956 bilhões.

Conforme dados da Receita, os débitos compensados via créditos pelos contribuintes de agosto a outubro deste ano totalizam R$ 19,19 bilhões. Já as multas lançadas por compensações consideradas indevidas já ultrapassam os R$ 4,5 bilhões neste ano. Em 2015, as mesmas penalidades somaram R$ 3,3 bilhões. A multa corresponde a 50% do imposto que a empresa deixou de pagar.

Para tributaristas, se há casos de compensações indevidas realizadas de forma proposital para melhorar o caixa, na maioria das vezes o erro decorreria do cipoal de normas sobre o assunto. Segundo levantamento do escritório Nunes e Sawaya Advogados, há cinco leis que restringem o uso de créditos do PIS e da Cofins. Recentemente, a Receita publicou quatro atos declaratórios e seis soluções de divergência. Por meio desses instrumentos, restringiu­se ainda mais o uso de créditos pelas companhias.

Uma das orientações é a Solução de Divergência nº 7 da Coordenadoria­Geral de Tributação (Cosit) da Receita, pela qual interpreta as leis que criaram o PIS e a Cofins. Ao responder a dúvida de um contribuinte, o Fisco reforça o entendimento do órgão sobre quais insumos podem gerar créditos.

A solução estabelece que serviços ou produtos só são considerados insumos se diretamente ligados à atividade ou processo produtivo da empresa. A atividade principal do contribuinte que fez a consulta é a comercialização de produtos, mas também realiza atividade preparatória de florestamento e reflorestamento. "Apesar dos altos dispêndios para essa atividade secundária, isso não foi considerado insumo", afirma a advogada Gabriela Jajah, do Siqueira Castro Advogados.
Segundo ela, quando há dificuldades de caixa, cresce o número de consultas de empresas interessadas em ampliar o uso de créditos. "Mesmo sabendo que a empresa será autuada pela Receita, existe a perspectiva de manutenção do crédito ao se recorrer na esfera administrativa ou no Judiciário", diz.

O aspecto positivo da solução de divergência, segundo o tributarista Luiz Rogério Sawaya, do Nunes e Sawaya Advogados, é a indicação de quais produtos, de acordo com a Receita, dão direito ao crédito. "Ao menos fica claro o que o Fisco vai negar para a empresa ir direto para o Judiciário, tentar obter uma medida preventiva", afirma.

Há, porém, uma decisão favorável aos contribuintes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A Câmara Superior declarou que insumos devem ser tratados como despesa. "Todos ficaram surpresos com o posicionamento porque daria mais direito a crédito", diz Sawaya. "Hoje, o que vigora no conselho é que o crédito depende de prova. É preciso comprovar que determinado insumo é imprescindível para a industrialização ou produção."

A Procuradoria­Geral da Fazenda Nacional (PGFN) confirma o entendimento do conselho. Afirma que "no que diz respeito ao Carf, está consolidado na 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais que o insumo é caracterizado pela essencialidade à atividade do contribuinte, o que é verificado na análise de cada caso".

Para Sawaya, se não for possível para a empresa comprovar a essencialidade de forma precisa, o ideal é partir para a Justiça, pois evita-se o risco de pagar a multa de 50% pela compensação indevida. O tema também está na pauta do Superior Tribunal de Justiça. A 1ª Seção da Corte iniciou o julgamento da questão e até o momento o placar é positivo para os contribuintes ¬ são quatro votos a favor e um contra. Outra medida restritiva, a Portaria nº 392 do Ministério da Fazenda limita o pagamento de crédito presumido.

Condiciona o benefício à apresentação da Certidão Negativa de Débitos ou da Positiva com Efeitos de Negativa emitida em até 60 dias, no máximo. Antes não havia esse prazo. O crédito presumido foi autorizado pela Lei nº 12.865 em 2013. Vale para receitas de vendas para as indústrias de óleo de soja, ração, margarina, biodiesel, lecitina de soja e outros subprodutos de soja. "Porém, muitas vezes, a CND não estava regularizada na hora do pagamento", afirma o advogado Flavio Sanches, do Veirano Advogados. Para ele, a exigência torna o pagamento de créditos tributários mais limitado, porém, mais seguro para as empresas. (Valor Econômico)

Amazon testa nos EUA supermercado sem fila para pagar

A Amazon está testando um sistema de mercearia em Seattle (cidade americana onde fica a sede da empresa) que funciona sem fila de pagamento. Pelo modelo, chamado de Amazon Go, os consumidores passam por um escâner na entrada da loja usando um aplicativo da empresa com QR Code (espécie de código de barra).

A partir daí, a empresa diz que os sensores registram os produtos que os consumidores retiram das gôndolas e, na saída, eles serão cobrados automaticamente -- em um sistema similar ao usado hoje pelo Uber, já que não há necessidade de passar o cartão ou receber um recibo.

Caso o consumidor coloque o produto de volta na prateleira, ele não será cobrado. A Amazon não dá detalhes de como funciona o sistema: se é preciso colocar no mesmo lugar de onde tirou, por exemplo. A loja está em sistema de teste e é aberta atualmente só para funcionários da Amazon.

A expectativa é a de que ela esteja aberta ao público no início do ano que vem. No momento, ela oferece produtos como refeições prontas e alimentos básicos (leite e pão, por exemplo).( As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Preços pagos pelas principais indústrias europeias - outubro de 2016

O cálculo preliminar do preço médio do leite padrão, em outubro de 2016, foi de € 29,13/100 kg, [R$ 1,11/litro]. Aumento de € 1,78/100 kg em relação ao mês anterior. Se comparado com outubro de 2015, houve redução de € 0,18/100 kg, ou 0,6%. 
À medida que se aproxima o final do ano os preços aumentam. A DMK concedeu o maior aumento em outubro, € 5/100 kg. Muitas outras companhias também concederam reajustes significativos nos preços do leite. Para o resto do ano o quadro é de manutenção dos aumentos. Dairy Crest, Arla Foods e FrieslandCampina anunciariam aumentos. Nos últimos dois meses de 2016 a FrieslandCampina elevou os preços do leite em € 8/100 kg. Nunca antes, a cooperativa havia feito reajustes tão fortes em tão curto espaço de tempo. Os reajustes das indústrias francesas estão um pouco atrasados, mas, isso pode ser explicado pelo relativo nível dos preços. A expectativa é de que os preços do leite na França não cresçam muito nos próximos meses. Embora o preço médio do leite na Europa em outubro seja quase igual ao do mesmo mês do ano passado, os preços durante todo o ano de 2016 serão claramente menores. Para algumas empresas os valores mensais para todo o ano de 2016 já são conhecidos. Os da Arla Foods e FrieslandCampina caíram 7 e 7,5%, respectivamente, em 2016, quando comparados com 2015. É importante observar que esse não é o preço final. As duas cooperativas pagam valores suplementares (chamados pagamentos do 13º mês) com base nos resultados.
A Fonterra aumentou a previsão de pagamento de temporada 2016/17 em NZ$ 0,75, perfazendo um total de NZ$ 6,00/kgMS. Incluindo os dividendos previstos de NZ$ 0,55/kgMS, o pagamento do leite padrão pela Fonterra será o correspondente a € 32,31/100 kg. O leite Classe III dos Estados Unidos caiu de US$ 16,39 em setembro, para US$ 14,82/cwt em outubro. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
 

 
Preço do leite longa vida cai na última quinzena de novembro
Os preços dos lácteos ficaram praticamente estáveis no mercado atacadista na segunda quinzena de novembro, em relação à primeira metade do mês, considerando a média de todos os produtos e estados pesquisados pela Scot Consultoria. Entre as valorizações o destaque foi para o iogurte natural (200ml) com valorização de 2,4%, a manteiga com sal (kg) que apresentou alta de 1,2% no período e o creme de leite (200g) com aumento de 1,0%. Já o leite longa vida, produto de grande comercialização, apresentou queda quinzenal de 0,2%. O litro ficou cotado, em média, a R$ 2,38. Em relação ao mesmo período do ano passado, entretanto, o valor é 13,5% maior. (Fonte: Canal Rural)
 
 

Porto Alegre, 05 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.403

 

​​Impacto dos incentivos fiscais na ponta do lápis

Para dimensionar o exato tamanho do impacto da redução de até 30% nos créditos presumidos de ICMS nos exercícios de 2016 a 2018, prevista no pacote do governo encaminhado à Assembleia Legislativa, indústrias do setor agropecuário irão concluir nesta semana um relatório único para ser entregue ao chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi. O documento irá detalhar os riscos de eventual diminuição dos incentivos para produtos como lácteos, carnes, arroz e vinho.

Na última quinta-feira, representantes do setor estiveram reunidos com Biolchi, no Palácio Piratini, que solicitou um documento único sobre os impactos.

- Iremos demonstrar, de forma concreta, que a retirada desses incentivos irá resultar em perda de competitividade para setores estratégicos da economia gaúcha - informa Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips).

O principal argumento é de que a concessão de créditos presumidos não é uma benesse, mas sim uma forma de equilibrar a carga tributária gaúcha com a de outros Estados.

- Estamos distantes dos principais centros consumidores, mais de 60% da produção láctea é vendida a outros Estados. Se nosso imposto for maior, perderemos esses mercados - alega Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

A perda de competitividade resultará, consequentemente, em menor arrecadação de ICMS, tudo que o Estado não precisa nesse momento, alerta Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura. (Zero Hora)

 
 
Uruguai: faturamento de produtores de leite em outubro foi o mais alto desde dezembro de 2014

As receitas dos estabelecimentos leiteiros do Uruguai medidas em dólares aumentaram pelo sexto mês consecutivo em outubro. A melhora no preço pago pelas indústrias compensou um menor nível de captação em outubro com relação ao mesmo mês dos dois últimos anos. Com base na captação de leite e nos preços pagos pelas indústrias, o faturamento em outubro totalizou US$ 60,86 milhões, chegando ao maior valor desde dezembro de 2014 (sem descontar a inflação). Esse valor foi 16% superior aos US$ 52,67 milhões faturados há um ano.

 

No acumulado do ano (janeiro-outubro), os estabelecimentos leiteiros faturaram US$ 397,43 milhões, 19% a menos que os US$ 491,15 milhões no mesmo período de 2015. Em outubro, a produção de leite enviada à indústria totalizou 191,9 milhões de litros, 7% a menos que há um ano. Esse foi o menor volume para outubro desde 2012, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

No entanto, o preço do leite pago ao produtor em dólares vem melhorando de forma sustentada desde fevereiro desse ano. Em outubro, a média foi US$ 0,32 por litro, um centavo acima do mês passado e seis a mais que no mesmo mês de 2015 (US$ 0,26 por litro). Em pesos, o preço do produto foi o melhor desde abril de 2015, ficando em média em 8,93 pesos por litro, 19% a mais que os 7,49 pesos de outubro de 2015. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
 
Mudanças no acordo de livre comércio entre NZ e China podem beneficiar produtores de leite

A indústria de lácteos da Nova Zelândia espera que um aprimoramento do acordo de livre comércio desse país com a China gere mais retornos aos exportadores. Recentemente, em uma reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), o primeiro-ministro, John Key, anunciou que as discussões sobre o acordo de livre comércio entre Nova Zelândia e China começarão no início do ano que vem.

A diretora executiva do Dairy Companies of New Zealand, Kimberly Crewther, disse que cerca de NZ$ 100 milhões (US$ 69,95 milhões) são perdidos em tarifas todos os anos. "A remoção dessas tarifas significará que os consumidores chineses se beneficiarão por meio da redução e dos custos sobre os produtos que estão comprando. Os exportadores neozelandeses também se beneficiarão por ter uma melhor posição competitiva.

"Trata-se do maior mercado de produtos lácteos da Nova Zelândia e estamos exportando cerca de 2,7 bilhões de produtos para lá por ano. Cerca de um quarto do comércio de lácteos da Nova Zelândia recebe preferência sob negociações de acordos de livre comércio. O que estamos esperando é que esse processo de aprimoramento expanda a cobertura para todas as importações de lácteos da Nova Zelândia".

A medida referente à China deverá preencher qualquer lacuna deixada pela saída dos Estados Unidos da Parceria Trans-pacífico. As negociações buscarão melhorar ou aprimorar a ampla gama de áreas que já são cobertas pelo acordo de livre comércio, disse Key.

As renegociações incluirão barreiras técnicas ao comércio, procedimentos aduaneiros, cooperação e facilitação de comércio, leis de origem, serviços e cooperação ambiental. Elas também dirão respeito a várias novas áreas, como política de competição e comércio eletrônico. (As informações são do Newshub, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Quebra no preço de exportação do leite em pó argentino por default comercial brasileiro

Uma medida protecionista liquidou a recuperação que vinha ocorrendo nos últimos meses. O valor médio de exportação do leite em pó argentino - tal como foi antecipado - caiu devido ao bloqueio comercial indireto aplicado pelo governo brasileiro ao produto importado com destino à reconstituição. 

As exportações argentina de leite em pó integral a granel declarados em novembro passado - sem considerar os envios realizados para a Venezuela - foram 6.333 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.861/tonelada versus 6.689 toneladas a US$ 2.933/tonelada em outubro deste ano. Em outubro foram declarados embarques de 1.351 e 751 toneladas a valores FOB superiores a US$ 3.300 e US$ 3.500/tonelada, respectivamente, e no mês passado apenas foram registrados 455 e 5 toneladas com esses mesmo valores. Os maiores preços declarados em novembro corresponderam a partidas da Nestlé Argentina destinadas ao Brasil, 450 toneladas ao preço de US$ 3.300/tonelada e 5 toneladas a US$ 3.550/toneladas da Williner (Ilolay) enviadas à Bolívia. Os principais mercados de exportação no mês passado foram Argélia, com envios delcarados de 1.803 toneladas ao preço médio de US$ 2.918/tonelada, seguido pelo Brasil (1.635 toneladas a US$ 3.069/tonelada) e Rússia (1.105 toneladas a US$ 2.619/tonelada). Além disso, a SanCor, no mês passado declarou ter enviado à Venezuela 5.366 toneladas como parte do crédito concedido pelo governo em 2006 (que continua vigente até 2020). 
 
O valor médio do leite em pó registrado no último leilão da Fonterra (GlobalDairyTrade) atingiu US$ 3.423/tonelada em decorrência da recuperação do mercado chinês (no qual a Argentina tem um acesso marginal porque não tem atualmente condições logísticas nem cambiais para poder competir com a Nova Zelândia). Este ano a importação de leite em pó integral por parte da China deve alcançar 400.000 toneladas, versus 347.000 toneladas em 2015, segundo dados do último boletim do mercado lácteos chinês publicado pelo escritório do USDA no país oriental. Para 2017 estão previstas compras de 460.000 toneladas. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
Comércio/AR
Uma comitiva da Agroindústria se encontra no Brasil com o objetivo de abrir mercados para variedades de queijos, leite, soro em pó e outros derivados lácteos. Empresários, entidades intermediárias e áreas do governo Federal se reunirão em Porto Alegre, Brasil, onde começa, nesta semana, a missão multisetorial, com a presença predominante do setor produtivo agroalimentar e que continuará em outras cidades do país vizinho. O objetivo é estabelecer vínculos e negociar com importadores brasileiros, a fim de poder integrar ditos produtos nas gôndolas das cadeias de supermercados do país. "A iniciativa inclui uma rodada de negociações do setor lácteo", informou o Ministério da Agroindústria que especificou que nesta missão comercial "um encontro multisetorial representará a Agroindústria Argentina no Brasil". "Estamos aqui, para oferecer todas nossas variedades de queijos, leite, soro em pó e outros derivados lácteos, que são produzidos, principalmente na região de Santa Fe, Córdoba e província de Buenos Aires", destacou Marisa Bircher, secretária de Mercados Agroindustriais da pasta que dirige Buryaile. Além de produtos lácteos, a Argentina também está promovendo no Brasil produtos argentinos como vinhos, azeites, azeitonas, doce de leite, alfajores, guloseimas, produtos orgânicos, legumes, frutas, entre outros. (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.402

 

Conhecidos vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

 
Crédito: Dudu Leal

Os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram conhecidos na noite desta quinta-feira (1º/12), durante jantar de confraternização, realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Foram premiados os melhores trabalhos jornalísticos em quatro categorias: eletrônico, online, fotografia e impresso. Neste ano, foram recebidos mais de 50 trabalhos. A distinção busca valorizar o trabalho da imprensa especializada. Na ocasião, o Sindilat/RS homenageou mais uma vez personalidades e entidades que colaboraram para impulsionar o setor com o prêmio Destaques do Agronegócio 2016.

O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, fez um discurso otimista. Disse que o período é de desafios, mas que eles fazem parte da rotina do setor. Ele destacou que 2016 foi um ano importante, citando a Lei do Leite e o projeto do Fórum Itinerante do Leite. "O leite é o caminho para o desenvolvimento. O Estado tem 13% da produção nacional e 105 mil famílias envolvidas", disse, lembrando que o RS ocupa a terceira posição na produção, atrás apenas de Minas Gerais e Paraná.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, que falou em nome dos homenageados, parabenizou o Sindilat/RS por sua estrutura organizacional e observou que a celebração "nos honra e compromete para um futuro melhor".
O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, enalteceu a concretização da Lei do Leite, que foi o resultado de um trabalho integrado com a equipe do setor e da secretaria. "Estamos no caminho certo".

 
Crédito: Dudu Leal

Os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são:

CATEGORIA IMPRESSO
1º Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
2º Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
3º Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale
CATEGORIA ELETRÔNICO
1º Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
2º Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
3º Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal
CATEGORIA FOTO
1º Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade
2º Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
3º Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
CATEGORIA ON LINE
1º Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
2º Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
3º Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.

 
Crédito: Dudu Leal

Destaques do Agronegócio 2016:

DESTAQUE AGRONEGÓCIO NACIONAL 
Ana Amélia Lemos

AGRONEGÓCIO ESTADUAL
Fabio Branco

SETOR PÚBLICO
Roberto Lucena

DESTAQUE INOVAÇÃO 
Lei do Leite

RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMATER

PESQUISA 
Neila Richards - UFSM

INDUSTRIAL
COTRILAC

LIDERANÇA POLÍTICA
Alceu Moreira

PERSONALIDADE
Jerônimo Goergen

SERVIDOR PÚBLICO 
Roberto Schroeder (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  
 
Tendências de Mercado em debate no Sindilat


 

As tendências de mercado e as alternativas para 2017 foram apresentadas pelo diretor da Tetra Pak, Claudio Righi, durante o encontro dos associados do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), na tarde desta quinta-feira (01º/12). Segundo ele, o consumo de leite não se retrai com a crise, mas enalteceu a importância da diversificação de produtos. E sugeriu a 'agregação de valor ao conceito origem'. 

No encontro, citou movimentos do consumidor, como o aumento de consumo de 36%, no mundo, do produto com apelo de 'não ser orgânico'. Entre 2014 e 2015, houve um crescimento de 21% no consumo de leite branco 'sem lactose' na Europa. "Precisamos ficar atentos às necessidades do consumidor, e, nesta lógica, entra os leites especiais", indicou Righi. 

Ao analisar o panorama gaúcho, ele citou alguns dados, como o fato de o Rio Grande do Sul ter 5% da população nacional e o consumo atinge 7%, ao mesmo tempo, a produção é de 13%. "É uma demonstração de que o perfil do Estado é exportador. Assim é preciso investir nesta direção", enfatizou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Créditos presumidos garantem apenas equilíbrio de competitividade

Os laticínios gaúchos precisam apresentar à sociedade e aos deputados a realidade fiscal e tributária da indústria de forma a conscientizar sobre a inviabilidade de cortes nos créditos presumidos. O assunto foi abordado pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante assembleia geral realizada com as empresas associadas na tarde desta quinta-feira (1/12) no Hotel Plaza São Rafael. "É preciso deixar claro que não recebemos incentivos. Os créditos que temos são só uma ferramenta para nos equiparar a outros estados", salientou. Nesta tarde, o diretor-financeiro do Sindilat, Angelo Sartor, também participou de reunião com o secretário da casa Civil, Márcio Biolchi, para tratar do assunto. A reunião foi capitaneada pelo deputado Elton Weber e integrou outros setores do agronegócio, com a presença de lideranças da Asgav, Sips e Sicadergs.

Durante a reunião de associados, o Sindilat ainda contou com a presença da senadora Ana Amélia Lemos. Guerra destacou o empenho da senadora com relação às pautas do setor, como recentemente ao agendar audiência pública para tratar do impacto das importações do leite no mercado nacional. "A OMC proíbe a formalização de cotas, mas os países podem negociar informalmente. O que eu levantei é que é importante verificar a relação entre a produção interna, o consumo interno e o volume de leite exportado pelo Uruguai. Pode haver triangulação, o que é proibido pela OMC. Ai temos autoridade para questionar essa prática", sugeriu a senadora. E garantiu: as portas do meu gabinete estão sempre abertas ao setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
A primeira Loja Boutique da marca RAR/RASIP, braço agropecuário do grupo Randon, estará aberta ao público no proximo dia 08. Instalada na sede da empresa, em Vacaria, o espaço oferecerá maçãs, azeites de oliva, acetos Balsâmicos, manteiga, creme de leite e queijos produzidos pela empresa. As prateleiras da boutique terão ainda produtos premium importados, como massas, molhos de tomate, especiarias e acessórios para apreciadores de vinho.(Zero Hora) 
 

 

Porto Alegre, 30 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.401

 

​   Sindilat reúne-se com primeira-dama Maria Helena Sartori

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve reunido na tarde desta quarta-feira (30/11) com a primeira-dama Maria Helena Sartori em visita para entrega oficial do convite da Festa de Confraternização de Final do Sindilat, que será realizada nesta quinta-feira (1/12) em Porto Alegre. No encontro, Maria Helena destacou o ano de construção de parcerias entre o governo do Estado e o sindicato, especialmente em relação a ações de responsabilidade sociais voltadas para as crianças da Fundação de Proteção Especial do RS (FPE). Juntos, o gabinete da primeira-dama e o Sindilat já trabalham na elaboração de projeto voltado para o Natal de 2016.

Durante a audiência, Palharini aproveitou para apresentar o projeto dos Fóruns Itinerantes do Leite, iniciado em 2016 e que já tem previsão de continuidade em 2017. Os eventos buscam unir os produtores que atuam no setor lácteo com o meio acadêmico em debates que visam novas soluções para os dilemas do campo. As ações - já realizadas em Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre - têm apoio de diversos parceiros como Senar Farsul, MP, Emater e Canal Rural por exemplo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Darlan Palharini entrega convite a Maria Helena Sartori
Crédito: Carolina Jardine
 
Itambé inicia operação de nova linha de envase da SIG Combibloc
Como parte do plano de ampliação e modernização da planta fabril de Pará de Minas (MG), a Itambé, cliente da SIG Combibloc desde 2008, colocou em operação mais uma linha de envase de produtos focada na produção dos shakes aerados e bebidas lácteas de alto teor nutritivo, nas embalagens cb7 e cf7. Chamada CFA 712, a linha tem capacidade de envasar 12 mil embalagens/hora.

"Esta é a quarta linha da SIG que entra em operação em uma planta da Itambé o que reforça nossa parceria com este importante cliente da área de lácteos no Brasil. Estamos extremamente felizes por mais este voto de confiança da Itambé na tecnologia e nas embalagens da SIG e esperamos que mais e novos projetos de sucesso surjam em um futuro próximo", celebra Antonieta Hilst, Diretora de Mercados da América do Sul.

A primeira linha SIG foi instalada na planta da Itambé em Goiânia (GO) para o envase de leite condensado em embalagens combiblocSmall de 300 ml, que permite envasar 395g. Há ainda linhas nas plantas de Uberlândia (MG), que envasa leite UHT integral e desnatado em embalagens combiblocMidi de 1 litro com combiSwift, e a de Sete Lagoas (MG) que também trabalha com leite condensado em embalagens combiblocSmall de 300 ml.

Para Alexandre Almeida, presidente da Itambé, a opção por mais uma linha da SIG Combibloc foi natural, considerando a estreita parceria entre as duas empresas. "Além disso, pesou muito na decisão da Itambé pela SIG a flexibilidade da linha, tanto para produtos diferenciados como regulares, e a possibilidade de trabalhar diferentes formatos em uma mesma máquina". (Milknet)

 

Posse 

O secretário-executivo do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, tomou posse nesta segunda-feira (28), como presidente do Conselho Administrativo da Embrapa (Consad), órgão máximo de decisão da empresa, prometendo trabalhar por uma "gestão descomplicada, pautada pela eficiência e pelo máximo de dinamismo".

Tomou posse também como conselheiro, Cleiton Santos Araújo, chefe de gabinete do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira. O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, destacou, durante a posse realizada no Mapa, os desafios da empresa na área digital, de negócios, de inclusão e de combate à fome. Lopes lembrou que a perda de alimentos no mundo alcança 30% da produção, "um problema que precisa ser enfrentado com prioridade para reduzir a pobreza", afirmou.

Entre os avanços da Embrapa, que conta com 1.166 projetos em andamento, o presidente citou especialmente os ligados à sustentabilidade, como a expansão da agricultura de baixo carbono, incluindo a produção integrada, que já alcança 11,5 milhões de hectares, reunindo no mesmo ambiente, floresta, plantio e pecuária.

Pescados
Lopes disse ter obtido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) R$ 46 milhões para investimento no Centro de Pescado da empresa, em Palmas (TO). Comentou tratar-se de um mercado promissor, em grande parte porque a Ásia estaria no seu "limite de produção". (Mapa)

FrieslandCampina

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de dezembro de 2016 é de € 37,50 por 100 quilos de leite, [R$ 1,40/litro]. O preço garantido para dezembro subiu € 4,50 em relação a novembro. O aumento de € 4,50 foi principalmente em decorrência da correção de € 3,50 referente a estimativas muito baixas efetuadas pelas indústrias de referência nos últimos meses.
 

O desenvolvimento positivo dos preços do leite é causado pelo declínio da produção mundial de leite e uma demanda estável. Espera-se que os preços de quase todas as commodities ainda continuarão subindo. A média do preço garantido do ano de 2016 será de € 28,38. Em 2015 o preço garantido foi de € 30,68, [R$ 1,14/litro], e o preço do leite foi de € 34,64, [R$ 1,30/litro], (preço garantido + pagamento de produtividade + bonificação por pastagens + suplementos especiais + bônus das reservas dos sócios). O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 600.000 quilos de leite por ano. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

Uruguai abateu 3% mais vacas leiteiras em outubro
Os abates de vacas leiteiras aumentaram 3% no mês de outubro no Uruguai, alcançando 9.484 cabeças, segundo informou o Instituto Nacional do Leite (Inale), com base nos dados do Sistema Nacional de Informação Pecuária (SNIG) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP). Além desse aumento e do crescimento de 1% nos últimos 12 meses comparados com o mesmo período do ano anterior, entre janeiro e outubro de 2016 o volume de vacas enviadas ao abate baixou 2%, somando 92.767 cabeças, segundo confirmou o Inale. Embora seja normal que as fazendas leiteiras descartem vacas que estão no final de sua vida útil ou tenham uma baixa produção, houve um aumento meses atrás devido à crise enfrentada pelo setor leiteiro. Muitos produtores reduziram parte de seu endividamento "fazendo caixa" com o gado que enviaram ao abate. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 29 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.400

 

​   Sindilat premia Destaques do Agronegócio 2016 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promove, nesta quinta-feira (01/12), às 20h, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), seu tradicional jantar de final de ano com entrega dos troféus Destaques do Agronegócio 2016. O prêmio é uma forma de reconhecer e valorizar pessoas e entidades que estiveram ao lado do setor lácteo brasileiro. Neste ano, serão dez agraciados, com destaque para a senadora Ana Amélia Lemos, na categoria Agronegócio Nacional.  Também recebem o troféu Destaques o secretário de Desenvolvimento, Fábio Branco (Agronegócio Estadual); o deputado federal Alceu Moreira (Liderança Política); o deputado federal Jerônimo Goergen (Personalidade); o superintendente do Mapa/RS, Roberto Schroeder
(Servidor Público); o servidor Roberto Lucena (Setor Público); a Lei do Leite (Inovação); a Emater (Responsabilidade Social); a pesquisadora Neila Richards/UFSM (Pesquisa) e a Cotrilac (Industrial). 
 
Durante o evento, o Sindilat ainda anunciará os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo nas categorias Impresso, Eletrônico, Online e Foto. "O evento de final de ano do Sindilat vem se consolidando com mais do que um momento de confraternização.É quando as indústrias realizam uma reverência a aqueles profissionais que trabalharam o ano todo pelo bem do setor produtivo", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. 

Os trabalhos jornalísticos foram recebidos e avaliados por uma comissão julgadora composta pelo diretor da ARI, João Borges de Souza; pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas; pelo presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc), Marcelo Campos; pelo jornalista da Farsul Gerson Raugust e pelo assessor de imprensa da Fetag, Luiz Fernando Boaz. Pelo Sindilat, participaram o diretor Renato Kreimeier e a assessora de qualidade Letícia Cappiello. Todos os finalistas das quatro categorias receberão troféus, e os primeiros lugares serão contemplados com um Iphone 6. 

Os finalistas do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são: 

CATEGORIA IMPRESSO
• Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
• Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
• Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale

CATEGORIA ELETRÔNICO
• Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
• Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
• Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal

CATEGORIA FOTO
• Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
• Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
• Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade

CATEGORIA ON LINE
• Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
• Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
• Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Fracionamento sob nova regra

Publicado no Diário Oficial do Estado no dia 25, um decreto deixou mais claras as regras para o fatiamento e fracionamento de produtos de origem animal nos mercados. Apesar de ainda precisar ser regulamentado pela Secretaria da Saúde, o decreto está em vigor. A coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP), promotora Caroline Vaz, explica que, pela lei anterior, era necessário que os estabelecimentos contassem com um serviço de inspeção permanente para poder fatiar carnes, queijos, embutidos. A inspeção fica dispensada, mas os mercados têm que oferecer estrutura física adequada, como câmaras frias, responsável técnico e alvará específico para a atividade. 

A promotora diz que a Vigilância Sanitária do Estado já divulgou o decreto para conhecimento dos fiscais municipais. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, aprovou as mudanças. "Antes, existia uma insegurança jurídica. Para a indústria não terá impacto, mas o consumidor pode ficar mais tranquilo", avalia. O gerente executivo da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Francisco Schmidt, diz que a entidade continua apoiando as ações de fiscalização do MP e da Vigilância Sanitária nos estabelecimentos, mas defende que haja um prazo para que eles atendam às exigências. (Correio do Povo)

FEPALE elege Daniel Pelegrina como novo presidente

Durante a assembleia do 25º aniversário da Federação realizada na cidade de Colonia del Sacramento, Uruguai, na semana passada, foi eleito por unanimidade Daniel Pelegrina como o novo presidente da FEPALE (Federação Panamericana de Leite) para os anos de 2016-2018. 

 

Nos últimos anos, Daniel Pelegrina ocupou o cargo de vice-presidente de FEPALE, e também foi vice-presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), tendo uma experiência prolongada na área de lácteos. Além disso, ele também representou e fez parte do comitê de várias outras entidades, como Federação Internacional do Leite (IDF) e Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (IFAP). 

É a primeira vez nos 25 anos de federação que se tem na presidência um argentino. Segundo Pelegrina "é um grande orgulho e uma grande responsabilidade representar o setor leiteiro nas Américas e no mundo". Ele destacou que a atividade leiteira é uma cadeia de grande impacto social, fortalece os produtores no campo e integra os mais jovens. Além disso, prometeu "tomar as medidas necessárias para promover o crescimento de atividade". 

Na assembleia, ele também foi eleito para fazer parte do Conselho Executivo da Federação no período de 2016-2018. A assembleia reuniu delegações de 15 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Chile, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Uruguai. A FEPALE é uma organização composta de instituições e empresas, públicas e privadas, relacionadas com o setor dos produtos lácteos de toda a América e do mundo. Além da associação de membros de quase todos os países da América também são membros das instituições da Federação empresas da Dinamarca, Espanha, Holanda e Nova Zelândia. (As informações são da Assessoria de Imprensa)

Pacote de leite da Europa fortalece posição de produtores de leite na cadeia de fornecimento

A Comissão Europeia publicou um segundo relatório sobre a operação chamada de MilkPackage (Pacote de Leite), uma série de medidas lançadas em 2012 para fortalecer a posição dos produtores de leite europeus na cadeia de fornecimento.

O relatório mostra que, após três anos de implementação, os produtores europeus estão usando cada vez mais as ferramentas fornecidas pelo MilkPackage, como a negociação coletiva dos termos do contrato através de organizações de produtores ou o uso de contratos escritos. A medida permite que negociações coletivas sejam designadas a reforçar o poder de barganha dos produtores de leite, enquanto os contratos escritos oferecem melhor transparência e rastreabilidade aos produtores.

O relatório deveria inicialmente ser entregue em 2018, mas diante das contínuas dificuldades no setor leiteiro, o Comissário para Agricultura da UE, Phil Hogan, decidiu adiantar o relatório para o final de 2016. Esse compromisso fez parte de uma série de pacotes de solidariedade para o setor leiteiro anunciados e implementados durante o ano passado.

"O relatório mostra que existem medidas que podem ser tomadas a nível da UE para garantir uma posição melhor aos produtores de leite na cadeia de fornecimento. Após o relatório da Força Tarefa dos Mercados Agrícolas da semana passada, vejo esse relatório como mais uma evidência da ação política, no contexto do Programa de Trabalho da Comissão de 2017".

O relatório também examina mais possibilidades para os produtores de leite. Por exemplo, destaca o potencial de dois instrumentos essenciais do Milk Package: as organizações de produtores (POs) e as negociações coletivas - que não são totalmente exploradas ainda pelos Estados Membros, pelas organizações de produtores e destacam as várias formas de tornar isso mais eficaz, na UE e nos Estados Membros.

Os Estados Membros são, em particular, encorajados a tomar os passos necessários para impulsionar a criação de organizações de produtores com ações coletivas que vão além da barganha coletiva, aumentando, dessa forma, o peso dos produtores na cadeia de fornecimento de leite. Além dessas recomendações, devem ser consideradas a expansão do papel das InterBranch Organisations (IBOs).

Para que todo o potencial das possibilidades do MilkPackage se materializem, o relatório conclui que uma extensão de sua aplicação para além de 2020 deve ser considerada. (As informações são da Comissão Europeia, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Tetra Pak realizará webinar gratuito sobre "Leite com valor agregado". Inscreva-se!

O consumo de lácteos está em constante crescimento. Em 2015 o consumo de leite nas Américas foi de 65 bilhões de litros, dos quais 13 bilhões de litros foram consumidos no Brasil. O mercado está acompanhando o crescimento da categoria e buscando oferecer produtos com valor agregado que atendam às necessidades dos consumidores. Neste webinar, a Tetra Pak explicará como o leite com valor agregado pode fazer parte do seu negócio e como podemos identificar oportunidades no atual cenário da indústria de laticínios.

Quando o assunto é tecnologia e tendências, as alternativas lácteas se destacam e produtos com "alto teor de proteínas" lideram como o 2° maior claim com lançamentos no mundo. A Tetra Pak se preocupa em apresentar soluções para que o seu negócio acompanhe essas tendências. Neste webinar, a empresa vai apresentar a sua avançada linha de soluções e tecnologias para lácteos. Além disso, apresentará como as fábricas de laticínios podem otimizar suas produções e aumentar sua lucratividade. 

O Webinar irá abranger os seguintes tópicos: 
• Maximizando o volume de negócios - como agregar valor à produção de leite;
• Fracionamento de filtração por membranas - identificação de oportunidades de mercado;
• Tratamento térmico para produtos enriquecidos em proteínas - fatores que influenciam e contribuem para determinar a melhor solução;
• Escolhendo a embalagem certa - novas ocasiões de consumo e público-alvo.

Palestrantes:
Beatriz de Araujo Loureiro - Marketing Lácteos Tetra Pak
Arthur de Azevedo - Gerente de Produto - Filtração por membranas Tetra Pak

Ficou interessado? Inscreva-se e garanta sua vaga clicando aqui! (Milkpoint)
 

Equipamento para higienizar
A empresa francesa Dosatron expôs um equipamento feito para higienizar animais e instalações de gado leiteiro e que funciona apenas com a força da água - não precisa ser ligado à energia elétrica. De acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios, François Pequerul, a maioria dos sistemas disponíveis hoje no mercado são elétricos, o que dificulta a sua utilização quando há pane no fornecimento de energia. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 28 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.399

 

​   Sindilat participa do julgamento Ideas for Milk da Embrapa 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) integrou a equipe de julgamento da etapa Porto Alegre do prêmio Ideas For Milk, coordenado pela Embrapa. A análise dos finalistas na capital gaúcha ocorreu na sexta-feira passada (25/11) na TecnoPUC. Os representantes do Sindilat foram o secretário-executivo, Darlan Palharini, e a consultora Letícia Cappiello. 

A competição busca selecionar empreendedores que buscam gerar negócios lucrativos relacionados à startups novas ou em desenvolvimento. O objetivo final dos empreendimentos deve ser a busca de soluções que ampliem a eficiência da cadeia produtiva do leite. Assim, o prêmio busca selecionar e estimular a inovação no setor lácteo. 

Ao todo, na primeira seleção, são indicados 40 projetos, distribuídos pelas oito finais locais, sendo uma delas a de Porto Alegre. Cada etapa local indica um projeto, totalizando oito que estarão na disputa da grande final, que será realizada na sede da Embrapa, em Brasília, no dia 13 de dezembro. Detalhes da premiação podem ser acessadas em www.ideasformilk.com.br.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Julgamento ocorreu no TecnoPUC, em Porto Alegre
Crédito: Darlan Palharini
 
 
Segurança maior

A preocupação com a sanidade do rebanho é uma prioridade para o pecuarista Adelar Riva, de Teutônia. A propriedade dele, localizada em Linha Frank, é uma das 800 que contam com a certificação de área livre de brucelose e tuberculose no Estado. A condição foi obtida em 2010 e mantida desde então graças ao investimento do produtor, que calcula ter gasto R$ 6 mil com a realização dos testes de tuberculose no rebanho das raças Holandês e Jersey, durante o ano passado. "Vale a pena porque isso te dá uma segurança maior. Tenho a certeza de que o gado está bem", observa Riva, que produz em média 2 mil litros por dia, com 75 vacas em lactação. 

No início, os animais eram submetidos a três testes por ano. Como o rebanho não apresentou problemas, o número caiu para apenas um exame anual. Como Riva não compra animais de outras propriedades, o risco de haver a infecção é pequeno. Entre as demais ações relacionadas ao manejo está o uso da inseminação artificial para reprodução. O zelo com a questão sanitária reflete na remuneração. Cada vez mais indústrias estão bonificando o produtor pela qualidade do leite. A prática é adotada especialmente por companhias que visam a exportação. No entanto, segundo Riva, a remuneração poderia ser maior que os R$ 0,025 por litro representados pela certificação. Para o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), José Arthur de Abreu Martins, o envolvimento dos produtores é essencial para o controle da enfermidade. "Não basta só o serviço oficial controlar e os veterinários particulares orientarem; o produtor tem que ter a consciência de que são zoonoses e fazer a sua parte", observa. De acordo com ele, nem sempre o serviço oficial registra casos de contaminação humana, já que estes podem ser encaminhados à Secretaria de Saúde e não à da Agricultura. 

Mudanças a caminho
Para o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, um dos entraves que ainda impactam no PNCEBT é o número de veterinários habilitados (hoje são 678), considerado insuficiente para atender um rebanho de 1,1 milhão de cabeças na pecuária de leite. Quanto à bonificação, a estratégia é vista como um estí-mulo. "O que gostaríamos é que todas as indústrias entrassem nessa política para que pudéssemos sanear o mais rápido possível o nosso plantel", observa. Outra reivindicação dos produtores de leite diz respeito à indenização paga pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). A Fetag entende que os valores, que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil por animal destinado ao abate sanitário, estão defasados. A correção foi proposta na última reunião do Conselho Técnico Operacional para Pecuária de Leite e deve ser analisada no próximo encontro do conselho deliberativo do órgão. Outras mudanças estão em estudo. Segundo o diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que também integra o conselho técnico, estão previstas mudanças nas faixas de indenizações, que hoje são quatro. No caso de propriedades "condenadas" devido à prevalência de tuberculose, o Fundesa garante um auxílio chamado risco-alimentar, que hoje tem a duração de três meses. Conforme Palharini, o prazo deve ser ampliado. "A ideia é ficar a critério do fiscal", explica. 

Brucelose tem dados estáveis
Associada normalmente à pecuária de corte, a brucelose bovina é uma doença infecto-contagiosa que provoca perdas diretas devido a diversas manifestações, como aborto, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo entre partos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite. Além disso, por se tratar de uma zoonose, também pode infectar o homem. O estudo de prevalência da enfermidade, também publicado recentemente, aponta para um índice de 0,98% de animais positivos e 3,54% de focos. Ao contrário da tuberculose, a brucelose já havia sido alvo de um estudo com abrangência estadual, em 2004. Na comparação com aquele ano, os nú- meros coletados no último inquérito apresentaram-se estáveis. O estudo avaliou a eficácia da vacinação aplicada no Rio Grande do Sul. Segundo Ana Groff, da Seapi, a imunização do rebanho foi alavancada depois que, em 2006, o Estado vinculou a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) à vacinação contra a brucelose. Embora possa ser prevenida por meio da vacina, a brucelose não tem cura, de modo que os animais infectados são obrigatoriamente sacrificados. (Correio do Povo)

 
 

Publicação Embrapa

"A pecuária de leite no Brasil: cenários e avanços tecnológicos" - esse é o título do mais recente livro da Embrapa sobre o agronegócio do leite no país. A publicação faz uma grande radiografia do setor, abordando o cenário atual e futuro da cadeia produtiva do leite, as tecnologias disponíveis e as inovações que a pesquisa agropecuária reserva para a atividade.

Duarte Vilela, um dos editores da obra, diz que o objetivo foi fazer um grande apanhado de informações de interesse do setor leiteiro nacional, que permitisse projetar o agronegócio do leite para os próximos dez anos. "Por meio dos artigos, escritos por 78 especialistas do setor, buscamos apresentar em três partes a conjuntura da atividade, as tecnologias disponíveis e os avanços da ciência para o setor nas áreas de nanotecnologia, engenharia genética e tecnologia da informação", afirma.

Com 23 capítulos distribuídos em 436 páginas, trata-se de uma obra de conteúdo bastante eclético. Daí o pesquisador e assessor da presidência da Embrapa, Eliseu Alves, na apresentação do livro, afirmar que esse se destina a um público vasto, que inclui pesquisadores, agricultores e agroindustriais, exportadores e consumidores. Trata-se também de um material de grande importância para os formuladores de políticas públicas para o agronegócio do leite, que ainda discorre sobre a importância da pesquisa agropecuária na geração do conhecimento e de tecnologias para a sociedade.

A pecuária de leite no Brasil: cenários e avanços tecnológicos representa uma parceria inédita, do ponto de vista editorial, de duas unidades da Embrapa: Embrapa Gado de Leite, com sede em Minas Gerais, e Embrapa Pecuária Sudeste, com sede no estado de São Paulo. O empreendimento contou com o patrocínio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os interessados podem adquirir exemplares na Embrapa Pecuária Sudeste, por meio do telefone (16) 3411-5600 ou Embrapa Informação Tecnológica, (61) 3448-4236. (Jornal Agora MS)

Uruguai dará início à rastreabilidade de medicamentos pecuários em dezembro

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Tabaré Aguerre, anunciou que em dezembro começará a funcionar o sistema Vigía, que fará a rastreabilidade pecuária dos medicamentos. Em uma primeira instância, estará vinculada ao combate do carrapato, mas, no futuro, será aplicada a outros controles, como o uso de antibióticos.

Ele também adiantou que promoverão as normas que estabelecem a gravidade de qualquer omissão que ponha em risco o status sanitário do país, o que implicará responsabilidades empresariais individuais. Por exemplo, em alguns países, na guia de propriedade de trânsito de gado, inclui-se uma declaração jurada dos produtores que não usou determinados produtos e o Uruguai está nesse caminho, disse Aguerre. Aguerre disse que o país tem todas as condições para fazer um controle desse tipo ao registrar todos os produtores e laboratórios específicos veterinários. Adiantou que está pronta a aplicação e que, nesta semana, estará pronta a normativa e espera "que se ponha em prática em dezembro".

Depois da avaliação dos veterinários oficiais e privados sobre a atividade cumprida nessa primeira etapa, na qual foram proferidas 36 palestras em todo o país, com participação de 1.100 produtores, Aguerre destacou que o iceberg é o carrapato e o que aflorou foi a ponta do iceberg, ao fazer referência aos resíduos do produto etion (antiparasitário organofosforado) em carnes - o que permitiu encarar a situação mais a fundo, como a inocuidade dos alimentos. Disse que o problema são as perdas pelo carrapato nos gados e também a inocuidade dos alimentos, que se vê alterada com resíduos que eram utilizados para combater essa doença, em alusão aos contêineres com carne rechaçados nos Estados Unidos.

Aguerre ressaltou que utilizará a sangria de 50% dos abates bovinos para que se faça uma busca por casos de brucelose em fêmeas e gerar um novo mapeamento da presença de carrapato a nível de todo o país. Aguerre também disse que o Ministério projeta fazer uma certificação de produtos e de processos de produção com base no registro dos eventos sanitários que permitem a rastreabilidade. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Regularização de agroindústrias
A regularização das pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) no Avisulat, em Porto Alegre, que encerrou na quinta-feira. Uma das alternativas é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios. Na proposta, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização. Já a inspeção seria feira por veterinários contratados por um conjunto de municípios. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 25 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.398

 

​ Confinamento mais confortável ao gado desperta interesse de produtores de leite

Um tipo de confinamento que aumenta o bem-estar animal e já utilizado em países de clima temperado está sendo avaliado para as condições brasileiras. A técnica tem chamado a atenção de pecuaristas do País de olho nos resultados ligados ao manejo do rebanho, ao aumento da produtividade e à saúde dos animais. O que está por trás deles é um nome estrangeiro, que vem sendo falado cada vez mais no setor produtivo nacional: "Compost Barn", que pode ser traduzido livremente como "Estábulo de Composto".

Trata-se de uma alternativa aos sistemas de produção de leite em confinamento denominados free stall, no qual as vacas ficam retidas em baias de poucos metros quadrados, ou tie stall, em que os animais são criados, também em baias individuais, presos a correntes. O Compost Barn tem por característica deixar os animais livres no estábulo. Embora continue confinada, a vaca circula à vontade, interagindo com as outras, o que possibilita que ela exercite seus instintos sociais com o grupo e apresente cio com mais facilidade, o que melhora os índices reprodutivos.

Esse sistema de produção chegou ao País em 2011, sendo adotado em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Israel desde meados de 1980. Cerca de 300 produtores brasileiros já optaram pelo Compost Barn, seja adaptando antigos free stalls, seja construindo um novo sistema. Mas ainda há poucas informações da pesquisa agropecuária nacional sobre sua adaptabilidade às condições do País. Para suprir esta lacuna, a Embrapa Gado de Leite (MG) vem realizando, desde 2014, um estudo sobre o uso do Compost Barn. "Por ser uma tecnologia importada de países com clima temperado é necessário que verifiquemos sua adaptabilidade às condições tropicais", diz o pesquisador Alessandro Guimarães, que está à frente dos trabalhos. A analista Letícia Mendonça, que integra a equipe da Embrapa Gado de Leite responsável pelos estudos, informa que três propriedades em Minas Gerais que adotam o sistema estão sendo acompanhadas. Nos laboratórios da Embrapa de da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) são realizadas análises sobre a qualidade do leite e a microbiologia dos compostos orgânicos utilizados nas camas.

A principal característica do Compost Barn é a utilização de uma "cama" orgânica cobrindo todo o estábulo. Em função dessa característica, vários outros aspectos de engenharia agronômica foram modificados em comparação aos sistemas de confinamento tradicionais. As baias, com suas camas de areia ou de borracha, por exemplo, foram abolidas. Em vez do concreto, que prejudica o casco dos bovinos, o piso do estábulo é formado por material orgânico que pode ser serragem e casca de amendoim, ou outro material orgânico que seja de baixo custo e de fácil disponibilidade para o produtor.

Cama vira adubo
A cama fica em contato com o solo, com uma altura entre 20cm e 50cm. As vacas defecam e urinam no material, dando início ao processo denominado "compostagem", que controla a decomposição de materiais orgânicos. No caso do Compost Barn, os residuos depositados pela vaca passam por uma semi compostagem aeróbica (em contato com o ar). Para que isso ocorra de forma efetiva, a cama deve estar sempre seca e passar por uma constante aeração, o que é feito por meio de ventiladores e com a escarificação duas vezes ao dia (revolvimento do material com tratores e enxadas mecânicas). O composto é removido e substituído de tempos em tempos. Dependendo do manejo, a cama pode ficar até um ano sendo utilizada no estábulo. Ao substituir por um novo composto, o material velho pode ser vendido como adubo orgânico ou utilizado na propriedade para fertilizar o solo, o que dá ao processo um importante apelo ambiental.

Viabilidade ainda precisa ser testada
No entanto, os pesquisadores ainda são cautelosos em relação ao sistema. "Precisamos aprofundar os estudos para dar respostas sólidas aos produtores no que diz respeito à viabilidade econômica, com relação aos custos de implantação e manutenção do sistema. Também é preciso ampliar o conhecimento sobre a microbiologia da cama, a incidência de mastite e a qualidade do leite", pondera Guimarães. Atrás dessas respostas, a Embrapa Gado de Leite realizou no dia 17 de novembro um workshop sobre o tema em que reuniu pesquisadores, professores, médicos-veterinários e produtores. O público, mais de duzentos participantes para um evento que pretendia se restrito a estudiosos do tema, surpreendeu positivamente a organização, o que prova a grande curiosidade do setor acerca do Compost Barn.

Apesar de o rigor científico ter focado o debate nas desvantagens do sistema, como o alto investimento inicial e o demorado retorno do capital investido, o ânimo permanece grande. Até porque, segundo o pecuarista argentino Cristian Chiavassa, que proferiu palestra durante o workshop, o custo de implantação do sistema de Compost Barn pode ser 50% mais barato do que um free stall. A expectativa é que o sistema pronto custe algo em torno de R$ 4.500,00 por vaca.

Ainda há outras desvantagens enumeradas pelos especialistas como despesas com o material orgânico utilizado na cama que, caso o produtor não o tenha próximo à propriedade, pode ser elevada; a dificuldade de manejo do composto, que exige a escarificação diária; a concentração de bactérias na cama, que ainda desperta dúvidas entre especialistas; o aumento dos custos com energia elétrica, para manter uma boa ventilação no estábulo, etc. No entanto, o meio ambiente agradece devido a menor quantidade de dejetos depositados na natureza (grande problema nos sistemas free stall e tie stall) e a sua utilização como adubo. E as vacas respondem positivamente com o aumento na produção de leite, menos problemas de casco, melhoria do índice reprodutivo. (Informações sobre o Compost Barn podem ser obtidas na Embrapa Gado de Leite, pelos e-mails leticia.mendonça@embrapa.br ou alessandro.guimaraes@embrapa.br). (Embrapa)
 

 
Produção de leite na Argentina encerrará o ano em nível mais baixo desde 2010

A produção láctea da Argentina deve chegar ao seu nível mais baixo desde 2010, com 10 bilhões de litros. A redução se deve ao excesso de chuvas e aos baixos valores que estão sendo pagos ao setor leiteiro. Esta queda representa 11% a menos do que no ano passado, ou seja, de 1,2 bilhões de litros a menos do que em 2015. Com base nos dados da Secretaria de Produção Leiteira do Ministério da Agroindústria do país, a produção leiteira vem manifestando um crescimento nos últimos três períodos (2013 a 2015).

Este ano, o panorama foi visivelmente afetado pelas inundações do começo o ano, que afetaram todas as principais regiões produtoras do país, como Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires. Somente em Santa Fe, as constantes chuvas de abril fizeram com que 100.000 vacas leiteiras fossem atingidas por afogamento e falta de alimento. A perspectiva de queda também foi compartilhada por Flavio Mastellone, diretor de abastecimento da empresa La Sereníssima, que disse na semana passada, durante congresso da cadeia no bairro de Puerto Madero, na capital federal de Buenos Aires, que "hoje estamos com 10% a menos de leite do que no ano anterior".

O mesmo estimou que, para superar a crise, é preciso reduzir a margem e revisar o peso tributário na cadeia láctea. Ele disse também que a empresa, que utiliza quase 4 milhões de litros de leite diários para produzir queijos e laticínios, "não escapa à problemática que enfrenta o setor, que não tem crescimento a nível nacional nos últimos 15 anos". As perspectivas para o próximo ano, no entanto, são positivas. Recentemente, o ministro da Agroindústria da província de Buenos Aires, Leonardo Sarquís, disse que as previsões para o começo de 2017 sobre o preço do leite estão em alta, o que elevaria o preço a US$0,30 a US$0,35 por litro de leite cru. (EDairyNews)


Produtos alvo da Operação Lactose Zero atendem padrões exigidos pela lei

Todas as 107 amostras coletadas em 13 variedades de produtos lácteos para dietas com restrição de lactose tiveram os resultados de laboratórios oficiais em conformidade com padrões determinados pelo Ministério da Saúde. A avaliação foi feita em produtos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) de 31 empresas instaladas em cinco estados. Foi a primeira Operação Lactose Zero realizada por força-tarefa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na avaliação da coordenadora de Caracterização de Risco do Mapa, Carla Rodrigues, a operação foi positiva. "O resultado das análises mostra que os consumidores desses produtos podem ficar tranquilos, porque o Ministério da Agricultura está atento e fiscalizando a produção para garantir alimentos seguros à sociedade."

Foram testados os seguintes produtos: bebidas lácteas, coalhada, composto lácteo, creme de leite UHT, doce de leite, iogurte, leite condensado, leite em pó, leite fermentado, leite UHT, queijo minas padrão, cottage e requeijão cremoso. As análises foram feitas nas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belo Horizonte e de Porto Alegre.

As marcas analisadas foram Nestlé, Piracanjuba, Batavo, Danone, Paulista, Molico, Parmalat, CCGL, Vigor, Embaré, Frimesa, Italac, Piá, Tirol, Betania, Camponesa, Santa Clara, Cemil, Leitíssimo, ZeroLac, Casa da Ovelha e Verde Campo.

A operação teve início na segunda quinzena de agosto e se estendeu até o início de setembro. Foram colhidas amostras no comércio varejista das capitais e regiões metropolitanas de Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo. Vinte e cinco auditores fiscais federais e agentes de inspeção do Mapa participaram da operação.

"Além de mostrar a preocupação e o respeito com os consumidores, os resultados também evidenciam a eficácia da fiscalização", disse Carla Rodrigues. "Estamos realizando diferentes operações em todas as áreas de produtos de origem animal - carne, leite, mel, ovos e pescados - em breve divulgaremos a conclusão de novas análises", acrescentou o diretor de Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas. (As informações são do Mapa)


Chuvas na Nova Zelândia prejudicam vendas de terras e produção de leite

A umidade na Nova Zelândia, além de prejudicar a produção de leite, está prejudicando também o mercado de terras, adiando o aumento nas vendas que ocorre na primavera. O volume de vendas de terras durante os meses de inverno, de agosto a outubro, mostrou ser "razoavelmente consistente com o mesmo período dos dois últimos anos", segundo dados do Instituto Reinz. 

Entretanto, as esperanças entre os vendedores de terras de que a primavera traria um impulso nas vendas foram prejudicaras pelo clima úmido que, por exemplo, nessa semana alagou partes da região da Ilha do Norte, com mais chuvas em um dia do que tipicamente são registradas no mês. Wainuiomata, na região de Wellington, por exemplo, recebeu 109,5 mm de chuvas em 24 horas, de acordo com o MetService.

"Embora uma série de propriedades esteja programada para entrar no mercado durante a atual primavera, em algumas áreas da Ilha do Norte, em particular, o clima extremamente úmido tem levado alguns vendedores a adiar os programas de vendas", disse Brian Peacocke, do Reinz. Os vendedores estão esperando até que suas fazendas estejam "mais apresentáveis", disse ele. "Uma necessidade urgente de mais luz solar é um fator dominante em muitas regiões".

Em termos de preços, o valor das fazendas vendidas no mês passado foram 5,9% maiores que no ano anterior, de acordo com o índice da Reinz que ajusta os negócios por tamanho de fazenda, localização e tipo de fazenda. O aumento desafiou a queda de 8,7% nos valores das fazendas leiteiras com relação ao ano anterior, de acordo com o Reinz - que notou nas áreas do norte da Ilha do Norte "indicações de mudanças no uso da terra, com algumas unidades marginais trabalhando com carne bovina", já que os preços do leite estão agora somente aumentando com relação ao menor valor em dois anos.

A recuperação nos preços mundiais dos lácteos - que aumentaram 16,5% com relação ao mês anterior nos leilões GlobalDairyTrade da Nova Zelândia - é um fato que está sendo ajudado pela queda na produção do país devido ao clima úmido.

A gigante do setor de lácteos, Fonterra, há duas semanas reportou uma queda de 2% nas receitas de leite para setembro, alertando que "as condições climáticas desafiadoras terão um impacto significativo nos picos de produção de leite e na futura produção para esta estação". O grupo, que realiza o GlobalDairyTrade desde 1 de agosto, cortou em mais de 550.000 toneladas o volume de produtos lácteos que venderá nos leilões nos próximos 12 meses. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Estoques mundiais de grãos devem superar 500 milhões de toneladas
Os estoques globais de grãos devem ultrapassar os 500 milhões de toneladas pela primeira vez em 2017, segundo estimativa do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) divulgada hoje. Trata-se da sétima elevação consecutiva nas previsões do órgão para a produção da safra 2016/17. Se não ocorrer nenhum imprevisto ao longo da colheita, os estoques globais devem aumentar em 6 milhões de toneladas na comparação com a temporada anterior, atingindo 504 milhões de toneladas em 2017. Já a produção de grãos no mesmo período deverá atingir o volume recorde de 2,084 bilhões de toneladas, acima dos 2,077 bilhões de toneladas previstos em outubro. O recorde anterior, observado em 2014/15, foi de 2,048 bilhões de toneladas. A revisão positiva reflete um aumento de 7 milhões de toneladas nas estimativas do IGC para a produção de milho, avaliada em 1,042 bilhão de toneladas. Já a produção mundial de trigo deve atingir 749 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas acima do projetado em outubro, e a de soja 336 milhões de toneladas, 4 milhões acima do estimado anteriormente. O IGC também elevou sua previsão para o consumo global de grãos, agora avaliado em 2,056 bilhões de toneladas -- revisão positiva de 2 milhões de toneladas, refletindo a demanda industrial mais forte nos EUA. A previsão para o comércio mundial também foi revisada para cima, em 1 milhão toneladas, para 338 milhões de toneladas, ainda abaixo das 344 milhões de toneladas negociadas em 2015/16. (As informações são do Valor Econômico)

 

 

Porto Alegre, 24 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.397

 

Queda no preço do leite é mais sutil em novembro
 

Crédito: Carolina Jardine - Na foto: Alexandre Guerra

O preço de referência projetado para o leite no mercado gaúcho em novembro deve ficar em R$ 0,9362, redução de 1,49% em relação a outubro, quando o valor consolidado ficou em R$ 0,9504. Os dados foram divulgados pelo Conseleite em reunião nesta quinta-feira (24/11), durante o Avisulat, em Porto Alegre (RS). Apesar do avanço da safra em outros estados do Brasil, a queda foi mais sutil este mês em relação aos anteriores.  "A alta registrada no meio deste ano decorrente de uma entressafra severa não se mostrou sustentável, foi uma bolha, um bônus que o mercado deu ao setor. Agora, veio a queda do preço ao consumidor que foi repassada ao produtor e coloca o leite novamente na sua normalidade", salientou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.  Apesar da queda, a maioria dos preços dos produtos lácteos está acima dos valores praticados em novembro de 2015, com exceção do leite UHT.

O presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, alertou que o setor vive um momento difícil, onde as indústrias operam sem margem, algumas até no negativo. "No mercado, os preços já pararam de cair, o que sinaliza uma retomada importante para atender à expectativa da indústria e dos produtores nos próximos meses". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Outubro de 2016.

Matéria-prima

Valores Finais

Outubro / 16

I - Maior valor de referência

1,0929

II - Preço de referência

0,9504

III - Menor valor de referência

0,8553

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Novembro de 2016.

Matéria-prima

Novembro /16 *

I - Maior valor de referência

1,0766

II - Preço de referência

0,9362

III - Menor valor de referência

0,8426

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 
Sindilat lança livro do 1º Fórum do Leite

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lançou oficialmente o livro "O Rio Grande do Sul e a Lei do Leite", que traz o compilado dos projetos levantados durante o 1º Fórum do Leite, realizado no primeiro semestre, em Ijuí. Ao lado do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e dos colegas que contribuíram com a publicação, ele ressaltou os avanços propostos durante os debates com vista à melhoria constante da produção. "Em Ijuí, tivemos o avanço da sanção da Lei do Leite. Em Santa Maria, foi o momento de debater a necessidade de se buscar resultados e colocar em xeque as atividades desenvolvidas, rever nossos conceitos", salientou Palharini. Emocionada, a professora da Inijuí Denize Fraga agradeceu a parceria do Sindilat na publicação da obra e ressaltou que os textos devem ser essenciais para construir uma produção voltada à excelência. O livro reúne 13 artigos técnicos. 

O lançamento ocorreu durante a 3ª edição do evento, realizada durante o Avisulat, nesta quinta-feira (24/11), em Porto Alegre.  O 4º Fórum Itinerante do Leite também já tem destino certo. Em 2017, o ciclo de palestras começará sua agenda por Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
Gargalhadas e visão de futuro em apresentação do Leitec no Avisulat

Os avanços obtidos pelo programa Leitec, desenvolvido pelo Senar para levar Tecnologia aos tambos, foram apresentados com muito bom humor durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, no Avisulat.  Para ilustrar os benefícios do projeto na vida do campo, foi apresentada a histórica do Tambo Lajeado, localizado no interior de Alegrete. Trabalhando com criação a pasto, a propriedade de Nelson Abreu tem 27 vacas em lactação. Assessorado pelos inspetores do Senar, o tambo superou dificuldades, reduziu custos e trouxe os filhos Angélica e Gilberto de volta à propriedade.   A jovem de 24 anos pegou o microfone para expor as mazelas da atividade e arrancou gargalhadas da plateia. Com muito bom humor, ela salientou questões crucias para uma sucessão rural bem sucedida, a exemplo de divisão de tarefas, comprometimento e investimento. Angélica garantiu que a atividade se tornou lucrativa, o que garante o carro 0Km à família. "Há 15 anos atuamos na produção de leite, mas só há cinco deixamos de ser burros e permitirmos que a assistência técnica entrasse na propriedade", pontuou ela, citando que lida com suas vacas pelo nome o que, garante, rende mais no tanque no final do dia.  "Tenho orgulho e bato no peito para dizer que produzo comida, e comida de qualidade", completou, contando que chegou a ir trabalhar na cidade, mas, vendo o pai doente, resolveu voltar  para o tambo.  "O que aprendemos é que temos que ter poucos animais, mas bons. Estamos trabalhando com novilhas de ponta em campo nativo. Estamos conseguindo melhorar a adubação do solo  com a ajuda dos técnicos para que não falte comida", relatou Nelson. 

Avaliando o resultado do encontro, o coordenador de programas especiais do Senar, Alexandre Prado, lembrou que foi um momento rico de interação. "O envolvimento familiar é o futuro da propriedade. A gente vê de cara a permanência do jovem no campo e que o setor vai poder se manter". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Gestão eficiente é segredo de sucesso dos tambos gaúchos


 

O impacto da profissionalização da gestão dos tambos gaúchos foi o foco da apresentação da Emater durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, realizado durante o Avisulat, na manhã desta quinta-feira (24/11). Segundo assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal da Emater de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti, se o objetivo é ter uma família empreendedora, é preciso inclui todos na gestão. "Não podemos passar a propriedade para o filho quando o pai tiver com 80 anos. Filho nenhum vai querer ficar em casa se não tiver diálogo, participação de resultado", aconselhou a um auditório lotado de produtores e estudantes. O especialista ainda pontuou que é preciso planejar a atividade. "Não posso dar ração para a vaca sem saber quanto ela está produzindo. Boas informações qualificam a tomada de decisão."

Durante o fórum, produtores contaram sua experiência a campo. Histórias como a de Claudemar Fagundes, de 32 anos. Casado e pai de dois filhos, ele começou a investir no leite em substituição ao tabaco na propriedade de 3,8 hectares localizada no município de Palmitinho. Com a assistência da Emater nos últimos anos, conta ele, a  produção por vaca dia saltou de 11,9 litros, em 2009, para 19 litros. Avanço conquistado com muito trabalho, planejamento e apoio de consórcio de produtores para uso de maquinários mais pesados.

Aumento de produtividade que também se refletiu em ganho de 96% na produção anual. Em 2014, a captação era de 43 mil litros, em 2015, saltou para 61 mil litros e, em 2016, chegou a 85 mil litros. "Para trabalhar com leite tem que gostar. É o nosso dia a dia. Tem sol, tem chuva, tem geada e nós estamos lá. Não desistimos, seguimos em frente", pontuou Fagundes, lembrando que as decisões importantes da propriedade são tomadas na hora do chimarrão ao lado da esposa.  Com os anos, a propriedade também ganhou uma nova cara, com melhoria das estruturas e, inclusive, na residência da família. O técnico da Emater de Palmitinho Luan Costa relatou que o trabalho é prestado a 22 propriedades que operam na atividade na regional. 

O casal Élio Post e  Élia Schossler, de Fazenda Vila Nova, também contaram sua história na produção de leite. Com apoio do técnico Maicon Berwanger, ressaltaram que o início da atividade começou com uma alternativa de renda extra com a produção de queijos. O movimento teve início quando Élia ficou desempregada após anos de trabalho na indústria calçadista. "Eram poucos animais e eu comecei a pegar leite para fazer queijos. Fiz alguns cursos e hoje sou muito feliz com o que faço. Foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida. Só me arrependo por não ter começado antes", contou. 

Para profissionalizar o sistema e reduzir custo, a família investiu pesado na criação a pasto com base em sistema de irrigação. Atualmente, há 23 vacas de lactação na propriedade de 10 hectares com produção de 550 litros/dia. Há três anos, a captação era apenas de 120 litros/dia. "O erro dos produtores é investir em equipamentos desnecessários", alerta Berwanger.  Com orientação, os produtores focaram em itens que trazem significante avanço na produção: aquecedor solar, sala de ordenha, sistema de irrigação. 

Os exemplos apresentados emocionaram o presidente da Emater, Clair Tomé Kuhn, que acompanhou a apresentação da plateia. "As pessoas sabem que o leite não vem da caixinha, mas não sabem como é sofrido colocar esse leite dentro da caixinha. Quanto custa de tempo, de dedicação e  de gestão", ressaltou.  E garantiu apoio a quem precisar de ajuda. "A Emater está aí para ajudar na gestão. Busquem o escritório. O que precisamos é dar renda e qualidade de vida para manter pessoas como vocês no campo". E aproveitou para a agradecer ao Sindilat pela iniciativa. "Parabéns por acreditarem nos agricultores, que são a força que move o Rio Grande do Sul. O melhor emprego do mundo é ser dono do próprio negócio".

 
Rabobank estima boas perspectivas para os produtores de leite da UE em 2017
Estoques recordes devem manter preços de alimentos baixos em 2017, diz Rabobank
Estoques em máximas históricas devem manter os preços mundiais de alimentos baixos durante 2017, mesmo com a inflação começando a subir em economias desenvolvidas, disse o banco de agronegócio Rabobank em relatório nesta quarta-feira. Alimentos básicos como trigo, milho e soja estão sendo armazenados em volumes recordes, mantendo um teto para os preços que devem ser pagos a produtores no próximo ano. "A população global está crescendo e a prosperidade está subindo, impulsionando a mudança para dietas mais caras e ricas em carne e laticínios. Na nossa visão, os preços globais de alimentos deveriam, em sua maioria, resistir, ainda que produtores estejam preparados para pequeno ou zero crescimento no preço das commodities durante o ano", disse o chefe do mercado de commodities agrícolas da Rabobank, Stefan Vogel. A Rabobank disse que muito iria depender da China, que tem estoques gigantes de muitas commodities, incluindo milho, trigo e soja. "O maior coringa nisso tudo é a China... Qualquer decisão dos políticos chineses de começar a vender essas reservas iria ter um efeito profundo nos mercados mundiais, à medida que as importações chinesas iam cair", disse Vogel. (Reuters)